quinta-feira, 30 de abril de 2020

FLÁVIO DINO LANÇA PERFIL DE CHECAGEM DE FAKE NEWS SOBRE EPIDEMIA E PEGA WELIGTON DO CURSO.

Governo do Maranhão parte para o combate a fakenews, em meio a pandemia, no perfil Verdade Covid MA.
Frente à crescente avalanche de fake news que inundam as redes dos maranhenses em meio a crise sanitária que o país atravessa, o Governo do Maranhão lançou, na última quarta-feira (29), o perfil “Verdade Covid MA” nas redes sociais, com checagem de notícias falsas e publicação de informações corretas sobre o coronavírus no estado.
No Instagram, o perfil é @verdadecovidma e no Twitter as publicações estão na página @VerdadeCovidMA. A intenção é que os maranhenses possam conferir e compartilhar o que é verdade e o que é mentira, formando uma corrente do bem.
As fake news já prestam desserviço em condições de normalidade, e nos dias atuais, de luta para combater a proliferação do vírus, tem sido ainda pior. Informações corretas são fundamentais para salvar vidas.
Além dos perfis “Verdade Covid MA”, o cidadão deve ficar atento às páginas do Governo do Estado, sempre com notícias oficiais e recentes das ações executadas no Maranhão.
Dicas para identificar notícias falsas
As fake news têm grande capacidade de viralização, são facilmente compartilhadas, o que é um grande desafio. No entanto, notícias falsas costumam ter um padrão que podem ajudar na identificação. Podem conter informações desencontradas; números sem fontes oficiais ou não comprovados; conteúdos antigos compartilhados fora de contexto; vídeos ou áudios muito apelativos ou sensacionalistas; podem conter erros gramaticais e excesso de adjetivos.
Para averiguar, é possível dar uma conferida nos canais oficias do Governo do Estado (site e redes sociais). Verifique também a data de publicação da mensagem, já que notícias antigas servem de inspiração para fake news. Uma conferida em sites de pesquisa pode ajuda a decifrar.
Além disso, leia o texto completo, já que geralmente lançam mão de título apelativo ou fora de contexto. E diante áudios e vídeos, verifique se a imprensa institucional e os canais oficiais abordam o tema.
Do DCM

quarta-feira, 29 de abril de 2020

ALEXANDRE DE MORAES SUSPENDE NOMEAÇÃO DE RAMAGEM PARA A PF FEITA POR BOLSONARO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal.
Alexandre Ramagem durante solenidade em que foi empossado na direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Foto: Valter Campanato - 11.jul.2019/ ABr

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal.

Moraes é o relator de ação protocolada pelo PDT. O partido questionou a nomeação feita pelo presidente Jair Bolsonaro na esteira de uma série de acusações do ex-juiz Sergio Moro de tentativas de interferência política na Polícia Federal.

"Diante de todo o exposto, nos termos do artigo 7o, inciso III da Lei 12.016/2016, DEFIRO A MEDIDA LIMINAR para suspender a eficácia do Decreto de 27/4/2020 (DOU de 28/4/2020, Seção 2, p. 1) no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal", escreveu o ministro em sua decisão.

"Determino, ainda, que, IMEDIATAMENTE, notifique-se a autoridade impetrada, nos termos dos artigos 7o, I da Lei 12.016/2016 e 206 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Dê-se ciência imediata, inclusive por whatsapp em face da urgência, ao Advogado-Geral da União. Após, encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da República para apresentação de parecer", conclui Alexandre de Moraes em seu despacho.

