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quinta-feira, 31 de maio de 2018

LIDERANÇAS EVANGÉLICAS REIVINDICAM O "DIREITO DE VOTAR EM LULA PARA PRESIDENTE"

"Se querem vencê-lo, que vençam nas urnas", afirmam os membros da Frente Evangélicos pelo Estado de Direito, em Curitiba.
Para a pastora Cleusa Caldeira, os cristãos têm o dever de serem justos e de denunciarem as injustiças, como a que está ocorrendo com Lula.
Lideranças evangélicas participaram do programa Democracia em Rede desta quarta-feira (30), em Curitiba (PR). O economista Wagner Wiliam da Silva e os pastores Cleusa Caldeira, Mike Viana e João Mario integram a Frente Evangélicos pelo Estado de Direito, que participa da Vigília Lula Livre na capital paranaense. "Reivindicamos o direito de votar em Lula para presidente. Se querem vencê-lo, que vençam nas urnas", afirmou Caldeira. 
A pastora ressaltou que os cristãos têm o dever de serem justos e de denunciarem as injustiças, como a que está sendo feita contra Lula. "Nossa democracia está sendo golpeada e estamos resistindo. Cremos que esse movimento é capaz de dar outro rumo à nossa história", disse.
O programa Democracia em Rede é transmitido ao vivo a partir da Casa da Democracia, coletivo de jornalistas que cobrem a Vigília Lula Livre em Curitiba, diariamente às 14h. Trinta páginas de midiativistas reproduziram o bate-papo. 
Nova geração
Defender Lula hoje é defender a democracia e o restabelecimento de direitos extintos depois do golpe contra Dilma Rousseff, analisou Wagner Wilian. "Os direitos básicos do ser humano são defendidos pelo cristianismo. Lula não queria ver o brasileiro passando fome, sem saneamento básico. O papel do evangélico hoje não é se tornar petista, mas ler a Bíblia é entender que cristianismo não combina com derrocada de direitos", afirmou. 
Promover o debate sobre as desigualdades sociais é atribuição dos evangélicos nesse momento crítico para o país, afirmou o pastor Mike Viana. Ele considera que os pastores "midiáticos", como Silas Malafaia, Magno Malta e Marcos Feliciano, não representam a integridade da comunidade evangélica. "Temos uma nova geração. Quando da ocupação das escolas públicas, vários estudantes evangélicos encabeçaram o movimento", aponta. 
O pastor João Mario acredita que o debate puxado pela Frente Evangélica vai contribuir para levar os fiéis a assumirem posições em defesa da democracia. "Os evangélicos que apoiam a libertação de Lula não são maioria, por falta de esclarecimento. Nós da Frente estamos aqui justamente para esclarecer", resumiu.
Do Brasil de Fato

terça-feira, 29 de maio de 2018

INTELECTUAIS DE TODO O MUNDO SE UNEM POR #LULALIVRE

A nata da intelectualidade global endossou manifesto pela libertação de Lula. O manifesto aborda com detalhes as arbitrariedades do processo de Moro contra Lula, e é assinado também por grandes juristas. Na inicial do documento, mais de duzentos acadêmicos e intelectuais estão presentes no "Lula da Silva é um prisioneiro político. Lula Livre!" que pede à comunidade internacional que o trate como tal, demandando sua imediata libertação. 
O manifesto, assinado por acadêmicos e intelectuais de todo o mundo, principalmente dos EUA e da Europa, será traduzido para outras línguas e está aberto para apoio acadêmico no site https://chn.ge/2kpoxzi. 
A petição declara que "os abusos do poder judiciário contra Lula da Silva configuram uma perseguição política mal disfarçada sob manto legal. Lula da Silva é um preso político. Sua detenção mancha a democracia brasileira. Os defensores da democracia e da justiça social no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul do globo, devem se unir a um movimento mundial para exigir a libertação de Lula da Silva". 
Juristas famosos, tais como Karl Klare, Friedrich Müller, António José Avelãs Nunes e Jonathan Simon, endossam o manifesto. Da mesma forma, pesquisadores como John Comaroff, Eve Darian-Smith, Tamar Herzog e Elizabeth Mertz, também estão presentes. 
A petição é subscrita por intelectuais de renome, como Tariq Ali, Robert Brenner, Wendy Brown, Noam Chomsky, Angela Davis, Axel Honneth, Fredric R. Jameson, Leonardo Padura, Carole Pateman, Thomas Piketty, Boaventura de Sousa Santos e Slavoj Žižek. E sociólogos como red Block, Mark Blyth, Michael Burawoy, Peter Evans, Neil Fligstein, Marion Fourcade, Frances Fox Piven, Michael Heinrich, Michael Löwy, Laura Nader, Erik Olin Wright, Dylan Riley, Ananya Roy, Wolfgang Streeck, Göran Therborn, Michael J. Watts e Suzi Weissman também assinaram o manifesto. 
É ainda apoiado por especialistas reconhecidos e diretores de centros de pesquisa em Estudos Latino-Americanos como Alex Borucki, Aviva Chomsky, Brodwyn Fischer, Barbara Fritz, James N. Green, Victoria Langland, Mara Loveman, Carlos Marichal, Teresa A. Meade, Tianna Paschel, Erika Robb Larkins, Aaron Schneider, Stanley J. Stein e Barbara Weinstein. 
Endossam, ainda, os economistas globalmente reconhecidos como Dean Baker, Ha-Joon Chang, Giovanni Dosi, Gérard Duménil, Gary Dymski, Geoffrey Hodgson, Costas Lapavitsas, Marc Lavoie, Thomas Palley, Robert Pollin, Pierre Salama, Guy Standing, Robert H. Wade e Mark Weisbrot. 
O manifesto foi organizado por Erika Robb Larkins, James N. Green, Peter Evans, Rebecca Tarlau e Stanley Gacek. 
