Mostrando postagens com marcador Meio Ambiente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Meio Ambiente. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 27 de junho de 2019

ENERGIA RENOVÁVEL, ALEMANHA E BRASIL TÊM MUITO A ENSINAR A BOLSONARO, POR LUIS NASSIF


A refundação do Brasil, segundo Luis Roberto Barroso, deu nisso. Nos fóruns internacionais, para debater com estadistas do porte de Angela Merkel, o Brasil é representado pelo baixíssimo clero Jair Bolsonaro.
Pior do que o caso do tráfico de cocaína em avião da FAB, foi Jair Bolsonaro, pretender ensinar a Alemanha sobre energia renovável.
A refundação do Brasil, segundo Luis Roberto Barroso, deu nisso. Nos fóruns internacionais, para debater com estadistas do porte de Angela Merkel, o Brasil é representado pelo baixíssimo clero Jair Bolsonaro.
Provocado sobre a declaração de Merkel, sobre a desatenção do seu governo com o meio ambiente, Bolsonaro afirmou que “o Brasil é que tem que dar exemplos para a Alemanha sobre o meio ambiente (…) Eles têm muito a aprender conosco”.
Ora, a tradição brasileira de energia renovável é um trabalho de gerações, que passou pela instalação do parque hidrelétrico, pelas leis de proteção ao meio ambiente, pelo modelo elétrico pós 2008, com a ampliação dos leilões de energia renovável.
Seria o caso de o governo Bolsonaro aprender com o Brasil. Mas o que tem sido feito é o desmonte de todo esse sistema, das leis de proteção ambiental, da regulação dos ecossistemas, das ameaças às reservas florestais e à própria Amazônia.
O que se tem, portanto, é um país sustentável sendo destruido versus um país das primeiras revoluções industriais construindo seu sistema de energia renovável.
O caso alemão é um exemplo para qualquer país do mundo comandados por governantes minimamente racionais.
Sugere-se a esses gênios do Twitter a leitura do trabalho “Análise da Política Energética na Alemanha do século 19 ao 21”, de Léo Metello Castro, sob orientação do professor Nivalde José de Castro.
Diz ele:
A Alemanha se destaca por ser uma das principais potências mundiais, contando com um elevado consumo energético. Com isso, o processo inovador que vem ocorrendo no país ganha ainda mais destaque, sendo um processo complexo, mas que vem sendo conduzido com um aparente êxito.
(…) Outro ponto que motivou essa postura foi a questão ambiental. O consumo de combustíveis fósseis é um dos principais emissores de dióxido de carbono, uma das principais causas para o Efeito Estufa. Esse combate já é realizado com seriedade pelo governo desde a década de 90.
(…) O Energiewende se trata de uma política integrada que abrange todos os mais diversos setores da economia. É impulsionado por quatro objetivos principais: combater as mudanças climáticas (através da redução das emissões de CO₂), eliminar a energia nuclear, melhorar a segurança energética (através da redução das importações de combustíveis fósseis) e garantir competitividade e crescimento (através de políticas industriais visando desenvolvimento tecnológico, industrial e de emprego) (Agora, 2015).
E as medidas recentes:
2014: O governo diminui as tarifas utilizadas no modelo feed-in, introduz sistemas de leilão para capacidade fotovoltaica e apresenta um plano para atingir as metas traçadas para 2020.
2015: O plano está progredindo na velocidade desejada, um relatório aponta que a meta de reduções da emissão de gases até 2020 está em “sério perigo”. 28
2016: O governo federal assina um “Plano de Ação Climática”, um quadro básico para descarbonizando a economia até 2050 através de metas graduais. Inclui corredores alvo de redução nas emissões de gases de efeito estufa em setores econômicos individuais. · 2017: Substituição do modelo de tarifas feed-in para um sistema de leilões para todas as energias renováveis.
Aqui, a íntegra do trabalho, que certamente jamais será lido pelo governo Bolsonaro, por ultrapassar o número de toques do Twitter.
Do GGN

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Para o Ibop 94% dos brasileiros se preocupam com o meio ambiente

Pesquisa, feita a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), também mostra que desmatamento é o tema que mais causa apreensão.