Da CNN

terça-feira, 28 de abril de 2020

XADREZ DE COMO O NOVO DELEGADO-GERAL DA PF ATUAVA EM FAVOR DOS BOLSONARO, POR LUIS NASSIF

Ramagem continuou atuando sem ser incomodado. Provavelmente porque se descobriu que Ramagem não estava operando a favor do PT, mas de seu amigo Eduardo Bolsonaro.
Com base nas conversas do Telegram da Lava Jato, The Intercept identificou conversas entre os procuradores, suspeitando de que o delegado da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, “era corrupto e ligado ao PT”.
Pelo material divulgado, não se sabe os desdobramentos dessa suspeita. Ramagem continuou atuando sem ser incomodado. Provavelmente porque se descobriu que Ramagem não estava operando a favor do PT, mas de seu amigo Eduardo Bolsonaro.
Vamos aos fatos e às suspeitas.
PEÇA 1 – A OPERAÇÃO FURNA DA ONÇA
A Operação Furna da Onça, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, visou esquemas de corrupção envolvendo políticos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) e os governos Sérgio Cabral e Pezão, a partir das denúncias de dois doleiros.
Para subsidiar a operação, a pedido do MPF o COAF produziu um relatório sobre movimentações financeiras de deputados e servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O relatório levantou a movimentação de um número razoável de pessoas. O MPF se incumbiu das investigações que envolviam Jorge Picciani. As movimentações atípicas em gabinetes de deputados, que não tivessem envolvimento direto, seriam encaminhadas para o MPE-RJ.
Ainda em janeiro de 2018, o COAF encaminhou o relatório ao MPE-RJ, para análise preliminar de outros casos que não estivessem diretamente ligados a Picciani. Era um cartapácio de 400 páginas, uma pedra bruta que precisou ser lapidada.
Na véspera das eleições, o então juiz Sérgio Moro – que já tinha acertado sua nomeação para Ministro da Justiça de Bolsonaro – divulgava o vídeo de Antônio Palocci, com a intenção nítida de influenciar as votações. Na outra ponta, o nome de Fabrício Queiroz, o faz-tudo dos Bolsonaro, estava no relatório do COAF, podendo implicar Flávio Bolsonaro. Mas passou despercebido até as eleições.
O que aconteceu nesse período?
PEÇA 2 – A CRONOLOGIA DOS FATOS.
Uma série de movimentações sugeriam que Bolsonaro já tinha acesso a informações privilegiadas da operação Furna da Onça e dos preparativos do MPE-RJ. Tanto que sua primeira atitude, depois de eleito, foi trabalhar para abafar o caso, antes que viesse a público.
Confira a cronologia:
28.10.2018 – Segundo turno das eleições.
06.11.2018 – Queiroz e sua filha Natalia foram exoneradas dos gabinetes de Flávio e Jair Bolsonaro.
12.11.2018 – o desembargador Abel Ferreira, do TRF2, divulga a representação do MPF sobre a Operação.
Alguns trechos do relatório, comprovando que já havia vazamentos para os suspeitos:
Esse contexto aponta com verossimilhança a existência de pessoa de prontidão para repassar informações aos investigados, valendo destacar que parte dos fatos descritos pelo MPF envolve exatamente a ingerência que os agentes políticos teriam na indicação e ocupação de cargos dentro das mais variadas estruturas estatais, que encontrou, para vários deles, corroboração nas medidas de busca e apreensão.
06.12.2018 – E, aqui, o divisor de águas, que muda o curso das investigações: Relatório do COAF mencionando Queiroz é vazado para o Estadão.  E aparecem pela primeira vez nomes ligados a Bolsonaro.
11.12.2018 – Depois do vazamento o MPF encaminhou ao MPE-RJ o seu inquérito.
Porque, então, Queiroz ficou de fora da Operação Furna da Onça?
Na foto dos detidos, faltou um nome: Flávio Bolsonaro
PEÇA 3 – O RELATÓRIO DO COAF
As manobras ocultando Flávio Bolsonaro – e desmontadas pelo vazamento do relatório do COAF – começaram a ficar mais nítidas a partir de 21.02.2019, quando o grupo Auditores-Fiscais Pela Democracia (AfpD) divulgou a Nota Técnica no 02.
Um dos filtros essenciais para a seleção de suspeitos é o volume de dinheiro movimentado em cada operação, explicavam eles. No caso da Operação Furna da Onça, foram levantadas as movimentações financeiras dos suspeitos no período 2014 a 2017.
Seis dias após o vazamento do relatório, Bolsonaro se manifestou sobre o tema, comprovando que o agente detonador das investigações contra Queiroz fora mesmo o vazamento. Segundo O Globo, declarou, em transmissão pelo Facebook:
“O Queiroz não estava sendo investigado, foi um vazamento que houve ali, não sou contra vazamento, tem que vazar tudo mesmo, nem devia ter nada reservado, botar tudo para fora e chegar a uma conclusão. Dói no coração da gente? Dói, porque o que nós temos de mais firme é o combate à corrupção e aconteça o que acontecer, enquanto eu for o presidente, nós vamos combater a corrupção usando todas as armas do governo, inclusive o próprio Coaf”.
Uma semana após a publicação do vazamento, o MPE-RJ pediu um relatório ampliado ao COAF pedindo o detalhamento das operações de Queiroz. Os alvos passaram a ser, então, Flávio Bolsonaro, Queiroz, Nathalia Queiroz, Evelyn Queiroz (ambas filhas do ex-assessor), Márcia de Oliveira Aguiar (mulher de Queiroz) e outros investigados.
Em janeiro de 2019, O Globo divulgou outro relatório do COAF, sobre as movimentações de Queiroz de 2014 e 2015. O valor foi de R$ 5,8 milhões, totalizando R$ 7 milhões nos quatro anos.
Ali as fumaças se transformaram em suspeita. O valor das operações é um critério técnico para a seleção de pessoas a serem investigadas.  No relatório do COAF, no entanto, levantaram-se as movimentações de todos os investigados no período 2014-2017. Apenas a de Queiroz ficou restrita a 2016. Com isso, o valor movimentado caiu para R$ 1,2 milhão, irrisório perto dos R$ 40 milhões movimentados pelo gabinete de Jorge Picciani, deixando Queiroz na 20ª posição dos que mais movimentaram recursos.
Possivelmente foi essa redução que permitiu a Queiroz – e Flávio Bolsonaro – passarem incólumes pelo crivo da Lava Jato do Rio de Janeiro – que, ao contrário de Curitiba, tem um trabalho mais consequente, apesar do vergonhoso envolvimento do juiz Marcelo Bretas com o bolsonarismo.
Foi a primeira fumaça estranha, captada por quem conhecia a maneira de elaboração dos relatórios do COAF. Por que os levantamentos sobre as movimentações de Queiroz foram picotados?
Como analisam os auditores:
* O período de investigação dos alvos da operação Furna da Onça, centrada nos funcionários dos gabinetes dos deputados estaduais do RJ, era de quatro anos. Queiroz foi excluído do rol dos alvos da operação, provavelmente porque o valor movimentado no ano 2016, único ano que fizeram constar no relatório COAF, ficou abaixo da linha de corte da operação;
