"O
prefeito de São Paulo, João Doria, gosta de se definir como um gestor, não um
político. Mas a leitura do relatório do processo a que ele respondeu no
Tribunal de Contas da União (TCU) permite várias conclusões, menos a de que fez
boa gestão como presidente na Embratur, entre 1987 e 1988".
"O
prefeito de São Paulo, João Doria, gosta de se definir como um gestor, não um
político. Mas a leitura do relatório do processo a que ele respondeu no
Tribunal de Contas da União (TCU) permite várias conclusões, menos a de que fez
boa gestão como presidente na Embratur, entre 1987 e 1988",
escreve Joaquim de Carvalho, em reportagem no Diário do Centro do Mundo (leia aqui a íntegra).
O
texto de Carvalho aponta que "a lista de 'impropriedades' é
grande" na gestão Doria à frente da Embratur. Entre elas, estão "a
contratação de empresa sem o julgamento das propostas dos concorrentes e a 'não
contabilização de verbas obtidas em convênio no exterior' (em bom português,
desvio)"; "repasses de dinheiro público a outras entidades sem a
celebração de convênio ou a assinatura de contrato"; "falta de
prestação de contas por parte de instituições que receberam os recursos";
recebimento de diárias para viagens ao exterior por assessores de Doria que
ficavam no Brasil.
"Em
sua defesa no processo do TCU, João Doria disse o que pode ser interpretado
como 'eu não sabia de nada' e colocou a culpa nos assessores e outros diretores
– ele disse que, como presidente, não era sua atribuição verificar a
contabilidade da Embratur. O argumento não foi aceito, mas Doria acabou livre
da condenação, por um entendimento expresso no voto do ministro Adhemar
Paladini Ghisi, ex-deputado federal, e aceito pelos demais colegas da
corte", explica a reportagem.
Com informações do
247 e do DCM