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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Padres denunciam: PF impediu reitor de receber ajuda religiosa, por Raquel Wandelli

#EXCLUSIVO | PADRE DENUNCIA: "FOMOS IMPEDIDOS DE PRESTAR APOIO ESPIRITUAL AO REITOR QUE SE SUICIDOU"
Assista em vídeo a denúncia do padre da Pastoral Carcerária, William Barbosa Vianna, na missa em homenagem ao reitor da UFSC.

Ao celebrar missa em homenagem ao reitor Luiz Carlos Cancellier neste domingo (8/10), pela manhã, no Templo Ecumênico da UFSC, o padre William Barbosa Vianna fez uma denúncia espantosa: ele e outro frei foram impedidos ao menos quatro vezes pela Polícia Federal de oferecer apoio ao reitor, embora esse direito seja garantido pela Constituição. Cancellier foi preso, algemado nu, submetido a exame interno (anal) vexatório e encarcerado sem processo judicial

Segundo o padre, a primeira recusa ocorreu quando a Pastoral Carcerária tentou visitá-lo no dia da prisão, em 14 de setembro. A segunda, quando a prisão de Cancellier foi relaxada, mas a juíza o manteve exilado da universidade e em reclusão domiciliar noturna. Sabendo de seu abalo emocional, os padres novamente tentaram socorrê-lo, mas não obtiveram permissão para visitá-lo, mesmo tendo essa prerrogativa.por lei.

Assessor da Pastoral Universitária da UFSC, Vianna alertou: “É preciso lembrar que o direito à assistência religiosa é garantido pelo artigo V da Constituição”. Até então, sabia-se apenas que Cancellier foi privado do apoio de amigos, principalmente de pessoas de sua convivência na gestão da universidade. Durante la missa, Vianna eu o artigo V da Constituição, inciso VII: “É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”.

William Vianna, que além de padre é professor e chefe do Departamento de Ciências da Informação da UFSC, disse com clara consternação que há muitos anos a Pastoral Carcerária vem avisando sobre os abusos nas revistas vexatórias a mães, filhas e familiares em geral dos presos. Também fez alusão às chacinas ocorridas neste ano nos presídios. 

Raquel Wandelli dos Jornalistas Livres

GGN