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quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulheres ocupam Globo contra o golpe, retirada de direitos e intervenção militar

Foto: Levante Popular da Juventude
A reportagem do Brasil de Fato divulgou nesta quinta (8), Dia Internacional da Mulher, que cerca de 800 mulheres de diversos movimentos sociais ocuparam o parque gráfico da Globo no Rio de Janeiro, em protesto contra o apoio da emissora ao golpe, à retirada de direitos, à intervenção militar e às tentativas de influenciar a eleição presidencial.
Ainda de madrugada, mulheres chegaram no local onde estenderam uma enorme faixa com os dizeres: “A Globo promove intervenção para dar golpe na eleição”, relatou o Brasil de Fato.
No portal do jornal O Globo, a emissora disse que o movimento foi organizado por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), armados com "facas". O grupo ainda sustentou que a segurança não pôde impedir o protesto por causa do grande número de pessoas. 
Além do MST, participaram do ato o Levante Popular da Juventude, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
Para Ana Carolina Silva, integrante do Levante Popular da Juventude, "(...) a mídia, principalmente na figura da Rede Globo, representa um inimigo que sai extremamente ileso, inclusive porque controla a informação, faz a disputa ideológica e que hoje é um partido político na condução do golpe", disse ao Brasil de Fato.
Maria Gomes de Oliveira, da coordenação nacional do MST, afirmou que "as mulheres são contra a intervenção militar que está acontecendo aqui no Rio, são contra todas reformas colocadas pelo governo, assumimos o protagonismo das outras nesse 8 de março para denunciar toda essa sujeira. A ilegalidade do julgamento do Lula, a globo também está construindo esse discurso para impedir que aconteçam as eleições."
O protesto contra a Globo integra a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra. Na quarta-feira (7), o MST ocupou a Fazenda Esmeralda, em São Paulo, que pertence a Michel Temer (MDB) e que foi citada em delações do inquérito que investiga MP dos Portos. 
"No ano passado, as sem-terra ocuparam, em Minas Gerais, terras de Eike Batista — o Acampamento Maria da Conceição completa um ano com produção agroecológica — e paralisaram o complexo industrial da empresa Vale Fertilizantes, em Cubatão (SP), para denunciar a dívida da mineradora com a Previdência", lembrou o Brasil de Fato.
GGN

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A fake-news do detrito da maré do jornalismo: Veja, para variar, mentiu, por Eugênio Aragão

Saiu, pela segunda vez, na coluna do Radar do mais asqueroso hebdomadário tupiniquim (a Veja, claro!) que este que lhes escreve teria “aconselhado” ao Presidente Lula, após confirmação da sentença condenatória do juiz de província pelo ainda mais provinciano TRF da 4ª Região, que abandonasse os planos de sua candidatura.
Trata-se da mais deslavada mentira, com a agravante da reincidência teimosa, depois que me dei ao trabalho de desmentir a informação ao jornalista irresponsável. A notícia é simplesmente estapafúrdia porque:
Em primeiro lugar, mal o Presidente Lula teve tempo de falar comigo. Está com agenda cheia e extremamente demandado no cenário político nacional. Nas últimas vezes que dele estive perto, apenas logrei cumprimentá-lo.
Em segundo lugar, não sou ninguém para dar “conselho” dessa natureza ao que considero o maior dos brasileiros da contemporaneidade. Se o Presidente Lula me demandar,  o será para auxiliá-lo a concretizar seus planos, jamais para julgá-los. Não tenho o topete para fazer de outro modo.
Em terceiro lugar, Lula é o plano mais seguro para a restauração do consenso democrático neste país. Não há quem o possa eficazmente substituir nesse mister. Sua candidatura, a esta altura da deterioração da institucionalidade, não lhe pertence, mas pertence a toda a sociedade que reclama a volta de um projeto de nação. Não há como e nem porque Lula desistir de concorrer.
Não me impressiona a tática de querer encher meu ego com a recitação de títulos acadêmicos que tive oportunidade de conquistar por generosidade de uma sociedade carente de políticas que estendam a todas e todos essa chance. Eles valem pouco diante do tamanho da tarefa de reconstrução de nossa democracia sequestrada e estuprada por um bando de interesseiros em causa própria. Eles valem nada diante do porte de Lula na história contemporânea do nosso sofrido continente.
Vamos em frente, ainda que por desgosto da imprensa mentirosa, lutar por que Lula possa nos ajudar a voltar a ter esperança! Lula será candidato e será eleito. Este é a minha e a nossa vontade como brasileiras e brasileiros com um mínimo de discernimento e responsabilidade pelo Brasil.
 GGN

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Lula segue no confronto mesmo condenado por uma farsa ou a derrota histórica, por Aldo Fornazieri para o Jornal GGN