Abaixo o manifesto e a lista inicial de signatários, traduzido por Pedro Paulo Bastos: 
Manifestamos aqui nossa profunda preocupação com as circunstâncias nas quais o ex-presidente brasileiro Lula da Silva foi julgado e preso. Sobram evidências de que Lula da Silva foi vítima de uma guerra jurídica (Lawfare), ou seja, abuso de poder judicial para fins políticos. Portanto, a comunidade internacional deve considerá-lo e tratá-lo como um preso político. 
O julgamento de Lula foi conduzido como parte da chamada Operação Lava Jato, uma investigação sobre pagamentos de propina a executivos da Petrobrás e políticos, alguns dos quais ocorreram enquanto Lula era presidente. Embora críticos afirmem que "Lula deveria saber" ou que "Lula deve ter ganho algo", não há evidências de sua participação no pagamento de propinas. De acordo com a lei brasileira, a corrupção é uma relação de troca. Para condenar Lula por corrupção, o Ministério Público deveria provar que ele participou das fraudes a licitações e/ou recebeu bens ou valores em contraprestação por tais atos ilícitos. 
Em 2016, Lula foi acusado de receber um apartamento modesto da OAS, uma das contratadas da Petrobrás envolvidas no esquema de corrupção. No entanto, não há conversa telefônica gravada, transações bancárias, transferência de fundos ou títulos de propriedade que deem base para a acusação contra Lula. Ele nunca utilizou ou se beneficiou com o apartamento. Pior ainda, mais tarde veio a público a informação de que o mesmo apartamento havia sido dado como garantia pela OAS em transação de empréstimo de longo prazo, não obstante a acusação de que Lula era o dono do imóvel. 
A falta de provas incriminatórias foi desconsiderada por Sergio Moro, o juiz responsável pelo caso contra Lula. Moro baseou sua decisão em "colaboração informal" (nem mesmo uma delação premiada) de Leo Pinheiro, proprietário da OAS. Pinheiro já havia sido condenado a 26 anos de prisão quando decidiu "colaborar" e envolver Lula. Ele afirmou que o apartamento era "destinado" a Lula, uma acusação que contradiz outros 73 depoimentos, mas que foi considerada suficiente para o juiz Moro condenar Lula da Silva. A sentença de Pinheiro, por sua vez, foi reduzida para três anos e ele foi posto em regime semiaberto. 
Além de não provar que Lula era proprietário do apartamento, o Ministério Público não pode apontar nenhuma ação ou omissão específica que Lula tenha executado para beneficiar a OAS. Lula havia sido acusado de beneficiar essa empresa com três contratos de fornecimento para a Petrobrás. Após meses de investigações, nenhuma prova material nesse sentido foi encontrada. Moro então condenou Lula por ter praticado "atos indeterminados de corrupção" que teriam beneficiado a OAS. Essa categorização inverte o ônus da prova e a presunção de inocência e simplesmente não existe no sistema jurídico brasileiro. 
Inadvertidamente, o próprio juiz Moro admitiu que não tinha jurisdição sobre o caso de Lula. Ao julgar um recurso apresentada pela defesa, ele declarou que "jamais afirmou... que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente". Se o caso não tem relação com a corrupção da Petrobrás, ele não deveria ter sido julgado por Moro. 
Em termos mais simples, pode-se dizer que, no processo de Lula, o magistrado escolheu o réu e, atuando como investigador, promotor e juiz, condenou-o por ter cometido "atos de ofício indeterminados de corrupção". Tal sentença, pelo seu próprio texto, não encontra sustentação legal e constitucional, inclusive pelas normas brasileiras, uma vez que se refere a "atos indeterminados". Uma sentença que se refere a crimes "indeterminados" não resiste a qualquer escrutínio jurídico lógico e razoável, sendo completamente Kafkiana. Além disso, a referência a "atos de ofício" é irreal, pois as acusações infundadas que motivaram a sentença de Moro se referem a uma narrativa que começa em 2013, bem depois de Lula ter deixado o cargo. 
A guerra jurídica contra Lula também incluiu táticas para manter seu caso sob a jurisdição de Moro a qualquer custo. Em março de 2016, Moro vazou ilegalmente escutas telefônicas envolvendo a presidente em exercício, Dilma Rousseff, que tratavam da nomeação de Lula como Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Moro alegou, novamente sem provas, que essa nomeação era um meio de "obstrução da justiça", já que, uma vez nomeado para o governo, Lula seria julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não pelo próprio Moro. Embora a imparcialidade de Moro tenha sido questionada, o Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4), a instância a rever imediatamente o caso de Lula na estrutura judiciária brasileiro, considerou que a Operação Lava Jato era "excepcional" e que as regras "ordinárias" não se lhe aplicavam. 
A natureza Kafkiana do julgamento de Lula foi reforçada quando, em agosto de 2017, o Presidente do TRF-4 declarou que a sentença de Moro contra Lula era "tecnicamente irrepreensível", embora admitisse que nem havia lido o caso. Enquanto isso, sua chefe de gabinete postava em sua página no Facebook uma petição solicitando a prisão de Lula da Silva. 
Em seguida, o TRF-4 acelerou a apreciação do caso. O julgamento da apelação contra a sentença de Moro que condenou Lula foi colocado à frente de 257 outros casos pendentes. O relator levou apenas seis dias para concluir sua análise do caso, em um processo que tinha literalmente milhares de páginas e horas de depoimentos. A turma do Tribunal levou 196 dias para julgar a apelação quando, em média, necessita de 473 dias para julgar casos semelhantes. O TRF-4 também ordenou a prisão de Lula tão logo do julgamento da apelação, o que aconteceu com apenas 3 dos outros 20 acusados na Lava Jato, cujos mandados de prisão foram emitidos apenas meses depois. 
Lula então pleiteou um Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), visando afastar a possibilidade de prisão imediata, dado que ainda tinha o direito de entrar com recursos. De acordo com a Constituição brasileira, "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Dada essa previsão expressa na Constituição, é importante notar o seguinte: a sentença proferida por Moro contra Lula, cuja condenação foi mantida e ampliada pelo TRF-4 (de 9 para 12 anos de prisão), ainda pode ser revista pelos Tribunais Superiores, incluindo o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF (Supremo Tribunal Federal), este último a instância mais elevada no país para questões constitucionais. 
