Gravações
feitas pelos donos da JBS Friboi revelam pedido de propina de R$ 2 milhões por
parte de Aécio Neves; o mais estarrecedor do áudio, no entanto, é a sugestão do
presidente do PSDB para matar o recebedor da propina antes que haja uma
delação; "Tem que ser um que a gente mate antes de fazer delação",
disse o tucano; depois, Aécio diz: "Vai ser o Fred, com um cara seu
[Joesley]. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no
cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho"; Fred, a quem Aécio se
refere, é Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador e ex-diretor da Cemig,
que acabou recebendo o dinheiro, em uma cena filmada pela Polícia Federal.
Gravações
feitas por Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS Friboi, revelam
que Michel Temer deu aval para o pagamento de propina para Eduardo Cunha - uma
forma de comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados. Os
empresários também gravaram o senador Aécio Neves - o parlamentar tucano pediu
R$ 2 milhões em propina.
No entanto,
o aspecto mais assustador das gravações é uma fala de Aécio. Segundo matéria do
jornal O Globo, Aécio faz uma exigência sobre a pessoa recebedora da propina:
"Tem que ser um que a gente mate antes de fazer delação". O dinheiro
seria usado para pagar a defesa do senador mineiro justamente nos processos da
Lava Jato nos quais ele é implicado.
Aécio diz:
"Vai ser o Fred, com um cara seu [Joesley]. Vamos combinar o Fred com um
cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do
caralho". O Fred a quem Aécio se refere é Frederico Pacheco de Medeiros,
primo de Neves e ex-diretor da Cemig - Medeiros foi um dos coordenadores da
campanha do tucano a presidente em 2014.
Do 247