A condenação de Lula por unanimidade pela turma do TRF-4 que o julgou, embora previsível, representou uma grave derrota para o ex-presidente, para o PT  e para as forças progressistas que defendem a democracia, a justiça e os direitos sociais. As ilusões que alguns alimentavam de que pudesse haver um dois a um ou até uma absolvição se esfumaçaram no céu tormentoso de Porto Alegre. Essas ilusões perdidas devem servir de lição, indicando que, embora se deva lutar nos tribunais superiores pela anulação do processo condenatório e pelo direito de Lula ser candidato, não se deve ter fé nos mesmos, pois amplos setores do Judiciário estão comprometidos com o golpe e com a interdição de qualquer ameaça que possa significar a vitória de forças comprometidas com os interesses do povo.​
É preciso entender que o Brasil está sendo governado por uma canalhocracia de terno e toga, onde os segundos protegem os interesses dos primeiros - os predadores do mercado - e onde os primeiros garantem ganhos extraordinários aos togados, aos procuradores e aos grandes escritórios de advocacia, que constituem um sistema jurídico nacional mafioso.  A luta central, nos tribunais e nas ruas, deve ser pela anulação do processo, pois ele viola o Artigo 5º da Constituição, já que Sérgio Moro não é juiz natural para julgar um processo que, como ele mesmo reconhece na sentença, e que os desembargadores do TRF-4 ignoram, o caso do triplex nada tem a ver com a Petrobras e com a Lava Jato. Lula precisa nomear outros defensores, que tenham renome e reputação, pois a sua defesa em Porto Alegre foi desastrosa.
A luta mais importante, no entanto, precisa ser travada nas ruas, com mobilizações, atos, caravanas, com bloqueios de rodovias e avenidas e com a construção de uma greve nacional. É claro que existe uma debilidade organizativa e frágil capacidade mobilizadora do PT, dos sindicatos e das forças de esquerda em geral. Isto ficou patente durante todo o processo de derrubada da Dilma e foi reafirmado com a condenação de Lula. Com exceção de Porto Alegre, não ocorreram atos significativos em outra cidades.
Mas não existe outra saída: a força organizada precisa ser constituída no próprio processo de mobilização. Mais do que isto. É preciso ter direção e comando. Das reuniões e plenárias de que participei a convite de militantes petistas, no Rio Grande do Sul e em São Paulo,  foi possível constatar que a militância se recente de orientação, direção e comando. Não há um sistema eficaz de comunicação entre a direção e as bases. A rigor, a militância continua como um exército sem generais, tal como ocorreu no processo do impeachment. E a direção do PT continua como um comitê de generais de caserna sem exércitos. Não há um estado maior, um comitê de crise, uma situação de prontidão permanente para enfrentar esse momento.
O maior risco que Lula corre é o de ser abandonado e trocado pelos interesses eleitorais. Não manter a candidatura de Lula até o fim, mesmo que preso, significa abandoná-lo à mercê de seus inimigos. Significa deixar que crucifiquem o seu significado e a sua força simbólica, significa enterrar-lhe o punhal da covardia e da traição em seu coração. Permitir isso significa, acima de tudo, apunhalar a democracia e povo.
Manter a candidatura Lula até o fim é a única forma de confrontar o golpe, de fazer com que ele e seus áulicos do Judiciário enfrentem o dilema de manter Lula candidato ou de validar uma eleição ilegítima, com a manutenção da instabilidade política por mais quatro anos. Os progressistas e as esquerdas precisam superar a síndrome das derrotas históricas através de uma prática e de uma pedagogia do confronto. Ninguém nunca respeitará as esquerdas se elas não forem capazes de impor medo aos seus inimigos. Lula não pode ser o "Lulinha paz e amor". Deve ser o leão, capaz de afugentar as hienas e os chacais que o querem política e simbolicamente destruído.
Dada a fragilidade e a tibieza do PT e das demais forças de esquerda, Lula deve ser o general de sua própria salvação. Deve ter o destemor de um Horácio Cocles, sabendo que a salvação de uma república do povo brasileiro pobre depende dele, acima de tudo. Lula não pode ser um Jango que se refugia no Uruguai sem lutar. Se ele conseguir trazer o povo que o apóia para as ruas, para o campo das batalhas, poderá derrotar os inimigos da república popular. Se for derrotado lutando, estará criando um novo paradigma para as forças progressistas. O paradigma da coragem e da virtude do combate, o paradigma do enfrentamento da falsa unidade, do confronto com uma elite que derrubou as frágeis estacas da democracia, de uma elite que odeia e esmaga os pobres.
É legítimo desobedecer juízes que violaram a lei
A desobediência às decisões de Moro, do TRF-4 e, eventualmente, de Tribunais Superiores, é legítima e legal, pois eles violaram as leis e a Constituição ao transformarem a 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba em tribunal de exceção, ao condenarem sem prova ao violarem o princípio constitucional de em dubio pro reo, substituindo-o pelo princípio inconstitucional da "dúvida razoável". Se restar alguma decência aos Tribunais Superiores, anularão o processo contra Lula. Ao desobedecer esses juízes e  desembargadores se estará obedecendo a lei,  pois a vontade deles não pode ser substituta da lei. Ao assim querem, se instituíram como tiranetes do Judiciário. Moro e os desembargadores não têm moral para se arrogarem paladinos do combate à corrupção. Em primeiro lugar, porque não é esta sua função. Em segundo lugar, porque recebem acima do teto constitucional, sendo este privilégio uma forma de corrupção.
A desobediência civil à vontade arbitrária dos tiranetes do Judiciário se alicerça no pensamento liberal, desde John Locke. Ele afirmou, categoricamente, que um homem "não pode submeter-se ao poder arbitrário de outro". Ao se transformar a Vara Criminal de Curitiba em tribunal de exceção e, ao juiz Moro escolher Lula como réu a ser julgado por ele, além de violar o Artigo 5º da Constituição, também se violou o princípio liberal escrito por Locke de que o poder "está na obrigação de dispensar justiça e decidir dos direitos dos súditos mediante leis promulgadas, fixas e por juízes autorizados, conhecidos". Lula foi julgado segundo "leis" nem autorizadas e nem conhecidas e por um juiz que, pelo princípio da naturalidade, não estava autorizado, quebrando-se assim a objetividade da competência jurisdicional.
Além de combater os tiranetes do Judiciário e defender Lula, duas outras lutas precisam ser travadas. A primeira, consiste em continuar o combate ao governo iníquo, cínico e ilegítimo de Temer. Governo que degrada a vida do povo e envergonha o Brasil no mundo. É preciso bloquear a continuidade do desmanche social, cultural e nacional que esse governo vem promovendo.
Em segundo lugar, Lula, os progressistas e as esquerdas precisam definir propostas e ideias que representem um novo Brasil. Trata-se de propor um programa que expresse uma revolução democrática. Não basta, apenas, propor políticas sociais focalizadas para enfrentar os graves problemas de pobreza e da falta de direitos. É preciso propor um programa reformador, capaz de remover as condições estruturais da pobreza, da desigualdade, da injustiça e da inaptidão do Brasil para o desenvolvimento sustentável - desenvolvimento humano, educacional, ambiental, científico, tecnológico e industrial.
As forças progressistas e Lula precisam mostrar que serão capazes de resolver os problemas cruciais que mantêm o Brasil preso às iniquidades humanas, ao atraso no seu desenvolvimento e a uma presença marginal no mundo globalizado. A apresentação desse programa tornará o combate ao golpe mais convincente e eficaz, pois as forças conservadoras, dado o seu caráter predatório, são incapazes de apontar qualquer caminho de futuro para o Brasil.
Aldo Fornazieri - Professor da Escola de Sociologia e Política (FESPSP).
 GGN