Em voto decisivo para a negativa do Habeas Corpus a Lula, uma Ministra do STF declarou que teria votado de outra forma se a Corte estivesse analisando a questão constitucional em abstrato, ao invés de sua aplicação específica ao caso de Lula. Na véspera da votação, o Comandante Geral do Exército tuitou uma mensagem para a Corte, dizendo que "o Exército não tolerará a impunidade". Por essa ameaça velada, ele não recebeu reprimendas, mas sim uma "curtida" vinda da conta do Twitter do mesmo TRF-4 que confirmou a condenação de Lula. 
Na manhã seguinte, o juiz que preside o TRF-4 previu, em entrevista à imprensa, que a prisão de Lula não ocorreria em menos de um mês, considerando todos os procedimentos ainda pendentes no tribunal. À tarde, no entanto, o TRF-4 pediu a Moro que ordenasse a prisão de Lula. Moro levou dezenove minutos para proferir decisão, a qual reconhecia que Lula ainda tinha direito a interpor um recurso perante o TRF-4, mas considerava que esse recurso é uma "patologia protelatória" que "deveria ser eliminada do mundo jurídico". 
Não é de surpreender pesquisa recente na qual 55% dos entrevistados no Brasil concordam que "Lula está sendo perseguido pelo Judiciário" e 73% concordam com a afirmação de que "os poderosos o querem fora das eleições" nas quais ele ainda é, de longe, o candidato favorito. 
Os abusos do poder judiciário contra Lula da Silva configuram uma perseguição política mal disfarçada sob manto legal. Lula da Silva é um preso político. Sua detenção mancha a democracia brasileira. Os defensores da democracia e da justiça social no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul do globo, devem se unir a um movimento mundial para exigir a libertação de Lula da Silva. 
Exigimos: Free Lula, Lula Libre, Liberté por Lula, Freiheit für Lula, Lula Libero, حرية, 释放卢拉, 룰라 석방하라!, חוֹפֶשׁ, フリーダム, Свободу Луле, Lula Livre!
1.Tariq Ali – New Left Review (Editor), London 
2.Dean Baker - Center for Economic and Policy Research (senior economist), Washington, D.C. 
3.Fred Block -  Research Professor, University of California, Davis 
4.Mark Blyth - Eastman Professor of Political Economy - The Watson Institute for International Affairs - Brown University 
5.Alex Borucki - Director, Latin American Studies Center, Associate Professor, History Department - University of California, Irvine 
6.Robert Brenner – Director, Center for Social Theory and Comparative History - University of California Los Angeles (UCLA) 
7.Wendy Brown - Class of 1936 Chair, University of California, Berkeley 
8.Michael Burawoy – Professor, University of California, Berkeley; Former President of the American Sociological Association (2004) and the International Sociological Association (2010-2014) 
9.Ha-Joon Chang - Director of the Centre of Development Studies, Reader in the Political Economy of Development, Faculty of Economics, University of Cambridge 
10.Aviva Chomsky - Professor of History and Coordinator of Latin American Studies, Salem State University 
11.Noam Chomsky - Professor Emeritus at the Institute of Technology (MIT) and laureate professor at the University of Arizona 
12.John Comaroff - Hugh K. Foster Professor of African and African American Studies and of Anthropology - Harvard University 
13.Eve Darian-Smith - Professor Anthropology, Law, and Criminology, Law and Society; Director of International Studies - University of California Irvine 
14.Angela Davis - Distinguished Professor Emerita - University of California, Santa Cruz 
15.Giovanni Dosi - Professor of Economics and Director of the Institute of Economics at the Scuola Superiore Sant'Anna in Pisa; Co-Director IPD - Initiative for Policy Dialogue at Columbia University. 
16.Gérard Duménil - Université Paris 10, Paris, former Research Director at the Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, French National Center of Scientific Research) 
17.Gary Dymski - Professor of Applied Economics, Leeds University Business School 
18.Peter Evans – Emeritus Professor of Sociology, University of California, Berkeley 
19.Brodwyn Fischer - Director of the Center for Latin American Studies, Professor of History at the University of Chicago. 
20.Neil Fligstein - Class of 1939 Chair, Department of Sociology, University of California, Berkeley 
21.Marion Fourcade, Associate Professor, Department of Sociology, University of California, Berkeley 
22.Stanley A. Gacek - Senior Advisor for Global Strategies - United Food and Commercial Workers International Union (UFCW) - Washington, D.C. 
23.James N. Green - Carlos Manuel de Céspedes Professor of Latin American History - Brown University; Distinguished Visiting Professor (Professor Amit), Hebrew University in Jerusalem 
24.Michael Heinrich - former Professor of Economics at Hochschule für Technik und Wirtschaft, Berlin 
25.Tamar Herzog - Monroe Gutman Professor of Latin American Affairs, Harvard Law School 
26.Geoffrey Hodgson - Research Professor, University of Hertfordshire - Winner of the 2014 Schumpeter Prize 
27.Axel Honneth - Jack C. Weinstein Professor of the Humanities, Philosophy Department, Columbia University; Director of the Institute for Social Research, Frankfurt/M 
28.Fredric R. Jameson - Knut Schmidt-Nielsen Professor of Comparative Literature - Duke University 
29.Karl Klare - George J. & Kathleen Waters Matthews Distinguished University Professor - School of Law - Northeastern University 
30.Victoria Langland - Director of the Center for Latin American and Caribbean Studies and the Brazil Initiative, University of Michigan 
31.Costas Lapavitsas - University of London (SOAS Japan Research Centre; London Asia Pacific Centre for Social Science - Steering Committee Member) 
32.Marc Lavoie -  Senior Research Chair, Université Sorbonne Paris Cité 
33.Mara Loveman – Director of the Sociology Department – University of California, Berkeley 
34.Michael Löwy - Emeritus research director at the CNRS and lecturer at the École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS, Paris, France) 
35.Carlos Marichal - Professor - El Colegio de México, Founder and President of the Mexican Association of Economic History (2000-2004) 
36.Teresa A. Meade - Florence B. Sherwood Professor of History and Culture, Director of Latin American & Caribbean Studies Program, Union College, New York 
37.Elizabeth Mertz, PhD, JD - John & Rylla Bosshard Professor Emerita, University of Wisconsin Law School, Research Professor, American Bar Foundation 
38.Friedrich Müller - Emeritus Full Professor - Heidelberg University Faculty of Law, Germany 
39.Laura Nader – Emeritus Professor of Anthropology at the University of California, Berkeley 
40.António José Avelãs Nunes – Emeritus Full Professor - Coimbra University, Portugal 
41.Erik Olin Wright - Vilas Distinguished Research Professor, University of Wisconsin – Madison 
42.Leonardo Padura – Independent Author – Cuba 
43.Thomas Palley – Independent Economist – Washington DC 
44.Tianna Paschel -  Professor in the Department of African American Studies at the University of California, Berkeley 
45.Carole Pateman - Distinguished Professor Emeritus of Political Science, University of California Los Angeles (UCLA), former President of the International Political Science Association (1991–94) and of the American Political Science Association (2010–11). 
