Jair
Bolsonaro foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro em 2014, com 464
mil votos.
Em
seu sétimo mandato, Bolsonaro está na Câmara há 26 anos. Quando chegou a
Brasília, no início da década de 1990, atendia os interesses dos militares.
Mais
recentemente, passou a incluir qualquer coisa em sua agenda, desde que renda
assunto nas redes sociais entre seus seguidores de extrema direita.
Também
anda se travestindo de “liberal” para ver se engana o “mercado”.
A
tragédia da segurança pública no Rio de Janeiro é uma oportunidade excelente
para saber: o que Jair fez pela segurança de sua terra? Quais suas propostas
nesse sentido? Ao longo de mais de duas décadas, o que ele conseguiu
implementar para tornar o cotidiano do carioca menos apavorante?
Resposta:
nada.
Jair
é um fanfarrão especializado em tagarelar e angariar apoio e eventual adoração
de otários fascistoides com soluções incríveis como castração química de
estupradores, pena de morte, fim das cotas e distribuição de armas para a
população.
Volta
e meia põe um nióbio ou um grafeno no meio. Na hora de legislar, de
trabalhar, um fiasco.
Desde
1991, Jair apresentou 171 projetos de lei, de lei complementar, de decreto de
legislativo e propostas de emenda à Constituição (PECs). O número é auto
explicativo.
Apenas
dois foram aprovados: o benefício de isenção do Imposto sobre Produto
Industrializado (IPI) para bens de informática e a autorização para o uso da
chamada “pílula do câncer”, a fosfoetanolamina sintética.
A
primeira emenda de sua autoria, aprovada em 2015, determina a impressão de
votos das urnas eletrônicas.
Ele
se defende dizendo que “tão importante quanto apresentar propostas, é
rejeitá-las”.
Assim
tenta vender o peixe de que acabou com o “kit gay”, material didático contra a
homofobia vetado na gestão de Dilma Rousseff, em 2011.
Bolsonaro
é um populista desmiolado, limítrofe e despreparado. Numa entrevista ao amigo
Danilo Gentili, falou sobre sua “plataforma” para 2018: “Muita coisa está
ligada à violência (…) Vivendo num país inseguro como o nosso, você não tem
turismo. (…) Precisamos dar um cavalo de pau na política de direitos humanos.
(…) Precisamos acabar com o estatuto do desarmamento”.
Como
seu eleitorado é feito de gente como ele, o que o sujeito precisa é apenas
repetir a retórica do “bandido bom é bandido morto”. Nenhuma ideia concreta.
Não
é necessário que ele trabalhe em Brasília pelo estado e a cidade que o
elegeram. Basta vomitar ódio e burrice.
Você
ganha um pirulito se adivinhar o que ele declarou sobre o Rio nestes últimos
dias de caos.
Exato:
o mesmo que apresentou nesse tempo todo como parlamentar.
DCM