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terça-feira, 23 de outubro de 2018

PESQUISADORES APONTAM PROFISSIONALIZAÇÃO DA REDE DE FAKES PRÓ-BOLSONARO NO WHATSAPP

Pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) que acompanharam 90 grupos de WhatsApp ao longo das eleições afirmam que os núcleos que apoiam Jair Bolsonaro atuam de maneira "orquestrada" na difusão de fake news. As notícias falsas, ainda por cima, seriam produzidas por profissionais e direcionadas a vários setores do eleitorado.
Segundo a reportagem da Agência Pública, grupos de apoio a Ciro Gomes, Marinas Silva, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad também foram monitorados, mas em menor quantidade. Foi nos grupos em favor de Bolsonaro, contudo, que os pesquisadores detectaram profissionalismo e técnicas para engajar o discurso em favor do capitão da reserva. 
O estudo mostra, ainda, que de 30 mensagens disparadas em favor do Bolsonaro, 1 veio de exterior. As fake news são produzidas e jogadas em grupos que possuem até 250 pessoas como membros. Uma parte dessas pessoas, voluntariamente, leva a notícia falsa de um grupo para outro. Com o prefixo do número de celular, é possível criar grupos que atinjam todas as regiões do País. 
As mensagens são personalizadas para cair mais fácil no gosto dos internautadas. Os principais temas abordados colocam o PT como um risco para a família tradicional, como uma ameaça comunista, e exploram também a questão da segurança, garimpando apoiadores à bandeira de Bolsonaro: o armamento da população.
Segundo a Pública, a informação é que a ideia do Brasil virar uma Venezuela caso o PT volte ao poder está sendo trabalhada por esses grupos ao menos há 2 anos. 
Há também casos em que os bolsonaristas se infiltram em grupos de adversários, fingindo que são simpatizantes, e depois de ascenderem à posição de administrador, deletam o grupo. Aconteceu com Marina Silva, por exemplo. 
Além disso, a pesquisa da UERJ mostra que há internautas coordenando a mensagem que deve ser espalhada. Isso ficou claro após o primeiro turno, quando discursos atacando o Nordeste pipocaram. Esses direcionadores chegaram a deletar quem fazia ataques aos nordestinos, alegando que Bolsonaro precisa de votos na região para vencer. 
Leia a matéria completa aqui.
GGN

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

NOVA PESQUISA DATAPODER360 REDUZ A EUFORIA DO DATAFOLHA E DÁ 5% ENTRE HADDAD E BOLSONARO


Pesquisa que o  Datapoder360, site do jornalista Fernando Rodrigues, publica esta manhã, mantém como estava a diferença entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

RESISTIR PARA VENCER. PESQUISA IBOPE/DATAFOLHA AGORA É SÓ PROPAGANDA, POR FERNANDO BRITO


Qualquer um percebe que se formou um “todos por Bolsonaro” no país, com a vergonhosa entrega da mídia, do Judiciário e de parte dos políticos convencionais ao favoritismo do candidato fascista.
O Datafolha de hoje segue nessa toada, mas sem conseguir, entretanto, dar ao candidato da direita o empuxo necessário para evitar que a decisão fique para o segundo turno.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

NOVA PESQUISA DATAFOLHA HADDAD ABRE SEIS PONTOS NO 2º TURNO E SERIA ELEITO SE A ELEIÇÃO FOSSE HOJE

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (28) mostra que o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, cresceu seis pontos e foi de 16% para 22%. Jair Bolsonaro (PSL) estagnou em 28%. Ciro Gomes (PDT) oscilou de 13% para 11%, Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou de 9% para 10% e Marina Silva (Rede) variou de 7% para 5%. 
Nas simulações de segundo turno, Haddad abre seis pontos de vantagem contra Bolsonaro e seria eleito presidente por 45% a 39%. 
Confira os números:
Jair Bolsonaro (PSL): 28%
Fernando Haddad (PT): 22%
Ciro Gomes (PDT): 11%
Geraldo Alckmin (PSDB): 10%
Marina Silva (Rede): 5%
João Amoêdo (Novo): 3%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Alvaro Dias (Podemos): 2%
Cabo Daciolo (Patriota): 1%
Vera Lúcia (PSTU): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 10%
Não sabe/não respondeu: 5%
Simulações de segundo turno:
Haddad 45% x 39% Bolsonaro (branco/nulo: 13%; não sabe: 2%)
Haddad 39% x 39% Alckmin (branco/nulo: 19%; não sabe: 3%)
Ciro 42% x 36% Alckmin (branco/nulo: 19%; não sabe: 3%)
Alckmin 45% x 38% Bolsonaro (branco/nulo: 16%; não sabe: 2%)
Ciro 48% x 38% Bolsonaro (branco/nulo: 12%; não sabe: 2%)
Ciro 41% x 35% Haddad (branco/nulo: 19%; não sabe: 3%)
A pesquisa Datafolha ouviu 9 mil eleitores em 343 municípios entre os dias 26, 27 e 28 de setembro. A marge de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pela Folha de S. Paulo.
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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

