No dia 22 de
setembro de 2016, a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF4) manteve, por 13 votos a um, o arquivamento de uma representação contra o
juiz federal Sérgio Moro encaminhada por um grupo de advogados contra o
magistrado que conduz os processos da Operação Lava Jato. Na avaliação desses
advogados, Moro teria cometido ilegalidades ao violar o sigilo de gravações de
conversas telefônicas envolvendo a então presidenta Dilma Rousseff e vazar
essas conversas para meios de comunicação. Além disso, questionaram a
realização de interceptações telefônicas sem autorização judicial. Na ocasião,
o relator do processo, desembargador Rômulo Pizzolatti, rejeitou o pedido
alegando que a Lava Jato constituía “um caso inédito no Direito brasileiro, com
situações que escapam ao regramento genérico destinado aos casos comuns”.
O voto
isolado contra esse entendimento majoritário partiu do desembargador Rogério
Favreto que criticou a invocação da teoria do estado de exceção para defender a
conduta de Moro. “O Poder Judiciário deve deferência aos dispositivos legais e
constitucionais, sobretudo naquilo em que consagram direitos e garantias
fundamentais. Sua não observância em domínio tão delicado como o Direito Penal,
evocando a teoria do estado de exceção, pode ser temerária se feita por
magistrado sem os mesmos compromissos democráticos do eminente relator”,
assinalou Favreto em seu voto. Mais de oito meses depois, o debate levantado
pela decisão do TRF da 4a. Região prossegue atual, com o avanço do argumento do
estado de exceção, em especial no crescente processo de retirada de direitos e
de criminalização de movimentos sociais.
Em entrevista ao Sul21, o
desembargador Rogério Favreto fala sobre o voto que em novembro de 2016 e o
contextualiza no presente que ele qualifica como muito perigoso para o futuro
da Democracia e do Estado Democrático de Direito no país. Além disso, critica o protagonismo
exacerbado que o Judiciário teria assumido, invadindo atribuições de outros
poderes e contribuindo para desestabilizar o sistema político do país. Favreto
também critica a transformação de magistrados em super heróis ou salvadores da
pátria, mantendo uma relação íntima com a mídia e com outras instancias do
sistema de Justiça que não possuem as mesmas atribuições, como o Ministério
Público e a Polícia Federal.
Sul21: O
Poder Judiciário assumiu no Brasil um papel protagonista, não só nas suas
atribuições constitucionais no âmbito do sistema de Justiça, mas também no
sistema político. Na sua avaliação isso é algo positivo ou negativo para a
democracia brasileira?
Rogério
Favreto: Em primeiro lugar, cabe assinalar que essa ocupação de espaços
faz parte de um processo de judicialização da política e de outras áreas. Esse
processo, por um lado, tem um marco na Constituição, na busca de normatização
dos novos institutos criados em 1988 e de instrumentos para a defesa e
recuperação de direitos. Além disso, há outros dois fatores que alimentam esse
processo. Um deles é a omissão legislativa que faz com que o Judiciário assuma
um papel mais ativo. O outro é o fato do Executivo não cumprir políticas que
deveria executar. Temos assim uma judicialização ampla, que abrange as relações
pessoais e coletivas, indo do direito básico até a política, envolvendo a
própria gestão do Estado. Esse fenômeno vem tomando uma dimensão preocupante. O
Judiciário não é preparado para dar conta de tudo isso e, pela autonomia
funcional dos seus membros, não tem uma organicidade nesta manifestação.
Sul21: Essa
ocupação de espaços que, em tese, são de atribuição do Executivo e do
Legislativo, não acaba produzindo um desequilíbrio entre os poderes, o que
contribui para desestabilizar o funcionamento do sistema político como um todo?
