Depois de
paralisar a construção do submarino nuclear por dois anos, a Lava Jato se
organiza para destruir completamente o projeto, varrendo do mapa qualquer anseio
do Brasil de entrar no seleto mercado dos países com esse tipo de tecnologia.
A notícia
mostra que membros da Procuradoria Geral da República, como sempre agindo de
maneira ilegalmente autônoma, sem participação do congresso ou do Ministério da
Justiça, estão trazendo procuradores franceses para o Brasil, com objetivo de
encontrarem problemas que justifiquem o cancelamento do projeto do submarino
nuclear brasileiro.
A ação da
PGR, é bom lembrar, é vinculada às investigações e ao modus operandi da Lava
Jato.
A ação
evidencia que o Brasil, se quiser voltar a ser uma nação soberana, precisa
mudar completamente o seu Ministério Público, submetendo-o ao governo e ao
interesse nacional.
As
instituições jurídicas não democráticas do Estado se tornaram inimigas do nosso
desenvolvimento tecnológico e soberano.
A Lava Jato
capricha na destruição de qualquer veleidade brasileira de se desenvolver.
Os
fundamentos para as ações da Lava Jato / PGR são, como sempre, as delações
arrancadas à força dos executivos da Odebrecht.
O resultado
é desemprego, atraso tecnológico e convulsão social.
Os prejuízos
causados pela paralisia das obras e por seu eventual cancelamento são
infinitamente superiores a qualquer suposto desvio, que aliás são sempre
exagerados, para legitimar o espetáculo midiático. Mas ninguém pensa nesse
detalhe.
Só não pode,
claro, faltar dinheiro para pagar o salário de procuradores e juízes, que anda
na média (somando as regalias) de mais de R$ 100 mil ao mês.
Franceses
investigam projeto de submarino brasileiro, do Estadão
Procuradores
do país europeu estão no Brasil para apurar suspeitas de irregularidades em
negócio bilateral com participação da Odebrecht.
O Ministério
Público Financeiro da França investiga a construção de estaleiro para montagem
de um submarino de propulsão nuclear no Brasil – projeto lançado em 2008 e
chamado de Prosub. Uma equipe de procuradores franceses está no Brasil para
apurar, além do suposto esquema de compra de votos de membros do Comitê
Olímpico Internacional (COI) para a realização dos Jogos Olímpicos no Rio,
conforme revelou o Estado nesta manhã, 8, as obras do projeto ligado ao
submarino.
Anunciado
pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Prosub foi uma “parceria
estratégica” entre Brasil e França. A empresa francesa DCNS ficou responsável
pela transferência de tecnologia ao País e escolheu como parceira a Odebrecht.
Não houve licitação.
Em dezembro,
o Estado revelou que o Ministério Público Federal no Distrito Federal investiga
sobrepreço de 100% na obra, que teria subido de R$ 5 bilhões para cerca de R$
10 bilhões. O MPF aponta que os pagamentos saíram do Tesouro Nacional.
O Prosub
também aparece nas delações de executivos da Odebrecht. Em delação premiada, o
ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior disse que a empresa
pagou 40 milhões de euros para o lobista José Amaro Pinto Ramos para
estabelecer a parceria com a DCNS para a construção de cinco submarinos, sendo
um deles movido a energia nuclear. Foram pagas propinas, segundo o delator, ao
ex-presidente da Eletronuclear Othon Pinheiro e para o PT.
Ao receber
os franceses no Brasil, nesta manhã, o Secretário de Cooperação Internacional
da Procuradoria-Geral da República (PGR), Vladimir Aras, disse que a viagem ao
Brasil tem como objetivo aprofundar apurações sobre dois casos, sem detalhar as
investigações.
“Nós temos
alguns casos importantes com a França, mas essa missão deles diz respeito a
dois casos, um do Rio de Janeiro e outro de Brasília”, afirmou Aras, que não
comentou casos concretos em razão do sigilo. Os representantes franceses irão
participar de reuniões com as equipes de investigação de Brasília e do Rio de
Janeiro sobre o assunto. “São reuniões de trabalho justamente para troca de
dados de inteligência tanto para aprofundar investigações lá como aqui”,
completou Aras.
O caso sobre
o submarino é conduzido pelo procurador Ivan Marx, do MPF do Distrito Federal.
As revelações da Odebrecht sobre o caso do submarino foram encaminhadas
inicialmente ao Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), sediado no Rio
de Janeiro, pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Em razão
da existência de uma investigação em andamento em Brasília, no entanto, os
trechos da delação devem vir para Brasília.
Comitiva.
Estão no Brasil para as reuniões a procuradora nacional para assuntos de crimes
financeiros, Eliane Houlette; o procurador nacional adjunto Jean-Yves
Lourgouilloux; e o comissário-chefe da unidade nacional de polícia contra
crimes financeiros, Thomas de Ricolfis. A Procuradoria-Geral da República e a
Embaixada da França sediaram um evento com participação da equipe do chamado
Parquet Financier francês, criado em Paris para apurar crimes de corrupção e
evasão fiscal.
Ao abrir o
encontro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou a cooperação
internacional entre os dois países e mencionou a possível criação de uma equipe
conjunta de investigação entre os Ministérios Públicos dos dois países.
“Já tive
oportunidade de estar no Parquet Financier francês quando tínhamos interesse em
obter documentos que interessavam em investigações em curso no Brasil. Fomos
profissionalmente atendidos, pessoalmente bem recebidos e ao final e ao cabo
obtivemos os documentos que nos interessavam. Recebo com muito prazer a equipe
francesa”, afirmou Janot.
Após o
Estado revelar que um dos casos de interesse dos franceses é a apuração da
compra de votos para que o Rio sediasse os Jogos Olímpicos, o procurador
nacional adjunto do país disse que eles possuem elementos que levam a crer que
votos podem ter sido comprados. A vinda ao Brasil, segundo ele, tem como
objetivo apurar se os elementos colhidos na França condizem com os elementos
que os brasileiros possuem.
Do GGN