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sábado, 15 de setembro de 2018

PROTAGONISMO FEMININO E DERROTA DO FASCISMO, POR ION DE ANDRADE

As pesquisas eleitorais publicadas pelo Vox Populi, e em seguida pelo XP/Ipespe e Datafolha trouxeram resultados diferentes sobretudo em relação ao primeiro do Instituto Vox Populi.
Não vamos aqui fazer nenhuma análise de validade ou de viés proposital das pesquisas e vamos admitir a priori que as três pesquisas exprimem realmente os números que encontraram e que as diferenças entre elas sejam metodológicas decorrentes da seleção dos municípios, período da pesquisa, do nível de confiança de 95% (que não é e não pode ser 100%) e do erro 2 para mais 2 para menos.
A análise do conjunto desses dados revela que o único candidato que teve uma oscilação positiva e fora da margem de erro no período analisado foi Haddad. Se tomarmos períodos mais longos também Ciro (de 9 para 13 segundo o Datafolha) e Bolsonaro (de 22 para 26 segundo o Datafolha) tiveram crescimento fora da margem de erro, porém o candidato da extrema direita variou em torno de um eixo situado em 24 pontos, e o do PDT em torno de 11 pontos, o que torna o crescimento de ambos discutível, sobretudo porque a conjuntura já não é a mesma de uma semana atrás.
Porém a situação de Ciro não é a mesma de Bolsonaro. Houve dois fatos maiores, que não envolvem a candidatura Ciro Gomes ainda operando nessa conjuntura, que são susceptíveis de beneficiar candidaturas e que não podem deixar de ser considerados: o ataque a faca a Bolsonaro e o apoio de Lula a Haddad.
Entretanto, somente o apoio de Lula a Haddad produziu crescimento eleitoral fora da margem de erro, tanto segundo o Datafolha, de 9 a 13%, quanto segundo o Vox Populi de 12 a 22% em favor de Haddad. O Datafolha não exprimiu o dado dessa forma, "com apoio de Lula", como o fez o Vox Populi e o XP mas a pesquisa foi realizada no período em que o apoio de Lula já estava expresso, permitindo que o o fortalecimento da candidatura Haddad fosse captado.
Porém o mesmo não ocorreu com a candidatura Bolsonaro. O episódio do ataque, contrariamente a todas as previsões, não produziu aumento significativo do eleitorado do candidato.
Porém essa má notícia eleitoral para o candidato do PSL se acompanha de outras que não poderão deixar de se manifestar num futuro breve.
Imagem e Proposta
Como já afirmamos em artigo anterior, o êxito do ataque e a agora patente vulnerabilidade do candidato, sobre quem se erguia um mito de força e invulnerabilidade imprescindíveis ao seu discurso, arruínam de uma vez: (1) a sua imagem eleitoral que se mostra falsa e (2) a alma da sua campanha, a violência para a solução de conflitos que, força cega e indomável que é, o vitimou pessoalmente.
Atentemos para o fato de que, exceto pela hipnose fascista, a maioria do nosso povo rejeita a violência como forma de resolver problemas. Aliás, culturalmente cristãos, muitos a entendem como pecado. O ataque a faca carrega para esses milhões de brasileiros, o reconheçam ou não, um incontornável significado simbólico de castigo.
Com a imagem eleitoral e a proposta profundamente feridas, o discurso da candidatura, como um avião que perde as asas, não é mais sustentável. Acrescenta-se a isso o afastamento do candidato da campanha. 
Dissenções internas
O episódio do ataque a faca pressionou a coligação bolsonarista a uma crise interna. O candidato a vice, de patente militar superior à do candidato a presidente, (general x capitão), se insurgiu na coligação, recorrendo, sem consulta ou autorização dos seus aliados, ao TSE para ter direito de representar Bolsonaro nos debates televisivos. O episódio que exprime para a opinião pública uma crise de confiança interna de implicações imprevisíveis, vamos imaginar o que poderia ocorrer nos contextos de pressão inerentes ao exercício do Poder Executivo, terá, obviamente, implicações eleitorais.
O fator feminino
Como se não bastassem os péssimos resultados da extrema direita entre as mulheres, elas resolveram se organizar. Hoje os grupos de mulheres contra Bolsonaro nas redes sociais já reagrupam mais de 2 milhões. Ora, com cerca de 70 milhões de eleitoras no Brasil, essa cifra vem a significar hoje, a enormidade de uma eleitora a cada 35 mulheres.
Esse movimento suprapartidário, não nos enganemos, é o maior fenômeno político da contemporaneidade no Brasil, depois da criação do PT nos anos 80. Ele revela não apenas um apego inegociável das mulheres à democracia, pois são antifascistas, como demonstra também a necessidade, essa de longo prazo, de um protagonismo feminino de peso nos assuntos que interessam às mulheres e estão para além dos limites ideológicos e partidários.
Ora, ter uma mulher pintada para guerra a cada 35 num movimento que não para de crescer é um pesadelo para forças que já não podem agora declarar-se não machistas.
Esclarecer a opinião pública
Para que a mensagem contida na conjuntura possa surtir os efeitos eleitorais desejados, é imprescindível que as forças democráticas possam decodificá-las para o amplo entendimento dos eleitores.
Portanto:
É preciso manter firme a crítica à violência como forma de resolução de conflitos, em linha com os valores e tradições do nosso povo,
É preciso demonstrar que a confiança interna a uma coligação é elemento crucial para a governança e, mais importante que tudo;
É preciso assumir ostensivamente uma agenda de igualdade de gêneros que possa fazer justiça às mulheres.
Conclusões
Há quatro componentes mesclados nessas eleições de 2018.
O primeiro deles, mais óbvio, é eleitoral no sentido estrito. Temos que escolher um presidente e parlamentares para a governança da máquina pública. A vitória para a democracia nesse item é eleger um candidato democrata comprometido com as aspirações das maiorias.
O segundo elemento emerge do fato de que devemos nos esforçar para que essas eleições exprimam de forma plebiscitária uma rejeição ao golpismo. Portanto, um segundo turno que pudesse ter candidatos que não apoiaram o golpe (Haddad x Ciro) seria a fórmula mais clara de exprimir essa rejeição.
O terceiro elemento é o componente antifascista dessas eleições. A vitória nesse caso é vencer a extrema direita pela via democrática, preferentemente excluindo-a desde já do segundo turno das eleições.
O quarto é a emergência de um incontornável protagonismo feminino que ganhou autonomia política, tem pauta antifascista e em breve terá, para além dos partidos, protagonismo para o atendimento à grande pauta não atendida de interesse das mulheres.
Os dois primeiros elementos são políticos o terceiro e quarto elementos são civilizatórios.
É óbvio, portanto que as candidaturas Haddad e Ciro são complementares se quisermos ter êxito nesses quatro componentes, eleger um democrata, rejeitar o golpe, rejeitar o fascismo e assumir os compromissos necessários com a agenda das mulheres.
Esse quarto elemento, novo na política e que veio para ficar, precisa ser analisado com todo o cuidado pelos democratas.
Segundo o Datafolha, enquanto Haddad e Ciro têm ambos 13% dos votos entre homens e mulheres, igualmente, Bolsonaro tem 35% dos votos dos homens, (cerca de 17 a 18% do eleitorado total), mas apenas 18% dos votos femininos, ou cerca de 9% do eleitorado total.
A organização ativa das mulheres (uma eleitora a cada 35 no front) tende pelo menos a manter esses números onde estão, se é que não o reduzirão.
Isso significa que para ter 50% mais um dos votos, a extrema direita precisaria ter 84% dos votos masculinos. Percebam que com apenas 18% das mulheres, que representam 9% do eleitorado total, Bolsonaro precisaria ter 42% do eleitorado formado por homens, dos cerca de 50% que eles representam (84% dos homens + 18% das mulheres equivale a 42% do eleitorado + 9% do eleitorado = 51%). As mulheres ergueram na frente da "marcha triunfante" extrema direita uma muralha muito difícil de ser transposta.
Reconheçamos todos que se conseguirmos manter o Brasil dentro do mundo civilizado teremos uma dívida nacional impagável para com as mulheres.
Blog do Ion de Andrade