* se o mesmo critério dos alvos da operação Furna da Onça (período investigado de quatro anos) tivesse sido aplicado aos funcionários do gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, certamente este deputado também estaria entre os alvos da operação, uma vez que o valor de R$ 7 milhões figura entre os maiores em relação ao que foi movimentado pelos funcionários da Assembleia Legislativa do RJ;
* a inclusão das movimentações suspeitas de Queiroz dos anos de 2014 e 2015 nos autos da operação Furna da Onça e a inclusão de Flávio Bolsonaro como alvo da referida operação, se tivesse ocorrido como está a sugerir a matemática dos números, e ainda a possibilidade real dessa informação vazar antes das eleições de outubro de 2018, teria tido um impacto negativo nada desprezível, tanto para Flávio (senador) quanto para Jair Bolsonaro, uma vez que o então deputado federal Jair abrigava em seu gabinete a filha de Queiroz, Natália, que repassava quase integralmente o valor do salário para seu pai, conforme relatório COAF.
Concluía a nota da AfpD:
“No caso Queiroz, há razoáveis indícios de que pode ter havido sim intervenção humana, pois o relatório foi fatiado. É preciso transparência, para que a sociedade tenha a garantia de que informações sigilosas sob guarda dos órgãos de controle não sejam usadas para perseguir adversários nem para blindar os amigos do governo de plantão”.
PEÇA 4 – RETOMANDO A CRONOLOGIA
Como lembrou a AfpD, os arranjos posteriores, aparentemente, visaram esconder as pistas dessa operação. E a rapidez com que Bolsonaro agiu, dias após sua eleição, mostra indícios de vazamentos das informações.
* Sérgio Moro é indicado para o Ministério da Justiça.
* Poucos dias após as eleições, Bolsonaro fecha com Moro a entrega do COAF ao Ministério da Justiça. Foi o seu primeiro anúncio. Não teria anunciado essa transferência, se não tivesse fechado um acordo com Moro.
* Moro leva para a presidência o auditor Roberto Leonel, que era quem vazava as informações sigilosas para a Lava Jato.
Até então, o COAF era um órgão acima de qualquer suspeita.
Nas análises dos diálogos do Telegram, anteriormente divulgados, foram identificadas as relações informais – e, portanto, ilegais – dos procuradores com o COAF . A criação das chamadas Salas de Situação – em que sentavam todas as pontas envolvidas em uma operação – foi um improviso ilegal. Nela, servidores do COAF trabalhavam ombro a ombro com os investigadores, abrindo sigilo fiscal e selecionado os alvos que a Lava Jato definia.
Membros da Lava Jato recorriam reiteradamente a Roberto Leonel, presidente do COAF, como, por exemplo, para obter informações fiscais de uma nora de Lula, do caseiro do sítio, de antigos donos e da esposa de Lula, Marisa Letícia.
Chegou-se ao requinte de se recorrer ao COAF para verificar se seguranças de Lula teriam adquirido fogão e geladeira em 2014, para definir alguma correlação com a história do triplex.
A Lava Jato já tinha arrombado todas as instituições estatais, como ficou demonstrado pela Vaza Jato, como por exemplo no intercâmbio de informações sigilosas da Receita Federal.
No COAF era o mesmo padrão: os relatórios eram produzidos de acordo com os objetivos predefinidos pela Lava Jato.  Havia, portanto, uma relação de confiança que ultrapassava os limites da formalidade, o que torna a Lava Jato cúmplice da manobra tirou Flávio Bolsonaro da Operação Furna da Onça.
Provavelmente a missão mais urgente e importante de Leonel, quando indicado para presidir o COAF, tenha sido a de manter em segredo o que aconteceu na manipulação dos relatórios em benefício de Queiroz.
PEÇA 5 – A INFILTRAÇÃO DO BOLSONARISMO NAS INSTITUIÇÕES
Dias antes do vazamento, em 30 de novembro de 2018, Flávio Bolsonaro se reuniu com Caio Carlos de Souza, promotor do MPE/RJ, para quem foi distribuída a investigação sobre a movimentação suspeita de Queiroz, depois do STF ter negado foro privilegiado a Flávio Bolsonaro.
No dia 4 de fevereiro de 2019, internautas descobriram tuites de Caio Carlos minimizando as denúncias contra Queiroz.
E retuítes dele em mensagens de Carlos Bolsonaro
Foi o que levou o promotor a se declarar suspeito e abrir mão de presidir a investigação.
Ali, apareciam os indícios do primeiro envolvimento de alguns promotores estaduais com os Bolsonaro. O segundo indício foi na operação abafa, da falsa perícia dos equipamentos de telefonia do condomínio, visando desqualificar as acusações do porteiro. Também ali, revelações sobre as tendências bolsonaristas da promotora chefe da operação obrigaram ao seu pedido de demissão. Mesmo assim, há um conjunto de promotores sérios, garantindo a integridade do MPE-RJ, conforme o depoimento isento do deputado Marcelo Freixo.
E aí se entra no papel do delegado federal Alexandre Ramagem, indicado como delegado geral da Polícia Federal.
Pelas notícias de jornais, havia duas frente
Pelos diálogos divulgados por The Intercept, a Lava Jato desconfiava da existência de um sabotador no Rio de Janeiro. E as suspeitas eram justamente contra o delegado Ramagem, visto como agente do PT. Ou seja, sabia-se de movimentações estranhas de Ramagem, mas se julgava, inicialmente, que fosse a favor do PT.
Agora, com o aparecimento do nome de Ramagem nos diálogos da Lava Jato, fica a suspeita de que ele agia, de fato, como sabotador, mas do lado dos Bolsonaro. E, por isso mesmo tenha sido deixado de lado pela Lava Jato Curitiba.
A Operação foi em novembro de 2018.  Ramagem já aparece ao lado de Carlos Bolsonaro no réveillon de 2018. Antes disso, foi coordenador de segurança da campanha de Bolsonaro, o que demonstra que, já em 2018, tinha bastante influência na Polícia Federal.
No dia 26 passado, a CNN divulgou vídeo de 14 de novembro de 2017, no qual Bolsonaro, ainda deputado federal, acompanha a Policia Federal levando para depor o deputado Jorge Picciani, no bojo da Operação Cadeia Velha, que precedeu a Operação Furna da Onça. O delegado era Ramagem. Picciani seria preso dias depois, abrindo caminho para a operação seguinte, que centraria fogo em outros deputados estaduais.
Nos meses seguintes, Bolsonaro trouxe para sua segurança pessoal na campanha, justamente Ramagem, o delegado que comandava as investigações sobre os malfeitos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Agora, Bolsonaro tem, finalmente, a possibilidade concreta de controlar a Polícia Federal e, com isso, poder direcionar seu poder de fogo para blindar amigos e perseguir adversários.
Entra-se, portanto, na fase final do embate entre ditadura vs bolsonarismo. Caberá ao STF definir de que lado está.
Para saber quem manipulou o relatório do COAF é simples. Qualquer pessoa, para acessar o relatório, tem que se identificar. Basta conferir o histórico.
Do GGN