domingo, 9 de julho de 2017

Reflexões: A eleição para a Esquerda como vencer e governar, por Alexandre Tambelli

Foto: Agência Brasil

A eleição para a esquerda: reflexões sobre como vencer e governar

Justifico, antes de tudo, a presença deste texto sobre o comportamento adequado das esquerdas em uma campanha eleitoral e nos governos (discurso e ação) porque não vejo no horizonte atual uma chance expressiva de serem abortadas eleições diretas antecipadas (mais remota as chances em começo de julho de 2017) ou em outubro de 2018. O fracasso do Golpe e do Governo Temer são notórios e a imensa maioria dos brasileiros quer uma nova Eleição Direta para Presidente (a) e Congresso. Ela virá.

E não existem as condições reais de retirar as esquerdas e os progressistas do pleito de 2018, é acionar uma bomba que pode explodir no lugar indesejado pelos golpistas e antes da hora. Com ou sem Lula teremos nosso(s) candidato(s).

São ideias, não fechadas e para diálogo e reflexão dentro das esquerdas de caminhos exitosos eleitorais e práticos. Acredito que a organização de caminhos a seguir em busca de um novo Governo Federal de esquerda exitoso no Brasil deve levar em conta três partes indissociáveis que formam um indivíduo:

1) O Ser social (o coletivo e a inserção na sociedade);

2) O Ser individual (a interioridade exclusiva e os desejos particulares);

3) O Ser espiritual e sua religião particular ou não (ateus; espiritualistas, mas sem religião).

Não vamos produzir um resultado governamental satisfatório se pensarmos só o Ser social ignorando as duas outras partes elencadas e indissociáveis de um indivíduo.

No Brasil com a religiosidade muito presente e o individualismo muito arraigado pela Educação meritocrática em casa, via meios de comunicação e na escola não podemos realizar uma campanha eleitoral com discurso segregador, discurso que afaste do campo de voto das esquerdas as pessoas com ideias outras sobre temas diversos no campo dos direitos civis, das convicções religiosas, da visão do papel central do Estado na sociedade brasileira em desenvolvimento (conscientes ou inconscientes deste papel), dos programas sociais (conscientes ou inconscientes), etc., porém, solidárias e capazes de compaixão humana para com as injustiças sociais e outras injustiças, até de cunho pessoal.

Exemplo aglutinador. A questão do aborto e sua descriminalização.

Trabalhar o tema corretamente em campanha, para que um dogma religioso cristão e a opção do aborto por parte de uma mulher, que não é cristã, não afaste a opção de voto no mesmo candidato de esquerda. Ao invés de fugir do tema aprofundemos o problema, entremos na seara da questão da saúde pública e do Estado Laico. Não nos deixemos simplificar e cair no discurso de campanha que torna inimigos figadais quem é a favor ou contrário ao aborto e incomunicáveis no voto.

Política é um processo Educativo, aglutinador e não calculista e fugidio.

Também não podemos nos contentar apenas com um discurso no campo do Social.

Deve haver mediação e observação contínua das palavras e dos discursos.

Não podemos mais perder o voto parlamentar recebendo apenas o voto no Executivo porque a nossa proposta não abarcará as/ tentará anular as reformas neoliberais da Previdência e do Trabalho, porque temos propostas inclusivas economicamente para o todo da sociedade e seus trabalhadores.

Governar daqui para frente será preciso ter estas três partes do indivíduo elencadas bem compreendidas para mudar o quadro atual de um Parlamento não ser composto de uma maioria aliada ideologicamente com o Executivo eleito.

O voto no Brasil para o Executivo, se pensarmos bem, não segue a lógica do voto para o Legislativo.

