O senador
Roberto Rocha (PSB), também conhecido pela alcunha de “Asa de Avião”, após
apoiar o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e abraçar o golpista
Michel Temer (PMDB), agora ensaia abandonar a barca que está afundando; diante
do inferno astral do presidente, correu para internet, no sábado (20), para
preparar sua despedida do trem descarrilhado peemedebista; entre as mensagens
uma chamou atenção quando afirma que a situação do país “passou do limite
1964”.
O senador
Roberto Rocha (PSB), também conhecido pela alcunha de “Asa de Avião”, após
apoiar o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e abraçar o golpista
Michel Temer (PMDB), agora ensaia abandonar a barca que está afundando.
Rocha deve
ter se aconselhado com o ex-senador José Sarney (PMDB), guru do seu pai, o
ex-governador Luiz Rocha, que para externar sua bajulação ao coronel de Curupu,
afirmava ser sua “régua e compasso”. Sarney, após convencer Temer a não
renunciar, agora procura se afastar do presidente prestes a ser deposto.
Rocha não
perdeu tempo. Diante do inferno astral do presidente, correu para internet, no
sábado (20), para preparar sua despedida do trem descarrilhado peemedebista.
Entre as mensagens uma chamou atenção quando afirma que a situação do país
“passou do limite 1964”.
Será que o
“Asa de Avião” tá com saudades da Ditadura Militar que assaltou o país em 1964,
levando o Brasil para a escuridão do famoso AI-5? A mensagem de Rocha, um
políticos que sempre precisou se muletas para se eleger, mais parece um convite
aos militares.
A posição do
senador em se afastar de Temer, após se colocar em posição de confronto com a
direção do PSB, por ter optado em se colocar contra as Reformas Trabalhista e
Previdenciária, na verdade, trata-se de apenas de mais um ato de traição de
quem, tal qual muriçoca, enche a pança (de cargos públicos) e depois voa.
A situação
de Temer está cada vez mais complicada. A gravação feita pelo empresário
Joesley Batista, dono da JBS, apontou Michel Temer dando aval para a entrega de
mesa ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o objetivo de evitar
que ele fechasse acordo de delação premiada. De acordo com a delação, Temer
também foi beneficiado por megapropinas. O peemedebista negou as acusações e
disse que as gravações são clandestinas e manipuladas.
O áudio
passará por uma perícia, mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
disse não ter dúvidas de que há elementos suficientes para denunciar Temer,
acusado pela PGR de corrupção passiva, organização criminosa e tentativa de
obstrução à Justiça.
O procurador
elenca ao menos 15 elementos que justificam a abertura de inquérito. Janot
lista como prova, no pedido de abertura de inquérito, além da gravação da
conversa de Temer, três outros diálogos, além dos anexos da delação premiada
dos empresários e os documentos que a corroboram.
Reportagem
da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 22, mostra que
as suspeitas descritas pelo Ministério Público se baseiam em junção de fatores.
Por exemplo, no áudio, Temer diz para Joesley procurar o deputado federal Rocha
Loures (PMDB-PR), um dos seus principais aliados, para tratar sobre
"qualquer assunto", inclusive os de interesse da JBS.
Do 247 MA