sábado, 25 de abril de 2020

MORO RECEBEU DINHEIRO PARA APOIAR BOLSONARO? POR LUÍS NASSIF

Seria interessante que a imprensa amiga de Moro levantasse mais dados sobre essa pensão. Seria uma maneira de comprovar (ou não) que ele não vendeu seu apoio a Bolsonaro.
Em sua declaração, de ontem, Sérgio Moro disse que a única exigência a Bolsonaro, para aceitar o Ministério da Justiça, seria uma garantia de pensão para sua família, caso alguma coisa acontecesse com ele, já que abriu mão de sua carreira de juiz.
O que seria esse “alguma coisa”? Atentado, morte, ou demissão do cargo?
No caso de receio da morte, o correto seria um seguro de vida. Um contrato com pagamentos mensais, em caso de morte? Quem seria o avalista? De quem a viúva iria cobrar? E qual seria o risco de um contrato desses vir a público?
O mais provável é que Sérgio Moro quisesse um seguro contra eventual demissão, quando ele se veria privado dos proventos de Ministro e da aposentadoria de juiz. Mas não bate. Ele tem formação de advogado, a esposa é sócia de escritórios de advocacia. A alegação de que seria para amparar a família cabe em qualquer proposta de suborno. Basta o sujeito alegar que fez aquilo para garantir a família.
O que houve, de fato, é que Moro vendeu seu passe de avalista do governo Bolsonaro. Quanto foi? Quem pagou?
Ao trazer o tema em seu pronunciamento, provavelmente Moro estava apenas se antecipando a eventuais indiscrições de Bolsonaro. Ou a comentários maliciosos de que o dinheiro teria sido pagamento dos serviços prestados nas eleições – como divulgar o vídeo de Pallocci dias antes das eleições.
Seria interessante que a imprensa amiga de Moro levantasse mais dados sobre essa pensão. Seria uma maneira de comprovar (ou não) que ele não vendeu seu apoio a Bolsonaro.
Do GGN

GILMAR MENDES APONTA QUE MORO MANIPULOU A JUSTIÇA EM NOME DE UM PROJETO PESSOAL DE PODER

Ministro do STF também critica a mídia por criar falsos mitos como o ex-ministro da Justiça.
Sérgio Moro e Gilmar Mendes (Foto: ABr | STF)

O ministro Gilmar Mendes fez uma crítica sutil ao ex-ministro Sergio Moro, mesmo sem citar seu nome. "Há muito critico a manipulação da Justiça, por meio da mídia e de outras instituições, para projetos pessoais de poder. A criação de heróis e de falsos mitos desenvolveu um ambiente de messianismo e intolerância. Autoritarismo judicial e político são ameaças irmãs à Constituição", escreveu ele no seu twitter.
"O combate à corrupção exige a ação de milhares de agentes públicos e o respeito à lei e não a atuação isolada de uma pessoa. Aprendamos: não há solução democrática fora da virtude política. Que a história recente nos reserve um reencontro com o Estado de Direito", pontuou ainda Gilmar.
Do 247