Rogério
Favreto: Com certeza. Se, por um lado, os outros poderes contribuem para que
isso aconteça, por outro, há preceitos constitucionais sobre a necessária
harmonia entre os poderes que devem ser observados. Se a nossa corte
constitucional balizasse esse processo, poderíamos diminuir esse risco. Mas o
que vemos hoje é uma lentidão do Supremo Tribunal Federal no que diz respeito a
essas questões de fundo que envolvem questões estruturais da política. Há temas
muitos delicados aí. Vemos hoje membros da magistratura e do Ministério Público
assumindo funções que são atribuições dos gestores públicos. Uma coisa é
corrigir um rumo em função de alguma ilegalidade ou da quebra de um preceito de
uma boa gestão. Outra bem diferente é o Judiciário assumir a escolha de uma
determinada política, o que é próprio do governante.
Há uma
quebra desses preceitos que está nos levando para um caminho muito perigoso. Eu
combino essa preocupação com outros elementos, como uma crescente atração pelos
holofotes e pelo apoio popular midiático. Muitos agentes do sistema de Justiça,
que vai desde a Polícia até o Ministério Público, estão sucumbindo a essa
atração. A Magistratura e o Ministério Público não estão preparados para dar
conta desse fenômeno e acabam tomando parte em muitos temas onde deveriam ter
um equilíbrio e uma certa serenidade, violando com isso a sua imparcialidade.
Sul21: Esses temas vêm sendo objeto de
debate dentro do Judiciário? Existe uma preocupação com essa ampliação
desmedida de atuação, invadindo espaços dos outros poderes, ou a maioria está
gostando desse aumento de protagonismo?
Rogério Favreto: Infelizmente, as entidades
corporativas, que poderiam assumir esse debate, não o estão fazendo. As
associações seguem com um papel muito corporativo, o que também é sua
atribuição, é verdade, mas não deveria ser tudo. Ao mesmo tempo, vende-se na
mídia mais convencional a figura de agentes da Justiça como herói, super homem
e salvador da pátria. Isso está mexendo com o ego de integrantes da
Magistratura e do Ministério Público, que foram mordidos pela mosca dos
holofotes, impedindo que seja feito o debate devido. Nós temos uma entidade, a
Associação dos Juízes pela Democracia, que está procurando fazer um pouco esse
debate, mas as entidades nacionais da Magistratura e do Ministério Público não
estão fazendo. O que mais preocupa hoje, fundamentalmente, é a existência de
muitos casos de perda de parcialidade na atuação dos agentes da Justiça.
Sul21: No ano passado, ocorreu um
julgamento aqui no TRF da 4ª Região, sobre algumas condutas do juiz Sérgio
Moro, que acabou ganhando repercussão nacional. Por 13 votos a 1, o Tribunal
considerou essas condutas corretas, assinalando que a Operação Lava Jato
estaria tratando com uma situação excepcional e isso justificaria medidas de exceção.
O seu voto foi o único contrário a esse entendimento. Há quem diga que nós já
estamos vivendo um estado de exceção no Brasil? Qual sua avaliação sobre isso?
Rogério Favreto: Naquela ocasião nós tratávamos
apenas da abertura de um processo disciplinar contra o juiz Sérgio Moro,
motivados por uma denúncia feita na Corregedoria sobre a conduta do magistrado
no episódio envolvendo o vazamento das gravações envolvendo a então presidenta
Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. O voto do relator afirmava que estávamos
vivendo uma situação excepcional, o que justificaria um tratamento excepcional.
Eu não posso concordar com isso e acho que muitos colegas não concordam. Nós
temos preceitos fundamentais da Constituição e do nosso ordenamento legal, como
a presunção da inocência, a proibição de prova ilícita, a isonomia processual
e, fundamentalmente, a imparcialidade do julgador. O meu voto foi conduzido por
isso.
