Defende
com unhas e dentes a Lava Jato e o punitivismo, mas jamais levantou a voz para
condenar o contra-iluminismo de seu fruto mais célebre, Jair Bolsonaro.
O
Ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal) trata a si
próprio como “iluminista”. O “iluminismo”, ou o que ele entende por tal,
tornou-se a peça de resistência em sua elaborada estratégia de marketing
pessoal.
Esta
semana, mais uma vez tratou da divulgação dos diálogos da Lava Jato com a
malícia de todo sofista: em vez de abordar o conteúdo, preferiu se ater às
suspeitas sobre a origem do material. O mesmo Ministro que aprovou todas as
irregularidades da Lava Jato, dentro do princípio de que os fins justificam os
meios.
Em
palestra no Instituto Fernando Henrique Cardoso, ele foi apresentado como “a
vanguarda iluminista”.
Em
suas preleções, enaltece o papel da Suprema Corte da Alemanha, em criminalizar
a negação do holocausto. Mas não se conhece uma afirmação sua de condenação dos
crimes da ditadura. Defende com unhas e dentes a Lava Jato e o punitivismo, mas
jamais levantou a voz para condenar o contra-iluminismo de seu fruto mais
célebre, Jair Bolsonaro.
Apresenta
como avanço do iluminismo a possibilidade de aborto de fetos anencéfalos, mas
nunca se pronunciou sobre a morte de pessoas, sobre o avanço das milícias nos
governos do Brasil e do Rio, sobre as investidas genocidas do governador Wilson
Witzel, as investidas contra reservas indígenas.
Aceita
tudo como natural, escapando com um argumento safo: quando o velho morreu e o
novo ainda não nasceu, há um período naturzal de transição. E, por natural,
entenda-se a liberação das armas, a apologia à violência, a morte de lideranças
populares, ao genocídio da periferia.
Abaixo,
um conjunto de temas civilizatórios e um resumo do que foi a atuação de
Barroso. Seria uma piada pronta, não fosse seu cargo de Ministro do STF e de
principal estimulador da violência ilegal da Lava Jato.
Apenas comprovam que:
Barroso
definitivamente não é um iluminista.
Ele
de tornou um dos principais avalistas da ultradireita bolsonariana, por seu
apoio ao principal estimulador da violência difusa, a Lava Jato.
Sua
defesa pontual de alguns temas morais não caracterizam, de forma alguma, uma
postura iluminista. São questões pontuais, nas quais ele próprio atuou como
advogado, em uma estratégia de autopromoção vitoriosa, que o levou ao Supremo,
a partir do qual pode exercer o papel de agente do punitivismo medieval que
garantiu a ascensão política dos terraplanistas.
Do
GGn