sexta-feira, 24 de abril de 2020

MORRE EM TERESINA AOS 89 ANOS O GRANDE EMPRESÁRIO JOÃO CLAUDINO FERNANDES

Morreu nesta sexta-feira (24), em Teresina, o empresário João Claudino Fernandes. Ele tinha 89 anos e estava internado no Hospital de Terapia Intensiva (HTI) no bairro Piçarra, onde lutava contra um câncer.
A pedido da família, o velório de seu João será restrito, devido a pandemia do novo coronavírus. 
O empresário nasceu no Rio Grande do Norte e é um dos fundadores do Grupo Claudino ao lado do irmão Valdecy Claudino. O grupo é um dos maiores varejistas do país, com presença em pelo menos 15 estados.
Os negócios dos irmãos Claudino iniciaram na cidade  de  Cajazeiras,  na  Paraíba. Em 1958, eles resolveram se instalar na cidade de Bacabal, no Maranhão. Em  uma  antiga  usina  de  beneficiamento  de  arroz,  nasceu  o  Armazém Paraíba, empresa que deu origem ao Grupo Claudino.
Antes de ficar doente, seu João não parava de trabalhar, mesmo tendo os filhos engajados nos negócios da família. 
“Eu trabalho porque eu gosto mesmo. Eu sei que hoje os jovens planejam melhor, mas eu estou aqui, à disposição para quem precisar traçar novos planos, para quem precisar de orientação, tirar dúvidas", dizia. 
AS EMPRESAS
A maioria das empresas do Grupo Claudino foi criada para suprir as necessidades do Armazém Paraíba: a Guadalajara para abastecer a loja de roupas; a Sucesso Publicidade para comandar o setor de propaganda; a Socimol para criar os móveis; a Onix S/A para produzir os colchões; a Halley para dar conta do material promocional; a Construtora Sucesso para realizar as obras do grupo; a Colon Equipamentos Rodoviários para dar suporte ao transporte das mercadorias; a fábrica de bicicletas Houston, hoje a maior da América Latina, abastece o setor de bikes do Paraíba; a Remanso atua com comercialização de soluções integradas de gestão de negócios e o Teresina Shopping tem o Paraíba como sua maior âncora. O Frigotil (frigorífico industrial) e a Gestão Peles e Couros também fazem parte do conglomerado para dar vazão à produção nas fazendas da família. São ao todo 13 empresas.
Confira o vídeo em sua homenagem: 
Da Mídia

quinta-feira, 23 de abril de 2020

MORO ENSAIA QUE PEDE DEMISSÃO APÓS ANÚNCIO DE TROCA NA PF POR BOLSONARO

Jair Bolsonaro comunicou o ministro da Justiça nesta quinta-feira (23) sobre sua intenção de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal, hoje comandada por Maurício Valeixo. Moro então ameaça pedir demissão do cargo, e Bolsonaro tentar reverter.
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Adriano Machado/Reuters)
 O ministro da Justiça, Sergio Moro, ameaça pedir demissão do governo após ser comunicado por Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (23) que haverá uma troca nos próximos dias da diretoria-geral da Polícia Federal, hoje comandada por Maurício Valeixo.
Segundo reportagem de Leandro Colon, da Folha de S.Paulo, Bolsonaro tenta agora reverter a ameaça de pedido de demissão do ex-juiz da Lava Jato. Valeixo é ligado a Moro, foi escolhido por ele para o cargo e um nome importante da operação em Curitiba.
Não é a primeira vez que Bolsonaro ameaça trocar o comando da PF, sobre a qual quer ter o domínio, em meio a investigações que envolvem sua família.
Do 247

CHINA, HOLANDA E ALEMANHA DESCOBREM QUATRO NOVOS MEDICAMENTOS PARA O NOVO CORONAVÍRUS

Testes realizados projetaram a capacidade de medicamentos de impedir a multiplicação do vírus dentro do corpo humano.
A Academia Chinesa de Ciências (CAS) realizou um estudo que descobriu dois novos medicamentos específicos contra o coronavírus. A pesquisa publicada na revista "Science" indica a capacidade do fármaco de impedir a multiplicação do Sars-CoV-2 (coronavírus causador da Covid-19) dentro do corpo humano. A informação é do jornal O Globo
Testes com os medicamentos projetaram moléculas para bloquear a enzima protease, que por sua vez permitiria que o vírus conseguisse se multiplicar dentro do corpo humano, segundo a agência de notícias Ansa. 
Na Holanda foi descoberto um medicamento que atua contra a mesma enzima. E outra substância na Alemanha, que impede a entrada do vírus nas células do corpo humano.
"Assim, as quatro moléculas tornam-se candidatas a se tornarem os primeiros remédios a serem usados contra a Covid-19, uma doença da qual se sabe ainda muito pouco", afirma a Ansa. 
Do 247

