Mostrando postagens com marcador critica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador critica. Mostrar todas as postagens

sábado, 27 de maio de 2017

O inimigo da Globo hoje é o Gilmar Mendes do STF

Globo declara guerra ao ministro Gilmar Mendes

"Confirma-se, infelizmente, que as maquinações contra a Lava-Jato não estão apenas no Congresso, mas se infiltraram no Supremo. Consta, não se deve esquecer, que a possibilidade de prisão na rejeição de recurso na segunda instância teria convencido a cúpula da Odebrecht a fechar o acordo de delação premiada", diz editorial do jornal O Globo, de João Roberto Marinho; o texto critica a posição do ministro, que pretende rever seu voto sobre prisões em segunda instância.

O jornal O Globo declarou guerra ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o acusa de liderar maquinações contra a Operação Lava Jato, de dentro do Supremo Tribunal Federal. Leia abaixo:

Supremo pode prejudicar combate à corrupção

Além dos riscos no Congresso, a Lava-Jato e outras operações do tipo passam a enfrentar o perigo da revisão pela Corte de decisão sobre cumprimento de pena

Enquanto o cenário político é tomado pela crise em torno do presidente Michel Temer, desfechada pela delação de Joesley Batista, do JBS, ressurgem ameaças à Lava-Jato, e a qualquer outra operação contra a corrupção. Não são assuntos desconexos — as ameaças e Temer —, porque o novo ataque ao trabalho da força-tarefa de Curitiba pode tirar força do Ministério Público e da Justiça para que levem denunciados a fechar acordos de delação —, sem os quais não se saberia hoje a que ponto chegou a associação de partidos políticos e empresários para desviar dinheiro público de estatais.

O novo risco vem da defesa feita pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes para que a Corte reexamine decisão reafirmada em outubro do ano passado, segundo a qual sentença confirmada em segunda instância pode começar a ser cumprida, enquanto recorre-se a instâncias superiores. Este voto vencedor — por seis a cinco — teve efeito vinculante, ou seja, precisa ser seguido por todos os tribunais.

Naquela ocasião, o ministro Dias Toffoli sugeriu que o réu ainda pudesse recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em liberdade, no caso de prisão. Ao ter rejeitado o recurso, em terceira instância, aí, sim, passaria a cumprir a pena.

Gilmar Mendes se diz agora convertido à proposta de Toffoli. Isso significa que, colocado o assunto novamente em votação, a tese de permitir mais um recurso aos condenados nas duas primeiras instâncias tem grandes chances de ser vencedora. Confirma-se, infelizmente, que as maquinações contra a Lava-Jato não estão apenas no Congresso, mas se infiltraram no Supremo. Consta, não se deve esquecer, que a possibilidade de prisão na rejeição de recurso na segunda instância teria convencido a cúpula da Odebrecht a fechar o acordo de delação premiada.

Um aspecto grave é que isso ocorre depois dos testemunhos de Joesley Batista que envolvem Michel Temer, a cúpula do PMDB, o presidente do PSDB, Aécio Neves, além de Lula e Dilma Rousseff. As delações da JBS e da Odebrecht atingem o núcleo do poder político, e, por isso, dão rara chance de haver de fato uma limpeza histórica na vida pública — se forem conjugadas a uma reforma política sensata. O Supremo precisa ser firme, ainda mais nesta hora, e não desarmar as primeiras instâncias do Judiciário e o MP nesta luta contra a corrupção, justo quando se aproximam julgamentos-chave na Lava-Jato. Para completar o estrangulamento da Lava-Jato, faltará apenas o relaxamento de prisões preventivas.


Cabe relembrar que um dos objetivos prioritários dos interessados em esvaziar a Lava-Jato tem sido afastar ao máximo a possibilidade de acusados de corrupção serem presos. O assunto foi levantado na conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com peemedebistas de primeira linha — Renan, Jucá, Eunício, Sarney — sobre como parar com as delações. Com o Congresso paralisado pela crise, restou o Supremo.

247

domingo, 14 de maio de 2017

Haja reforma para financiar a elite, diz Chico Pinheiro

Chico Pinheiro fura o bloqueio da Globo e detona Temer por empregar babá do filho, Michezinho.

Em post no Twitter, o jornalista Chico Pinheiro, do Bom Dia Brasil, da TV Globo, chama Michel Temer de "sem noção" pelo fato de ele pagar a babá de seu filho via Palácio do Planalto; "Sem noção, esse Temer. Pra financiar esse tipo de gasto público das elites dos poderes, não há reforma que dê conta", diz Chico.

 Em post no Twitter, o jornalista Chico Pinheiro, do Bom Dia Brasil, da TV Globo, chama Michel Temer de "sem noção" pelo fato de ele pagar a babá de seu filho via Palácio do Planalto.

"Sem noção, esse Temer. Pra financiar esse tipo de gasto público das elites dos poderes, não há reforma que dê conta", diz Chico.

Registrada como assessora do Gabinete de Informação em Apoio à Decisão, Leandra Brito, babá de 'Michelzinho', ganha R$ 5.194 mensais como funcionária do Palácio do Planalto, sem contar as diárias referentes às viagens em que acompanha o casal Temer.

Do 247

sábado, 13 de maio de 2017

Integrantes do Ministério Público Federal criticam fala de Lula sobre Marisa, mas a citam 159 vezes na denúncia

Os integrantes do Ministério Público e alguns colunistas que vivem de lhes fazer eco – como Miriam Leitão, que já tomou o devido “passa-moleque” da assessoria de Lula – falam e repetem, com a costumeira hipocrisia, do “absurdo” de Lula atribuir parte das decisões relativas à pretensão de compra do apartamento no Guarujá.

