O governador
do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, propõe que a esquerda se unifique em torno
de três bandeiras – Nação, Produção e Educação – e diz que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva deve coordenar a retomada brasileira; “Acho que o
presidente Lula tem a responsabilidade de ser o coordenador dessa retomada”,
disse ele, em entrevista ao jornalista Renato Rovai.
Dino também pontuou que é em torno do petista
que podem se aglutinar os “valores da civilização, da democracia e do
humanismo”; o governador maranhense também falou sobre o adversário de Lula num
segundo turno, se as eleições fossem hoje; “A maioria da sociedade brasileira é
generosa, acolhedora, humanista. A candidatura de Bolsonaro está fora do marco
da civilização democrática”.
Do Portal
Vermelho
Nação,
Produção e Educação. Essas são as três bandeiras que a esquerda deve defender
para se unificar e voltar a ganhar força política no Brasil, na avaliação do
governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Em
entrevista à Revista Fórum na noite desta quarta-feira (31), Dino disse que o
impeachment de Dilma Rousseff representou não apenas uma derrota política da
esquerda, mas também um revés jurídico e social para o país de modo geral. “E a
gente tem que encontrar um jeito de sair dessa encruzilhada.”
O governador
maranhense afirma que, para isso, é preciso “percorrer as contradições
fundamentais” que pairam hoje no cenário político-econômico. E isso implica resgatar o valor da soberania
popular (por meio da defesa das Diretas Já), defender a ampliação de direitos
em contraposição às “reformas regressivas” e enfatizar as ações na educação. Em
resumo, “Nação, Produção e Educação”.
“Como é que
se reorganiza esse campo da esquerda que, em algum momento, se dizimou por uma
série de fatores? Precisa ter um programa com o tripé Nação, Educação e
Produção; e transformar isso em ideias”, afirma.
Na visão do
governador do Maranhão, a bandeira da Nação representa os princípios da
soberania nacional, que estão sendo atacados recentemente como nas vendas de
reservas do Pré-Sal a empresas estrangeiras. A Educação aparece como principal
lema social, direcionando o Estado para uma ação emancipatória. E a Produção,
segundo o governador, é a bandeira econômica, superando o foco no consumo que
prevaleceu na última década.
Essas
ideias, acrescenta, não podem circular apenas entre a esquerda, sob pena de
formar uma “asssembleia de convertidos”. Para ele, “isso não serve ao país, a
gente precisa ter amplitude na formulação das ideias para enfrentar o desafio.”
Lula,
coordenador da retomada
Como o
discurso não pode ser apenas conceitual, o próprio governador apresenta uma
receita concreta: “O melhor eixo para reorganizar esse ideário é em torno de um
estadista, que é o Lula. Independentemente do debate se ele é candidato ou não.
Ele deve ser o eixo”.
O governador
acrescenta que é em torno do petista que podem se aglutinar os “valores da
civilização, da democracia e do humanismo”.
“Acho que o
presidente Lula tem a responsabilidade de ser o coordenador dessa retomada”,
diz.
Mas Dino
também ressalta que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem um papel a
desempenhar junto ao campo neoliberal. “Ele é um eixo também, deste campo.”
Segundo o governador, não é possível que o país saia da crise sem diálogo entre
os principais campos ideológicos em atividade.
Sobre as
eleições, Dino acredita que prevalecerão os ideais mais democráticos, o que
inviabilizaria um possível triunfo de figuras como o deputado Jair Bolsonaro,
cuja candidatura “é pior do que a de Collor em 1989, o que é um feito”.
“A maioria
da sociedade brasileira é generosa, acolhedora, humanista. A candidatura de
Bolsonaro está fora do marco da civilização democrática”, afirma Flávio Dino.
Do 247