IBOPE DE HOJE HADDAD VAI A 22% E GANHA NO SEGUNDO TURNO, BOLSONARO EMPACA EM 28%

Pesquisa ainda registrou a vitória de Haddad contra Bolsonaro em um segundo turno, por uma diferença de 6 ponto percentuais. O candidato da extrema direita só empata com Marina Silva, perdendo para todos os presidenciáveis em segundo turno.
A mais recente pesquisa eleitoral aproxima Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência da República, ao até então líder isolado Jair Bolsonaro (PSL). Haddad aparece com 22% das intenções de voto e o presidenciável da extrema direita mantém 28% no IBOPE, divulgado há pouco. 
A pesquisa também mostra que, agora, Haddad ganha de Bolsonaro em um segundo turno, com 43% contra 37%, respectivamente. O candidato do PSL perde de todos os presidenciáveis questionados em segundo turno, empatando apenas com Marina Silva (Rede). 
O candidato do PT apresentou um crescimento de três pontos percentuais, em comparação à pesquisa anterior, feita a menos de uma semana atrás. Já Bolsonaro mantém a liderança com o mesmo nível de expectativa de votos do dia 18 de setembro. 
Os resultados do candidato escolhido por Lula demonstram, também, um isolamento na possibilidade de ir a segundo turno contra Jair Bolsonaro. Isso porque até então empatado com Haddad no IBOPE, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) mantém os 11%, sem crescimento. 
Assim, Fernando Haddad agora registra o dobro das intenções de voto que marca Ciro. Já o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin mantém as baixas intenções de voto, com 8%. E Marina Silva, da Rede, cai um ponto percentual para 5%.
Abaixo, os resultados da pesquisa IBOPE: 
Jair Bolsonaro (PSL): 28%
Fernando Haddad (PT): 22%
Ciro Gomes (PDT): 11%
Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
Marina Silva (Rede): 5%
João Amoêdo (Novo): 3%
Alvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 0%
Vera Lúcia (PSTU): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 12%
Não sabe/não respondeu: 6% 
E os questionamentos para o segundo turno: 
Haddad 43% x 37% Bolsonaro (branco/nulo: 15%; não sabe: 4%)
Ciro 46% x 35% Bolsonaro (branco/nulo: 15%; não sabe: 4%)
Alckmin 41% x 36% Bolsonaro (branco/nulo: 20%; não sabe: 4%)
Bolsonaro 39% x 39% Marina (branco/nulo: 19%; não sabe: 4%) 
A pesquisa divulgada hoje ouviu 2.506 eleitores entre este sábado e domingo (23) e apresenta um nível de confiança de 95% da população, com margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
GGN

terça-feira, 18 de setembro de 2018

HADDAD CRESCE ATÉ EM PESQUISA GLOBAL, TEM 19% NO IBOPE E BOLSONARO 28%

Em apenas 7 dias, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, aumentou 11 pontos percentuais na pesquisa IBOPE, ficando em segundo lugar nas intenções de voto, totalizando 19%. A liderança segue para Jair Bolsonaro (PSL), com 28% das intenções. 
A pesquisa IBOPE, divulgada há pouco, indica que Fernando Haddad irá a segundo turno contra Bolsonaro e aumenta a distância do candidato Ciro Gomes (PDT), que registra agora 11% das intenções. 
Em seguida, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tem 7% das intenções, empatado tecnicamente com Marina Silva, da Rede, que tem 6%. 
A evolução de Fernando Haddad, de 11 pontos percentuais desde a última pesquisa, realizada há uma semana, ocorre paralelamente ao crescimento dos eleitores de Bolsonaro, que também obteve um aumento de 2 pontos percentuais. 
Já Ciro Gomes manteve os mesmos 11% das intenções, sem oscilação. Alckmin e Marina obtiveram uma queda: o tucano caiu de 9% para 7% e Marina de 9% para 6%. 
Por outro lado, a margem de erro da pesquisa IBOPE é de 2 pontos, para mais ou para menos, e ainda há um considerável número de eleitores que dizem votar em branco ou nulo, representando 14%, e que não sabem ou não responderam, que são 7%. 
A rejeição aos candidatos também foi questionada pela pesquisa IBOPE, e Bolsonaro lidera com 42% de rejeição dos eleitores brasileiros. Em segundo lugar, o candidato do PT aparece com 29%, Marina Silva com 26%, Alckmin com 20% e Ciro Gomes com 19%. 
Abaixo, os resultados das intenções de voto à Presidência da República: 
Jair Bolsonaro (PSL): 28%
Fernando Haddad (PT): 19%
Ciro Gomes (PDT): 11%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Marina Silva (Rede): 6%
Alvaro Dias (Podemos): 2%
João Amoêdo (Novo): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Cabo Daciolo (Patriota): 1%
Vera Lúcia (PSTU): 0%
Guilherme Boulos (PSOL): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 14%
Não sabe/não respondeu: 7% 
Os níveis de rejeição: 
Bolsonaro: 42%
Haddad: 29%
Marina: 26%
Alckmin: 20%
Ciro: 19%
Meirelles: 12%
Cabo Daciolo: 11%
Eymael: 11%
Boulos: 10%
Alvaro Dias: 10%
Vera: 9%
Amoêdo: 9%
João Goulart Filho: 8%
Poderia votar em todos: 2%
Não sabe/não respondeu: 9% 
GGN