No Legislativo o voto é personificado e dado a quem o Pastor indica, ao que representa o movimento católico X, Y e Z, à personalidade midiática, ao político que simplesmente é contra o político X, Y e Z, ao político aliado da mídia, empresário e/ ou patrocinado pelo Poder econômico, ao militante do LGBT, ao que aparece no santinho ao lado do candidato que se decidiu votar no Executivo sem prévia descoberta de quem ele é pelo eleitor, ao candidato aventureiro que vai ter 500 votos no máximo para Deputado Federal/Estadual em um Estado como São Paulo, ao candidato do sindicato X, Y ou Z, ao candidato em defesa do meio-ambiente, ao candidato do “bandido bom, é bandido morto”, ao candidato que faz o churrasco de confraternização na época eleitoral e promete reformar o posto de saúde e colocar uma creche no bairro, etc.

Não é feita a associação necessária: Executivo + Legislativo pela maioria do eleitorado para a boa Governabilidade e as propostas do Executivo terem a possibilidade de ser implementadas de maneira mais segura.

Busquemos caminhos para o voto ideológico, universal (visando toda a população) no Legislativo ser mais contemplado do que o voto utilitarista, classista e personificado, sabendo de antemão e sem ingenuidade da minha parte, que há toda uma força opositora na mídia hegemônica em favor do 1% mais rico e não da sociedade como um todo, um conservadorismo de costumes e de religião em parcelas da sociedade e radicais de extrema-direita aflorados nestes últimos anos no pré-Golpe e no Golpe em si.

Lembrando, com a destruição da imagem da Política produzida de forma pensada, quando o Sistema e seu modelo neoliberal precisa (ou) retomar o Poder e mantê-lo à força, o voto branco, nulo e as abstenções crescem. É o tal de combate à corrupção, que entra em evidência e massifica, controla o noticiário e as discussões políticas entre os brasileiros!

Ainda mais hoje, neste Brasil dividido em frações e que está fortalecendo um ódio à Política e uma intolerância a qualquer diversidade, se torna necessário pensar em um discurso outro, que não separe e ao mesmo tempo possa ser tolerante com as diferenças.

Não dá mais para fugir, também, de uma campanha eleitoral voltada a uma Educação Política e que ela seja sem a predominância da marquetagem, buscando fortalecer uma consciência coletiva da importância de erradicação da profunda desigualdade social entre classes sociais, problema crônico no Brasil e causador central da violência cotidiana que nos acostumamos a conviver, para combate da desigualdade e da violência com apoio do brasileiro médio às medidas efetivas e progressistas.

Coloquemos acima da vontade particular de um revolucionário (por exemplo, a implementação de um modo de produção socialista), a consciência de que há um brasileiro existente, para além desta Revolução justa, que é educado dentro do e para o Capitalismo + a meritocracia + o individualismo + o empreendedorismo particular e, principalmente, para o consumo e distante está do ideário do socialismo das esquerdas clássicas. Sem contar a Teoria da prosperidade, que hoje, atinge até 50 milhões de evangélicos brasileiros.

Este brasileiro existente não pode ser esquecido em nenhum programa/discurso eleitoral de campanha e nas ações governamentais, é um fato a ser ponderado, senão, o discurso, que é teórico, na prática não surte resultado, não se transforma em apoio efetivo às ideias e ações práticas.

O brasileiro existente nem sabe sobre o que um revolucionário de esquerda discursa, no fim de tudo não rende votos, se rendesse, partidos de extrema-esquerda como o PCO e o PSTU teriam votos, ao menos, para elegerem uma dezena de parlamentares e sequer 1 parlamentar elegem no Brasil.

A transformação do modo de produção é uma tarefa que só surtirá efeitos numa mudança radical do modelo educacional brasileiro, para esta mudança ser possível e efetiva a Eleição de Congresso e Governo Federal progressistas continuadamente se fazem necessários.

Sem um modelo Educacional diverso do atual e consciência social e política coletiva dos brasileiros não se faz uma Revolução, como a desejada pela extrema-esquerda nem se consegue produzir uma consciência coletiva para a criação de um Projeto de Nação soberano, desenvolvimentista e inserido no concerto das nações pela porta da frente.

Unamos forças em uma candidatura progressista e em defesa dos interesses nacionais e vamos à Luta! Mesmo que na mídia, no horário eleitoral e nos debates predomine o tempo para a direita e a extrema-direita podemos chegar com nosso discurso e nossas propostas de formas variadas ao eleitorado, se bem organizados estivermos e unidos. Temos de ir onde o eleitor está.

A intolerância e divergência clássica e continuada dentro das esquerdas, também, precisam ser minimizadas, os interesses do Brasil e seu povo estão acima dela e acima das propostas individualizadas de correntes políticas dentro da esquerda política brasileira.

O discurso do candidato das esquerdas precisa ser Educativo, ensinar a importância da Política e do voto no Executivo e Legislativo casados para a confecção de um Brasil outro e melhor de se viver e contemplar na propaganda eleitoral, nos comícios, nas abordagens ao eleitor as três partes indissociáveis elencadas que formam o indivíduo.

Não há temas tabus e medos, porque se acreditou até agora que determinados temas não devem ser discutidos em períodos eleitorais e nem por Governo de esquerda eleito, porque supostamente podem gerar perda de votos e apoio popular.

O que perde votos e apoio popular, penso eu, é não deixar claro o que se pretende fazer no Governo. É aceitar uma campanha idêntica, via marqueteiro, das campanhas da direita política. É deixar a direita e a extrema-direita se mostrar próximas em Ideologia e propostas de um Governo das esquerdas, por medo de um embate mais aprofundado dos temas tabus e dos modelos socioeconômicos de desenvolvimento possíveis para a construção das relações sociais entre diferentes.

Podemos definir em campanha a temática e os posicionamentos diante das três partes indissociáveis do indivíduo.