A preocupação dos brasileiros com o aquecimento global e problemas ambientais de uma forma geral aumentou nos últimos anos, segundo uma pesquisa nacional realizada pelo Ibope a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O porcentual de pessoas que se dizem preocupadas com o meio ambiente aumentou de 80%, em 2010, para 94%, em 2011. Além disso, 44% dos entrevistados afirmaram que a proteção ao meio ambiente tem prioridade sobre o crescimento econômico, comparado a 30% anteriormente. Só 8% disseram que o crescimento econômico é prioritário, e 40% acreditam que é possível conciliar ambos.

Com relação às mudanças climáticas, 79% acham que o aquecimento global é causado pelo ser humano, e o porcentual que considera esse aquecimento um problema "muito grave" aumentou de 47%, em 2009, para 65%, em 2011. Entre os entrevistados, 66% classificaram o aquecimento global como "um problema imediato, que deve ser combatido urgentemente".

É a terceira vez que a CNI encomenda uma pesquisa de opinião sobre meio ambiente ao Ibope, dentro da série Retratos da Sociedade Brasileira - que também já abordou temas como saúde e educação. Algumas perguntas são inéditas, enquanto outras são repetidas dos anos anteriores, permitindo comparações.

"A ideia é conhecer a opinião da sociedade sobre temas importantes. Com a chegada da Rio+20 (a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre em junho), resolvemos repetir a pesquisa sobre meio ambiente", diz o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do País, entre 2 e 5 de dezembro de 2011. As perguntas foram agrupadas em três grandes temas: meio ambiente; mudanças climáticas; e coleta seletiva e reciclagem de lixo.

O desmatamento é o problema ambiental que mais preocupa os brasileiros, citado por 53% dos entrevistados. Em seguida aparecem a poluição das águas, citada por 44% das pessoas, e o aquecimento global, com 30%.

Comportamento. Mais da metade dos entrevistados (52%) disse estar disposta a pagar mais por um produto ambientalmente correto, comparado a 24% que afirmaram não estar dispostos. Para 16%, a decisão "depende do quanto mais caro" custa o produto. Apenas 18%, porém, disseram ter modificado efetivamente seus hábitos de consumo em prol da sustentabilidade - por exemplo, preferindo produtos ecologicamente corretos ou deixando de comprar aqueles nocivos ao meio ambiente.

"Não basta saber a opinião das pessoas; queremos saber como elas se comportam com relação a essa opinião", afirma Fonseca. A maioria das pessoas disse que evita o desperdício de água (71%) e energia (58%), mas é difícil saber quanto disso é resultado de uma preocupação ambiental versus uma preocupação econômica com as despesas da casa.

Entre os dados que mais chamaram a atenção da CNI está o porcentual de pessoas que apontam a indústria como principal responsável pelo aquecimento global. A taxa passou de 25%, em 2010, para 38%, em 2011 - apesar de a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa no País ser o desmatamento, não a indústria.

As empresas agropecuárias - setor mais associado ao desmatamento - foram citadas por apenas 3% dos entrevistados. Além disso, 42% avaliaram que as iniciativas das empresas em prol da preservação ambiental mantiveram-se "inalteradas" nos últimos anos, assim como as dos governos (44%). Só 33% acharam que houve aumento de iniciativas ambientais nesses setores.

"Precisamos trabalhar muito sobre esses dados", disse o gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley de Souza Carneiro. "A indústria foi o setor que mais atuou pelo desenvolvimento sustentável nos últimos 20 anos."

Num esforço para mudar essa percepção, a CNI pretende lançar na Rio+20 uma série de 16 documentos temáticos mostrando o que cada setor da indústria - por exemplo, automotivo, de alimentação, mineração, energia - tem feito pelo desenvolvimento sustentável.