46.Thomas Piketty - Professor at EHESS (École des Hautes Études en Sciences Sociales) and at the Paris School of Economics 
47.Frances Fox Piven - Distinguished Professor of Political Science and Sociology Emeritus, Graduate School of the City University of New York (CUNY) 
48.Robert Pollin - Distinguished Professor of Economics and Co-Director, Political Economy Research Institute (PERI), University of Massachusetts-Amherst 
49.Dylan Riley - Director of Graduate Studies, Professor of Sociology, University of California, Berkeley 
50.Erika Robb Larkins – Associate Professor, Sociology, San Diego State University 
51.         Ananya Roy - Professor of Urban Planning, Social Welfare and Geography and inaugural Director of The Institute on Inequality and Democracy at UCLA Luskin 
52.         Pierre Salama - Emeritus Professor of Economics - University of Paris XIII 
53.         Aaron Schneider - Leo Block Chair/Director, Latin America Center and Program in International Development, University of Denver 
54.         Jonathan Simon - Adrian A. Kragen Professor of Law, Faculty Director, Center for the Study of Law & Society, University of California, Berkeley, School of Law 
55.         Boaventura de Sousa Santos - University of Coimbra; Distinguished Legal Scholar at the University of Wisconsin-Madison Law School; Global Legal Scholar at the University of Warwick 
56.         Guy Standing – FacSS - SOAS University of London 
57.         Stanley J. Stein - Walter Samuel Carpenter III Professor in Spanish Civilization and Culture, Emeritus; Professor of History, Emeritus - Princeton University 
58.         Wolfgang Streeck - Max Planck Institute for the Study of Societies, Cologne, Germany 
59.         Göran Therborn - Professor Emeritus of Sociology, University of Cambridge, UK 
60.         Robert H. Wade - Professor of Global Political Economy - Department of International Development - London School of Economics (LSE) - Leontief Prize in Economics 
61.         Michael J. Watts - "Class of 1963" Emeritus Professor of Geography and Development Studies at the University of California, Berkeley 
62.         Barbara Weinstein - Silver Professor of History and chair of the Department of History at New York University, former president of the American Historical Association 
63.         Mark Weisbrot - co-director of the Center for Economic and Policy Research and president of Just Foreign Policy, Washington, D.C. 
64.         Suzi Weissman - Professor - Saint Mary's College of California 
65.         Slavoj Žižek - University of Ljubljana; Global Distinguished Professor of German at New York University; international director of the Birkbeck Institute for the Humanities of the University of London 
66.         Bakhtiyor Abdulhamidov - School of Law, SOAS 
67.         Carlos H. Acuña, CONICET/Universidad de Buenos Aires and Universidad Nacional de San Martín 
68.         Paulina L. Alberto - Associate Professor, History and Romance Languages, University of Michigan 
69.         Guy Alain Aronoff - Lecturer, History Department, Humboldt State University, Arcata, California 
70.         Alexander Alberro, Virginia Bloedel Wright Professor of Art History, Barnard College/Columbia University, New York City 
71.         Bruno Amable – Professor of Political Economy - Université de Genève 
72.         Andrew Arato - Dorothy Hirshon Professor, New School for Social Research, New York 
73.         Rebecca J. Atencio - Director, Gender and Sexuality Studies Program, Associate Professor of Brazilian Studies, Tulane University, New Orleans 
74.         Geri Augusto - Gerard Visiting Associate Professor of International & Public Affairs and Africana Studies, Brown University, Watson Institute Faculty Fellow, Fulbright Scholar 
75.         Bruce Bagley – Professor, Department of International Studies, University of Miami 
76.         Gianpaolo Baiocchi - Director of the Urban Democracy Lab, Professor of Individualized Studies and Sociology, New York University 
77.         Leandro Benmergui, Assistant Professor, Purchase College, State University of New York 
78.         Raimundo C. Barreto, Jr. -  Ph.D., Assistant Professor of World Christianity, Princeton Theological Seminary 
79.         Sherna Berger Gluck, Emerita Professor of History, California State University, Long Beach 
80.         Tunde Bewaji - Professor of Philosophy, Department of Language, Linguistics and Philosophy, University of the West Indies, Kingston, Jamaica 
81.         Cyrus Bina - Distinguished Research Professor of Economics, University of Minnesota (Morris Campus), USA & Fellow, Economists for Peace and Security 
82.         O'Neill Blacker-Hanson, Ph.D. - Visiting Scholar, University of New Mexico, Albuquerque 
83.         Ernesto Bohoslavsky – Professor, Universidad Nacional de General Sarmiento 
84.         Scott A. Bollens - Warmington Chair in Peace and International Cooperation, Professor - Department of Urban Planning and Public Policy, University of California, Irvine 
85.         Benjamin H. Bradlow - Brown University 
86.         Joana Bragança Bastos – Visiting Scholar, Stanford Medical School 
87.         Howard Brick - Professor of History and Louis Evans Chair in U.S. History, University of Michigan, Ann Arbor. 