terça-feira, 17 de abril de 2018

LULA LIDERA com 47% das INTENÇÕES de VOTOS NOS DOIS TURNOS, aponta Vox Populi

O PT encomendou ao Instituto Vox Populi e registrou no Tribunal Superior Eleitoral, pesquisa com dois cenários distintos para o primeiro turno das eleições presidenciais.
Nos dois casos, o ex-presidente Lula lidera com 47% das intenções de voto.
A pesquisa foi realizada no período de 13 a 15 de abril. O Vox Populi fez 2000 entrevistas, aplicadas em 118 municípios. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
A leitura, de acordo com o instituto, é de que Lula não perdeu votos, mas sim cresceu em alguns cenários. E que a percepção de injustiça na prisão do ex-presidente é grande.
A pesquisa estimulada aponta que o ex-presidente lidera com folgas, com os supracitados, 47% dos votos.
Em segundo vem Jair Bolsonaro (PSL), com 11%. Em seguida aparecem Joaquim Barbosa (PSB) e Marina Silva (Rede), com 9% e 7% respectivamente.
O Vox Populi apresenta dois cenários: no primeiro o candidato do MDB é Henrique Meirelles. Já no segundo o postulante é o presidente Michel Temer.
A pesquisa aponta que, mesmo na prisão, Lula derrotaria adversários com folga
Veja os resultados dos cenários pesquisados no 1º turno:
Cenário 1 (Se Henrique Meirelles for o candidato à presidência do MDB):
Lula (PT): 47%
Jair Bolsonaro (PSL): 11%
Joaquim Barbosa (PSB): 9%
Marina Silva (Rede): 7%
Geraldo Alckmin (PSDB): 3%
Ciro Gomes (PDT): 2%
Álvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
Manuela D’Ávila (PC do B); Rodrigo Maia (DEM); Guilherme Boulos (PSOL): 0
Em branco / Nulo / Nenhum: 13%
Não sabe/ Não respondeu: 3%
Cenário 2 (Se Michel Temer for o candidato do MDB):
Lula (PT): 47%
Jair Bolsonaro (PSL): 12%
Joaquim Barbosa (PSB): 9%
Marina Silva (Rede): 7%
Geraldo Alckmin (PSDB): 3%
Ciro Gomes (PDT): 2%
Álvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
Manuela D’Ávila (PC do B); Rodrigo Maia (DEM); Guilherme Boulos (PSOL): 0
Em branco / Nulo / Nenhum: 12%
Não sabe/ Não respondeu: 6%
Do Jornal do Brasil/Blog da Cidadania

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Pesquisa aponta que Lula foi condenado injustamente

A condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4 no dia 24 não surpreendeu, não custa repetir. Seguiu-se o modelito recortado em Curitiba com um adendo ou dois a mais, quais sejam o aumento da pena, por unanimidade dos três julgadores, mais a possibilidade de prisão imediata do ex-presidente, tão logo julgados os embargos declaratórios – a menos que a defesa de Lula consiga o efeito suspensivo da pena, o que não parece tão fácil dado o cerco a que estão submetendo o ex-presidente.
Não deixou de surpreender também a predominância da Teoria do Domínio do Fato, usado pelo relator para justificar o aumento da pena de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês, numa estratégia, ao que consta, para evitar a prescrição do julgado. O que também é discutível, como de resto todo esse processo é discutível e polêmico, menos para a Globonews que o tem como o mais santificado de todos os que têm passado pela justiça brasileira. A propósito, como é indisfarçável a crença dos comentaristas da Globonews na lisura de todo esse processo, tido agora como se fosse um prolongamento do mensalão de triste memória. Ora, não há a menor visão crítica do que se passou em Curitiba e Porto Alegre, sequer a equidistância se exige do comentarista ao abordar o assunto em pauta. Não se discutiu e nem se discute o que pode ter sido, por exemplo, um excesso de zelo de algum dos desembargadores – cujos nomes não vão entrar nesse texto, por desnecessário – nem a deselegância de não terem sequer levado em conta a sustentação oral do advogado Cristiano Zanin, ao menos para contestar um ponto ou outro da defesa. Não, não era necessário. Os votos estavam prontos, a decisão do relator foi obedecida por todos, portanto, por que perder tempo em ser elegante com a defesa?