1) Na parte Social:

Deixar clara a diferença entre modelos socioeconômicos de esquerda e de direita (neoliberalismo, socialdemocracia, socialismo, etc.); falar das funções do Estado, porque devemos valorizá-lo e da sua importância como indutor e organizador das relações sociais; discutir as reformas trabalhista e previdenciária didaticamente mostrando os interesses divergentes entre as forças do Capital (diminutas pessoas) e a classe (gigante em número de pessoas) dos trabalhadores; falar da importância do desenvolvimento industrial com valorização do investimento em Educação + Ciência e Tecnologia por parte do Estado para geração de empregos qualificados e bem-remunerados; da importância da soberania do Estado brasileiro em um mundo globalizado; da importância de lutar pela defesa de nossos recursos naturais, das reservas indígenas/ parques ambientais, dos biomas brasileiros e lutar contra os desmatamentos em florestas discutindo o tema poluição, a água como bem público, etc.; da importância de uma relação harmônica da sociedade com o meio-ambiente; falar abertamente da questão da dívida pública e dos juros altos (prejudiciais à industrialização); da quase metade do PIB direcionada aos bancos e sobre a economia não produtiva almejada pelos banqueiros; sair em defesa de uma auditoria da dívida pública e em defesa de uma Reforma Tributária com impostos progressivos; falar abertamente da importância de uma Reforma Agrária, da violência no campo por parcela de latifundiários e da Agricultura Familiar; discutir e defender posições claras sobre Direitos Humanos, sobre o Sistema Prisional brasileiro, sobre a existência ou não de uma Polícia Militar; falar da importância de uma democratização dos meios de comunicação implementando uma mídia plural e prestadora de serviços à comunidade, que valorize a cultura nacional em sua diversidade de manifestações e que contemple diferentes modos de compreensão da realidade abrindo espaço para diferentes grupos sociais se manifestarem e propagarem suas ideias/bandeiras: religiosos, LGBT, movimentos de afrodescendentes, grupos empresariais, artísticos, indígenas, dentre outros; abordar a questão de uma política nacional de combate ao tráfico de drogas; discutir a questão da Justiça que garanta uma defesa plena de cada indivíduo baseada em provas e não na “convicção” e seletividade conforme a Ideologia politica e classe social do indivíduo, Justiça validada dentro da Constituição e das Leis e, assim, por diante.

2) Na parte do Ser individual:

Estabelecer um diálogo franco com o eleitorado abordando temas tabus como aborto, LGBT, homossexualidade, questões de gênero, pena de morte, armamento/desarmamento da população, descriminalização do uso da maconha, exploração da imagem de pessoas em situações vexatórias, de pessoas sendo levadas presas, etc. de forma aberta, se posicionando com clareza sobre cada tema e explicando com inteligência questões importantes como o Estado Laico, o aborto como uma questão de saúde pública, e, assim, por diante.

3) Na parte do Ser espiritual:

Ser capaz de dialogar com todas as religiões, falar abertamente sobre a tolerância aos diversos credos, ao direito de cada religião, inclusive as religiões de origem afrodescendentes, exercer suas atividades, da necessidade de respeito ao diverso a sua religião, respeito aos ateus, aos espiritualistas, mas sem religião e, assim, por diante.

Claro é, não iremos agradar a todo mundo e nem queremos, radicalismos a parte, consciência político-social pode trazer votos seguros e duradouros e votos transformadores da sociedade e do quadro social de intolerância, de não aceitação das diferenças e de violência dos tempos atuais. Torna-se voto por convencimento e não o voto anti alguma coisa, tradicional no Brasil. É o voto da vitória com chances de modificar, sem mais Golpe, a estrutura de castas da sociedade brasileira e fórmula inteligente de convergir posicionamentos diferentes para um centro irradiador de um Projeto de Nação, de País e de desenvolvimento soberano com Justiça Social e tolerância entre os diferentes.

Quando a gente pensa em um brasileiro e eleitor hoje, ele pode ser uma contradição ambulante.

Ele pode ser um indivíduo com contradições mais ou menos assim:

Ser admirador do Bolsonaro e ser Cristão;

Ser favorável a internação compulsória de viciados em crack e votar no Lula;

Pode querer pagar poucos impostos, até não pagar e achar que o Estado não está investindo em Saúde e Educação;


Pode, em não concorrendo Lula votar numa segunda opção sua: Dória.

Sem dar um tratamento seguro para estes contraditórios não adianta pensar em uma transformação social brasileira significativa.

O voto precisa da lucidez particular e não da influência externa de meios de comunicação aliados do Capital na defesa intransigente de uma sociedade apenas para o benefício financeiro do 1% mais rico da população brasileira.

Por isto, defendo menos João Santana mais Educação Política.

Não nos esqueçamos.

Pressão popular no Brasil é feita pelas mesmas pessoas de antes do Impeachment: movimentos sociais e trabalhadores sindicalizados e a classe média e médio-alta de esquerda, maioria de formação universitária.

O trabalhador comum (brasileiro médio) não é organizado e nem tem, ainda, Educação Política para pressionar parlamentos, governos, ele baseia muitas das suas convicções políticas e sociais via velha mídia em especial a partir da Rede Globo e dos “datenas” da vida.

Claro que existiu uma nova pressão popular nascida da apropriação das manifestações do MPL em 2013 pela direita midiática (não podemos negar), o que levou um povo de classe média e classe médio-alta tradicional às ruas, povo que foi capaz até de se acostumar com as ruas e provocar o Impeachment de Dilma, público cativo da Globonews, do Jornal da Globo e leitor da Veja. Aqui assistimos manifestações de rua classista e meio anárquicas, não em busca de uma sociedade mais tolerante com as diferenças religiosas, culturais, étnicas, de opção sexual, sem preconceitos, com Justiça Social e desenvolvida. Foi e é defesa de interesses socioeconômicos particulares.