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

CITADO PELA 1ª VEZ NA PESQUISA CNT/MDA, HADDAD SE DISTANCIA DE CIRO QUE É O 3º COLOCADO NA DISPUTA

A menos de uma semana no posto de candidato oficial do PT à Presidência, Fernando Haddad já aparece em segundo lugar na pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda (17), com 7 pontos de vantagem sobre Ciro Gomes, e atrás de Bolsonaro, que está 11 pontos na frente do petista. É a primeira vez que Haddad numa pesquisa CNT/MDA, portanto, não há detalhes sobre o desempenho do ex-prefeito de São Paulo neste estudo. 
Na pesquisa estimulada, Haddad emplacou 17,6% das intenções de voto, contra 28,2% de Bolsonaro. A pesquisa, como 2,2 pontos percentuais de margem de erro, foi feita entre 12 e 15 de setembro. Haddad foi lançado candidato pelo PT, em substituição a Lula, no dia 11. 
Se o segundo turno fosse hoje, Bolsonaro estaria à frente de Haddad, com 39% contra 35,7% do petista. Tecnicamente, o resultado é um empate no limite da margem de erro, pois Bolsonaro poderia estar na casa dos 36% ou 37%, e Haddad, no patamar dos 37%. 
Se a eleição fosse hoje, Ciro Gomes ficaria atrás de Haddad, no terceiro lugar, com 10,8%. Geraldo Alckmin teria 6,1% e Marina, 4,1%. Brancos, nulos e indecisos somam 25,7%. 
Haddad e Bolsonaro têm um patamar de mais de 70% de eleitores que dizem que o voto é definitivo: são 78,2% no caso do ex-capitão e 75,4%, com Haddad. 
Já entre Ciro, Marina e Alckmin, mais de 50% do eleitorado de cada um diz que ainda pode mudar de voto. 
SEGUNDO TURNO
Se a eleição de segundo turno fosse hoje, Ciro e Bolsonaro teriam empatados na margem de erro, com vantagem numérica para o ex-governador do Ceará, com 37,8%. Bolsonaro teria 36,1%. 
Com Alckmin, Bolsonaro ganharia com mais de 10 pontos de vantagem: por 38,2% a 27,7%. O desempenho de Alckmin é pior, portanto, do que o de Haddad, embora o tucano queira apelar para o voto útil. 
Marina e Bolsonaro também tem placar parecido, com 39,4% para o deputado e 28,2% para a ex-senadora. 
Entre Ciro Gomes e Haddad, o primeiro venceria por 38,1% contra 26,1% do petista. 
Entre Ciro e Alckmin, a vitória seria do ex-governador do Ceará por 39% a 20%. 
Entre Ciro e Marina, a vantagem de Ciro é ainda maior: 43,8% a 17%. 
Haddad venceria de Marina, por 35% a 23%.
Marina e Alckmin terminaria em 28% para o tucano e 25% para a mentora da Rede. É um empate no limite da margem, porque o tucano poderia ter 26% e Marina, 27%. 
POTENCIAL DE VOTO X REJEIÇÃO 
Cerca de 45% dos entrevistados que disseram que poderiam votar em Ciro, contra 38% que não votariam de jeito nenhum. 
Com Haddad, 27% poderiam votar, contra 47% que não votariam de jeito nenhum. O petista ainda tem uma parcela de 13,1% que diz que só votaria nele, e 8% que não sabem quem ele é. 
Alckmin tem rejeição maior que a de Haddad: 53% não votariam nele de jeito nenhum, contra 34% que poderiam votar e 2,4% que só votariam nele. O tucano só tem 4% de desconhecimento. 
Bolsonaro lidera a lista do é o único em quem votaria" com 23%. Outros 19% poderiam votar nele, contra 51% que não votaria de jeito nenhum. 
Marina é a preferida de apenas 2%. Outros 33% poderiam votar nela e 57% a descartam em qualquer hipótese. 
Dessa forma, o potencial de voto negativo de Bolsonaro é maior do que o de Haddad: 51% a 47%. Eles perdem para Alckmin e Marina, com 53% e 57%, respectivamente. Ciro tem 38% de potencial negativo e lidera no potencial positivo, com 51%. 
ESPONTÂNEA 
Na pesquisa espontânea, Bolsonaro cresceu de 15% para 23% das intenções de voto.  
Haddad saiu de 0,1% para 9,1%. 
Lula caiu da liderança com 20,7% para 7,5%. 
Ciro foi de 1,5% para 6,3%. 
Alckmin e Marina registraram os menores crescimentos entre os principais candidatos. O tucano foi de 1,7% para 2,8% e Marina, e 1,1% para 1,7%. 
GGN

