Prestes
a ser denunciado como chefe de quadrilha, corrupto e também por obstrução
judicial pelo procurador-geral Rodrigo Janot (saiba mais aqui), Michel Temer pode ter cometido novos crimes de
responsabilidade, ao colocar toda a máquina do estado para agir em seu benefício
pessoal.
Segundo
aponta a colunista Lydia Medeiros, do jornal O Globo, foram montadas
forças-tarefa em órgãos públicos para destruir a J&F, holding controlada
pelo empresário Joesley Batista, que delatou Michel Temer.
Ontem,
a Petrobras também rasgou um contrato com uma usina termelétrica da J&F
(leia aqui) e a Caixa Econômica Federal cobrou antecipadamente
empréstimos feitos ao grupo (leia aqui).
Em
paralelo, a tropa de choque de Temer no Congresso começou a preparar um dossiê
contra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
O
golpe dos corruptos, que derrubou a presidente legítima Dilma Rousseff, agora
se volta contra empresários e qualquer um que ouse colocar em risco a
permanência de Temer no poder.
Ao
falar sobre o vexame protagonizado pelo Brasil no mundo, o escritor Boaventura
Sousa Santos, um dos maiores intelectuais da atualidade, disse em entrevista
exclusiva ao 247, que Dilma Rousseff, a presidente mais honesta da América
Latina, foi afastada pelos políticos mais corruptos da América Latina (leia
mais aqui).
Leia,
abaixo, as notas de Lydia Medeiros:
Crise política
Há
“forças-tarefa” montadas em órgãos como Carf e Cade — além dos processos
abertos na CVM para investigar ganhos com o mercado de câmbio — destinadas a
examinar a JBS e seus donos com potentes lupas. Já foram apurados, por exemplo,
casos de apropriação indébita de contribuição previdenciária em alguns
frigoríficos do grupo. A CVM investiga também as empresas de auditoria que
prestam serviços à JBS no Brasil e no exterior, como KPMG e a BDO RCS.
Advogados procuram brechas nas decisões do STF, enquanto parlamentares aliados
do presidente afirmam que há um “dossiê Fachin” ganhando corpo a cada dia.
Depois do furacão
A
artilharia do governo contra a JBS pode desencorajar novos acordos de
colaboração premiada.
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