88.         Renate Bridenthal - Professor Emerita of History, Brooklyn College, City University of New York (CUNY) 
89.         John Burdick, Professor of Anthropology, Syracuse University, New York

90.         Cornelia Butler Flora - Distinguished Professor of Sociology Emeritus, Iowa State University, Research Professor, Kansas State University 
91.         Jim Campen - Professor of Economics, Emeritus, Univ of Massachusetts Boston 
92.         Mariana P. Candido - Associate Professor, Department of History, University of Notre Dame 
93.         Cláudio Carvalhaes - Associate Professor of Worship, Union Theological Seminary - New York City 
94.         Bruno Carvalho - Associate Professor, Spanish and Portuguese Languages and Cultures, Princeton Mellon Initiative - Princeton University 
95.         Sueann Caulfield - Associate Professor, University of Michigan 
96.         Sidney Chalhoub - Professor of History and African and African American Studies, Harvard University 
97.         Stephen Cole - Chair, Department of History and Political Science, Professor, History and Political Science, Notre Dame de Namur University, California 
98.         Nicholas Copeland, Assistant Professor of American Indian Studies, Virginia Tech 
99.         Carlos Cortez Minchillo - Assistant professor, Dartmouth College 
100.       Benjamin A. Cowan - Associate Professor, Department of History, University of California San Diego 
101.       Lisa Covert - Assistant Professor, College of Charleston, South Carolina 
102.       Raymond B. Craib - Professor of History, Director of the Latin American Studies Program (LASP), Cornell University 
103.       Chuck Davis - Professor of Labor Studies, Indiana University 
104.       Alicia Díaz, Assistant Professor of Dance, The University of Richmond 
105.       Arcadio Díaz-Quiñones - Professor Emeritus, Department of Spanish and Portuguese, Princeton University 
106.       Edgardo Dieleke (filmmaker and professor) - Phd, Princeton University - NYU - Buenos Aires / Universidad de San Andrés 
107.       Elizabeth Dore - Emeritus Professor, University of Southampton, UK 
108.       Robert S. DuPlessis - Isaac H. Clothier Professor of History and International Relations Emeritus - Swarthmore College, Pennsylvania 
109.       Eduardo Elena - Associate Professor, University of Miami 
110.       Marc Edelman - Professor of Anthropology, Hunter College and the Graduate Center, City University of New York 
111.       Jeffrey Erbig - Latin American and Latino Studies, University of California, Santa Cruz 
112.       Arturo Escobar – Professor of Anthropology - The University of North Carolina at Chapel Hill 
113.       Joana Falcão Salles - Associate Professor in Microbial Community Ecology, Expertise group GREEN (Genomics Research in Ecology & Evolution in Nature), Groningen Institute for Evolutionary Life Sciences, University of Groningen, Netherlands 
114.       Toyin Falola - Jacob and Frances Sanger Mossiker Chair in the Humanities at the University of Texas at Austin 
115.       John Faulkner - SOAS, University of London 
116.       Gordon Fellman, Professor of Sociology, Brandeis University, , Massachusetts

117.       Débora Ferreira – Professor, Portuguese Program Coordinator, former Member of the Faculty Senate and Chair of Faculty Development Committee, Utah Valley University 
118.       Roquinaldo Ferreira - History/Portuguese and Brazilian Studies, Brown University 
119.       Denise Ferreira da Silva - Professor and Director, The Social Justice Institute (Gender, Race, Sexuality, and Social Justice), University of British Columbia, Canada 
120.       Carlos Figueroa, Ph.D. - Assistant Professor, Politics Department - Ithaca College 
121.       Carl Fischer, Modern Languages and Literatures Department, Fordham University 
122.       Marilyn Frankenstein – Retired Professor, Quantitative Reasoning and Media Literacy, University of Massachusetts, Boston 
123.       Elena Fratto, Humanistic Studies, Princeton University 
124.       Frederico Freitas, Ph.D. - Assistant Professor of History, North Carolina State University 
125.       Barbara Fritz - Institute for Latin American Studies/School of Business & Economics - Freie Universität Berlin 
126.       Leo J. Garofalo, Associate Professor of History, Connecticut College 
127.       Florencia Garramuño, full professor and the Chair of the Humanities Department at the Universidad de San Andrés, Argentina 
128.       Pablo Gentili – Executive Secretary - The Latin American Council of Social Sciences (CLACSO) 
129.       Gabriel Giorgi - Professor, Department of Spanish and Portuguese Languages and Literatures, New York University 
130.       David Theo Goldberg - Director and Professor, Humanities Research Institute, University of California Berkeley 
131.       Reena Goldthree - Assistant Professor of African American Studies, Princeton University - Professor of History, Truman State University, Missouri 
132.       Mónica González García, Profesora Asociada de Literatura Comparada e Intermedialidad, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, Chile 
133.       Jessica Graham - Professor of History, University of California San Diego 
134.       Richard Grossman -  PhD, Northeastern Illinois University 
135.       Antonio Sergio Alfredo Guimaraes - Visiting Fellow, Lemann Institute of Brazilian Studies, University of Illinois at Urbana-Champaign 
136.       David Gullette, Professor Emeritus of English, Simmons College, Boston 
137.       Gerard Gunning - University Lecturer at SOAS University of London 
138.       María del Mar Gutiérrez Domínguez - El Colegio de México 
139.       Martin Halpern - Professor of History Emeritus, Henderson State University, Arkadelphia, Arkansas 
140.       Laurence Harris - Professor, SOAS, University of London 
141.       Noel Healy - Associate Professor of Geography, Salem State University Virginia Parks, Professor of Urban Planning, University of California at Irvine 
142.       Inez Hedges, Ph.D. - Professor Emerita of Cultures, Societies, and Global Studies, Northeastern University 
