Juiz do Guinness Book Michael Janela, julgando o Corso de Teresina
O tradicional Corso do Zé Pereira levou milhares de pessoas para a Avenida Marechal Castelo Branco, em Teresina. Uma multidão colorida, criativa e alegre. Fantasiados dos mais diversos tipos e personagens, os teresinenses aproveitaram esse que pode ser considerado o maior corso do mundo para se divertir.
Guerreiros romanos, homens das cavernas, policiais de elite, super-heróis, personagens de novelas, Chapolins, bebês, Tarzans... Impossível descrever todas as figuras representadas na avenida.
A manifestação popular é acompanhada por um juiz do Guinness Book. Michael Janela avalia se o corso de Teresina atende aos critérios para entrar nos registros do Livro dos Recordes. Segundo ele, existem no mundo vários desfiles com carros enfeitados, como em Flores, na Califórnia (EUA). A particularidade do que acontece no Piauí é a inscrição dos carros. "Por isso o Guinness está aqui", disse.
A prefeitura de Teresina, organizadora do evento, informa que 423 caminhões foram inscritos. Entretanto, a expectativa é que mais de mil carros participem da festa. O percurso total do corso é de 9,5km.
O prefeito Elmano Férrer acompanhou de perto a festa. Com um colar de havaiano e um capacete de operário, o gestor dançava ao lado dos foliões. "É uma festa que todo mundo participa, sem preconceito; é uma de confraternização linda”, declarou em entrevista à TV Cidade Verde.
As ruas e avenidas que dão acesso à Avenida Marechal Castelo Branco foram interditadas. Foram interditados acessos pelas avenidas Higino Cunha, Barão Castelo Branco e pela Ponte Wall Ferraz.
O trânsito na Avenida Frei Serafim, a mais movimentada da cidade, ficou complicado. Caminhões do corso impediam a passagem de carros de passeio e ônibus. Um fila de coletivos com passageiros se formou no sentido “Centro/Zona Leste”. Não havia agentes da Strans organizando o trânsito na área.
Décadas de história
A brincadeira nasceu no Brasil no final do século XIX e teve seu auge no Piauí entre as décadas de 30 e 50. Na época, as donas e frequentadoras de cabarés da cidade trajavam as melhores roupas, alugavam caminhões e desfilavam pelas principais ruas e avenidas da cidade numa espécie de represália à discriminação que sofriam.
Com o projeto de revitalização do carnaval realizado pela Prefeitura de Teresina em 1997, batizado Reviver Carnaval, as audaciosas prostitutas da Paissandu ganharam homenagem com o "caminhão das raparigas". O desfile desse carro tornou-se tradição, sendo as prostitutas representadas por atrizes fantasiadas.
Aos poucos a brincadeira contagiou o folião teresinense, que comparece todos os anos com ou sem fantasia, em carros, caminhões, carroças, motos ou mesmo acompanhando a pé todo o percurso. Ficar nas ruas por onde passa o cortejo também é garantia de diversão.
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Com informações do portal AZ