SENADO APROVA LIBERAÇÃO DE AUXÍLIO EMERGENCIAL PARA OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

Pescadores artesanais, caminhoneiros, diaristas motoristas de aplicativos e outros agora poderão receber o benefício.
Aprovação de PL 873/2020 se deu em mais uma sessão de votação remota da Casa por conta da pandemia - Waldemir Barreto/Agência Senado
Trabalhadores autônomos e informais que atuam como pescadores artesanais, caminhoneiros, diaristas, garçons, motoristas de aplicativos ou como profissionais de diversas outras categorias nesse âmbito poderão receber o auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo governo federal a trabalhadores de baixa renda afetados pela crise do coronavírus. A decisão resulta da aprovação do Projeto de Lei (PL) 873/2020, votado pelo plenário do Senado Federal na noite desta quarta-feira (22), após acordo entre diferentes lideranças da Casa. A medida foi aprovada por unanimidade.
Pelo texto, mães adolescentes (menores de 18 anos) e pais solteiros também terão direito ao benefício. O “coronavoucher”, como vem sendo chamado, foi criado recentemente pela Lei 13.982/2020, após validação do Congresso Nacional, mas ainda não abarcava os segmentos em questão.
O PL 873 é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição, e já havia sido aprovado na Casa por unanimidade, mas, ao passar pela Câmara dos Deputados, sofreu alterações, por isso precisou de nova avaliação dos senadores.  
Agora, o PL precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para começar a valer. Ao final da votação, o autor do projeto cobrou do governo uma rápida chancela do texto. Rodrigues destacou que, à medida que os casos de coronavírus se alastram pelo país, os trabalhadores ficam ainda mais desprotegidos economicamente.  
“É necessário agirmos, porque o que está acontecendo em Manaus pode também vir a acontecer em todo o país, e por isso é necessário defender vidas e proteger os mais pobres”, afirma o parlamentar.
Ao defender a aprovação do parecer, o relator do texto aprovado, o senador Esperidião Amin (PP-SC), destacou o caso dos pescadores artesanais. Pelo texto do parlamentar, terão direito ao benefício aqueles que sejam profissionais informais do ramo e não estejam recebendo o seguro-defeso, cujo período varia de acordo com cada região do país.
“Vou falar aqui de Santa Catarina, por exemplo. Ele [o pescador] recebeu seguro-defeso até 31 de março por causa da pesca da anchova, então, de 1º de abril até junho, ele não vai ter seguro, e ele tem todas as dificuldades de um autônomo informal que perdeu o mercado, porque até pra capturar na praia um produto pra vender e fazê-lo chegar à porta do freguês ele está obstaculizado pelas normas sanitárias”, disse o relator, ao mencionar as medidas de isolamento social por conta do coronavírus. 
Assim como havia sido chancelado pela Câmara, o texto aprovado nesta quarta desobriga os trabalhadores de estarem inscritos no Cadastro de Pessoa Física (CPF). Além disso, enquanto durar a pandemia, o beneficiário somente poderá ter o pagamento interrompido em caso de morte.
Do BdeF

quarta-feira, 22 de abril de 2020

A SAÚDE DO BRASIL ESTÁ MUDA, JÁ É O SÉTIMO DIA DE SILÊNCIO FÚNEBRE DO INTERVENTOR TEICH

Escrevi aqui, há uma semana, quando o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta perdeu o cargo de fato – o enterro seria na quinta-feira, apenas – que o Brasil não tinha mais ministro da Saúde.
E não tem.
Tem um interventor, imobilizado, que não fala à população, nem mesmo aos jornalistas, que só aparece em vídeos pré-gravados devidamente preparados, com a imagem soturna de Jair Bolsonaro às costas, como se o alucinado estivesse (e está) atento a qualquer heresia que vá dizer.
Tudo o que diz é que está “colhendo informações”, enquanto já se semeiam as covas de uma safra macabra de corpos de brasileiros.
Bolsonaro obteve, com Nelson Teich, o que desejava: já ninguém do governo se opõe à sua insânia de impor a volta de uma imaginária normalidade que empurre a tragédia sanitária para o grau de uma hecatombe social, com a qual pretende empurrar-se para um poder totalitário.
O “ungido” crê que a praga é um sinal para sua tribo de fanáticos o leve a submeter tudo e todos.
Assim que o interventor foi nomeado, alguns disseram que ele tinha capacidade e era respeitado por seus pares. Seria um “técnico”, um “gestor”, estas categorias frias que, de tempos para cá, muitos acostumaram-se a tomar por ideais para governar-nos.
Está claro que não são. São úteis, até indispensáveis, mas não se movem por causas, não põe em movimento aquilo que faz, de fato, a vida de um país: o seu povo.
Não se dirá aqui que ele seja responsável pelas mortes que assistimos hoje, mas por quantas será, adiante, ao deixar de liderar, como seria seu dever, as defesas parcas que possuímos, que é nossa perseverança?
Não sabe se fazer uma referência, não se preocupa em estimulá-lo a resistir às dificuldades por que está passando, é incapaz de adverti-lo de que a ânsia em sair à rua é a chance da morte, e que o fim do isolamento é dobrar, triplicar o tamanho das baixas que a população terá.
Sua única missão é desaparecer-se e não atrapalhar o chefe.
Hoje completam-se sete dias do falecimento do Ministério da Saúde, para a desgraça do Brasil.
O que lhe faz de interventor não oculta, nas suas gravações, que a imagem está trocada. É ele quem é apenas um retrato fúnebre e quem manda em tudo é o que está atrás dele, na parede.
Do Tijolaço