sábado, 8 de setembro de 2018

XADREZ DA ÚLTIMA CARTADA DA GLOBO, COM BOLSONARO, POR LUIS NASSIF

Cena 1 – o retrato atual das eleições
Há um desenho nítido, com o esperado crescimento de Fernando Haddad e a consolidação da candidatura de Jair Bolsonaro. Desenha-se um segundo turno entre ambos. Haverá um confronto entre o anti-petismo e o anti-bolsonarismo, com boa possibilidade de o fator Bolsonaro garantir a vitória de Fernando Haddad.
Até agora, os personagens-chave do jogo se posicionam assim:
1. Mercado: aproximando-se de ambos e, especialmente de Haddad. A gestão de Haddad no Ministério da Educação e na Prefeitura são o seu principal aval. Em ambos os casos, foi uma gestão eminentemente técnica, fiscalmente responsável, com portas abertas para movimentos sociais e ONGs empresariais e foco claro na defesa das minorias.
2. Classe média: assustada com os arroubos de Bolsonaro, contra mulheres, minorias e a favor da violência, refletindo-se no aumento de suas taxas de rejeição.
Pesquisas recentes indicam que pelo menos 40% dos eleitores de Geraldo Alckmin poderiam votar em Haddad. Gradativamente foi caindo a ficha que nem o horário eleitoral seria suficiente para colocar Alckmin no segundo turno. E o crescimento das taxas de rejeição de Bolsonaro poderiam garantir a vitória de Haddad.
É por aí que se explica o reposicionamento dos principais atores políticos, resolvendo apostar suas fichas em Bolsonaro. E também o vídeo de João Doria Jr com a derradeira traição ao seu padrinho Alckmin: admitindo a ida de Bolsonaro para o segundo turno.
Cena 2 – o pacto Bolsonaro-Globo
Pouco antes do incidente em Juiz de Fora – no qual um alucinado enfiou a faca em Bolsonaro – o candidato deu declarações mencionando um fato novo relevante na eleição. Muitos imaginaram, depois, ser um anúncio do suposto atentado. Pode ser que sim, pode ser que não. Mas de novo, mesmo, foi o pacto firmado com a Globo. Bolsonaro teve uma reunião com os herdeiros de Roberto Marinho onde, aparentemente, foi selado o pacto para o segundo turno.
As três entrevistas da Globonews, com Katia Abreu, vice de Ciro Gomes, Fernando Haddad e o general Hamilton Mourão, foram a prova definitiva do acordo.
Com Haddad, pressão total, com os entrevistadores fazendo questão, em todos os momentos, de enquadrá-lo no estereótipo do petista clássico, justamente para enfraquece-lo junto ao centro, que o vê como administrador racional e inclinado a pactos de governabilidade. É só anotar a quantidade de vezes, na sabatina da Globonews, em que foi invocado o adjetivo “petismo”, para cravar o estereótipo na testa de Haddad,  ou a maneira como se tentava mudar de tema cada vez que Haddad demonstrava seu estilo de gestão responsável. Como na inacreditável cena em que ele mostra que a Prefeitura de São Paulo recebeu o grau de investimento das agências de risco, e Mirian Leitão tenta mudar de assunto alegando que se estava discutindo “política econômica”. Grau de investimento é o Santo Graal do mercado.
No caso de Katia Abreu, Mirian recorreu ao padrão tatibitate de seu colega Luis Roberto Barroso, dividindo os agricultores entre os “do bem” – que respeitam o meio ambiente – e os “do mal”, representados por Katia Abreu. Nos dois episódios, levou invertida, mas revelou a nova estratégia da Globo.
Ontem, pelo contrário, os entrevistadores implacáveis montaram um convescote, levantando sucessivamente a bola para que o general pudesse mostrar a face racional e humana do bolsonarismo.
Cena 3 – a reconstrução da imagem de Bolsonaro
A entrevista e o suposto atentado a Bolsonaro deixaram evidentes a estratégia de reconstrução da imagem do candidato, com vistas ao segundo turno. Será apresentado como o impulsivo boa-gente, cujas declarações mais chocantes são apenas um reflexo da informalidade. E, por trás dele, haverá duas forças racionalizadoras: na parte econômica, Paulo Guedes, na parte institucional as Forças Armadas, tendo como representante oficial o general Mourão que, no final da entrevista à Globonews, se declarou um telespectador e seguidor fiel das lições diárias da emissora.
A facada em Bolsonaro caiu como uma luva nessa estratégia. As próprias declarações do candidato – “nunca fiz mal a ninguém” – demonstram essa estratégia de vitimização, apresentando-o apenas como um boquirroto do bem.
Alguns fatos chamam atenção:
1. Quatro advogados imediatamente assumiram a defesa do agressor. É evidente a intenção de criar uma blindagem. Quem os banca?
2. A investigação ficará a cargo da Polícia Federal de Minas Gerais, a mais partidarizada, depois do Paraná. É a mesma PF que alimentou durante um ano a imprensa com denúncias contra o governador Fernando Pimentel, tomando por base apenas uma delação permanentemente requentada. Como dois e dois são quatro, nos próximos dias serão levantadas supostas ligações do acusado com organizações de esquerda.
3. O Facebook do agressor, com postagens recentes contra Bolsonaro. E sua insistência em explicar a agressão pelo seu perfil no Facebook. É como se as postagens tivessem sido colocadas apenas como álibi para o ataque.
4. As declarações iniciais do filho de Bolsonaro, de que os ferimentos foram superficiais, porque o pai estava protegido por coletes.
Por enquanto, são apenas indícios, mas que merecem ser aprofundados.
Cena 4 – o que seria um governo Bolsonaro
Não é preciso nenhum talento especial para imaginar o que seria um futuro governo Bolsonaro.
Nele, haveria a reconstrução do pacto de 1964 – Forças Armadas, sistema Globo, arrastando consigo o Partido do Judiciário e Partido do Ministério Público-Lava Jato. O fator de união será o combate ao inimigo-comum. O país será cada mais dividido entre o Tico “do bem” e o Teco “do mal”, como Luis Roberto “só faço o bem” Barroso, e a Globonews “só defendo o bem contra o mal”.
Ao primeiro sinal de impasse com o Congresso, a estratégia óbvia já está montada. A Globo criará midiaticamente o clima de caos, como fez em vários momentos com Brizola – superestimando arrastões de praia – ou na própria campanha do impeachment. E esse clima servirá de álibi para a presidência invocar a Lei de Segurança Nacional e convocar as Forças Armadas. Quem os enfrentaria? O Supremo Tribunal Federal? A Procuradora Geral da República? O Congresso?
Chegou-se a esse estágio de barbárie justamente devido à falta de coragem dos poderes em relação a um movimento ainda com face indeterminada. São esses valentes que enfrentarão o poder armado?
É sintomático a descrição do G1 sobre o momento mais tenso da entrevista, quando Mourão trata o coronel Brilhante Ustra como herói militar:
"Meus heróis não morreram de overdose, e Carlos Alberto Brilhante Ustra foi meu comandante quando era tenente em São Leopoldo. Um homem de coragem, um homem de determinação e que me ensinou muita coisa. Tem gente que gosta de Carlos Marighella, um assassino, terrorista. Houve uma guerra [no regime militar]. Excessos foram cometidos? Excessos foram cometidos. Heróis matam". Diante da resposta, houve silêncio dos jornalistas”.
A partir dali, submissão total ao entrevistado, mesmo estando na banca um ex-guerrilheiro, Fernando Gabeira, e uma ex-torturada, Mirian Leitão. Nem a menção a Ustra alterou os olhares apaixonados de Gabeira às declarações de Mourão, e as declarações amistosas de Mourão em direção a Gabeira.
Dentro da “legalidade”, haverá liberdade total de retaliação dos procuradores ligados ao MBL e da Polícia Federal contra os recalcitrantes, incluindo até colegas – fenômeno que já ocorre hoje em dia, em todos os níveis, ante o silêncio dos grupos de mídia.
Se terá o ápice da ditadura legalizada, com os jovens turcos tendo o respaldo oficial das Forças Armadas. Fora da “legalidade”, a participação ativa de grupos paramilitares, estimulados pela caça aos inimigos.
Cena 5 – civilização x barbárie
Para combater a radicalização, a estratégia de Haddad deverá ser em duas frentes. Externamente, a de continuar propondo o diálogo, de se mostrar a alternativa civilizatória contra a barbárie e, cada vez mais, disputar o centro racional. Internamente, isolar os provocadores.
É tradição dos grupos de direita recorrer aos agentes infiltrados - utilizado não apenas em 1964, mas nas manifestações contra a globalização em Seattle. Os Cabos Anselmos visam não apenas construir álibis para a repressão, mas, ao mesmo tempo, atrapalhar as tentativas de criação de consenso contra a radicalização.
Será uma batalha épica em que estará em jogo o futuro do país. Esse será o maior estímulo à resistência democrática até 7 de outubro, quando ocorrem as eleições do primeiro turno, e 28 de outubro, quando se vota no segundo turno.
GGN

