Os
deputados Paulo Pimenta e Wadih Damous
fizeram o que o Sérgio Moro se recusa a fazer.
Os
divulgaram ontem à noite a gravação da entrevista que fizeram com o ex-advogado
da Odebrecht, Rodrigo Tacla Durán. Nela, ele confirma e detalha a afirmação de
que parte dos documentos entregues pela Odebrecht em seu acordo de delação
premiada é falsa.
Tacla
Durán diz que os impressos fogem ao padrão do banco, o Melon Bank, que seria
gerido, inclusive, por funcionários e operadores da empreiteira.
É,
talvez, um indício da razão da teimosia da 13a Vara Criminal em negar às
defesas dos seus réus o acesso ao tal Sistema Drousys, que reteria a
contabilidade do Departamento de Operações Estruturadas da empresa, canal por
onde escorria o dinheiro de propinas.
Seja
como for, a procuradora Raquel Dodge tem autonomia para mandar que o novo grupo
que ela criou para os casos da chamada “Lava Jato” tome o depoimento, de forma
oficial, e Tacla Durán, porque foi em Brasília que as deleções da Odebrecht
foram tratadas e lá, por Luís Edson Fachin, homologadas.
Se
a Odebrecht forneceu documentos falsos, como ele sustenta, não há razão para
que seus delatores sejam tratados de forma diferente da que é feita com os
delatores da JBS, ou até com mais gravidade, porque a estes não é imputada
falsidade documental.
Acompanhe
você mesmo as respostas de Durán e Paulo Pimenta e Wadih Damous. Confira o Vídeo:
DCM