Na verdade, deu-se o contrário: partes da sentença condenatória do juiz de primeiro grau, Sérgio Moro, foram lidas e relidas varias vezes ao longo do julgamento, o que também não chegou a ser uma novidade, desde que o presidente do TRF de Porto Alegre, Thompson Flores, antes mesmo de ler a sentença de Moro, ao ser tornado pública, a considerou um primor, irretocável. Era a senha para a condenação que viria a seguir, com o agravamento do aumento da pena e a possibilidade da prisão do ex-presidente, esgotados os recursos, lá mesmo no âmbito do TRF-4. Tudo isso significa dizer que a rigor o julgamento não trouxe novidades de maior monta, apenas dificulta a caminhada de Lula e do PT para que o ex-presidente volte a governar o país. Quando eu disse, no último texto aqui publicado, que o juiz era o réu, deu-se o que se previa: o juiz foi absolvido e o réu de fato foi condenado. Como estava escrito.
A propósito, como as pessoas que acompanharam não apenas o julgamento como a saga do ex-presidente viram tudo isso? Nesse sentido, é oportuna a primeira e inédita consulta que o Instituto Quaest, de Belo Horizonte, fez aos brasileiros que têm conta no Facebook, atingindo nada menos de 310 mil pessoas entre os dias 24 e 25 de janeiro agora, com perguntas formuladas pelo Vox Populi em survey face-a-face. Das 310 mil pessoas, 2.980 foram sorteadas aleatoriamente, aponta o relatório, para compor uma amostra representativa do eleitorado brasileiro. Usando dados oficiais do IBGE e do Facebook, o Quaest ponderou a amostra para garantir representatividade de atributos como sexo, idade e região. De forma que o resultado final estima as opiniões e atitudes do eleitorado brasileiro proporcional ao encontrado fora do Facebook.
O primeiro dado da pesquisa refere-se ao nível de conhecimento do que o TRF-4 estava julgando e mostra que 93,5 dos pesquisados sabiam do que se tratava e apenas 6,5 por cento não sabiam. Ao perguntar se na opinião do entrevistado o TRF-4 agiu certo ou errado ao condenar Lula, 3,1 por cento não souberam responder, 42 por cento disseram que agiu certo e 54,7 por cento sentenciaram que agiu erradamente. Perguntado se o juiz Sérgio Moro, autor da primeira condenação, provou ou não que o tríplex era mesmo de Lula, 4,3 por cento não souberam opinar, 39,0 responderam que Moro conseguiu provar e 56,6 por cento disseram que ele não conseguiu provar que o apartamento é de Lula.
O Quaest quis saber se Lula recebe o mesmo tratamento da justiça que outros políticos, como Michel Temer e Aécio Neves. 3,3 por cento não souberam opinar, 37,2 por cento acham que a justiça não trata Lula de forma  mais dura e 59,5 responderam que a justiça trata sim Lula de forma mais dura. Se Lula cometeu mais erros ou acertos quando governou o pais, os entrevistados do Quaest disseram: 3,3 por cento não opinaram, 37,4 responderam que ele errou mais do que acertou e 59,3 por cento disseram que ele cometeu erros, mas fez muito mais coisas certas do que erradas em benefício do povo e do país. Nada menos de 42,9 por cento dos consultados, diante da condenação e da inelegibilidade momentânea do ex-presidente, disseram que Lula não deveria se candidatar a presidência da República, ao passo que 55,7  por cento responderam que deveria poder ser candidato em 2018. Cerca de 1,4 por cento não souberam opinar. A consulta inédita de certa forma reflete o que as pesquisas eleitorais vêm mostrando ao longo de todo o ano passado, quando os mais diversos institutos de pesquisas, como o Ibope, o Datafolha ou o Paraná,  vêm apontando a liderança e o crescimento do ex-presidente na preferência do eleitorado – uma das razões, certamente, do resultado emanado tanto de Curitiba como de Porto Alegre, que coloca Lula hoje na condição de inelegível e sujeito à prisão, a despeito da decisão do PT de manter a sua candidatura como forma de legitimá-la na consciência popular e de enfrentar resultados judiciais que parecem feitos para tirar o ex-presidente do páreo.
247