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

LULA MANTÉM VITÓRIA OU TRANSFERE VOTOS, E BOLSONARO ESTANCA, SEGUNDO NOVA PESQUISA CNT/MDA

Lula registra 21,8% das intenções de votos dos paulistas, Bolsonaro fica com 18,4%. Pesquisa também revela capacidade de transferência de votos de Lula, quando Haddad ainda não era o vice.
Preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Lula segue como o favorito na disputa presidencial também entre os eleitores do estado de São Paulo, histórico reduto tucano. É o que mostra a pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta quarta-feira (08), registrando 21,8% das intenções de votos dos paulistas. 
No cenário em que foi testada a disputa com a participação do ex-presidente Lula, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) fica em segundo lugar com 18,4%, seguido do então governador do estado Geraldo Alckmin (PSDB), com 14%. 
Já sem Lula, Bolsonaro consegue a vitória, ainda que não em primeiro turno, com o mesmo resultado de 18,9%. Ou seja, a ausência de Lula na disputa não favorece o candidato da extrema direita. 
É possível perceber, ainda, que com a ausência de Lula, há uma transferência de votos, em maior e menor grau, para três candidatos: Marina Silva (Rede) sai de 6,7% para 8,4%; Fernando Haddad que não havia sido cogitado no cenário com Lula fica com 8,3%, em empate técnico com Marina; e Ciro Gomes (PDT) passa de 5% para 6%. 
Entretanto, a pesquisa entrevistou pouco mais de 2 mil paulistas antes das convenções partidárias deste final de semana, que definiram muitos rumos que ainda estavam incertos. A decisão, por exemplo, de indicar Haddad como vice de Lula ocorreu no final da noite de domingo (05), quando as entrevistas já estavam contabilizadas pelo CNT. 
Naquele momento, Bolsonaro iria para o segundo turno com Alckmin, em caso de impedimento de Lula participar da disputa presidencial, segundo os eleitores paulista. 
Por isso, a pesquisa absorveu as intenções do eleitorado de São Paulo em um momento de indecisões partidárias. Ainda assim, Haddad surge no segundo cenário com 8,3%, quando ainda não havia sido cotado oficialmente para disputar a chapa.  
GGN

sexta-feira, 13 de julho de 2018

APESAR DO CÁRCERE POLÍTICO AS INTENÇÕES DE VOTO EM LULA SEGUEM INABALÁVEIS

A guerra em torno da liberdade de Lula não abalou a candidatura do petista à presidência da República, segundo pesquisa do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) realizada entre 9 e 11 de julho, e divulgada pela Info Money nesta sexta (13). 
No dia 8 de julho, o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4, concedeu a Lula uma liminas em habeas corpus e determinou sua soltura imediata. Mas o juiz Sergio Moro agiu para impedir que o ex-presidente deixasse a prisão em Curitiba. 
Apesar da crise, as intenções de voto em Lula oscilaram 2 pontos para cima em relação à pesquisa anterior e está em 30%. Atrás do petista aparece Jair Bolsonaro, com 20% das intenções de voto. Marina Silva tem 10% e Geraldo Alckmin e Ciro Gomes empatam com 7%. Brancos, nulos e indecisos somam 15%.  
A margem de erro da pesquisa encomendada pela XP Investimentos é de 3,2 pontos percentuais. "Como o movimento de Lula se deu dentro da margem de erro, é necessário monitorar o desempenho do petista nas próximas pesquisas para saber se, de fato, ele cresceu", indicou a Info Money. 
Quando Lula não está na disputa, Bolsonaro lidera a corrida presidencial com até 10 pontos de vantagem em relação aos adversários, que estão tecnicamente empatados. Nesse cenário sem Lula, o grupo dos que não votam em nenhum candidato atinge 35%. 
Quando Fernando Haddad é apresentado como o candidato de Lula, ele salta de 2% para 12% e fica atrás apenas de Bolsonaro, com 21%. 
Ainda de acordo com o instituto, quando a pesquisa é espontânea (o eleitor não recebe uma lista de candidatos), Bolsonaro aparece com 15% das citações e Lula, com 13%. Ciro e Alckmin vêm atrás com 2%. Mas 35% não sabem ou não responderam e 29% votariam em branco ou nulo. 
No segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o placar é favorável ao petista, por 40% a 33%. Entre Bolsonaro e Alckmin fica 34% a 32%, respectivamente. Entre Marina e Bolsonaro, 37% a 33%, respectivamente. Entre Alckmin e Ciro, 32% a 30%. 
Quando questionados sobre quem será o vencedor da disputa independente da preferência pessoal, 28% dizem que será Bolsonaro, 28% não sabem e mais 27% dizem que será Lula. O resto se divide entre os demais candidatos. 
A pesquisa XP/Ipespe é feita por telefone, com um entrevistador. Ela custou R$ 30 mil. 
METODOLOGIA POLÊMICA 
O DataPoder 360 também faz pesquisas presidenciais por telefone, mas com uma metodologia que dispensa o entrevistador. O eleitor responde o questionário que foi gravado previamente. O resultado é que Bolsonaro aparece com vantagem sobre os adversários tanto no primeiro quanto no segundo turno - neste último caso, destoando das pesquisas do Ipespe e de outros institutos que vão a campo, como Datafolha e Ibope. 
Do GGN 

