Mesmo que
indiretamente, Michel Temer e o ministro do Supremo Tribunal Federal
Gilmar Mendes foram grampeados pela Polícia Federal, em investigação que tinha
os telefones do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR) interceptados; numa conversa com Aécio, Gilmar atua como
articulador do PSDB no Congresso; o senador tucano pede para que o ministro
telefone para o senador Flexa Ribeiro e recomende que o parlamentar siga a
orientação do voto proposto por Aécio no projeto sobre abuso de autoridade; a
conversa de Temer foi com o deputado Rocha Loures, flagrado recebendo R$ 500
mil da JBS para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso.
A Polícia
Federal interceptou conversas de Michel Temer e do ministro do Supremo Tribunal
Federal Gilmar Mendes, segundo relatório da Operação Patmos, deflagrada nesta
quinta-feira 18 e que teve como um dos alvos o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Numa conversa
ocorrida entre Aécio e Gilmar Mendes em abril, o senador
tucano "pediu ao ministro [Mendes] para que telefonasse para o
senador Flexa Ribeiro. Neste diálogo, o senador investigado [Aécio] pede que o
magistrado converse com Flexa Ribeiro para que este siga a orientação de voto
proposta por Aécio", aponta reportagem da Folha.
Segundo o
relatório da PF, os dois se referiam ao projeto sobre abuso de autoridade, em
tramitação no Congresso Nacional e relatoria do senador Roberto Requião
(PMDB-PR).
Há também
uma conversa entre Temer e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado
recebendo R$ 500 mil da JBS, em uma mala, para comprar o silêncio do
ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso. No diálogo, Temer
fala sobre uma expectativa que o deputado tinha a respeito de novas regras para
o setor de portos.
Aécio e
Loures eram quem tinham seus telefones interceptados pela PF.
Do 247