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Nova pesquisa Vox Populi Lula segue vencendo com 42% em todos os cenários e Luciano Huck da Rede globo só tem 4%

No site da CUT, a nova pesquisa Vox Populi mostra um quadro eleitoral virtualmente inalterado nos últimos meses e, mesmo com uma variação no índice obtido por Lula ele continuaria vencendo no primeiro turo, poque seus 42% superam a soma dos demais candidatos. A pesquisa simulou um segundo turno com diversos candidatos e, também assim, o petista vence com folga a qualquer deles.
Luciano Huck, o coelho que querem tirar da cartola, aparece com apenas com 4% na versão em que foi apresentado e chega a ínfimos 14% num eventual segundo turno com Lula.
Os dados da pesquisa, a seguir, com informações da CUT.
Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores, o petista tem 42% das intenções de voto contra 16% do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
A diferença das intenções de voto entre Lula e os demais candidatos é maior ainda. A ex-senadora Marina Silva (Rede), vem em terceiro lugar, com 7%. Em quarto está o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com 5%, seguido pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), com 4%.
Empatados, com apenas 1% cada, estão o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) e a ex-deputada Luciana Genro (PSOL-RS).
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o provável candidato do PV Eduardo Jorge (SP) e presidente Michel Temer (PMDB-SP) não pontuaram. Têm zero de intenção de voto.
Nesse cenário, brancos e nulos somam 15%. Não sabem ou não responderam 8% dos entrevistados.
Na simulação que acrescentou o nome do apresentador Luciano Huck, há uma pequena variação dentro da margem de erro da pesquisa estimulada. Lula aparece com 41% das intenções de votos contra 2% de Huck.
Os outros candidatos mantiveram o mesmo percentual. E o índice dos que não sabem ou não responderam é de 7%.
Na simulada com Alckmin, que não sai dos 5% das intenções de votos, Lula mantém os 42%, Bolsonaro vai para 17% e Marina para 8%. Ninguém, brancos e nulos, 16%; e não sabem ou não responderam 8%
Já na simulação contra o prefeito de São Paulo, João Doria  (PSDB-SP), que foi citado por apenas 3% dos entrevistados, Lula sobe para 43% – Marina continua com 8% e Ciro, com 5%. Ninguém, branco e nulo vai para 17% e, não sabem ou não responderam 7%.
Intenção espontânea de voto
A intenção de votos espontânea em Lula é o dobro da soma dos demais candidatos, levando-se em consideração Bolsonaro – o candidato do mercado, segundo a Folha – e ainda uma disputa que tenha no páreo os dois tucanos que brigam para ser candidato de partido, Alckmin e Doria.
Nesse cenário, Lula está em primeiro lugar, com 35% das intenções de votos; Bolsonaro em segundo, com 10%; Marina, em terceiro, com 2%. Alckmin, Doria e Ciro empatam, com apenas 1% dos votos cada. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), zerou novamente.
6% dos entrevistados disseram que vão votar em outros candidatos, 18% vão de ninguém a branco e nulo; e, 26% não sabem ou não responderam.
2º turno
O levantamento mostra que Lula também ganharia de todos os candidatos nas disputas de segundo turno contra Bolsonaro, Alckmin, Doria, Marina e Huck.

