Apesar
da constante tentativa de Michel Temer e sua equipe econômica de dizer que o
golpe deu certo, a série de recordes negativos no mercado de trabalho no
trimestre encerrado em março, revelados pela Pnad Contínua nesta sexta-feira
(28), indica que "não há absolutamente nada que mostre qualquer indício de
recuperação", afirmou o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE,
Cimar Azeredo; desde 2012, início da série histórica da Pnad Contínua,
nunca a fila de desempregados foi tão grande: 14,2 milhões de pessoas procuram
emprego, mas não encontram vaga; a taxa de desocupação subiu para 13,7% no
trimestre encerrado em março, recorde.
Apesar
da constante tentativa de Temer e sua equipe econômica de dizer que o golpe deu
certo, a série de recordes negativos no mercado de trabalho no trimestre
encerrado em março, revelados pela Pnad Contínua nesta sexta-feira (28), indica
que "não há absolutamente nada que mostre qualquer indício de
recuperação", afirmou o coordenador de trabalho e rendimento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.
Desde
2012, início da série histórica da Pnad Contínua, nunca a fila de desempregados
foi tão grande: 14,2 milhões de pessoas procuram emprego, mas não encontram
vaga. A taxa de desocupação subiu para 13,7% no trimestre encerrado em março,
recorde, conforme publicação do jornal Valor Econômico.
Os
dados do IBGE mostram que a população ocupada está em forte queda desde o fim
de 2015 e chegou no trimestre encerrado em março de 2017 no menor nível desde
abril de 2012. Atualmente, 88,9 milhões de pessoas estão empregadas no país,
contingente 1,9% menor que no trimestre encerrado em março de 2016. Em relação
a igual período do ano passado, são quase 1,692 milhão de pessoas empregadas a
menos no país.
"Tudo
que acontece no mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico conturbado,
do cenário político instável. São coisas que desestabilizam. Essas respostas
[negativas] do mercado [de trabalho] são rápidas, mas a recuperação é
demorada", diz Cimar Azeredo. O nível da ocupação, que caiu para
53,1%, também é o menor da série.
Temer
e Henrique Meirelles (ministro da Fazenda) têm ainda outro recorde negativo: o
contingente de trabalhadores com carteira assinada caiu 3,5% no trimestre
encerrado em março, na comparação com igual período do ano passado, e chegou ao
menor nível da série histórica da Pnad Contínua. Nesse período, houve perda de
1,2 milhão de postos de trabalho com esse tipo de garantia trabalhista, segundo
o IBGE.
No
trimestre encerrado em março, segundo os dados da Pnad Contínua, havia no país
33,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Frente ao trimestre
encerrado em dezembro, houve perda de 599 mil postos de trabalho com carteira
assinada, queda de 1,8% no período.
O
corte do emprego com carteira assinada tem ainda os efeitos negativos de
reduzir a contribuição previdenciária, de cortar o acesso ao plano de saúde
concedido pela empresa e de piorar o acesso ao crédito, enumerou Cimar Azeredo.
"É a perda da proteção social, principalmente nas famílias de baixa renda.
Isso mexe na estabilidade dessas famílias".
Pelo
lado positivo há apenas o rendimento médio real, que cresceu 2,5% em relação ao
trimestre encerrado em março do ano passado, para R$ 2.110. Em grande parte,
segundo Cimar Azeredo, o movimento foi beneficiado pela redução da inflação. De
acordo com ele, o rendimento nominal cresceu significativamente em relação ao
trimestre anterior e a inflação menor corroeu menos a renda do trabalho.
Do
247