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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

TSE DERRUBA MAIS FAKE NEWS CONTRA HADDAD

Foto: Divulgação PT
Em duas decisões, o ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que seja retirada da internet postagens com conteúdos falsos sobre o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.
Em uma das representações, a coligação O Povo Feliz de Novo, de Haddad, solicitou a retirada de 222 conteúdos do ar, espalhados por redes sociais como Twitter e Facebook, alegando que tais publicações seriam inverídicas, difamatórias e injuriantes.
Horbach concedeu a retirada de apenas uma postagem, que para o ministro é manifestamente falsa e potencialmente lesiva à honra de Haddad. Na publicação, o candidato do PT é associado a uma suposta estratégia de disseminação de notícias inverídicas sobre o adversário Jair Bolsonaro (PSL). 
Em relação às demais postagens, Horbach considerou que estariam aptas a continuar no ar por serem uma expressão da opinião do eleitor, reproduções de matérias jornalísticas ou críticas à urna eletrônica.
“Tais conteúdos, por óbvio, não se enquadram entre aqueles cuja remoção é autorizada pela legislação eleitoral, o que faria com que a eventual concessão da liminar pleiteada consubstanciasse inconstitucional ato de censura”, escreveu o ministro.
Em outra decisão anterior, ele determinou a retirada do ar de conteúdo disseminado nas redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro. Nas postagens, feitas no Facebook e no Twitter, o vereador diz que logo depois de uma visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, Haddad disse ter convidado Lula a subir a rampa do Palácio do Planalto junto com ele para a cerimônia de posse, caso vencesse a eleição. A publicação, no entanto, veicula um vídeo antigo, como se fosse recente, de Haddad fazendo a declaração.
"Ainda que o vídeo seja verdadeiro e contenha declarações reais de Fernando Haddad, sua utilização é descontextualizada, de modo a transmitir ao eleitor informação equivocada, induzindo-o a percepções potencialmente lesivas aos representantes", escreveu o ministro Carlos Horbach, do TSE. 

domingo, 18 de junho de 2017

Entrevista de Joesley derruba o mito da ligação Lula-Friboi

A entrevista bombástica do empresário Joesley Batista, em que ele apontou Michel Temer como chefe da "maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil" (saiba mas aqui), também serviu para desmontar uma lenda urbana: a de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus parentes seriam sócios da JBS, dona da marca Friboi.

Num determinado trecho, o jornalista de Época questiona por que Joesley nunca gravou Lula e a resposta veio direta.

– Porque eu nunca tive uma conversa não republicana com o Lula.

Joesley disse ainda que só esteve com Lula uma única vez enquanto ele foi presidente – o encontro ocorreu em 2006, quando assumiu o comando da empresa. Depois, eles só voltaram a se encontrar em 2013. A interlocução com o PT, segundo o empresário, era feita por meio do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

– O que eu posso fazer se a interlocução era com o Guido? Aí inventaram que a Blessed (acionista da JBS), aquela empresa que temos nos Estados Unidos, seria do Lula, do Lulinha, de político. Esse negócio de Lula ou filho de Lula é fruto de um imaginário de alguém que quis nos prejudicar.

Em sua nota, Temer diz que Joesley protegeu o PT, alegando que a JBS que a empresa cresceu no governo Lula e não no dele (leia aqui sobre a nota do Palácio do Planalto). A realidade, no entanto, mostra que praticamente todas as empresas brasileiras cresceram com Lula e afundaram com o golpe.

247

terça-feira, 23 de maio de 2017

Grampo com Andréa Neves derruba Reinaldo Azevedo da Veja

Em conversa interceptada pela Polícia Federal, o jornalista Reinaldo Azevedo dialoga com Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves, e classifica uma reportagem da revista Veja, onde trabalha, como "nojenta"; ele se referia à edição que trouxe Aécio na capa; no mesmo diálogo, ele também critica o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; assim que a conversa foi divulgada, Reinaldo pediu demissão de Veja e disse que o grampo violou um dos pilares da democracia, que é o sigilo entre jornalistas e suas fontes: "Há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo", escreveu, em resposta ao portal BuzzFeed.

O jornalista Reinaldo Azevedo teve uma conversa com Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves, interceptada pela Polícia Federal, informa o portal BuzzFeed. O assunto tratado são as acusações contra Aécio contidas na delação da Odebrecht.

No diálogo, ele classificou uma reportagem da revista Veja, onde trabalha, como "nojenta". Ele se referia à edição que trouxe Aécio na capa, com o título "A vez de Aécio", que traz a acusação do empresário Alexandre Accioly, dono da academia Bodytech, de que emprestou uma conta em Cingapura para Aécio receber propina da Odebrecht.

"Aí aparece uma história maluca, que já tinha aparecido um mês atrás mais ou menos naquele site BuzzFeed, dessa conta do Accioly em Cingapura. Que era, em tese, o mesmo dinheiro da minha em Nova York, que é o tal dinheiro da [usina] Santo Antônio. É essa coisa mágica, que ninguém consegue explicar, porque que o Aécio poderia ganhar uma bolada desse tamanho numa obra que é do governo federal. [...]", comenta Andrea na conversa.

Reinaldo criticou também o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele dizia que o Janot atacava Aécio por supostas pretensões de se candidatar ao governo de Minas Gerais ou ao Senado.

Assim que a conversa foi divulgada, o colunista pediu demissão de Veja e disse que o grampo violou um dos pilares da democracia, que é o sigilo entre jornalistas e suas fontes. 

"Há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo", escreveu.

"A PF não considerou indícios de crimes na conversa realizada entre o jornalista e sua fonte, Andrea Neves. Mesmo assim, as gravações foram anexadas pela Procuradoria-Geral da República ao conjunto de áudios anexados ao inquérito que provocou o afastamento de Aécio e a prisão da irmã", diz a reportagem do BuzzFeed.

Leia aqui o diálogo gravado e confira a íntegra da resposta de Reinaldo:

"Pela ordem:
Comecemos pelas consequências.

Pedi demissão da VEJA. Na verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da revista concordou.
1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;

3: tornar público esse tipo de conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;

4: como Andrea e Aécio são minhas fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois, pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;

5: mas me ocorreu em seguida: "se estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam isso com um jornalista que é critico ao trabalho da patota.

6: em qualquer democracia do mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria considerado um escândalo. Por aqui, não.
7: tratem, senhores jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes.

8: Andrea estava grampeada, eu não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;

9: Bem, o blog está fora da VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo.

10: O que se tem aí caracteriza um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;

11: e também há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo".

Com informações do 247