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segunda-feira, 24 de junho de 2019

COMO UM BANDIDO MEQUETREFE NO RATINHO, MORO NEGOU TUDO, POR ARMANDO COELHO NETO

A farsa processual está mais do que nunca revelada e só mesmo um STF conivente ou sob chantagem pode mantê-la. O Supremo pode e deve resgatar sua imagem.
Foto Gabriel Cardoso/SBT
Nos presídios do Brasil é muito comum que criminosos usem telefones baratos (de poucos ‘baites’), mudem de número ou de aparelho com frequência. As mulas flagradas com droga, no Aeroporto de Guarulhos/SP, costumam negar saber que estão traficando. É comum criminosos negarem seus crimes, mesmo diante de evidências. Aconteceu com os irmãos Cravinhos (caso Richthofen), com os Nardones e com Fernandinho Beira-Mar. Todos negaram seus crimes. É comum raposas negarem que comeram as galinhas, mesmo com a boca cheia de penas. Afinal, vale a máxima do Latim: “Nemo tenetur se detegere”(o direito de não produzir prova contra si mesmo).
O marreco de Maringá nunca me enganou. Realizou a prisão ilegal de quase 300 pessoas, vazou informações sigilosas para a imprensa, permitiu que audiência fosse transmitida por celular para blogueiro simpatizante, exerceu ato de ofício em férias. Mandou prender “suspeitos” dentro de hospital, condenou pessoas fora da lei e sem prova – não raro os contrários ao seu ideário político. Leia-se, desafetos políticos. Com sensacionalismo, aconteceu e brilhou encantando pessoas sob a bandeira de combate à corrupção. Na leva, até corruptos ficaram contra a corrupção (Aécio, Cunha, família Bozo).  Mas, com a farsa político-policialesca, acabou conseguindo selo de probidade, e ai de quem criticasse seus atos.
Desse modo, o marreco virou um “Grande Homem”, de quem se espera o óbvio: grandeza. Na década de 1990, na Suécia, a então vice-primeira ministra, Mona Sahlin, renunciou quando descobriram que ela comprou uma barra de chocolates Toblerone com cartão corporativo. Sem meandros ideológicos, grandes nomes quando flagrados até se matam – seja por vergonha, vaidade, como resposta a uma grande injustiça, medo da Justiça. Há quem queira preservar qualquer coisa num último gesto… Foi assim com Hitler (Alemanha), Getúlio Vargas (Brasil), Pierre Bérégovoy (França) e mais recentemente com Alan Garcia (Peru).
Que a Farsa Jato era farsa sempre se soube, e não é hora de inventariar as provas anteriores. Os holofotes da grande mídia projetavam na parede a figura de um pássaro gigante. Veio um certo Glenn, jogou a luz por cima e revelou o tamanho real do marreco. Eis que ele surge nanico e mentindo para o Brasil, dando nós em senadores mal preparados, que com discursos longos, confusos abrem espaço para evasivas do marreco. O ex-juiz prevaricou, sim, agiu por interesses pessoais/políticos, tramou contra a defesa e condenou sem provas o ex-presidente Lula.
Cadê os grandes homens da Farsa Jato? O que se esperaria? Ah, estão pondo em dúvida nosso trabalho? Aqui estão nossos celulares, nossas contas, nosso trabalho, investiguem e apontem onde erramos. Da associação de procuradores da República e da representação dos juízes se esperaria o óbvio: primeiro, apoio aos seus pares. Segundo, pedir que se investigue. Fizeram só a primeira parte, ignorando o conteúdo criminoso das revelações. Reafirmando em síntese a infâmia: é normal o conluio de acusadores com juízes.
Bom lembrar que a TV Globo não é exemplo de ética jornalística. Filmagens e gravações clandestinas, as edições criminosas contra o ex-presidente Lula falam por si. Mas, ao constatar falha na postura de um de seus repórteres, no Caso Neymar, o afastou e emitiu nota: “Há evidências de que as atitudes dele neste caso contrariaram a expectativa da empresa sobre a conduta de seus jornalistas”. Na Operação Satigraha, a Globo teve atitude semelhante, dando sinais de querer preservar sua imagem, mesmo suja.
Toda podridão está lançada. Em novos áudios revelados, o marreco chama de tontos os tontos do MBL. Nega gravações, mas pede desculpas pelo que supostamente “não disse”. O afastamento de uma procuradora “fraquinha”, a proteção a FHC, o “In Fux we trust”, o controle de mídia são sinais inequívocos de ação manipulada. O que falta? Mais revelações?
Durante a audiência no Senado, o marreco revelou traços psicopatas que só a Psiquiatria Forense explica.
Enquanto isso, os oficiantes da Farsa Jato se encolhem e, com embustes, fabricam álibis e teorias conspiratórias. Um dos jornalistas mais premiados do mundo é preconceituosamente desqualificado, como se estando a serviço de uma ORCRIM.
A farsa processual está mais do que nunca revelada e só mesmo um STF conivente ou sob chantagem pode mantê-la. O Supremo pode e deve resgatar sua imagem. A confissão do marreco quanto aos seus próprios crimes não está nem nos autos nem nas gravações do Telegram, mas sim na defesa pública que ele faz das provas obtidas por meios ilegais. O marreco é réu confesso. Num “pronto falei”, é de se concluir que ele e demais envolvidos na fraude processual agem, não com grandeza, mas com a pequenez moral de muitos bandidos mequetrefes em programas sensacionalistas como Ratinho. Negam tudo.
Armando Rodrigues Coelho Neto – jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-integrante da Interpol em São Paulo.
Do GGN