Reciclagem. Mais da metade dos brasileiros (59%), segundo a pesquisa, separa algum tipo de lixo para reciclagem, e 67% consideram a reciclagem "muito importante" para o meio ambiente. Porém, 48% dizem não ter acesso direto à coleta seletiva de lixo - índice que chega a 68% nas Regiões Norte e Centro-Oeste. Dados que mostram um descompasso entre a preocupação da população com o tema e a capacidade de fazer alguma coisa para resolvê-lo.

Com informações do Estadão

quarta-feira, 7 de março de 2012

Gestão ambiental do Porto de Itaqui está entre as cinco mais eficientes do país

O Itaqui, que em outros anos ocupou a 6ª posição, ficou à frente de grandes complexos portuários como Santos (SP), Recife e Suape (PE), Paranaguá (PR) e Rio de Janeiro (RJ).
Entre os 29 portos públicos submetidos aos critérios de Qualidade de GestãoAmbiental  da Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq), o Itaqui destacou-se em 5º lugar no país. A análise feita pela Antaq, em parceria com a Universidade de Brasília (UNB), adotou rigorosos critérios de avaliação ao criar um índice que deverá nortear daqui pra frente às decisões de negócios nos portos nacionais. O Índice de Qualidade de Gestão Ambiental dos Portos (IQGAPO) reúne avaliações das categorias econômico-operacionais, sociológico-culturais, físico-químicos e biológico-ecológicos.

O Porto do Itaqui, que em outros anos ocupou a 6ª posição, ficou à frente de grandes complexos portuários como Santos (SP), Recife e Suape (PE), Paranaguá (PR) e Rio de Janeiro (RJ). Pelo novo critério, o (IQGAPO) ganhou fundamentos científicos com a colaboração da Universidade de Brasília (UNB). Os resultados gerados pelo IQGAPO demonstram que, grande parte dos portos públicos brasileiros precisa de melhorias consideráveis na gestão ambiental. Para se ter uma ideia, somente 07 portos, e o Itaqui está incluído, alcançaram pontuação a partir de 50. Itajaí, em Santa Catarina, pelo índice ficou em primeiro lugar, com pontuação de 89,9.

"Mesmo diante de um cenário de expansão do nosso complexo portuário, conseguimos nos destacar entre os cinco portos públicos com a melhor performance ambiental. Foi possível conquistar este excelente resultado devido ao compromisso que a empresa tem em implementar novos projetos estratégicos e manter as suas operações alinhadas com os princípios da sustentabilidade, valorizando o meio ambiente, a saúde, segurança dos seus empregados e a responsabilidade social. O desafio agora é alcançar o 1º lugar!", enfatizou Emanoel Varão, Gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap).

Do Nordeste, dos 10 portos avaliados, o Itaqui ficou na segunda colocação do índice. Alcançou a pontuação de 59 contra 66,2 do Porto de Fortaleza (CE). Outro critério analisado e com destaque para o Maranhão foi o que avaliou os portos pelo tipo de carga movimentada (cargas gerais). Do total de 29 portos, 15 foram avaliados, o Itaqui ficou em 4º lugar, com 59 pontos.

Com relação às quatro categorias nas quais foram divididas o IQGAPO: econômico-operacionais, sociológico-culturais, físico-químicos e biológico-ecológicos, o Itaqui teve melhor performance na área sociológico-cultural, com 83,3 pontos e econômico-operacional, com 63,7 pontos, ocupando as 4ª e 2ª colocações no país. Cada categoria possui o seu peso específico, representado em porcentagem, para a composição do índice global.

O porto maranhense ficou bem colocado no item de maior peso, o econômico-operacional (59%). Entre os quesitos avaliados nesta área estavam: liberação das licenças ambientais; quantidade e qualificação dos técnicos ambientais, treinamentos e capacitação ambiental, auditoria, prevenção de riscos, comunicação das ações ambientais, agenda ambiental, entre outros. "Nosso foco é crescer de maneira sustentável e com responsabilidade social. Os resultados do IQGAPO nos indicam que estamos no caminho certo", finalizou Varão.

Fonte: O Imparcial