Pecuarista
está levando búfalos e porcos para a região, já desmatou uma grande área e está
impedindo os indígenas de livre trânsito.
Embora
não saibam precisar a extensão, os Maraguá relatam que uma grande área já foi
desmatada. Crédito da foto: Cimi Regional Norte I do Conselho Indigenista
Missionário – Cimi.
Indígenas
Maraguá denunciam desmatamento e conflitos em Nova Olinda do Norte (AM), por
Cimi Regional Norte I AM/RR).
Lideranças
do povo Maraguá protocolaram na Fundação Nacional do Índio (Funai), na
sexta-feira (3), documento contendo denúncias contra um pecuarista que
recentemente adquiriu uma área no Lago do Araçá, em Nova Olinda do Norte (AM),
e que começa a provocar conflitos com os moradores indígenas.
De
acordo com as denúncias, o pecuarista está levando búfalos e porcos para a
região, já desmatou uma grande área e está impedindo os indígenas de livre
trânsito em lugares onde sempre caçaram e coletaram.
Embora
não saibam precisar a extensão, os Maraguá relatam que uma grande área já foi
desmatada no local. Eles dizem que o pecuarista começou o desmatamento e depois
denunciou os indígenas como autores. “Ele levou policiais e pessoas dizendo que
eram da fiscalização do meio ambiente. Ele passou a intimidar os indígenas”,
disse Everaldo Castro Maraguá.
É
a primeira vez que os Maraguá se deparam com criador de búfalos na localidade.
Ele teria saído de Autazes, onde é intensa a criação de búfalos provocando
destruição das nascentes e berçários de peixes, além de frequentes conflitos
com o povo Mura.
Segundo
Everaldo Castro, a aldeia mais afetada é Nova Canaã, situada no centro do rio
Curupira, no município de Nova Olinda do Norte. Ali moram 30 famílias Maraguá.
“Os moradores estão sendo impedidos de transitar na mata para caçar, coletar e
pescar como sempre fizeram”, diz Everaldo.
A
denúncia será encaminhada também ao Ministério Público Federal (MPF) e
Advocacia-Geral da União (AGU), informaram as lideranças do povo Maraguá.
Do
GGN