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A DIFUSÃO DE NOTÍCIAS FALSAS NO BRASIL NÃO TEM PRECEDENTES, DIZ OEA

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A presidente da missão de observadores da Organização de Estados Americanos (OEA) para as eleições brasileiras, Laura Chinchilla, disse hoje (25) que o Brasil enfrenta um fenômeno “sem precedentes” em relação a difusão de notícias falsas. Segundo ela, o fato preocupa o grupo de especialistas que deu o alerta já no primeiro turno das eleições.
“Outro fator que tem nos preocupado, e isso alertamos desde o primeiro turno, e que se intensificou neste segundo, foi o uso de notícias falsas para mobilizar vontades dos cidadãos. O fenômeno que estamos vendo no Brasil talvez não tenha precedentes, fundamentalmente, porque é diferente de outras campanhas eleitorais em outros países do mundo.”
Laura Chinchilla, que é ex-presidente da Costa Rica, reuniu-se hoje, em São Paulo, com o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, a vice na chapa dele, Manuela d’Ávila, e o chanceler Celso Amorim. A reunião foi solicitada pela Coligação O Povo Feliz de Novo.
O grupo de observadores reúne 48 especialistas de 38 nacionalidades. Eles vão se dividir entre o Distrito Federal e 11 estados para o acompanhamento do segundo turno das eleições. Ao final, será elaborado um relatório.
Denúncias
A presidente da missão afirmou que recebeu por escrito as denúncias sobre o esquema supostamente financiado por empresários para o envio em massa de notícias anti-PT utilizando o WhatsApp. Ela disse que repassou as informações para as autoridades eleitorais e policiais brasileiras.
Laura Chinchilla disse que pretende se reunir ainda com a procuradora-geral, Raquel Dodge, para discutir essa disseminação de fake news na internet e em aplicativos. Ela não afirmou, entretanto, quando será o encontro.
Análise
Para a presidente da missão de observadores, o uso do aplicativo de mensagens particulares dificulta o controle das autoridades em relação à disseminação de informações falsas, por ser uma rede privada e protegida.
“Se está usando uma rede privada, que é o WhatsApp, que apresenta muitas complexidades para ser investigada pelas autoridades. É uma rede que gera muita confiança porque são pessoas próximas que difundem as notícias e é a mais utilizada, com um alcance que nunca se tinha visto antes.”
Segundo Laura Chinchilla, o controle está na concientização do eleitorado brasileiro. “Continuaremos insistindo na necessidade que os cidadãos aprendam e façam um grande esforço para distinguir o que é certo e o que não é. Existem muitas iniciativas que estão tentando colocar isso na mesa. Iniciativas que estão se organizando na sociedade civil, nas universidades e nos meios de comunicação.”
Violência
Laura Chinchilla disse que além das fake news, preocupa a missão o tom utilizado em alguns discursos incitando a violência a partir de divergências políticas. Apesar de episódios isolados, ela afirmou que não houve irregularidades registradas no primeiro turno.
“Temos que reconhecer que esse processo eleitoral, onde não encontramos nenhum tipo de irregularidade no primeiro turno e esperamos que seja assim no segundo, foi fortemente impactado por alguns fenômenos ligados ao clima político, sobretudo o discurso, que alertamos, tende a dividir, tende a incentivar a violência política.”
Edição: Lílian Beraldo/Agência Brasil.
GGN