Hoje, com os comícios pelas Diretas-Já e o Fora Temer! organizados pela classe artística, talvez, se esteja produzindo um crescimento da “militância” nas ruas, para além das esquerdas tradicionais; do MPL, secundaristas e as horizontalidades; e das manifestações classista. Ainda é cedo para afirmar, esperemos estudos universitários e pesquisas para saber quem foi nestes eventos do Fora Temer! E das Diretas-Já.

Para o novo eleitor existir ele precisa ser apresentado ao novo modo de se fazer Política eleitoral e de como se comunicar com ele da Esquerda brasileira.

Lembremos, a imensa maioria da população brasileira pode votar nas esquerdas no Executivo, pensando no bolso, não por ser candidatura de esquerda, o que cria, por exemplo, eleitor capaz de votar no Pastor Everaldo/no Bolsonaro (extrema-direita) para o Legislativo e em Lula/Dilma (centro-esquerda) no Executivo ao mesmo tempo.
Para ser um voto consciente e não pelo bolso apenas modifiquemos a forma de fazer Política, de discursar para o eleitorado, lembrando sempre da sua infinita diversidade e, hoje, intolerância a qualquer diversidade de pensamento.

E, não esqueçamo-nos de pensar primeiro no eleitor tripartite que temos (Ser social, Ser individual e Ser espiritual), no que ele deseja socialmente e nas suas crenças e desejos pessoais, para quem sabe transformá-lo, tornando parte significativa do eleitorado continuadamente progressista sem preconceitos, tolerante ao diverso e com comprometimento social.

Busquemos gerar uma população que possa ver manifesto seu desejo por uma coletividade mais humana e solidária sem necessariamente sentir que seus desejos particulares não possam ter espaço para progredir.

Existe um caminho para convivência compartilhada das três partes indissociáveis que formam um indivíduo: o Ser social, o Ser individual e o Ser espiritual.

Não existe o eleitor imagem e semelhança a nós mesmos, existe o eleitor.

Se quisermos, enquanto esquerdas, vencer e transformar a sociedade brasileira para valer e de forma duradoura; saiamos da comodidade do que a tecnologia e o dinheiro podem oferecer, saiamos de projetos de Poder em que o voto, a promoção individual ou de um grupo de pessoas e a continuidade no Poder estão em primeiro lugar e vamos de encontro à Educação Política da população, e que deve ser contínua, indo muito além do período eleitoral, adentrando no dia a dia dentro e fora dos Governos eleitos.

A esquerda e seus candidatos devem ir de encontro ao eleitor nos bairros periféricos, nas escolas, nas associações de bairro, nas igrejas, no campo, nas pequenas cidades do interior, na internet, etc. e não se acomodarem, apenas, na Política de gabinete e de apoios eleitorais em troca de algo, pensando acima da transformação social do Brasil, na manutenção pura e simples, de cargos no Executivo e Legislativo.

E, relembrando, produzir uma campanha eleitoral educativa e didática, sem preconceitos e intransigências, aberta a temas tabus e cuidadosa do vocabulário e linguagem para a aproximação precisa com eleitores (diferentes entre si - lembremo-nos das três partes constituintes e indissociáveis do Ser) para aglutinar e não dividir e segregar diferenças conciliáveis na hora do voto, quando estas diferenças forem minimizadas para a produção do bem comum, da sociabilidade e da paz social.

A maioria do eleitorado pode ser susceptível a votar em candidaturas progressistas, de esquerda e em defesa dos interesses nacionais e da Justiça Social, precisa esta maioria de informação qualificada de como se construir um Brasil outro, mais justo e prazeroso de se viver para casar voto e transformação possível da realidade brasileira.

Enfim, informação precisa, conhecimento largo do mundo em que vive e suas contradições e reflexão podem levar a maioria do eleitorado ao voto consciente e progressista e ao apoio às medidas tomadas pelo governante de esquerda e pelos congressistas eleitos e teremos, finalmente, a chance de contemplar discurso de esquerda e prática governamental, saindo do jogo do toma lá dá cá da Política eleitoral e pós-eleitoral vigente no Brasil. E reaproximar a juventude do sem partido, dos movimentos horizontais da Política partidária da consciência de que é através do Executivo e Legislativo progressistas, que se promove uma transformação social, cultural, atrativa à juventude e efetiva.

GGN

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Entrevista de Franklin da Costa candidato a PGR, GGN

Procurador avalia que Temer pode prejudicar equilíbrio dos poderes se quebrar lógica da lista tríplice
Franklin da Costa, Procurador da República Font: MT

Com a chegada da eleição que vai escolher a lista tríplice para o próximo chefe da Procuradoria-Geral da República, o GGN convidou todos os candidatos ao cargo para explicar suas ideias. A primeira entrevistada foi a jurista Ela Wiecko Volkmer de Castilho, que você poderá ler e assistir aqui.

O segundo, que você conhecerá nesta matéria, é Franklin Rodrigues da Costa. Com 28 anos de carreira no Ministério Público Federal (MPF), hoje ele integra a 3a. Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, de Defesa da Concorrência e Agências Reguladoras.

