Seria
interessante que a imprensa amiga de Moro levantasse mais dados sobre essa
pensão. Seria uma maneira de comprovar (ou não) que ele não vendeu seu apoio a
Bolsonaro.
Em
sua declaração, de ontem, Sérgio Moro disse que a única exigência a Bolsonaro,
para aceitar o Ministério da Justiça, seria uma garantia de pensão para sua
família, caso alguma coisa acontecesse com ele, já que abriu mão de sua
carreira de juiz.
O
que seria esse “alguma coisa”? Atentado, morte, ou demissão do cargo?
No
caso de receio da morte, o correto seria um seguro de vida. Um contrato com
pagamentos mensais, em caso de morte? Quem seria o avalista? De quem a viúva
iria cobrar? E qual seria o risco de um contrato desses vir a público?
O
mais provável é que Sérgio Moro quisesse um seguro contra eventual demissão,
quando ele se veria privado dos proventos de Ministro e da aposentadoria de
juiz. Mas não bate. Ele tem formação de advogado, a esposa é sócia de
escritórios de advocacia. A alegação de que seria para amparar a família cabe
em qualquer proposta de suborno. Basta o sujeito alegar que fez aquilo para
garantir a família.
O
que houve, de fato, é que Moro vendeu seu passe de avalista do governo Bolsonaro. Quanto
foi? Quem pagou?
Ao
trazer o tema em seu pronunciamento, provavelmente Moro estava apenas se
antecipando a eventuais indiscrições de Bolsonaro. Ou a comentários maliciosos
de que o dinheiro teria sido pagamento dos serviços prestados nas eleições –
como divulgar o vídeo de Pallocci dias antes das eleições.
Seria
interessante que a imprensa amiga de Moro levantasse mais dados sobre essa
pensão. Seria uma maneira de comprovar (ou não) que ele não vendeu seu apoio a
Bolsonaro.
Do
GGN