Há um
segundo plano envolvido aí também. O magistrado precisa se manter reservado,
não se antecipar e não fazer manifestações públicas sobre processos que está
julgando, ferindo a sua imparcialidade. Obviamente que todos, incluindo os
magistrados, têm opiniões sobre a política, sobre a vida, a sociedade e o
Estado. Agora, precisamos julgar de acordo com a Lei, a Constituição e a partir
de provas. Quando um juiz participa de eventos com determinados segmentos
políticos que fazem oposição a outros segmentos que estão no governo e está
julgando um processo que envolve esses grupos, a imparcialidade é gravemente
ferida. O mesmo ocorre quando um magistrado passa a convocar militância
política. Quando o juiz se despe da toga, ele vira um militante político. Esse
não é o papel do magistrado. Aí ele começa a perder a credibilidade. O juiz
deve atuar com sobriedade, serenidade e com reserva.
É claro que
é preciso haver transparência de modo que a sociedade possa acompanhar o que
está acontecendo. Mas uma coisa é você ter divulgação de informações após as
decisões, outra é termos vazamentos antes das decisões acontecerem. Eu tenho
dúvida inclusive se o magistrado pode ficar comentando tanto temas envolvendo
processos que ainda estão em curso. O magistrado que conduz a Operação Lava
Jato continua palestrando no mundo inteiro falando dos resultados de suas
decisões. Eu acho isso um pouco temerário porque vai criando junto à opinião
pública um sentimento de que esses julgamentos já são definitivos.
Eu tenho uma
opinião um pouco diferente sobre a relação do Judiciário com o tema da
corrupção. Acho que não é papel do Judiciário ser o condutor e o protagonista
do combate à corrupção. É até difícil falar isso porque as pessoas vão achar
que eu sou contra esse combate. É óbvio que não sou contra, mas é preciso ter
uma visão clara acerca dos papéis das instituições neste processo. O Ministério
Público tem a prerrogativa de ter iniciativas nesta área, pode fiscalizar
administrativamente, fazer inquéritos, ações civis públicas, termos de
ajustamento de conduta, entre outras coisas. Já o Judiciário cabe atuar no
processo. Os magistrados não podem vestir uma capa como se fossem super-heróis
combatentes da corrupção. Não são. Existem órgãos para isso. Nosso papel é
atuar no processo.
Há uma
confusão hoje alimentada pela concepção de que o juiz deve seguir a visão
majoritária da opinião pública e com setores da mídia que vendem um determinado
discurso. Isso é muito perigoso, pois vai ferindo gravemente preceitos do
Estado Democrático de Direito. Esse comportamento leva a uma distorção do papel
do Judiciário e a um risco de autoritarismo muito grande. O magistrado não está
submetido ao controle que os políticos estão, pela via do processo eleitoral. O
nosso controle e avaliação de penalidades ainda é muito protetivo e
corporativo.
Sul21: Após o afastamento da
presidenta Dilma Rousseff, o governo Michel Temer começou a implementar uma
série de medidas que estão retirando muitos direitos, previstos na
Constituição, atingindo principalmente setores mais fragilizados da sociedade.
Levando em conta a postura majoritária que o Judiciário vem adotando a quem
esses setores podem recorrer para defender esses direitos? Em que medida o
Judiciário pode ser um espaço para essa defesa hoje?
Rogério Favreto: A judicialização da política, quando
envolve a concretização de direitos de minorias e de setores excluídos da
sociedade, não se manifesta. Aí o Judiciário é conservador, não é ativista nem
tem uma visão afirmativa e de vanguarda. Isso é preocupante. O Judiciário
deveria estar muito atento a esse tema da retirada de direitos. Pelo andar das
reformas Trabalhista e da Previdência, o próprio Judiciário poderá ser atingido
em suas prerrogativas. Se essas reformas passarem, a Justiça do Trabalho vai
caminhar para a extinção. Mas não são só os direitos trabalhistas que estão
sendo atingidos. Os sindicatos também serão fragilizados e a negociação
coletiva será colocada acima da lei. Obviamente, que o mais fragilizado vai
perder. O mesmo vale para a questão da Previdência. Por razões corporativas,
alguns setores do Judiciário começam a se preocupar com isso. Mas a razão
principal não deveria ser essa. O Judiciário deveria ter uma posição de
vanguarda na defesa dos direitos fundamentais de natureza social e que protegem
a dignidade da pessoa humana.