Se o candidato for Doria, Lula atinge 51% das intenções de voto contra 14% do prefeito de São Paulo. O percentual de brancos e nulos é de 26% e os que não sabem ou não responderam 9%.
Nos cenários contra Alckmin ou Huck o governador e o apresentador teriam 14% dos votos cada. Lula teria 50% em ambos os cenários.
Se o candidato for Huck, os brancos e nulos sobem para 28% e não sabem ou não responderam cai para 8%. Se for Alckmin, os brancos e nulos atingem 27% e não sabem ou não responderam 9%.
No cenário com Bolsonaro, Lula teria 49% contra 21% do deputado do PSC. Outros 23% seriam votos brancos e nulos e, 8%, não sabem ou não responderam.
No cenário em que a candidata é Marina, Lula tem 48% e a candidata da Rede 16%. Brancos e nulos sobem para 27% e não sabem ou não responderam 8%.

Tucanos são campeões em rejeição 

Os tucanos Alckmin e Doria empataram no índice de rejeição, com 72% dos entrevistados afirmando que não votariam neles com certeza. Outros 14% dizem que poderiam votar no Alckmin e 16% em Doria. O percentual dos que dizem que votariam com certeza foi de 6% em Alckmin e 3% em Doria.
O segundo mais rejeitado é Ciro Gomes: 71% não votariam de jeito nenhum nele, 14% poderiam votar e 5% votariam com certeza. Luciano Huck vem em seguida, com rejeição de 66% (não votariam nele), 21% poderiam votar e 5% votariam com certeza.
Em rejeição, Marina Silva aparece tecnicamente empatada com Huck. 65% dizem que não votariam na possível candidata da Rede, 19% poderiam votar e 8% votariam com certeza.
Jair Bolsonaro tem 60% de rejeição. Outros 14% poderiam votar nele e 16% votariam com certeza.
Com o menor índice aparece Lula. 39% dos entrevistados afirmam que não votariam no ex-presidente contra 15% que poderiam votar e 41% que votariam com certeza.
A nova rodada da pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada em 118 municípios. Foram entrevistados 2000 brasileiros com mais de 16 anos de idade, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, em todos os segmentos sociais e econômicos.
A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
 Do tijolaço

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Lula cresce em pesquisas de “esquerda” e de “direita” após condenação por Moro, segundo Eduardo Guimarães

As pesquisas eleitorais mais recentes sobre a sucessão presidencial de 2018 confirmam tendência que já dura mais de ano de a maioria esmagadora do eleitorado dar uma banana para os candidatos dos muito ricos e apostar nos extremos.

Nesse aspecto, Lula e Jair Bolsonaro disputam a preferência do eleitorado enquanto que candidatos ligados ao establishment amargam o preço da impopularidade de Temer. Quando se fala em candidatos ligados ao establishment, obviamente que se está falando de tucanos.

O que mostra a preferência do eleitorado pelos tucanos é uma pesquisa realizada pela XP Investimentos que indica Geraldo Alckmin e João Dória como os candidatos a presidente preferidos pelos investidores do mercado financeiro.

A mesma apuração prevê queda das ações da bolsa de valores caso Lula ou Jair Bolsonaro conquistem um mandato presidencial.

Os dados foram coletados na primeira semana de agosto. Foram ouvidos 168 investidores institucionais e 400 assessores das principais instituições do mercado financeiro brasileiro.

Na pesquisa, 42% dos operadores do mercado financeiro cravaram o nome de João Dória como candidato preferido, enquanto que 38% preferem Alckmin. Lula ficou com 6%, Marina Silva e Jair Bolsonaro, 3% cada. Álvaro Dias, 2%.

Se depender do eleitorado brasileiro, porém, os banqueiros ficarão a ver navios. Duas pesquisas eleitorais recentes mostram a mesma coisa, apesar de apresentarem números diferentes.