143.       Rebecca Herman, Professor of History, University of California, Berkeley 
144.       Marc A. Hertzman, Associate Professor and Conrad Humanities Scholar, University of Illinois, Urbana-Champaign 
145.       Walter L. Hixson - Distinguished Professor of History, University of Akron, Ohio 
146.       Elizabeth Quay Hutchison - Professor, Latin American History - President, Faculty Concilium on Latin America and Iberia - Director, Feminist Research Institute - Chair, Committee on Governance - The University of New Mexico 
147.       Rafael R. Ioris, Ph.D.- Associate Professor of Latin American History, History Department, Affiliated Faculty, Latin American Center, Joseph Korbel School of International Studies, University of Denver 
148.       Clara E. Irazábal-Zurita - Director of the Latinx and Latin American Studies Program, Professor of Urban Planning | Department of Architecture, Urban Planning + Design (AUPD), University of Missouri - Kansas City 
149.       Alexandra Isfahani-Hammond - Associate Professor Emeritus of Comparative Literature And Luso-Brazilian Studies, U.C. San Diego 
150.       Thomas Jessen Adams - Academic Coordinator and Lecturer in American Studies and History, United States Studies Centre, University of Sydney 
151.       Cedric Johnson - Associate Professor, African American Studies and Political Science - University of Illinois at Chicago 
152.       Benjamin Junge, PhD - Associate Professor - State University of New York at New Paltz 
153.       Tercio Bretanha Junker, PhD, Dean of the Chapel and Regional Director of Course of Study Program, Garrett-Evangelical Theological Seminary, Illinois 
154.       Louis Kampf - Professor Emeritus - MIT - Massachusetts Institute of Technology 
155.       Temma Kaplan - Distinguished Professor of History, Emerita, Rutgers University 
156.       Mary Kay Vaughan - Professor Emerita, University of Maryland 
157.       Robin D.G. Kelley - Gary B. Nash Professor of American History at UCLA, former Harmsworth Chair of American History at Oxford University 
158.       Gray F. Kidd - Duke University, North Carolina 
159.       Roger Kittleson - Professor of History, Williams College, Massachusetts 
160.       Anna M. Klobucka - Professor of Portuguese and Women's and Gender Studies, University of Massachusetts Dartmouth 
161.       Peter Kuznick - Professor of History, Director Nuclear Studies Institute, American University, Washington, D.C. 
162.       German Labrador Mendez - Associate Professor, Princeton University 
163.       Jennifer Lambe - Assistant Professor, Department of History, Brown University 
164.       Dany Lang - Université Paris 13, Sorbonne Paris Cité/l'Université de Saint Louis (Belgium). 
165.       Paul Lauter - Allan K. and Gwendolyn Miles Smith Professor of Literature Emeritus at Trinity College in Hartford, Connecticut, former President of the American tudies Association (USA), Francis Andrew March Award 2017. 
166.       John Lawrence, Professor Psychology Department, College of Staten Island, City University of New York 
167.       Nicole D. Legnani - Assistant Professor of Colonial Latin American Studies - Department of Spanish and Portuguese - Princeton University 
168.       Fernando Leiva - Associate Professor, Latin American and Latino Studies, University of California Santa Cruz 
169.       María Graciela León Matamoros - Universidad Autónoma Metropolitana, Unidad Cuajimalpa, México 
170.       Deborah Levenson - Professor of Latin American History, Boston College 
171.       Marilia Librandi - Professor of Luso-Brazilian and Latin American Literature and Cultures, Stanford University 
172.       Clara E. Lida - Research-Professor, Chair on Mexico-Spain at the Centro de Estudios Históricos, El Colegio de México 
173.       Lisa Lindsay, Bowman and Gordon Gray Distinguished Term Professor, University of North Carolina at Chapel Hill 
174.       Maria-Aparecida Lopes - Professor of History, California State University, Fresno 
175.       Christopher Lowe, Independent Historian of Africa, Portland, Oregon USA; Ph.D. Yale University 
176.       Ryan Lynch - University of California, Santa Barbara 
177.       Arthur MacEwan - Professor Emeritus of Economics, University of Massachusetts Boston 
178.       Kathleen McAfee - Professor, International Relations, San Francisco State University 
179.       Elias Mandala, History professor at University of Rochester, New York, USA 
180.       Maxine L. Margolis - Professor Emerita of Anthropology, University of Florida and Adjunct Senior Research Scholar, Institute of Latin American Studies, Columbia University 
181.       Irving Leonard Markovitz – Professor of Political Science, The Graduate Center, City University of New York (CUNY) 
182.       Elio Masferrer Kan, Profesor Investigador Emérito, ENAH – Instituto Nacional de Antropología e Historia, México 
183.       Marjorie Mayo - Emeritus Professor, Goldsmiths, University of London 
184.       Sandra McGee Deutsch - Professor of History, University of Texas at El Paso 
185.       Gillian McGillivray, Associate Professor of Latin American History, Glendon College, York University, Canada 
186.       Malcolm McNee - Associate Professor of Portuguese and Brazilian Studies, Department of Spanish and Portuguese, Smith College, Massachusetts 
187.       Lucía Melgar - Associate Researcher, ITAM, Mexico City, Mexico 
188.       Alessandra Mezzadri - Senior Lecturer in Development Studies, Department of Development Studies, SOAS, London 
189.       Michael Meeropol - Professor Emeritus of Economics, Western New England University, Springfield, Massachusetts 
190.       Cristina Mehrtens - Associate Professor in the History and Women's & Gender Studies departments at the University of Massachusetts Dartmouth 
191.       William Mello - Associate Professor, Indiana University 
192.       Ian Merkel - History and French Studies, New York University (NYU) 
193.       Paul C. Mishler, PhD. - Associate Professor of Labor Studies -Department of Labor Studies - Indiana University 
194.       Owen Miller - Lecturer in Korean Studies, Department of East Asian Languages and Cultures, SOAS, London 
