A deputada
Eliziane Gama (PPS-MA) pediu no Twitter a renúncia de Michel Temer; “O ideal
pro momento são Diretas Já. Qual moral um congresso com quase 300 parlamentares
na lava jato tem pra eleger um novo presidente? Dilma e Temer são dois lados da
mesma moeda, por isso foram eleitos juntos na mesma chapa, porque os dois têm a
mesma prática”, disse; mas vale ressaltar que tanto o Ministério Público
(MPDFT) quanto uma auditoria do Senado inocentaram Dilma Rousseff, deposta por
um golpe, que levou o País ao caos.
A deputada
Eliziane Gama (PPS-MA) pediu no Twitter a renúncia de Michel Temer.
“O ideal pro
momento são Diretas Já. Qual moral um congresso com quase 300 parlamentares na
lava jato tem pra eleger um novo presidente? Dilma e Temer são dois lados da
mesma moeda, por isso foram eleitos juntos na mesma chapa, porque os dois têm a
mesma prática. Renúncia já! Votamos pelo afastamento da Dilma como também
votaremos pela saída do Temer”.
Apesar da
declaração da senadora, vale ressaltar que tanto o Ministério Público (MPDFT)
quanto uma auditoria do Senado inocentaram Dilma Rousseff.
O procurador
da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito
Federal, pediu arquivamento do inquérito nesta quinta-feira 14, depois de ter
pedido, na última sexta-feira, arquivamento de um caso semelhante relacionado
ao BNDES.
Em sua decisão,
Marx levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as
"pedaladas" e afirmou que o caso "talvez represente o passo
final na infeliz transformação do denominado 'jeitinho brasileiro' em
'criatividade maquiavélica'" (veja aqui)
Em relação à
perícia do Senado, o documento, assinado por três técnicos, observa que não
houve ação de Dilma no atraso do repasse de R$ 3,5 bilhões do Tesouro ao Banco
do Brasil para o Plano Safra, uma das acusações que constam no pedido de
impeachment contra a presidente.
"Pela
análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra,
não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que
tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos
pagamentos", diz trecho do laudo (leia aqui)
Delação da JBS
De acordo
com os donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley, Michel
Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um
assunto da J&F (holding que controla a JBS).
Depois, o
parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.
O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados.
Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".
O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo.
Após dizer
nesta quarta-feira (17), que "jamais" solicitou pagamentos para obter
o silêncio de Cunha, Temer afirmou, nesta quinta (18) que não vai renunciar.
“Sei o que
fiz e sei da correção dos meus atos, e exijo investigação plena e muito rápida
para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dúvida não pode
persistir por muito tempo”, disse Temer, em pronunciamento. "Não
renunciarei. Repito não renunciarei", disse.
Através de
sua assessoria, o deputado Rodrigo Rocha Loures informou que ele que vai
"esclarecer os fatos divulgados" sobre a delação.
Vendas de cargos e corte de juros
Por meio de
seu operador Rodrigo da Rocha Loures, deputado federal pelo PMDB-PR, Temer
também deu à JBS o direito de nomear servidores em vários órgãos federais, em
troca de propina, oferecendo cargos no Cade, na Comissão de Valores
Mobiliários, na Receita Federal, no Banco Central e na Procuradoria da Fazenda
Nacional, segundo informou Lauro Jardim (veja aqui).
Temer também
antecipou a Joesley Batista uma informação privilegiada: a de que o o
Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, cortaria a taxa de
juros em 1 ponto porcentual, informa a Folha.
Aécio
O senador
Aécio Neves, arquiteto do golpe junto com Eduardo Cunha, também foi gravado,
pedindo R$ 2 milhões a Joesley para pagar advogados. O dinheiro entregue a um
primo do presidente do PSDB. Segundo a PF, que filmou a cena, o dinheiro foi depositado
numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).
O colunista
Lauro Jardim também informou que, na conversa com Joesley Batista no Hotel
Unique, em São Paulo, no dia 24 de março, Aécio lhe ofereceu a
possibilidade de nomear um diretor da Vale. Foi naquela ocasião que Aécio pediu
R$ 2 milhões para, supostamente, pagar advogados.
O tucano
tratou a propina como venda de apartamento. "Foi proposta, em
primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da
família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua
delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu
sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser
considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público.
Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do
apartamento, ressarcir o empresário", disse ele, em nota.
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já pediu a prisão do senador,
afastado do cargo pelo ministro-relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, Edson Fachin, que negou a detenção do parlamentar.
A irmão do
senador foi presa e já está no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto,
em Belo Horizonte. A Polícia Federal ainda não divulgou as razões do pedido de
prisão.
Segundo
Lauro Jardim, Andrea intermediou um encontro entre Aécio e Joesley Batista no
início deste ano, ocasião em que o tucano foi gravado solicitando os R$ 2
milhões.
Do 247 MA