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Defesa diz
que ex-presidente Lula "nunca tratou direta ou indiretamente do
financiamento das campanhas eleitorais em que foi candidato ou apoiador",
e que portanto "são mentirosas as afirmações atribuídas ao Sr. João
Santana e à Sra. Monica Moura, claramente vinculadas à negociação de benefícios
penais na Operação Lava Jato"; "Hoje está muito claro que citar o
nome de Lula tornou-se condição obrigatória para que réus e até condenados
obtenham os favores na promotoria no âmbito da Operação Lava Jato",
afirmam os advogados, acrescentando que o casal não apresenta, em seus
depoimentos, nenhuma prova contra Lula.
Após a
divulgação do conteúdo das delações premiadas do casal João Santana e Mônica
Moura, a defesa do ex-presidente Lula divulgou uma nota em que afirma que ele
"nunca tratou direta ou indiretamente do financiamento das campanhas
eleitorais em que foi candidato ou apoiador".
"São,
portanto, mentirosas as afirmações atribuídas ao Sr. João Santana e à Sra.
Monica Moura, claramente vinculadas à negociação de benefícios penais na
Operação Lava Jato", dizem os advogados, lembrando que os marqueteiros das
campanhas do PT não apresentaram nenhuma prova contra Lula, apenas relatos de
"supostas conversas com terceiras pessoas".
"Hoje
está muito claro que citar o nome de Lula tornou-se condição obrigatória para
que réus e até condenados obtenham os favores na promotoria no âmbito da
Operação Lava Jato", afirma a defesa ainda na nota.
Nota na Íntegra:
O
ex-presidente Lula nunca tratou direta ou indiretamente do financiamento das
campanhas eleitorais em que foi candidato ou apoiador.
Lula sempre
considerou este assunto de competência dos tesoureiros do partido e das
campanhas, que prestam contas à Justiça Eleitoral.
São
mentirosas, portanto, as afirmações atribuídas ao Sr. João Santana e à Sra.
Monica Moura, claramente vinculadas à negociação de benefícios penais na
Operação Lava Jato.
Hoje está
muito claro que citar o nome de Lula tornou-se condição obrigatória para que
réus e até condenados obtenham os favores na promotoria no âmbito da Operação
Lava Jato. Há pedido formal de investigação protocolado na Procuradoria Geral
da República com base em denúncia veiculada por órgãos de imprensa.
Nenhum dos
delatores, no entanto, apresentou qualquer prova das menções feitas a Lula.
Todas as menções se referem a supostas conversas com terceiras pessoas, ao
ouvir dizer ou a conclusões subjetivas.
Uma ação
penal se decide na base de provas. E provas contra Lula não há, porque ele
sempre atuou dentro da lei.
Cristiano
Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins
Do 247