195.       Pedro Meira Monteiro - Professor and Chair of the Department of Spanish and Portuguese Studies, Princeton University 
196.       Andrea Melloni -  Portuguese Lecturer, Princeton University 
197.       Lorraine C. Minnite - Associate Professor of Public Policy, Rutgers University, Camden 
198.       Sean Mitchell - Associate Professor, Department of Sociology and Anthropology, Rutgers University, Newark 
199.       Julia Monarrez, Professor of El Colegio de la Frontera Norte, Tijuana, B.C., México 
200.       Beatriz de Moraes Vieira - Visiting Scholar, Cornell University 
201.       Michelle Morais de Sa e Silva, PhD - Lecturer in International and Area Studies, Department of International and Area Studies, The University of Oklahoma 
202.       Paulo Moreira - Associate Professor, Department of Modern Languages, Literatures and Linguistics, University of Oklahoma 
203.       Julieta Mortati - Universidad Tres de Febrero, Buenos Aires, Argentina 
204.       Joia S. Mukherjee, MD, MPH - Chief Medical Officer, Partners In Health, Associate Professor, Harvard Medical School 
205.       Nick Nesbitt, Professor - Department of French and Italian, Princeton University 
206.       Sara Niedzwiecki - Assistant Professor, Politics Department, University of California, Santa Cruz 
207.       Marcelo Noah, Duke University 
208.       Renato Nunes Balbim - Visiting Scholar - University of California at Irvine 
209.       Paul O'Connell - Associate Dean for Research (Law and Social Sciences) - SOAS, University of London 
210.       Arnold J Oliver - Emeritus Professor of Political Science, Heidelberg University, Tiffin, Ohio

211.       Andrea Pagni, Friedrich-Alexander-Univesität Erlangen-Nürnberg, Germany 
212.       Marcelo Paixão - Associate Professor of The University of Texas at Austin 
213.       Charles Palermo, Professor, College of William & Mary, Williamsburg, Virginia 
214.       Cecilia Palmeiro, PhD - Universidad Nacional de Tres de Febrero – Argentina 
215.       Fabio Paolizzo - University of California Irvine, University of Rome Tor Vergata 
216.       Virginia Parks - Chair of Department of Planning, Policy and Design; Professor of Urban Planning, University of California at Irvine 
217.       Kenneth Paul Erickson - Professor of Political Science - Hunter College, and The Graduate Center, City University of New York (CUNY) 
218.       Keisha-Khan Perry - Associate Professor, Director of Graduate Studies, The Department of Africana Studies - Brown University 
219.       Gretchen Pierce, Ph.D. - Associate Professor, Shippensburg University of Pennsylvania 
220.       Julio Pinto Vallejos - Departamento de Historia, Universidad de Santiago de Chile 
221.       José Antonio Piqueras, Professor of History, Universitat Jaume I (Spain) 
222.       Margaret Power - Professor of History and Chair of the Department of Humanities, Illinois Institute of Technology 
223.       Fabricio Prado, Associate Professor of History, College of William & Mary, Williamsburg, Virginia 
224.       Mary Louise Pratt - Silver Professor in the Department of Social and Cultural Analysis - New York University - former President of the Modern Language Association 
Do GGN

segunda-feira, 28 de maio de 2018

CUT/VOX – COM 39% DAS INTENÇÕES DE VOTO, LULA VENCE NO PRIMEIRO TURNO, por Marize Muniz

Mesmo preso há 52 dias e atacado ferozmente pela mídia golpista, o ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais candidatos a presidente da República e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje. E se houvesse segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.
No cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% das soma dos adversários, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 19 a 23 de maio e divulgada nesta segunda-feira (28).
O diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, chama a atenção para o pífio desempenho dos candidatos ligados ao ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) que, juntos com o presidente, deram o golpe de estado e levaram o Brasil para o caos atual.
“Apesar do proselitismo de parte da imprensa brasileira, eles patinam em índices muito baixos. Entre eles, o que mais chama a atenção é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que está aquém do que alcançaram outros candidatos tucanos no passado”.
“Parece que a opinião pública não perdoa o comportamento do partido de 2014 para cá”, diz Coimbra.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os brasileiros não esquecem que Lula aqueceu a economia, gerou mais de 20 milhões de empregos e distribuiu renda, apesar da crise de 2008 que derrubou bolsas em todo o mundo e levou a economia da Europa e dos Estados Unidos à bancarrota.
“O que temos agora são quase 14 milhões de desempregados, fora os subempregados, aumentos absurdos da gasolina, diesel e gás de cozinha e um governo acuado, desacreditado e sem capital político sequer para negociar o fim de uma mobilização de caminhoneiros”, pontua Vagner.
Na pesquisa estimulada, o segundo colocado, com praticamente um terço das intenções de voto de Lula, está o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 12%; seguido de Marina Silva (Rede), com 6%; Ciro Gomes (PDT), com 4%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 3% e Álvaro Dias (Podemos), com 2%.
Henrique Meirelles (MDB-GO), Manuela D’Ávila (PC do B) e João Amoedo (Novo-RJ) têm cada um 1% das intenções de votos. Já Flávio Rocha (PRB-RN), Guilherme Boulos (Psol-SP), João Vicente Goulart (PPL), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Paulo Rabelo de Castro (PSC) não pontuaram. O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 21% e não sabem ou não responderam, 9%.
No Nordeste, Lula tem 56% das intenções de votos, contra 7% de Bolsonaro e Ciro, que empatam na Região; Marina tem 6% e Alckmin apenas 1%. Os demais não pontuaram. No Sul, 31% dos entrevistados votariam em Lula, 18% em Bolsonaro e 10% em Álvaro Dias; Marina e Ciro empatam, com 4% cada e Alckmin aumenta para 2%, empatando com João Amoedo. Meirelles, Manuela e outros têm 1%.