Assim como os demais procuradores que participam da eleição, o Procurador da República no Distrito Federal, é favorável à continuidade das investigações da Lava Jato. Franklin defende a criação de uma ouvidoria exclusiva para atender os procuradores, a fim de criar uma integração maior entre os colegas que trabalham em regiões afastadas dos grandes centros e correm risco de vida ao atuarem em ações delicadas, como em conflitos agrários. Ele também afirma que irá dar mais atenção à situação dos refugiados e imigrantes, destacando o fato de serem mais suscetíveis ao trabalho análogo à escravidão. Outra proposta do candidato à PGR é criar uma coordenação especial dentro do MPF para atender a Amazônia, pela junção de conflitos e interesses naquela região que vão desde o desmatamento, até às questões minerais e a necessidade de se consolidar grandes obras em favor do desenvolvimento.

Lava Jato

Sobre as críticas de que a operação, nascida em Curitiba, teve pouca sensibilidade para proteger as empresas e os empregos, agravando o estado de crise no país, levando em consideração que, ao invés de apenas punir os responsáveis pelos esquemas de corrupção na iniciativa privada, atuaram de forma desmedida ampliando os estragos sobre a economia, o procurador respondeu que considera a situação "delicada", do ponto de vista da repercussão que as ações criminais tomaram no país, porém entende que o estado brasileiro passa por um processo de transição e que alcançará uma solução para que investigações, como as da envergadura da Lava Jato, não suscitem futuramente os mesmos impactos negativos.

"Nós temos realmente uma preocupação com o emprego, evidentemente, são pessoas humanas, são famílias, não se pode ficar sem essa sensibilidade relativamente a esse aspecto. No entanto, não há como refrear a atuação porque a lei penal existe, o fato aconteceu, e a missão do Ministério Público é atuar nesse sentido, seja fazendo as acusações penais, seja solicitando as indenizações por danos morais à sociedade em razão dessas condutas que são, efetivamente, lesivas”, completando que é responsabilidade do Estado e das empresas privadas fazerem as devidas acomodações à expansão das investigações promovidas pelo Ministério Público.

Vazamentos e reputação dos investigados

Sobre os vazamentos, Franklin destacou que acha difícil exercer o controle das informações que chegam até os meios de comunicação, concordando, entretanto, que a apresentação dos fatos de um crime investigado, por exemplo, precisa ser realizada com "parcimônia" pelos colegas do Ministério Público. 

"Uma explosão de manchetes tem um reflexo, vai se multiplicando em outros veículos, as pessoas vão conversando e você vê a gravidade que isso pode acusar, como ocorreu recentemente na Operação Carne Franca, que foi a suspensão das importações brasileiras. Não concordo com o controle da mídia, mas da informação que se passa para a mídia. Minha grande preocupação é não expor as pessoas".

Temer e a listra tríplice

O entrevistador Luis Nassif também perguntou se Franklin acha que existem riscos do presidente Michel Temer não aceitar colocar na chefia da PRG o mais votado entre os representantes do MPF. O modelo de eleição foi criado pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) que monta uma lista com os três nomes mais votados pelos mais de 1.200 membros do MPF encaminhada ao presidente da República para escolher o novo chefe da entidade que, além do MPF, abriga o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

O Procurador da República destacou que, pela Constituição, Temer não é obrigado a escolher um dos nomes da lista tríplice, entretanto avalia que manter a tradição, que foi iniciada no primeiro governo do ex-presidente Lula, poderá ser salutar ao equilíbrio dos poderes:

"Você imagina que [escolher como PRG um nome fora da lista dos preferidos pelos procuradores em todo o país] poderia criar um conflito entre os próprios membros de não ter respeito ou que o procurador imposto pelo Presidente da República, que não fosse dentro daquele indicado pela categoria, teria muita dificuldade na liderança da instituição como aquele estranho que não estaria dentro os escolhidos pela categoria.  Então eu entendo que pode haver essa dificuldade externa e também uma dificuldade interna no Ministério Público, o que não seria bom nem para o país, para a instituição e nem para a relação do Ministério Público com as demais instituições".

Franklin ocupa o cargo atual, de Procurador da República, desde dezembro de 1989, com atuação no Superior Tribunal de Justiça, e integrante da 3a. Câmara de Coordenação e Revisão do MPF - Defesa da Concorrência e Agências Reguladoras (ANP, ANEEL, ANATEL e ANAC). Ele também é membro do CEBRAMAR - Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (Brasília) e do IDCB - Instituto de Direito Comparado e Internacional de Brasília.

*A entrevista com o Procurador Federal Franklin da Costa é uma proposta do Jornal GGN para conhecer todos os oito candidatos à listra tríplice promovida pela ANPR e que poderá determinar quem será o novo chefe do MPF.
O atual procurador, Rodrigo Janot, deixará o cargo em setembro recusando a possibilidade de concorrer a um terceiro mandato que lhe daria mais dois anos à frente da PGR. Além de  Franklin Rodrigues da Costa, participam da eleição Ela Wiecko Volkmer de Castilho (entrevista aqui), Carlos Frederico Santos, Eitel Santiago de Brito Pereira, Mario Luiz Bonsaglia, Nicolao Dino e Raquel Elias Ferreira Dodge.