No entanto,
neste ponto, falta uma coisa fundamental à magistratura hoje. Os nossos novos
operadores do Direto e mesmo alguns dos mais antigos não têm conhecimento sobre
a vida social, sobre as pautas dos movimentos sociais e sobre a realidade na
qual essas pessoas vivem. Em nosso trabalho cotidiano, todos os dias temos que
tomar decisões que envolvem a vida dessas pessoas e de suas famílias. A grande
maioria não está preparada para tomar tais decisões. Pode estar preparada
tecnicamente, mas não tem conhecimento da vida social, não sabe quais são as
dificuldades da vida dessas pessoas. Há uma onda muito grande de criminalização
dos movimentos sociais por uma visão conservadora e por um desconhecimento da
realidade social.
Sul21: Ao falar sobre esse a
judicialização da política, o senhor se referiu ao papel da mídia na oferta de
holofotes para os operadores do Direito e também na formação de uma opinião
pública majoritária sobre determinados temas, que acabam orientando decisões de
magistrados? Qual é a dimensão desse fenômeno, na sua opinião?
Rogério Favreto: É preocupante. Há uma condução
muito parcial e seletiva. Os grandes meios de comunicação têm uma influência de
massa por meio de sua atuação. Isso combinado com algumas medidas que os órgãos
da Justiça vem tomando, como o vazamento seletivo e ilegal de informações, agrava
ainda mais a situação. Isso tem efeitos danosos do ponto de vista individual,
social e político. O que coloca alguns freios e levanta algumas interrogações
sobre esse processo de manipulação são as mídias alternativas e as redes
sociais, embora estas também se prestem à prática de desvios e manipulações.
Esse trabalho consegue abrir algumas brechas nesse muro e as pessoas começam a
perceber que existem outras visões e interpretações, mesmo dentro do Judiciário
que não é formado apenas por super-heróis e salvadores da pátria.
Quando eu
participei da direção da Associação dos Magistrados do Brasil, disse em um
debate que a Magistratura e outros setores do sistema de Justiça vão pagar
muito caro por esse momento de protagonismo, de atração por holofotes e de ter
medo de ser contra-majoritário. O juiz não tem que ter medo de ser
contra-majoritário, ele não tem que agradar. É um equívoco brutal colocar, como
algumas revistas fizeram, um magistrado e um réu em um ringue. O magistrado não
está nesta posição. Quem está é o Ministério Público. Isso já revela uma
distorção muito grande.
Eu já disse
também que nós pagaremos muito caro pela perda das prerrogativas. Será uma
perda dupla. O Judiciário vai perder como instituição, porque que quem tem essa
preocupação de atuar serena e sobriamente estará desprotegido. E vai perder a
sociedade que não vai mais confiar no Judiciário. Como é que as pessoas poderão
confiar no sistema de justiça se um magistrado ou um integrante do Ministério
Público se manifesta antes da conclusão de processos, inclusive nas redes
sociais com ódio, preconceito e pré-julgamentos? Os diversos setores da Justiça
estão gravemente atrasados em perceber as conseqüências dessa onda de
manipulação. Estamos sendo tragados por um caminho muito perigoso que trará
muitas dificuldades, inclusive para recompor algumas prerrogativas de respeito
que são intrínsecas ao trabalho de quem tem a atribuição de julgar processos
envolvendo a vida das pessoas.
Sul21: Junto com esse processo de
retirada de direitos, vem crescendo também a criminalização de movimentos
sociais e de suas lutas. Já temos vários integrantes desses movimentos presos
no país acusados, entre coisas, de integrarem organizações criminosas, no caso
os movimentos aos quais pertencem. Na sua avaliação, estamos diante do risco de
um fechamento político ainda maior no Brasil?
