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domingo, 30 de abril de 2017

O golpe de 2016 e a velha mídia pariram Bolsonaro

O golpe engendrado por Michel Temer, Eduardo Cunha e Aécio Neves, em conjunto com a mídia, resultou numa vitória de Pirro que pariu Jair Bolsonaro 2018.

A guinada direitista dos tucanos, o blábláblá neandertal contra o bolivarianismo, a corrupção, o financiamento de “movimentos de rua” e a obsessão da imprensa, puxada pela Globo, com o PT, resultaram na viabilização de uma alternativa fascista indigente.

JB vai se firmando como o antiLula prometido na Bíblia.

A nova pesquisa DataFolha, que traz Lula na liderança novamente, registra que Jair foi de 9% para 15% e de 8% para 14% em dois cenários, empatando com Marina Silva.

É o segundo nome mais lembrado espontaneamente, com 7%. Lula tem 16% e os demais, 1%.

Seu eleitorado está concentrado em jovens de alta renda e instrução formal.

O PSDB é sócio de Temer num governo rumo a zero de aprovação, rejeitado por 61%. As eleições diretas são desejadas por 85%.

Aécio, Alckmin e Serra derretem numa economia em frangalhos. Doria ultrapassa o padrinho Geraldo pela primeira e não a última vez, mas perde para Ciro Gomes.

Bolsonaro surfou na criminalização de Lula e da esquerda. É, como Trump, uma espécie de outsider (de mentirinha, claro, mas engana trouxa). A extrema direita que não tem medo de dizer seu nome.

JB vai cometendo suas barbaridades sem ser incomodado. Volta e meia sai uma denúncia leve, com a de que usa a cota parlamentar para fazer campanha. A Folha deu uma vez e não tocou mais no assunto.

Em abril de 2016, depois que homenageou o coronel Ustra na votação do impeachment, Miriam Leitão, que dorme e acorda pensando em Dilma, se indignou.

“A democracia brasileira precisa ser defendida pelos pares do deputado Jair Bolsonaro. O voto dele é apologia de dois crimes, fere duplamente a Constituição. Por que não sofre um processo de cassação pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados?”, escreveu em seu blog.

Se ela e a Globo tivessem dedicado a Jair um oitavo do tempo dedicado a destruir Lula, talvez a situação fosse diversa.

Quantos editoriais o Estadão dedicou ao “lulopetismo”?

Quantas capas imbecis da Veja gritando que “Lula acabou”? A mais recente foi desmentida pelo próprio site da revista dois dias depois.

A mera candidatura de Bolsonaro é uma prova do fracasso do jornalismo da velha mídia.

Ele foi adotado como herói e salvador da pátria por sites de notícias falsas, por gurus como Olavo de Carvalho e youtubers como Joice Hasselmann. Alguns desses jihadistas têm milhões de seguidores.

Monomaníaca, a imprensa falhou em contar a história real de Bolsonaro. A única entrevista em que ele falou de suas “ideias” foi para seu igual Danilo Gentili.

O resultado foi o esperado — uma cavalgadura com a cabeça oca. Alguns trechos:

Como presidente, você acha que o seu repertório tem que aumentar, tem que falar sobre economia?

“Eu falo sobre economia. Por exemplo, eu falo do nióbio, do grafeno, das riquezas do Vale do Ribeira. (…) Mais utilizado do que o nióbio só o grafeno. (…) Nós não podemos continuar permitindo uma exploração predatória do nióbio”.

***
Mas você já tem um princípio de plano?

“Isso ninguém tem, né?”

Então me explica, por que alguém deve votar em Bolsonaro para presidente?

“Eu sou uma pessoa autêntica. As minhas propostas podem ser até pior (sic), mas são completamente diferente (sic).”

***
O que garante que você não irá copiar alguns modelos do regime militar que você elogia?

“Na Educação, vai ser convidado um general que já tenha um comando de colégio militar”.

Você tem muitos opositores, talvez uns 80, 90% de Brasília é opositor seu. Se você for presidente, como é possível governar com tanta oposição?

“Nós vamos ter mais gente de direita no parlamento. (…) E eu acho que economia vai estar tão debilitada até lá que teremos que partir do zero”.