No dia 3 de agosto, pesquisa Vox Populi feita para a Central Única dos Trabalhadores apontou melhora na imagem do ex-presidente Lula, que, nessa pesquisa, bate os concorrentes em qualquer cenário.

O levantamento ouviu 1999 eleitores em todos os estados e no Distrito Federal entre 29 e 31 de julho – bem depois, portanto, de o juiz Sergio Moro determinar a pena de nove anos e meio de prisão para Lula.

Um dado em particular chamou atenção: continua a melhorar entre os eleitores a percepção de que o ex-presidente é honesto. Seis meses atrás, 30% lhe atribuíam essa característica. Na última pesquisa, o índice chegou a 35%. O petista também foi mais bem avaliado em outros quesitos, como competência e credibilidade.

A pesquisa afirma ser “majoritária” a visão de que não ficou provado que o apartamento no Guarujá pertence ao ex-presidente (42% a 32%). Afirma, também, que Moro trata com mais rigor Lula e o PT (44% a 42%).  

Nos dois cenários mais prováveis, com Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, no primeiro cenário, e João Doria, no segundo, Lula mostra crescimento após a condenação por Moro.  
Nas projeções de 2º turno, Lula venceria de lavada qualquer adversário, com cerca de 50% contra média de vinte e poucos por cento de qualquer adversário – Alckmin, Doria, Marina ou Bolsonaro.

É claro, porém, que os adversários de Lula dirão que a pesquisa CUT/Vox Populi é tendenciosa – isenta são as pesquisas ligadas à mídia antipetista, para essas pessoas. Mas, seja como for, qualquer pesquisa, seja ligada aos grandes grupos de mídia ou a pesquisa associada à esquerda (Vox Populi) mostram a preponderância de Lula.

O dado importante, porém, é que uma pesquisa ligada à grande mídia acaba de mostrar a mesma coisa que a pesquisa “petista”.

A pesquisa Datapoder 360 foi divulgada por site criado pelo jornalista Fernando Rodrigues, ligado umbilicalmente ao grupo Folha de São Paulo. Essa pesquisa também mostra melhora das intenções de voto de Lula após ter sido condenado por Sergio Moro.
A pesquisa mostra que Lula cresceu, pontuando em agosto 31% e 32%, nos 2 cenários testados. Em julho, antes de ser condenado à prisão pelo juiz Sérgio Moro, Lula tinha, segundo o Datapoder 360, de 23% a 26% de intenções de voto.

Segundo o veículo ligado ao antipetismo, “A pena imposta pelo magistrado parece ter feito bem ao petista”.

A pesquisa do DataPoder360 foi realizada por telefone (com ligações para aparelhos fixos e celulares) de 12 a 14 de agosto. Foram feitas 2.088 entrevistas em 197 cidades.
Sobre questionamentos por a pesquisa ter sido feita por telefone, O Datapoder 360 se defende dizendo que “Os levantamentos telefônicos permitem alcançar segmentos da população que dificilmente respondem a pesquisas presenciais”.

Em termos técnicos, porém, pesquisa por telefone é inferior à metodologia do Vox Populi, instituto consagrado no mercado há décadas. Mas, seja como for, a pesquisa ligada ao antipetismo, apesar de mostrar Lula com muito menos votos que na pesquisa “petista”, mostra a mesma coisa que ela: Lula crescendo após ter sido condenado.
Como se vê, a pesquisa “antipetista” diz a mesma coisa que a pesquisa “petista”, ou seja, que Lula se fortaleceu após ter sido condenado por Moro. E mostra que, se o petista for impedido de disputar, seus votos vão para… ninguém.  Antes de explicar o que isso significa, vejamos cenários sem Lula.  
Sem Lula na disputa, votos brancos e nulos disparam. Nos 2 cenários, o resultado é praticamente o mesmo. Sem Lula e com Alckmin na disputa, 45% dos entrevistados votam branco/nulo ou estão indecisos. Com Doria e sem Lula, 44% votam em branco/nulo ou ficam indeciosos.

O que significa isso? Que, sem Lula, seu eleitor espera uma sinalização sobre em quem votar. De quem viria a sinalização? De Lula, obviamente.

A pesquisa antipetista, portanto, sugere que a maioria quer votar em Lula e, se não puder votar nele, deverá votar em quem ele indicar.

As razões para esse cenário sobre a sucessão presidencial são fáceis de entender. Os tucanos estão amargando a aliança com o presidente mais impopular da história, Michel Temer. Marina Silva sofre o efeito de ter se aliado a Aécio Neves, outro zumbi político.

Bolsonaro é o candidato dos extremistas de direita que acreditam que ele não está envolvido em escândalo por ser honesto e não por todos os grupos políticos importantes e que tinham como avançar sobre o Erário terem preferido se manter longe de sua verborragia nazifascista.

