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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Fernando Sarney apavorado com possível delação de Teixeira

Com a provável prisão do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por conta de seus negócios não republicanos com o ex-presidente do Barcelona e da Nike no Brasil, Sandro Rosell, preso na Espanha, em uma operação policial, teria deixado o empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney (PMDB), em polvorosa.

O vice-presidente da CBF nos mandatos de Teixeira, o filho de Sarney era o braço político da entidade, portanto, teria ligações com o setor de propinas da CBF; segundo informações de bastidores da política local, ele teme que uma delação de Teixeira, caso seja preso pelas autoridades internacionais, possa atingi-lo

A provável prisão do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por conta de seus negócios não republicanos com o ex-presidente do Barcelona e da Nike no Brasil, Sandro Rosell, preso nesta terça-feira (23) na Espanha, em uma operação policial, teria deixado o empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney (PMDB), em polvorosa.

Vice-presidente da CBF nos mandatos de Teixeira, o filho de Sarney era o braço político da entidade, portanto, teria ligações com o setor de propinas da CBF. Segundo informações de bastidores da política local, ele teme que uma delação de Teixeira, caso seja preso pelas autoridades internacionais, possa atingi-lo.

Segundo reportagem do jornal Estadão, a atuação de Rosell junto à seleção brasileira aumentou ao longo do tempo, depois de ser o principal articulador do contrato da Nike com a CBF. A investigação deflagrada nesta terça também confirma que o ex-presidente do Barcelona tinha contratos de fachada com a CBF para desvio de dinheiro e é daí que vem a acusação que o levou à prisão. A renda de alguns amistosos jamais chegava ao Brasil. Ele recebia uma espécie de comissão – algo próximo de US$ 500 mil por jogo. O dinheiro ia para empresas com sede nos Estados Unidos, no nome de Sandro Rosell.

Segundo o Estadão, a prática acontecia desde 2006 e seguiu até pelo menos 2013. E justamente por ter contas nos Estados Unidos é que o FBI pode investigar a origem do dinheiro e a situação de Ricardo Teixeira pode se complicar. E não só porque o ex-dirigente da CBF tem casa em Boca Ratón, na Flórida, e costuma passar seus dias por lá. Mas tem a ver com o fato de Antônia, filha de Ricardo Teixeira, ter transferido € 1,7 milhão para Sandro Rosell em 2012. Tinha 11 anos de idade e já estava nos Estados Unidos. 

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