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A farsa do impeachment deu num Bolsonaro de 7 arrobas se espichando nas entranhas do cadáver da democracia, espancada diariamente por Michel e seus sócios, entre os quais a mídia chapa branca.

Do DCM

sábado, 8 de abril de 2017

Jair Bolsonaro também vende armas, além de espalhar ódio pelo país afora

Após a celeuma gerada pelo show de ódio e preconceito de Jair Bolsonaro durante evento no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, muitos podem pensar que sabem tudo de ruim que há para ser dito sobre esse indivíduo. Todavia, fatos ocorridos nos últimos dias mostram que esse homem é um problema ainda maior do que parece.

Como todos sabem, Bolsonaro pretende armar a população brasileira até os dentes. Está atuando no Congresso para reduzir de 25 para 21 anos a idade mínima para o cidadão poder adquirir uma arma.

A venda de armas no Brasil ainda é permitida, após a derrota do desarmamento em 2005.

O referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, ocorrido no Brasil a 23 de outubro de 2005, porém, não permitiu que o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento (Lei 10826 de 22 de dezembro de 2003) entrasse em vigor.

Apesar de a maioria decidir pelo “não”, sendo a favor da comercialização das armas e munições, a restrição continuou como estava desde o fim de 2003. É bom lembrar, porém, que, ainda assim, de acordo com a lei, o porte de arma continua ilegal, salvo algumas raras exceções.

O cidadão comum que deseja ter uma arma (a comercialização e a posse de arma estando permitidas) deverá mantê-la em seu domicílio, além de ter que registrá-la no momento da compra e passar por um processo burocrático que só aprovará o registro caso o cidadão não esteja no grupo considerado “de risco”.

Bolsonaro promete revogar qualquer dificuldade para o cidadão se armar, caso seja eleito presidente da República no ano que vem.

Tudo bem, é uma visão de mundo e se a sociedade brasileira cair na conversa desse homem, que arque com as consequências. Assim como o aumento da velocidade média dos veículos automotores em São Paulo, determinada pelo prefeito tucano João Doria, está fazendo explodir o número de mortes e mutilações em acidentes de trânsito, a distribuição indiscriminada de armas que Bolsonaro quer fazer acarretaria uma grande chacina nacional, uma tragédia histórica sem precedentes.

Mas cada povo colhe o que planta, como se sabe…
Porém, o discurso de Bolsonaro parece ter menos a ver com ideologia e mais com ambição monetária. Ele e seus filhos parecem ter montado um esquema de vender dificuldades a fabricantes de armas para depois vender facilidades.

Nos últimos anos, a família Bolsonaro desencadeou uma verdadeira guerra contra a empresa gaúcha de armas chamada Forjas Taurus. Sob ação do braço parlamentar da família bolsonariana, o Exército acabou proibindo a empresa de produzir.

Em seguida, parlamentares de extrema-direita como a família Bolsonaro e o Major Olímpio trataram de propor uma CPI contra a Taurus, afirmando que suas armas tinham defeitos, disparavam sozinhas etc.

Contudo, nos últimos dias parece que a guerra chegou ao fim. Após Bolsonaro vender a ideia de que será bom armar o Brasil, ele aparece como garoto-propaganda da mesma Taurus que ele e seus filhos acusavam.
Assista ao vídeo. Clique aqui

Isso se chama criar dificuldades para vender facilidades. É uma prática antiga usada por jornalistas, parlamentares, funcionários públicos, policiais etc. Funciona assim: essas pessoas atacam uma empresa ou pessoa física e os alvos acabam pagando a elas para não serem mais atacados.

Os filhos de Bolsonaro são meros teleguiados pelo pai. Fazem o que ele manda. Em agosto do ano passado, o filho Eduardo – aquele que o pai disse que terminaria “na Papuda” – pediu uma CPI contra a Taurus. Cerca de seis meses depois, o pai, Jair Bolsonaro, aparece como garoto propaganda da empresa.

Isso não é o pior sobre o Bolsonaro. Pior que oportunismo é difundir ódio. O oportunismo causa danos restritos, a difusão do ódio pode gerar tragédias imprevisíveis para uma nação. Mas vale refletir que Bolsonaro não é só um imbecil ou um demente. De louco ele não tem nada. Louco é quem acredita nele ou o subestima.

Do Blog da Cidadania