Ou seja: se Bolsonaro não está metido em nenhum escândalo, pode ter sido por absoluta falta de oportunidade.

O Blog da Cidadania vinha prevendo que Lula recuperaria prestígio desde o início de 2016, antes de sua condução coercitiva, quando o petista havia despencado na preferência popular. A operação da Polícia Federal contra ele, em março de 2016, começou a sugerir ao público que o ex-presidente estava sendo perseguido.

Esse processo de consolidação das candidaturas Lula e Bolsonaro deve continuar por conta do literal apodrecimento da economia e das condições de vida dos brasileiros. Apesar da acomodação do desastre, os brasileiros não vão ver a cor das condições de vida a que estavam acostumados até 2014, pouco antes de a direita midiático-judicial-policial sabotar o país.

É o que sugere o índice Country RepTrak deste ano, segundo o Reputation Institute.

O Brasil despencou sete posições no ranking de países com a melhor reputação global. O país aparece em 31º lugar na lista que inclui 55 nações de várias partes do mundo. E agora aparece atrás de países que não costumavam ter uma imagem internacional melhor do que ele, como Argentina (30º) e Chile (29º).
O empobrecimento vai se acelerar devido aos cortes draconianos dos gastos públicos, do corte nos programas sociais e, sobretudo, na reforma trabalhista, que vai diminuir consideravelmente a qualidade dos empregos e o valor real dos salários.

A conclusão a que se chega é a de que a esquerda deve chegar forte à eleição de 2018. E que Lula, se não puder ser candidato, será um fortíssimo cabo eleitoral. Até porque o juiz Sergio Moro, ao não conseguir provar a culpa do inimigo, sugeriu aos brasileiros que Lula é vítima de um complô da elite carnívora que infesta o Brasil.

GGN

domingo, 30 de abril de 2017

A aprovação de Lula 2018 indica o fracasso do golpe e da velha mídia encabeçada pela Globo

A liderança de Lula para 2018 revela o fracasso do golpe e da velha gande mídia.
Desculpem a nossa falha

A liderança de Lula em todos os cenários para a disputa eleitoral de 2018 revela o fracasso do golpe.

Mas não só isso.
É a derrota da velha mídia.
A Globo é a expressão maior de um tipo de comunicação que ficou para trás, assim como, num passado mais distante, a carta já foi o caminho mais rápido e seguro da informação.

Nada superaria a pena de Pero Vaz de Caminha para comunicar a celebrar a descoberta de um novo mundo.

A Globo, com seus jornais, rádios e TV, era imbatível quando podia fazer a edição de um debate presidencial sem contestação.

Também podia confundir a população ao mostrar um comício das diretas já em São Paulo e dar a entender que se tratava de uma festa pelo aniversário da cidade.

Também podia mostrar o Brasil das belezas naturais, gigante por natureza, como a pororoca do Amazonas no tempo de Amaral Netto, e esconder a tortura que acontecia nos porões da ditadura.

Hoje não é mais assim.
A Globo deu, imediatamente começa a ser contestada, em tempo real, na internet.

Na véspera da greve geral, o principal jornal da emissora gastou mais de dois minutos de seu tempo com as gracinhas trocadas entre William Bonner, Renata Vasconcellos e Maria Júlia Coutinho, a MÁ-JÚ, e nem um segundo com a notícia de que estava sendo organizada a paralisação gigante.

Numa linguagem que eles acham moderna, inteligente e engraçada, disseram que a temperatura ia cair, mas William Bonner e Renata Vasconcelos não noticiaram que, naquele mesmo instante, já se sabia da decisão tomada em assembleias lotadas – com gente de carne e osso –, que deixaria a população das grandes cidades a pé.

No dia seguinte, era nítido o engessamento dos repórteres da cobertura da maior greve da história do Brasil, ocorrida na sexta-feira, dia 28.

Não podiam falar greve geral e tinham de dar ênfase ao papel dos sindicatos na organização da paralisação – se sindicato não liderar greve, quem vai liderar?
Em outros tempos, esse tipo de manipulação demoraria para ser debatido pelo grande público.

Agora é imediato.
O conluio que existe entre a Globo e uma autoridade menor da república, o juiz de primeira instância Sérgio Moro, produz estrago, é verdade.

Mas não dura tanto como no passado.
A leitura de grampos ilegais que procuravam destruir a imagem de Lula e Dilma e a apresentação com power point do procurador Dallagnol aconteceram há um ano, um pouco menos, mas parecem muito mais antigos.

São cenas que, relembradas, ainda causam repugnância nas pessoas que amam a Justiça e a decência cívica.

Mas, sob certo aspecto, já podem ser vistas como os discursos dos militares que pregavam o Ame-o ou Deixe-o ou as entrevistas do delegado Fleury.