“Que baixaria, que falta de respeito a um morto!”, dizem, os mesmo que recusaram à falecida a decretação de absolvição sumária prevista em lei.

Só gente muito cínica pode apelar para isso, quando eles próprios, os procuradores,  citaram Maria Letícia nada menos que 159 vezes  na denúncia oferecida contra o casal Lula, aceita pelo sr. Sérgio Moro em sua íntegra.

Dela dizem, por exemplo, que “fica claro o envolvimento de Marisa no recebimento, mediante ocultação da origem e natureza criminosa, de vantagens indevidas oriundas de empreiteiras em benefício próprio e de Lula.”.

E ainda que “o envolvimento de Marisa no recebimento de vantagens indevidas mediante ocultação e dissimulação de origem criminosa, se corrobora também por evidências colhidas em investigação envolvendo o mencionado sítio de Atibaia“.

Há outras, muitas outras acusações que os levam a denunciá-la três vezes pelo crime de “lavagem de dinheiro”.

Mais cínicos ainda são porque não se reportam ao que Lula declarou durante seu sequestro pelas tropas da Lava Jato, digo, a condução coercitiva até o Aeroporto de Congonhas, o mesmo que disse agora: o apartamento foi oferecido, Marisa interessou-se e ele, não:

Quando a Marisa voltou lá (ao apartamento)  não tinha sido feito nada ainda. Aí eu falei pra Marisa:“Olhe, vou tomar a decisão de não fazer, eu não quero” Uma das razões é porque eu cheguei à conclusão que seria inútil pra mim um apartamento na praia, eu só poderia frequentar apraia dia de finados, [isso] se tivesse chovendo. Então eu tomei a decisão de não ficar com o apartamento.”

Isso foi dito em abril de 2016, com D. Marisa viva, sem que ela tenha sido ouvida jamais para negar ou confirmar. Sob pena de mentir por contradição, Lula não poderia ter dito nada diferente do que disse.

Mas nada interessa a essa gente, nem mesmo coerência. Tudo é objeto de explorações sórdidas, em que os que queriam meter Marisa Letícia numa cadeia se compadecem de, coitada, ter sido citada num interrogatório.

Do Tijolaço

terça-feira, 2 de maio de 2017

“Moro a Justiça não é um circo para o público”, diz Aragão

Aragão sobre Moro: "Justiça não pode se transformar num circo para o público"

Em entrevista divulgada no último dia 30 de abril pelo canal no Youtube Vida Roda, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão avaliou como positivo o fato de a Lava Jato ter desnudado esquemas de corrupção ligados a financiamento de campanhas eleitorais, mas criticou a postura da chamada República de Curitiba, que tem um "impulso exibicionista" que compromete o Estado de Direito, principalmente quando a grande mídia decidiu ser permissiva com ativismos e persecuções seletivas.

Aragão citou diretamente o episódio em que o juiz Sergio Moro disse à imprensa internacional que o sucesso da Lava Jato está atrelado ao apoio público. "A Justiça não pode se transformar num circo para o público", respondeu Aragão. "A publicidade sobre a ação penal ou inquérito policial não significa uma exposição pública e devassa na vida das pessoas", acrescentou.

Na visão do ex-ministro, o "saldo da República de Curitiba é mais negativo que positivo, até porque sua atuação não sofre critica sólida. Enquanto a plateia bate palma par louco dançar, o louco não para de sançar. Acredito que esse exibicionismo, esse impulso de jogar para a plateia, atrapalha muito a qualidade da investigação e do processo. Porque o Direito Penal moderno é essencialmente tímido, recolhido, discreto, é quase que envergonhado de aplicar a pena. Ele não pode ser o fim em si mesmo. Colocaram a corrupção como agente central, quando não pode ser. A corrupção é decorrente de outros problemas, como, por exemplo, a extrema desigualdade", ponderou.

Aragão também criticou a postura de Gilmar Mendes, que só agora levanta-se contra alguns expedientes abusivos da Lava Jato, como a parceria com a grande mídia para vazar delações premiadas e antecipar o juízo de culpa sob sobre os investigados.

"Estamos vivendo momento grotesto da vida das nossas instituições. Agora Gilmar Mendes tem sempre indignação seletiva. Quando se vazou conversas de Dilma com Lula, ou de dona Marisa com seu filho, Gilmar não estava preocupado. Aliás, bem pelo contrário: ele estava se regozijando desses vazamentos. Quando os vazamentos começam a afetar o campo dele, ele começa a chiar. Então isso se chama indgnação seletiva e não dá para levar a sério", disparou.

Questionado sobre as intenções de Gilmar, Aragão disse que se ele tiver a "chance de ser presidente, não vai abrir mão disso." Porém, disse é típico de Gilmar só agir quando "pessoas de seu círculo" são afetadas. "São dois pesos e duas medidas que desmoralizam a indignação". Para o ex-ministro, os outros ministros "se contêm" para não julgar Gilmar em pública, na tentativa de não manchar ainda mais a imagem do Supremo Tribunal Federal. "Tem a ver com a proteção da instituição, mas isso faz Gilmar parecer como o primeiro dos 11 ministros."

Aragão ainda avaliou que, ao contrário de Gilmar, o "ministro exemplar" era Teori Zavascki, que julgava com a discrição que é inerente à função de um magistrado da Suprema Corte. "O contraste entre os dois é tão grande que chega a ser escandaloso", comentou.

Questionado sobre seu futuro, Aragão disse que tem o "ideal" de estudar o que ocorre na história contemporânea brasileira e ajudar a sociedade a interpretar isso. Mas não descartou a possibilidade de fazer parte de outros governo nem abriu mão do objeto maior de todo jurista, de ser ministro da Suprema Corte.

A entrevista está disponível aqui. 

Do GGN, por Eugênio Aragão