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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Com fidelidade canina a Temer, Istoé joga ‘bomba’ em Janot

Depois de ter sua verba de publicidade federal aumentada em 1.384% desde que Michel Temer assumiu a Presidência, como O Cafezinho já revelou, a revista Istoé voltou a cometer das suas para ajudar seu político investigado favorito.

Para atingir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a revista estampa em sua capa o título “bombástico”: “As pressões indevidas de um procurador chamado Janot”. A reportagem é toda ela baseada na gravação de uma conversa entre o procurador Ângelo Goulart e a procuradora potiguar Caroline Maciel, diretora da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Ângelo Goulart foi preso, a pedido de Janot, por receber dinheiro da JBS para vazar informações. Na conversa, ele é avisado que Janot estaria perseguindo todos que apoiassem a candidatura de Raquel Dodge à sucessão dele. Raquel seria a preferida de Temer. O senador José Agripino Maia, por exemplo, teria sido denunciado pelo procurador-geral da República apenas por ter manifestado apoio a Dodge.

Ao comentar a reportagem no texto “A bala de festim da Istoé contra Janot”, Luis Nassif afirma que a relevância do texto está em “demonstrar didaticamente a deformação jornalística do princípio de Arquimedes: dê-me uma notícia e um ponto de apoio na mídia que eu reconstruirei a história”.

“Como todo sub-produto jornalístico, juntam-se alguns pontos verdadeiros – trechos do diálogo –e embrulham-se nas interpretações que são do interesse da repórter e da publicação”, continua Nassif.

Segundo o jornalista, “Se isso é tudo o que Michel Temer e Aécio Neves tem contra Janot, ele passa incólume”. Prejudicada fica “a candidatura da respeitada Raquel Dodge”. Ao ser identificada como candidata de Temer, para Nassif, “tudo indica que Raquel foi o alvo dessa armação”.

E se a credibilidade da Istoé em relação a Temer já está abaixo de zero, como mostra a Revista Fórum, ao lembrar da última entrevista do presidente na revista, Fernando Brito, no Tijolaço, encontra outra relevância para o texto que Nassif recomenda ignorar.

“É terrível ver a instituição que deveria fiscalizar a lei e proteger os cidadãos transformada num valhacouto de politiqueiros, arapongas, embriagados pelo poder absoluto que passaram a ter sobre todos, inclusive sobre seus parceiros de Olimpo, lugar dos deuses que julgam ser”.

Do Cafezinho

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Propina solicitada por Aécio foi parar na empresa de dono do helicóptero da cocaína, Gustavo Perrella

Além de ter atingido em cheio o governo Michel Temer, ao revelar que o presidente deu aval à compra de silêncio de Eduardo Cunha, a proposta de delação da JBS caiu como uma bomba em cima da cabeça do senador Aécio Neves (PSDB).

Reportagem de Lauro Jardim, em O Globo desta quarta (17), revelou que a Lava Jato tem provas de que o tucano pediu R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS, com a desculpa de que precisava pagar seus advogados. Mas, na verdade, a Polícia Federal sabe que parte do dinheiro foi parar na empresa de Gustavo Perrella, filho do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), o mesmo que se envolveu no episódio do helicóptero de cocaína.

Uma das provas contra Aécio é a gravação que a JBS entregou à Procuradoria Geral da República. O diálogo com o tucano ocorreu em março, em um hotel em São Paulo. Nele, Joesley concorda com o pedido dos R$ 2 milhões e pergunta ao senador quem será enviado para retirar o dinheiro. Aécio responde: "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho."

A Polícia Federal gravou o primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, carregando uma mala com R$ 500 mil. Outras três retiradas foram feitas. "Fred, como é conhecido, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014. Tocava a área de logística", apontou O Globo.

Fred, segundo a Lava Jato, entregou as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).

O assessor fez três viagens a Belo Horizonte, sempre seguido pela PF, e "negociou para que os recursos fossem parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella."

Gustavo Perrella é o dono do helicóptero apreendido em uma cidade mineira com quase meia tonelada de pasta base de cocaína, em 2013. O caso acabou com todos os envolvidos inocentados.


Do GGN