Pesquisa espontânea
No cenário espontâneo, Lula também está bem na frente dos demais candidatos. O ex-presidente tem 34% das intenções de votos, Bolsonaro surge em segundo lugar, com 10%; Ciro e Alckmin voltam a empatar, com 3% cada; Marina e Joaquim Barbosa, que desistiu da candidatura, surgem com 2% cada; e Álvaro Dias, com 1%. E 5% dos entrevistados disseram que vão votar em outros, 25% ninguém, brancos e nulos, e 16% não sabem ou não responderam.
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula venceria todos os adversários com larga vantagem. Venceria Marina com 45% contra 14% da candidata da Rede; Já contra Alckmin e Bolsonaro, Lula alcançaria 47% dos votos contra 11% e 16%, respectivamente.
A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada com brasileiros de mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, de todos os estratos socioeconômicos.
Foram ouvidas 2.000, em entrevistas feitas em 121 municípios. Estratificação por cotas de sexo, idade, escolaridade e renda.
A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
Do GGN

domingo, 6 de maio de 2018

LULA PODE INVIABILIZAR DIREITA e construir 2º turno DENTRO DA FRENTE, por Ion de Andrade

A prisão de Lula, insustentável diante das imagens veiculadas pelo MTST é de tal brutalidade que tende a gerar um movimento natural de lealdade total a ele por parte de todos aqueles que o sabem injustiçado.
Essa lealdade vai além da pessoa de Lula, pois se funde com os valores da democracia participativa, do Estado Social, da prioridade aos mais pobres que são os dele e em nome dos quais muito foi feito no Brasil.
Portanto estamos diante de um fenômeno visceral que reverberará na história e na política brasileira por décadas.
O caráter visceral desse fenômeno, que é traço do quanto está vivo, poderia, no arco do curto prazo onde estão as eleições, desempenhar efeito instabilizador sobre o processo estratégico a que as forças democráticas estão convocadas que é o de fazer reemergir no Brasil, preferencialmente nas próximas eleições, a democracia e um pacto social mínimo para a governabilidade.
Na prática essa lealdade (e ela é legítima) poderia produzir um comportamento político sectário, pelo qual nenhum candidato, mesmo no campo democrático poderia ser suficientemente digno para substituir no pleito eleitoral o Lula preso injustamente. É compreensível do ponto de vista humano que muitos possam perceber uma alternativa qualquer a Lula, num cenário como o atual, como traição.
Agrega-se a isso o fato de que a candidatura de um Lula preso político tem um potencial politizador imenso para as maiorias, pois demonstra com clareza meridiana a que destino a sociedade excludente e autoritária do Brasil contemporâneo estão condenados aqueles que almejam construir, mesmo por meio do diálogo e do consenso, uma sociedade menos injusta e assimétrica no Brasil.
Portanto a razão cerebral e a razão visceral apontam para a necessidade histórica e política da candidatura Lula para a presidência da república em 2018 e me incluo entre os que concordam com essa necessidade.
Porém temos que considerar diversos elementos legais e políticos para contextualizar a candidatura Lula num cenário que, até aqui, dá à Extrema Direita a segunda posição. Essa força política, no entanto parece ter chegado ao seu teto e tenderia a ser derrotada por qualquer candidato que a ela se opusesse no segundo turno.
Isso significa que em circunstâncias normais, o Brasil não elegeria a Extrema Direita à Presidência da República.
Entretanto, a legislação eleitoral prevê que se o candidato vencedor da eleição tiver sua candidatura impugnada, os votos recebidos por ele serão computados como nulos e assumiria o segundo mais votado.
Esse risco real de vitória espúria da Extrema Direita; considerando que o Judiciário mantem Lula preso injustamente, e que esse Judiciário, apesar de sabê-lo inocente, não hesitará em cumprir com o seu papel, previsto na Profecia de São Jucá, impugnando a diplomação de Lula; exige um manejo extremamente responsável da sua candidatura que deve assumir em consciência de causa, de que em nenhuma hipótese permitirá ao Brasil o risco de que seja governado pela Extrema Direita.
A certeza disso é necessária e a sua explicitação permitirá à candidatura Lula crescer ainda mais, liberada que estará das preocupações de muitos eleitores, dentre os quais me incluo, de que como efeito colateral de sua vitória pudéssemos resvalar para o mais vil nazi-fascismo, cuja eleição impossível como primeiro lugar não o seria como diplomado em segundo, por impugnação de um Lula vitorioso.
Portanto uma das coisas que a candidatura deve antecipar é que não permitirá em nenhuma hipótese que o Brasil e o seu povo corram esse risco.
Ora, essa afirmação de princípio da candidatura Lula, a ser enunciada o quanto antes, poderia, por exemplo, produzir a desidratação da candidatura da Extrema direita, que talvez tenha enxergado essa janela espúria para chegar ao Poder e dela esteja se aproveitando. Definida em qualquer circunstância a sua inviabilidade, é previsível que a formação dos palanques lhe seja menos favorável. Sim Lula é o maior eleitor e pode com o peso gravitacional que tem, também impedir a chegada ao Poder da Extrema Direita.
Essa desidratação poderia redistribuir os votos para a eleição presidencial e por exemplo levar ao segundo turno outro candidato da Frente Democrática, recém criada, e que reúne o PT, o PDT, o PSB, o PC do B e o PSOL. Se isso ocorrer, a candidatura Lula poderá ir até o fim, pois ainda que venha a ser impugnada pelo TSE, não haveria nenhum risco à democracia.
Não nos esqueçamos que, para a esquerda, uma eleição não serve apenas para eleger os candidatos mais alinhados ao povo. As eleições servem também e sobretudo para difundir o seu projeto de sociedade e para ampliar as bases da sua influência política ajudando-a a construir a sua hegemonia.
Desvencilhada publicamente dos riscos a candidatura voará livre, leve e solta e quem sabe com a sua força de arrasto possa levar ao segundo turno outra candidatura de Frente Democrática.
Esse seria uma bela avenida para a recomposição da democracia nesse sofrido país.
Do GGN