Foto: Agência Brasil
O jornal Valor informa nesta terça (31) que um grupo de
advogados tenta acelerar o processo de impeachment de Dias Toffoli às vésperas
de o ministro assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal. Toffoli já é
alvo de dois pedidos de afastamento da Corte e, de acordo com a publicação, um
deles foi aditado para inserir um suposto escândalo de lavagem de dinheiro
envolvendo o banco Mercantil.
O Valor explicou que o grupo de advogados usou uma reportagem
da revista Crusoé para atualizar o pedido de impeachment de Toffoli. Na
matéria, conta que Toffoli supostamente recebe uma "mesada de R$ 100
mil" em uma conta do banco Mercantil, transferidos pela sua esposa, a
advogada Roberta Rangel, e que o banco teria identificado "indícios de
labagem de dinheiro nas transações".
Contudo, nenhum órgão do governo foi acionado para
investigar o caso. O Ministério da Fazenda não quis se manifestar sobre a
veracidade dessa reportagem, anotou o Valor.
O pedido de impeachment diz que Toffoli troca favores com o
banco Mercantil porque, além dessa questão da suposta mesada, ele teria
beneficiada a instituição num julgamento no STF, após ter obtido desconto nos
juros de um empréstimo de R$ 1,4 milhão. O ministro nega e diz que respeita as
regras de suspeição da Corte.
No mesmo pedido de impeachment, o grupo também
argumenta que Toffoli, por causa de suas relações passadas com o PT, deveria
declarar-se impedido para processar ações envolvendo José Dirceu. Ao contrário
disso, ele votou pelo habeas corpus do ex-ministro da Casa Civil.
No STF, o grupo de advogados também pede que o Senado
seja obrigado a analisar o pedido contra Toffoli. Segundo o Valor, o documento
é precário em fundamento e tende a ser rejeitado na Casa.
O outro pedido de afastamento de Toffoli versa sobre a
votação do habeas corpus de Lula, da qual o petista saiu derrotado.
Do GGN