No depoimento
que prestou ao juiz Sergio Moro nesta segunda-feira 13, e que está sob sigilo
por determinação do magistrado, mas cujo conteúdo foi vazado, o executivo
Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da empreiteira,
relatou que “sempre existiu” caixa 2 na construtora para doações de campanhas
não eleitorais; “Sempre existiu. Desde a minha época, da época do meu pai e
também de Marcelo [Odebrecht]”, disse o patriarca; ele falou como testemunha de
defesa de seu filho, Marcelo, que está preso no âmbito da Lava Jato
No mesmo dia
em que Moro determinou que o depoimento de Emilio Odebrecht, patriarca da maior
empreiteira do Brasil, ficasse sob sigilo, os vídeos vazaram por um erro na
Justiça Federal do Paraná. Trecho de seu relato ao magistrado, feito nesta
segunda-feira 13, aponta que "sempre existiu" caixa 2 na empresa.
"Sempre
existiu. Desde a minha época, da época do meu pai e também de Marcelo
[Odebrecht]", depôs o executivo, presidente do Conselho de Administração
da empreiteira, ao falar sobre esquema de doações de campanhas não eleitorais
por parte da construtora. Ele falou como testemunha de defesa de seu filho,
Marcelo, que está preso no âmbito da Lava Jato.
"Na
minha época, as coisas eram muito mais simples. Não tinha a complexidade que a
organização passou a ter, trabalhando em mais de 20 países e lidando com 'n'
negócios", afirmou ainda Emílio Odebrecht, lembrando que o esquema do
caixa 2 era "um modelo reinante" no País. Segundo ele, a empresa doava
para todos os partidos, por dentro e fora, e inclusiva fazendo "uma
mescla" de recursos oficiais e não oficiais.
"Sim,
sabia que existiu o uso de recursos não contabilizados. Sempre foi modelo
reinante no país e que veio até recentemente. O que houve impedimento a partir
de 2014. Até então, sempre existiu. Desde minha época, da época do meu pai e
também de Marcelo, sem dúvida nenhuma", afirmou.
Do 247