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Sem Lula, país não se vê representado, mostra pesquisa CNT

Foto: Ricardo Stuckert
Mesmo preso e sem conseguir se mobilizar em debates, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria as eleições presidenciais de 2018, com 32,4% dos votos, o dobro do que somou Jair Bolsonaro (16,7%) e seguido por Marina Silva (7,6%). Os dados são do CNT/MDA. 
A pesquisa mostra ainda que, sem Lula, uma grande parte da população não se verá representada, somando 45,7% entre os que votarão branco ou nulo e aqueles que estão indecisos. 
Mas o MDA também levantou as opções de pequena, mas decisiva, parcela do outro extremo de posições políticas. Sem Lula, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) iria para o segundo turno com 18,3% das intenções de voto com Marina Silva (Rede), que aparece com 11,2%, ou com Ciro Gomes (PDT), que está em 9%. 
Marina e Ciro, segundo a pesquisa, aparecem em empate pela margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. E disputando em segundo turno, Ciro perderia de Bolsonaro por uma diferença de 4 pontos percentuais. Já Marina Silva empataria, ela e o deputado com 27,2% das intenções de voto.
A CNT também levantou a hipótese de uma disputa com Haddad no lugar de Lula. Neste caso, o ex-prefeito aparece em quinto lugar, com 2,3% das intenções, atrás de Bolsonaro, Marina, Ciro, Alckmin (5,3%) e Alvaro Dias (3%). 
Abaixo, os números: 
Cenário com Lula, Temer e Meirelles  
Lula (PT) –32,4% 
Jair Bolsonaro (PSL) – 16,7% 
Marina Silva (Rede) – 7,6% 
Ciro Gomes (PDT) – 5,4% 
Geraldo Alckmin (PSDB) – 4,0% 
Alvaro Dias (Podemos) – 2,5% 
Fernando Collor (PTC) – 0,9% 
Michel Temer (MDB) – 0,9% 
Guilherme Boulos (Psol) – 0,5% 
Manuela D´Ávila (PCdoB) – 0,5% 
João Amoedo (Novo) – 0,4% 
Flávio Rocha (PRB) – 0,4% 
Henrique Meirelles (MDB) – 0,3% 
Rodrigo Maia (DEM) – 0,2% 
Paulo Rabello de Castro (PSC) – 0,1% 
Branco/Nulo – 18,0% 
Indeciso – 8,7% 
Cenário sem Lula, Barbosa e Temer   
Jair Bolsonaro (PSL) – 18,3% 
Marina Silva (Rede) – 11,2% 
Ciro Gomes (PDT) – 9,0% 
Geraldo Alckmin (PSDB) – 5,3% 
Alvaro Dias (Podemos) – 3,0% 
Fernando Haddad (PT) – 2,3% 
Fernando Collor (PTC) – 1,4%
Manuela D´Ávila (PCdoB) – 0,9% 
Guilherme Boulos (Psol) – 0,6% 
João Amoêdo (Novo) – 0,6% 
Henrique Meirelles (MDB) – 0,5% 
Flávio Rocha (PRB) – 0,4% 
Rodrigo Maia (DEM) – 0,4% 
Paulo Rabello de Castro (PSC) – 0,1% 
Branco/Nulo – 29,6%
Indecisos - 16,1% 
Cenários de 2º turno: 
Lula (PT) 44,9% x 19,6% Geraldo Alckmin (PSDB)
Lula (PT) 45,7% x 25,9% Jair Bolsonaro (PSL)
Lula (PT) 47,1% x 13,3% Henrique Meirelles (MDB)
Lula (PT) 44,4% x 21,0% Marina Silva (Rede)
Lula (PT) 49,0% x 8,3% Michel Temer (MDB) 
Jair Bolsonaro (PSL) 27,2% x 27,2% Marina Silva (Rede)
Jair Bolsonaro (PSL) 28,2% x 24,2% Ciro Gomes (PDT)
Jair Bolsonaro (PSL) 27,8% x 20,2% Geraldo Alckmin (PSDB)
Jair Bolsonaro (PSL) 31,5% x 14,0% Fernando Haddad (PT)
Jair Bolsonaro (PSL) 30,8% x 11,7% Henrique Meirelles (MDB)
Jair Bolsonaro (PSL) 34,7% x 5,3% Michel Temer (MDB) 
Ciro Gomes (PDT) 25,7% x 9,0% Henrique Meirelles (MDB)
Ciro Gomes (PDT) 30,4% x 5,6% Michel Temer (MDB)
Ciro Gomes (PDT) 20,9% x 20,4% Geraldo Alckmin (PSDB) 
Geraldo Alckmin (PSDB) 25,0% x 10,0% Fernando Haddad (PT)
Marina Silva (Rede) 26,6% x 18,9% Geraldo Alckmin (PSDB) 
Do GGN