terça-feira, 21 de abril de 2020

BRASÍLIA, 60 ANOS: MENOS DE 40 COM DEMOCRACIA, NOVAMENTE ABALADA, E EXPANSÃO CAÓTICA

Com mais de 3 milhões de habitantes, capital do país completa seis décadas como testemunha das transformações e dos problemas do país.
Arquivo Público do Distrito Federal
Na amplidão do planalto, a área onde se ergueria a Esplanada dos Ministérios, em 30 de setembro de 1958.
Pensada ainda no tempo do Império e incluída na Constituição de 1891, a capital federal no Planalto Central só começou a se tornar ideia concreta em 19 de setembro de 1956, quando o presidente Juscelino Kubitschek sancionou a Lei 2.874, depois dos cinco meses de tramitação do Projeto de Lei 1.234 no Congresso. Nesta terça (21), Brasília completa 60 anos, menos de 40 sob regime democrático e com crescimento populacional um tanto caótico: já tem mais de 3 milhões de habitantes e é a terceira capital mais populosa do país.
A jovem capital viveu dias turbulentos praticamente desde o início. Eleito em outubro de 1955 e empossado em janeiro de 1956, JK passou a Presidência em janeiro de 1961 para Jânio Quadros, que renunciou em 25 de agosto, causando convulsão política. Os militares não queriam entregar o poder ao vice-presidente, João Goulart (na época, havia eleições separadas para presidente e vice).
Com o impasse, costurou-se às pressas uma emenda parlamentarista para reduzir a autonomia de Jango, que só conseguiu tomar posse em 7 de setembro. Ele restabeleceu poderes, mas não chegou ao fim do mandato: um golpe o tirou da Presidência, formalmente, em 2 de abril de 1964. O Brasil só voltaria a ter um presidente civil em 15 de março de 1985, quando José Sarney, vice de Tancredo Neves, assumiu (eleito ainda indiretamente, Tancredo morreu sem tomar posse, justamente em 21 de abril daquele ano).
O país passou 29 anos sem eleição direta para presidente – depois de 1960, isso só aconteceu novamente em 1989, quando Fernando Collor de Mello venceu Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno. De lá para cá, não houve interrupção institucional, embora o atual mandatário, Jair Bolsonaro, defensor do golpe de 1964, costume flertar com tentações autoritárias.
População se multiplicou em poucas décadas (Arte RBA)
‘MAR’ DE BRASÍLIA
Aprovado enfim o projeto de construção da nova capital, até então no Rio de Janeiro, começaram a chegar os trabalhadores. Eles ganharam o apelido de candangos. De acordo com um levantamento, eram, principalmente, goianos, mineiros e baianos, nessa ordem, mas o Planalto passaria a atrair gente de toda parte. Atualmente, Brasília tem sua própria geração: mais da metade dos moradores nasceu na capital do país.
Caso da senadora Leila Barros (PSB), a primeira brasiliense eleita para o cargo. “Brasília permanece com seus encantos, o céu, o acervo arquitetônico, mas cresceu de forma desordenada, um pouco descuidada”, disse à Agência Senado. “Meus pais vieram para Brasília embalados pelos sonhos de JK”, disse Leila, ex-jogadora de vôlei, nascida em 1971, filha de cearenses.
O céu da capital já foi chamado de “o mar de Brasília” pelo urbanista Lúcio Costa. Houve até um pedido de tombamento do céu como patrimônio, uma paisagem cultural do país, em uma área a mil metros acima do nível do mar e cujos edifícios, pelo menos em certas áreas, não poderiam passar de seis andares. As construções criadas por Oscar Niemeyer e erguidas pelos candangos também ocuparam o imaginário nacional. Desde o começo, Brasília coleciona admiradores e críticos.
ORIGENS E DESAFIOS
Uma preocupação concreta e comum a todos é em relação ao aumento de sua população. Em 2019, a cidade ultrapassava a marca dos 3 milhões de habitantes, segundo estimativa do IBGE (3.015.268). Em 2010, eram 2,6 milhões. E o instituto projeta uma população de quase 3,8 milhões daqui a 10 anos.
Isso sem considerar o chamado Entorno do Distrito Federal. A Região Integrada de Desenvolvimento (Ride), que inclui as regiões administrativas (conhecidas como cidades-satélite) e municípios goianos e mineiros próximos, tem aproximadamente 4,5 milhões.
Os primeiros tempos foram de dificuldades de todo o tipo, pela falta de logística e infra-estrutura. Na mudança, bem diferentes dos apartamentos funcionais de hoje, muitos deputados não encontraram seus imóveis mobiliados. Um deles chegou a dizer ao relançado Correio Braziliense que, naquele momento, o objeto mais importante do mundo seria um simples colchão.
MEMÓRIA CANDANGA
As origens também têm histórias trágicas, como a de um dos principais engenheiros da obra, Bernardo Sayão, em uma das frentes para construção da linha Belém-Brasília. Na mata amazônica, parte de uma árvore derrubada cai sobre a barraca onde está Sayão, que morre horas depois, em janeiro de 1959.
Esses 60 anos de Brasília guardam muitas histórias de candangos mortos durante a epopeia. E episódios nebulosos, como o chamado massacre da Pacheco Fernandes, nome de uma construtora, em fevereiro de 1959, no local onde hoje fica a Vila Planalto. Operários protestam contra a comida ruim, há uma confusão, soldados são chamados e um trabalhador morre. Mas a versão oficial até hoje é contestada. Em 1990, foi inaugurado o Museu Vivo da História Candanga.
Naquele mesmo 1959, JK procura a direção do jornal O Estado de S. Paulo e convida para uma visita às obras de Brasília. O periódico é contra a construção. Um grupo viaja, e na volta todos escrevem, entre eles Cláudio Abramo, talvez o único a favor. O texto, chamado “Brasília, flor e bomba”, sai em 21 de junho. Apresentando prós e contras, o jornalista declara-se favorável “no plano irracional”: Como se é a favor de uma flor, de um animal ferido, de uma criança, conclui no texto.
ABERTURA E ROCK
Foi um período de crescente industrialização e urbanização do Brasil. Em 1950, 64% da população estava em áreas rurais. Duas décadas depois, os moradores em área urbana eram 56%.
Nos anos 1980, ainda sob ditadura, mas com um crescente momento pela “abertura” política, a capital vê surgir uma geração de bandas que abalaram o marasmo oficial: Legião Urbana (primeiro como Aborto Elétrico), Capital Inicial, Plebe Rude. Uma adolescente carioca, Cássia Eller, começaria ali a soltar sua voz. Em 1987, Brasília tornou-se Patrimônio Cultural da Humanidade.
Brasília cresceu, criou “bairros” dentro do Plano Piloto, como Sudoeste e Noroeste, para tentar driblar o crescimento incessante. Mesmo planejada, passou a conviver com os problemas típicos das metrópoles, como a violência e a desigualdade.
Levantamento de 2018 da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), por exemplo, mostrou que 69% dos entrevistados na área urbana não tinham plano de saúde, 49% frequentavam escola pública e 36% disseram que o meio de transporte mais comum era “a pé”. O rendimento per capita, na média, ficava em torno de R$ 2.500, mas variava, conforme a região, de menos de R$ 600 a mais de R$ 8.000.
Hoje, devido ao coronavírus, Brasília celebrará seus 60 anos em silêncio, sem manifestações. Talvez como nos primeiros tempos, quando se construía e se imaginava outro tipo de país.
DA RBA

