Líder do
PMDB no Senado, Renan Calheiros afirmou nesta quinta-feira 27 que o texto que
destruiu conquistas da CLT, chamado pelo governo Michel Temer de "reforma
trabalhista", não deve ser aprovado pelo Senado; "Não acredito que
essa reforma saia da Câmara e chegue aqui, ao Senado Federal - reforma de
ouvidos moucos, sem consultar opiniões, reforma que só interessa à banca, ao
sistema financeiro, rejeitada em peso e de cabo a rabo pela população",
disparou; para Renan, a proposta vai aprofundar a desigualdade social.
"Querem um Brasil para 70 ou 80 milhões de pessoas. Somos 200 milhões e
não podemos simplesmente fazer de conta que não existem 120 ou 130 milhões de
pessoas. Com essa reforma, elas podem voltar a ficar excluídas; são empurradas
de volta para guetos onde padece a legião de 'ninguéns'"
O líder do
PMDB no Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta quinta-feira, 26, que o texto
que destruiu conquistas da Consolidação das Leis Trabalhistas, chamado pelo
governo Michel Temer de "reforma trabalhista", não deve ser aprovado
pelo Senado do jeito que a Câmara aprovou.
"Não
acredito que essa reforma saia da Câmara e chegue aqui, ao Senado Federal -
reforma de ouvidos moucos -, sem consultar opiniões; reforma que só interessa à
banca, ao sistema financeiro, rejeitada em peso e de cabo a rabo pela população;
reforma tão malfeita, que chega a constranger e a coagir a base do próprio
Governo. Por isso ela vai e volta, de recuo em recuo", declarou Renan.
Para o
ex-presidente do Senado e um dos mais críticos ao governo Temer, a reforma é
"injusta", porque retira direitos dos trabalhadores. "Ela
rebaixa os salários, é sua consequência mais imediata e perversa. Ela pretende
deixar o trabalhador sem defesa, condenado a aceitar acordos que reduzem a
remuneração, suprimem reajustes e revogam garantias no emprego. Todos sabemos
que a acordos forçados em plena recessão, com 13 milhões de desempregados e com
o desemprego aumentando mês a mês, é pedir que se aceite a crueldade como
caridade", criticou.
Renan
Calheiros disse também que proposta vai aprofundar a desigualdade social.
"Esse discurso é usado para seduzir uma parcela da sociedade e garantir o
avanço da retirada de direitos. Querem um Brasil para 70 ou 80 milhões de
pessoas. Somos 200 milhões e não podemos simplesmente fazer de conta que não
existem 120 ou 130 milhões de pessoas. Com essa reforma, elas podem voltar a
ficar excluídas; são empurradas de volta para guetos onde padece a legião de
'ninguéns'".
Do 247