Rogério Favreto: Infelizmente, parece que esse
risco é muito forte. Como eu referi antes, temos um desconhecimento de grande
parte dos operadores do Direito sobre o papel dos movimentos sociais. Além
disso, há uma tendência na sociedade hoje de achar que os problemas vão se
resolver aumentando o número de prisões. Muita gente só se dá conta do que isso
representa quando alguém próximo acaba sendo preso. Costumo dar o exemplo do sentimento
daquele pai, cuja filha ou filho sai uma noite para uma festa, conhece alguém,
anda no carro desta pessoa que, sem ele ou ela saber, é traficante e acaba
sendo presa por tráfico. O filho ou filha desse pai acaba sendo presa também e
acusada, entre outras coisas, de formação de quadrilha, e vai ficar um ano ou
dois presa preventivamente, como está ocorrendo agora na Lava Jato.
Para muita
gente, quando solta alguns desses políticos que estavam presos preventivamente,
a Justiça está cometendo uma barbaridade. Essa forte onda punitivista,
combinada com o desconhecimento da realidade dos movimentos sociais pelos
operadores do Direito ajuda a explicar esse aumento da criminalização. Esses
movimentos são a expressão dos setores da sociedade que lutam pelos seus
direitos. A maioria dos nossos direitos foi conquistada com luta social, com
greves. Mas a maioria do sistema de Justiça é muito conservadora. Antes de
ingressar em uma carreira jurídica, ainda nos cursos de formação, as pessoas
teriam que conhecer essa realidade social de perto, conhecer a realidade de um
acampamento de quem luta pela terra, de uma ocupação urbana e assim por diante.
Sul21: O STF é o guardião último da
Constituição. A Constituição de 1988 vem sendo modificada em temas relacionados
a preceitos e direitos fundamentais que, em tese, deveriam ser protegidos pelo
Supremo. Isso, no entanto, até agora não vem acontecendo. Como o senhor avalia
o papel que o STF vem desempenhando neste último período?
Rogério Favreto: Acho que, infelizmente, está
ocorrendo uma grande omissão por parte do nosso Supremo Tribunal Federal.
Tínhamos expectativas em alguns ministros, por sua formação, história e por
algumas decisões recentes importantes na área de demarcação de terras, de
quotas sociais, de direitos de minorias. Mas essas expectativas estão sendo
frustradas, em meio a esses desvios que estão ocorrendo na condução de
processos, desde o inquérito policial até a atuação do Ministério Público e de
alguns magistrados. Outro problema é que não está havendo uma separação muito
clara entre o trabalho do Ministério Público e da Magistratura. Em alguns
momentos parece até que há uma atuação conjunta, quando cada um deveria estar
fazendo a sua parte. O Ministério Público está muito junto com o magistrado em
alguns casos. Acho que, às vezes, os colegas não se lembram que o Ministério
Público é parte no processo, a Magistratura não.
O Supremo
demorou muito para agir e criou-se um conceito que, agora, parece que não pode
mais ser alterado. O exagero da prisão preventiva é um exemplo disso. A
condução coercitiva é outro, envolvendo uma coisa que deveria ser óbvia. Alguém
só pode ser conduzido coercitivamente quando se negar a comparecer perante a
Justiça. Se isso não acontecer, estamos diante de uma violação. Outro exemplo é
o uso da prisão preventiva para forçar delações. Há uma pauta da mídia montada
para que isso ocorra. O Supremo não atuou no momento em que devia para impedir
isso, para estabelecer limites segundo os marcos constitucionais. Não precisava
nem inovar muito para fazer isso. A sua jurisprudência já era suficiente.
Agora, parece que alguns ministros tem medo de ir contra a opinião pública ou
opinião midiática.
O STF está
faltando com seu papel. Ele poderia ser um grande pacificar em todo esse
processo, estabelecendo os marcos constitucionais e garantindo que tudo ocorra
dentro desses parâmetros e segundo a ordem processual. Não tenho muita
esperança de que isso vá acontecer, mas ainda há tempo. A Suprema Corte poderia
assumir esse papel de balizamento e de defesa de direitos fundamentais que a
nossa Constituição garante.
Do GGN