domingo, 19 de abril de 2020

JAIR BOLSONARO AGE COMO “CAVALEIRO DO APOCALIPSE” E “PROFETA DO CAOS”, DIZ FLÁVIO DINO


 Flávio Dino governador do Maranhão disse que o presidente é "perverso" e "desleal" com os gestores estaduais.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, voltou a criticar a postura do presidente Jair Bolsonaro diante da crise do novo coronavírus. Dino lamentou a demissão de Henrique Mandetta do ministério da Saúde e disse que o presidente é “desleal” com governadores.
“Não conheço nenhum caso similar na história brasileira, em que um presidente da República, em vez de mitigar uma crise, ele é o agente catalisador dessa crise, quase como se fosse um cavaleiro do apocalipse, um profeta do caos”, afirmou o governador em entrevista à Agência Efe ao comentar sobre a demissão de Henrique Mandetta.‌
Segundo Dino, o presidente faz uma manobra para jogar a culpa da crise e econômica do país “sobre os ombros dos governadores”. “Isso é perverso, é uma barbaridade, é algo desleal, seja do ponto de vista das relações federativas, seja do ponto de vista das relações políticas. Gostaria muito que houvesse um outro ambiente, em que as diferenças políticas fossem substituídas pela compreensão do papel da união nacional nesse momento tão grave”, disparou.
“Neste momento, precisamos de líderes que coloquem um consenso sobre dissensos. E o Bolsonaro é exatamente o ser antinômico em relação a isso. Além de não buscar a união e o consenso, ele busca exatamente o contrário, ele busca o conflito, ele busca a divergência. Ele toma atitudes inesperadas, intempestivas”, completou.
Dino ainda afirmou que o presidente erra desde o início da crise por partir de uma premissa “negacionista”. “Como ele minimizava o problema por motivos ideológicos, muito singulares e próprios desse ideário de extrema-direita que professa, ele não preparou o Brasil, então não houve a implementação adequada de uma coordenação nacional, não há sequer estabilidade na equipe da saúde”, disse.
Da Forum

sábado, 18 de abril de 2020

O MARANHÃO EM MANCHETES DE HOJE-18/04, ECONOMIA, POLÍTICA E A PESTE DO NOVO CORONAVÍRUS AVANÇANDO

Acompanhe a notícias de hoje, 18/04/2020, por todo Maranhão nos registros dos jornais e mídias como: Jornal Pequeno, O Estado do Maranhão, G1 Maranhão, O Quarto Poder e O Imparcial. Discutindo a pandemia do Novo Coronavírus ou Covid-19, como queiram. Ressaltamos que em alguns casos as notícias ainda são de ontem sexta-feira.
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sexta-feira, 17 de abril de 2020

BRASIL EM MACHETES, DE NORTE A SUL COM NOTÍCIAS DA PESTE QUE ASSOLA O MUNDO, NOVO CORONAVÍRUS APELIDADO PELA CIÊNCIA DE COVID - 19

Notícias de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Amazonas, Pernambuco, do Brasil como um todo, especialmente sobre a situação da pandemia por Covid - 19 nestas regiões.

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