terça-feira, 17 de abril de 2018

LULA LIDERA com 47% das INTENÇÕES de VOTOS NOS DOIS TURNOS, aponta Vox Populi

O PT encomendou ao Instituto Vox Populi e registrou no Tribunal Superior Eleitoral, pesquisa com dois cenários distintos para o primeiro turno das eleições presidenciais.
Nos dois casos, o ex-presidente Lula lidera com 47% das intenções de voto.
A pesquisa foi realizada no período de 13 a 15 de abril. O Vox Populi fez 2000 entrevistas, aplicadas em 118 municípios. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
A leitura, de acordo com o instituto, é de que Lula não perdeu votos, mas sim cresceu em alguns cenários. E que a percepção de injustiça na prisão do ex-presidente é grande.
A pesquisa estimulada aponta que o ex-presidente lidera com folgas, com os supracitados, 47% dos votos.
Em segundo vem Jair Bolsonaro (PSL), com 11%. Em seguida aparecem Joaquim Barbosa (PSB) e Marina Silva (Rede), com 9% e 7% respectivamente.
O Vox Populi apresenta dois cenários: no primeiro o candidato do MDB é Henrique Meirelles. Já no segundo o postulante é o presidente Michel Temer.
A pesquisa aponta que, mesmo na prisão, Lula derrotaria adversários com folga
Veja os resultados dos cenários pesquisados no 1º turno:
Cenário 1 (Se Henrique Meirelles for o candidato à presidência do MDB):
Lula (PT): 47%
Jair Bolsonaro (PSL): 11%
Joaquim Barbosa (PSB): 9%
Marina Silva (Rede): 7%
Geraldo Alckmin (PSDB): 3%
Ciro Gomes (PDT): 2%
Álvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
Manuela D’Ávila (PC do B); Rodrigo Maia (DEM); Guilherme Boulos (PSOL): 0
Em branco / Nulo / Nenhum: 13%
Não sabe/ Não respondeu: 3%
Cenário 2 (Se Michel Temer for o candidato do MDB):
Lula (PT): 47%
Jair Bolsonaro (PSL): 12%
Joaquim Barbosa (PSB): 9%
Marina Silva (Rede): 7%
Geraldo Alckmin (PSDB): 3%
Ciro Gomes (PDT): 2%
Álvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
Manuela D’Ávila (PC do B); Rodrigo Maia (DEM); Guilherme Boulos (PSOL): 0
Em branco / Nulo / Nenhum: 12%
Não sabe/ Não respondeu: 6%
Do Jornal do Brasil/Blog da Cidadania

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Pesquisa aponta que Lula foi condenado injustamente

A condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4 no dia 24 não surpreendeu, não custa repetir. Seguiu-se o modelito recortado em Curitiba com um adendo ou dois a mais, quais sejam o aumento da pena, por unanimidade dos três julgadores, mais a possibilidade de prisão imediata do ex-presidente, tão logo julgados os embargos declaratórios – a menos que a defesa de Lula consiga o efeito suspensivo da pena, o que não parece tão fácil dado o cerco a que estão submetendo o ex-presidente.
Não deixou de surpreender também a predominância da Teoria do Domínio do Fato, usado pelo relator para justificar o aumento da pena de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês, numa estratégia, ao que consta, para evitar a prescrição do julgado. O que também é discutível, como de resto todo esse processo é discutível e polêmico, menos para a Globonews que o tem como o mais santificado de todos os que têm passado pela justiça brasileira. A propósito, como é indisfarçável a crença dos comentaristas da Globonews na lisura de todo esse processo, tido agora como se fosse um prolongamento do mensalão de triste memória. Ora, não há a menor visão crítica do que se passou em Curitiba e Porto Alegre, sequer a equidistância se exige do comentarista ao abordar o assunto em pauta. Não se discutiu e nem se discute o que pode ter sido, por exemplo, um excesso de zelo de algum dos desembargadores – cujos nomes não vão entrar nesse texto, por desnecessário – nem a deselegância de não terem sequer levado em conta a sustentação oral do advogado Cristiano Zanin, ao menos para contestar um ponto ou outro da defesa. Não, não era necessário. Os votos estavam prontos, a decisão do relator foi obedecida por todos, portanto, por que perder tempo em ser elegante com a defesa?
Na verdade, deu-se o contrário: partes da sentença condenatória do juiz de primeiro grau, Sérgio Moro, foram lidas e relidas varias vezes ao longo do julgamento, o que também não chegou a ser uma novidade, desde que o presidente do TRF de Porto Alegre, Thompson Flores, antes mesmo de ler a sentença de Moro, ao ser tornado pública, a considerou um primor, irretocável. Era a senha para a condenação que viria a seguir, com o agravamento do aumento da pena e a possibilidade da prisão do ex-presidente, esgotados os recursos, lá mesmo no âmbito do TRF-4. Tudo isso significa dizer que a rigor o julgamento não trouxe novidades de maior monta, apenas dificulta a caminhada de Lula e do PT para que o ex-presidente volte a governar o país. Quando eu disse, no último texto aqui publicado, que o juiz era o réu, deu-se o que se previa: o juiz foi absolvido e o réu de fato foi condenado. Como estava escrito.
A propósito, como as pessoas que acompanharam não apenas o julgamento como a saga do ex-presidente viram tudo isso? Nesse sentido, é oportuna a primeira e inédita consulta que o Instituto Quaest, de Belo Horizonte, fez aos brasileiros que têm conta no Facebook, atingindo nada menos de 310 mil pessoas entre os dias 24 e 25 de janeiro agora, com perguntas formuladas pelo Vox Populi em survey face-a-face. Das 310 mil pessoas, 2.980 foram sorteadas aleatoriamente, aponta o relatório, para compor uma amostra representativa do eleitorado brasileiro. Usando dados oficiais do IBGE e do Facebook, o Quaest ponderou a amostra para garantir representatividade de atributos como sexo, idade e região. De forma que o resultado final estima as opiniões e atitudes do eleitorado brasileiro proporcional ao encontrado fora do Facebook.
O primeiro dado da pesquisa refere-se ao nível de conhecimento do que o TRF-4 estava julgando e mostra que 93,5 dos pesquisados sabiam do que se tratava e apenas 6,5 por cento não sabiam. Ao perguntar se na opinião do entrevistado o TRF-4 agiu certo ou errado ao condenar Lula, 3,1 por cento não souberam responder, 42 por cento disseram que agiu certo e 54,7 por cento sentenciaram que agiu erradamente. Perguntado se o juiz Sérgio Moro, autor da primeira condenação, provou ou não que o tríplex era mesmo de Lula, 4,3 por cento não souberam opinar, 39,0 responderam que Moro conseguiu provar e 56,6 por cento disseram que ele não conseguiu provar que o apartamento é de Lula.
O Quaest quis saber se Lula recebe o mesmo tratamento da justiça que outros políticos, como Michel Temer e Aécio Neves. 3,3 por cento não souberam opinar, 37,2 por cento acham que a justiça não trata Lula de forma  mais dura e 59,5 responderam que a justiça trata sim Lula de forma mais dura. Se Lula cometeu mais erros ou acertos quando governou o pais, os entrevistados do Quaest disseram: 3,3 por cento não opinaram, 37,4 responderam que ele errou mais do que acertou e 59,3 por cento disseram que ele cometeu erros, mas fez muito mais coisas certas do que erradas em benefício do povo e do país. Nada menos de 42,9 por cento dos consultados, diante da condenação e da inelegibilidade momentânea do ex-presidente, disseram que Lula não deveria se candidatar a presidência da República, ao passo que 55,7  por cento responderam que deveria poder ser candidato em 2018. Cerca de 1,4 por cento não souberam opinar. A consulta inédita de certa forma reflete o que as pesquisas eleitorais vêm mostrando ao longo de todo o ano passado, quando os mais diversos institutos de pesquisas, como o Ibope, o Datafolha ou o Paraná,  vêm apontando a liderança e o crescimento do ex-presidente na preferência do eleitorado – uma das razões, certamente, do resultado emanado tanto de Curitiba como de Porto Alegre, que coloca Lula hoje na condição de inelegível e sujeito à prisão, a despeito da decisão do PT de manter a sua candidatura como forma de legitimá-la na consciência popular e de enfrentar resultados judiciais que parecem feitos para tirar o ex-presidente do páreo.
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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A confirmação da estratégia prevista no Xadrez de Lula, por Luis Nassif

A respeito do artigo “O Xadrez de Lula”, converso com um dos conselheiros não-petistas de Lula que confirma que a última avaliação feita a Lula por Marcos Coimbra, da Vox Populi, bate integralmente com o cenário antecipado no Xadrez.
O raciocínio é o seguinte.
A última pesquisa do Vox Populi apresentou os seguintes resultados:
​1. Na votação estimulada (em que os nomes são informados ao pesquisado) Lula aparece em primeiro com 43% e Bolsonaro em segundo com 17%.
2. Na pergunta sobre simpatia por algum partido político:
75% não tem por nenhum
1% pelo PSDB
2% pelo PMDB
17% pelo PT
No pior momento, na saída de Dilma Rousseff, o PT tinha 12%; no melhor momento, 29%.
3. Na questão: em quem não votaria de jeito nenhum,
Lula: 39%
Alckmin:  52%
Bolsonaro: 75%
33% têm ódio visceral a Lula, dos quais 10% provavelmente em São Paulo.
4. Na questão: se concordam com a condenação imposta por Sérgio Moro a Lula, 52% concordam, contra 45% que não concordam.
O dado é relevante porque, antes de perguntar a opinião do entrevistado, ele é informado sobre as acusações contra Lula e a condenação. Mesmo assim, 60% consideram Lula o melhor presidente da história.
A partir daí, chega-se a duas conclusões:
Conclusão 1 - Se Lula tem 43% das preferências e o PT tem 17% de simpatia, significa que 60% do eleitorado potencial de Lula é composto por não-petistas. Logo, o discurso de campanha terá que focar prioritariamente esse contingente.
Conclusão 2 - Se 80% dos 17% De simpatizantes votarem em deputados do PT, a bancada poderá ficar entre 55 e 60 deputados. Poderá ser a maior bancada, pela primeira vez, mas ainda assim sem condições de assegurar, sozinha, a governabilidade. Daí a necessidade primordial de uma nova política de alianças.
Essas conclusões foram apresentadas a Lula na última reunião que organizou para discutir as estratégias de campanha.
GGN