A
entrevista bombástica do empresário Joesley Batista, em que ele apontou Michel
Temer como chefe da "maior e mais perigosa organização criminosa do
Brasil" (saiba mas aqui), também serviu para desmontar uma lenda urbana: a de
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus parentes seriam sócios da
JBS, dona da marca Friboi.
Num
determinado trecho, o jornalista de Época questiona por que Joesley nunca
gravou Lula e a resposta veio direta.
–
Porque eu nunca tive uma conversa não republicana com o Lula.
Joesley
disse ainda que só esteve com Lula uma única vez enquanto ele foi presidente –
o encontro ocorreu em 2006, quando assumiu o comando da empresa. Depois, eles
só voltaram a se encontrar em 2013. A interlocução com o PT, segundo o
empresário, era feita por meio do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
–
O que eu posso fazer se a interlocução era com o Guido? Aí inventaram que a
Blessed (acionista da JBS), aquela empresa que temos nos Estados Unidos, seria
do Lula, do Lulinha, de político. Esse negócio de Lula ou filho de Lula é fruto
de um imaginário de alguém que quis nos prejudicar.
Em
sua nota, Temer diz que Joesley protegeu o PT, alegando que a JBS que a empresa
cresceu no governo Lula e não no dele (leia aqui sobre a nota do Palácio do Planalto).
A realidade, no entanto, mostra que praticamente todas as empresas
brasileiras cresceram com Lula e afundaram com o golpe.
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