Do GGN

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

EM TIMON LUCIANO LEITOA LIDERA PARA PREFEITO,VEJA

O deputado estadual Luciano Leitoa (PSB) tem 37,5% das intenções de voto para prefeito de Timon, em pesquisa estimulada realizada pelo Instituto Data AZ nos dias 4 e 5 de fevereiro. Na pesquisa espontânea, ele também lidera, com 25,25%. O segundo colocado é o vereador Thales Waquim (PMDB), sobrinho da atual prefeita Socorro Waquim. Ele tem 9% na pesquisa espontânea e 17% na estimulada.
O deputado estadual Alexandre Almeida (PTdoB) e o vice-prefeito Edvar Ribeiro (PMDB) estão tecnicamente empatados na terceira posição. Na pesquisa espontânea, Almeida aparece com 3,75%, ligeiramente à frente de Ribeiro, que tem 3,5%. Na mostra estimulada, as posições se invertem, com 8% das intenções de voto para o vice-prefeito, um pouco à frente do deputado estadual, que aparece com 6,5%.
Citado por 1,5% dos eleitores na pesquisa espontânea, o ex-vice-prefeito João da Gráfica (PCdoB) supera a petista Uerly Queiroz, que é espontaneamente citada por apenas 0,75% dos entrevistados. Contudo, na pesquisa estimulada, a professora Uerly fica melhor situada que João da Gráfica. Ela aparece com 4,75% e ele com 3,25%.

Os eleitores indecisos somam 55,5% na pesquisa estimulada e 22,5% na pesquisa espontânea.

Luciano lidera com folga na zona urbana
Com 28,29% das intenções espontâneas dos votos da zona urbana e 41,14% na pesquisa estimulada, o deputado estadual Luciano Leitoa segue numa distância mais que segura do segundo colocado, Thales Waquim. O vereador peemedebista tem 10% de intenções espontâneas de voto entre os eleitores urbanos de Timon. Na pesquisa estimulada, sobe para 18%.

O vice-prefeito Edvar Ribeiro aparece com 4% das intenções de voto na pesquisa espontânea com eleitores da zona urbana. Na sondagem estimulada sobe para 8,86%, seguido por Alexandre Almeida (6,57%), Uerly Queiroz (4,29%) João da Gráfica (2,29%).

Os eleitores indecisos somam 50% na sondagem espontânea e chegam a 18,86% na estimulada na Zona Urbana.

Na zona rural, a pesquisa espontânea mostra que 80% dos eleitores estão indecisos sobre em quem votar para prefeito. Os 20% com declaração de voto ficam divididos entre João da Gráfica (6%), Socorro Waquim (6%), Luciano Leitoa (4%), Thales Waquim (2%) e Alexandre Almeida (2%).

Na pesquisa estimulada, o índice de indecisos na zona rural cai para 52%. Dos 48% que declararam voto, 12% foram para Luciano Leitoa, 10% para Thales Waquim, mesmo percentual alcançado por João da Gráfica. Uerly Queiroz aparece um pouco abaixo, com 8%, seguida por Alexandre Almeida, com 6% e Edvar Ribeiro, com 2%.

Thales Waquim é o mais rejeitado entre os eleitores de Timon
O vereador Thales Waquim é rejeitado por 24,25% dos eleitores de Timon. Depois dele vem Uerly Queiroz e o deputado estadual Luciano Leitoa, ambos com 15,25% de rejeição. O ex-vice prefeito João da Gráfica é rejeitado por 13,25%.

Edvar Ribeiro, com 7,5%, e Alexandre Almeida, com 3,25% de votos contrários são os menos rejeitados pelos eleitores de Timon.

Houve ainda 13,5% de eleitores que não souberam ou não quiserem responder em quem não votariam para prefeito e 3,75% que declararam não rejeitar nenhum dos candidatos.

Na zona urbana, somam 24,86% os eleitores que disseram não votar no vereador Thales Waquim. Sua rejeição na zona rural é de 20%, um pouco abaixo do percentual de declarações negativas obtida por Luciano Leitoa, com 22%.

A rejeição a Leitoa na zona urbana, contudo, fica em 14,29%, menor que a de Uerly Queiroz, que tem 15,71%.

Cenários possíveis para a disputa da Prefeitura de Timon
Como a prefeita Socorro Waquim tem dois prováveis candidatos à sua sucessão – o sobrinho Thales e o vice-prefeito Edvar – o Instituto Data AZ simulou cenários em que um e outro entrariam na disputa.

Sendo Thales o candidato da prefeita, a pesquisa estimulada apurou que o deputado estadual Luciano Leitoa ficaria em primeiro lugar com 42% das intenções de voto. O vereador peemedebista teria 19,5% das intenções de voto, seguido por Alexandre Almeida (9,25%) e Uerly Queiroz, com 5,75%. Os indecisos somariam 23,5%.

No caso de o candidato da prefeita ser o vice Edvar Ribeiro, Luciano Leitoa manteria a liderança, com 41,5%. Mas neste caso o que aumentaria era o número de indecisos, que somaria 28,75%. Edvar Ribeiro ficaria com 12%, tecnicamente empatado com o deputado estadual Alexandre Almeida, que aparece com 11,25%. A petista Uerly, neste cenário, tem 6,5% das intenções de voto.

Eleitor diz que Luciano Leitoa ganha a eleição
O deputado Luciano Leitoa é apontado como o vencedor da eleição em Timon, independente do voto do entrevistado. À pergunta feita pelo Data AZ: “Independente do seu voto, quem você acha que ganharia a eleição para prefeito de Timon, se fosse hoje?”

A resposta é: 45% dos entrevistados indicam Luciano; 25.75% não sabem ou não opinam; 18% acham que o vereador Thales Waquim pode ganhar a eleição; 3.75% apontam Alexandre Almeida; 3% Edvar Ribeiro e 1.75% acham que João da Gráfica seria o vencedor.

Com informações do Portal AZ