Se você olhar atentamente para Bonner e Renata na bancada no Jornal Nacional, você já começa a ver neles a semelhança física com os militares ou o delegado.

Uns torturavam gente, os outros espancam os princípios do jornalismo.

No final das contas, o que fazem é a mesma coisa: defendem o interesse dos mais ricos.

É, em estado puro, o que se pode definir como plutocracia.

Se ainda alguém se surpreende quando vê Lula na dianteira das pesquisas para presidente, não pense que é por ele apenas.

É o tempo.
O Brasil é o País da desigualdade e o combate a ela é a ideia que faz do seu portador um homem invencível.

Nem um exército de Moro, Bonner e Renata Vasconcelos conseguem deter o espírito do tempo.

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PS: 1) O texto não menciona uma única vez o nome de Michel Temer. Este já está com o destino selado: será, para sempre, visto como um homem da estatura histórica de Joaquim Silvério dos Reis.

2) O golpe fracassou como instituto político, mas seus efeitos são vigorosos e, por enquanto, intactos: o massacre dos direitos sociais.

Do DCM

Aprovação a Moro cai e lava jato já não é consenso, Vox Populi

"Há quem pense que a Operação Lava Jato é um consenso nacional. Que seus agentes são vistos como heróis pelo povo, que respalda com entusiasmo tudo que fazem", diz Marcos Coimbra, presidente do instituto Vox Populi; mas ele pondera que para frustração dos articuladores da estratégia combinada com a mídia para potencializar os efeitos da operação, os efeitos a um ano da eleição presidencial de 2018 não são os que eles esperavam,

"Apresentados há três anos como os paladinos desse combate, os responsáveis por ela deveriam, a essa altura, ser aclamados por todos Esse consenso não existe, no entanto; questionados a respeito da atuação do juiz Sérgio Moro, não chega a 50% a proporção dos que acham que ele 'faz uma luta justa e usa métodos corretos'. No inverso dos 100% que deveríamos ter na avaliação do trabalho de um magistrado, apenas 47% concordam com o enunciado de recente pesquisa CNT/Vox Populi.

"Há quem pense que a Operação Lava Jato é um consenso nacional. Que seus agentes são vistos como heróis pelo povo, que respalda com entusiasmo tudo que fazem. Pelo menos os cidadãos de bem, pois quem, senão os bandidos, poderia fazer-lhe algum reparo?", questiona o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do instituto Vox Populi, em novo artigo na revista Carta Capital.

Ele mostra em números como a estratégia montada por políticos, membros do Judiciário e imprensa não está mais dando certo, pelo menos se a pretensão é ter êxito nas eleições presidenciais de 2018.
"A Lava Jato foi construída pela imprensa conservadora como a vanguarda da luta contra a corrupção, e normal seria que tivesse 100% de aprovação.

 Apresentados há três anos como os paladinos desse combate, os responsáveis por ela no Judiciário, no Ministério Público e na Polícia Federal deveriam, a essa altura, ser aclamados por todos Esse consenso não existe, no entanto. Ao contrário, embora ainda tenha boa acolhida, o que vemos é, a cada dia que passa, diminuir o apoio de que desfruta. Na mais recente pesquisa CNT/Vox Populi, isso fica claro", escreve Coimbra.

Quando perguntados a respeito da atuação do juiz Sérgio Moro, não chega a 50% a proporção dos que acham que ele 'faz uma luta justa e usa métodos corretos'. No inverso dos 100% que deveríamos ter na avaliação do trabalho de um magistrado, apenas 47% concordam com o enunciado.

A discordância em relação aos métodos utilizados pelos agentes da Lava Jato é nítida nas respostas à pergunta a respeito de se é correto acusar Lula 'sem provas, mas com convicções', como eles próprios disseram. A proporção dos que acreditam ser isso errado é de 68%, enquanto somente 28% estão de acordo.

"No fundo, o teste do verdadeiro apoio que recebe da população é indireto. Ela (a Lava Jato) – e a imensa máquina de propaganda que a imprensa conservadora montou para potencializar seu impacto – está se revelando incapaz de provocar as mudanças que buscava. Pelo que as pesquisas mostram, se o povo puder escolher livremente os candidatos na próxima eleição presidencial, vai acontecer o oposto do que esses personagens querem", diz o presidente do Vox Populi.

Para fechar a conta, Coimbra lembra que "a insistência no discurso anticorrupção se acentuou depois da chegada do PT ao poder. Quando Lula venceu a eleição de 2002 e começou a fazer um governo com larga aprovação popular, seus adversários na política, nos aparelhos de Estado e na sociedade enxergaram na manipulação do estereótipo um meio para enfraquecê-lo, uma vez que denunciá-lo por incompetência se mostrava difícil".

Do 247