A guerra em torno da liberdade de Lula não abalou a
candidatura do petista à presidência da República, segundo pesquisa do Ipespe
(Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) realizada entre 9 e 11
de julho, e divulgada pela Info Money nesta sexta (13).
No dia 8 de julho, o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4,
concedeu a Lula uma liminas em habeas corpus e determinou sua soltura imediata.
Mas o juiz Sergio Moro agiu para impedir que o ex-presidente deixasse a prisão
em Curitiba.
Apesar da crise, as intenções de voto em Lula oscilaram 2
pontos para cima em relação à pesquisa anterior e está em 30%. Atrás do petista
aparece Jair Bolsonaro, com 20% das intenções de voto. Marina Silva tem 10% e
Geraldo Alckmin e Ciro Gomes empatam com 7%. Brancos, nulos e indecisos somam
15%.
A margem de erro da pesquisa encomendada pela XP
Investimentos é de 3,2 pontos percentuais. "Como o movimento de Lula se
deu dentro da margem de erro, é necessário monitorar o desempenho do petista
nas próximas pesquisas para saber se, de fato, ele cresceu", indicou a
Info Money.
Quando Lula não está na disputa, Bolsonaro lidera a corrida
presidencial com até 10 pontos de vantagem em relação aos adversários, que
estão tecnicamente empatados. Nesse cenário sem Lula, o grupo dos que não votam
em nenhum candidato atinge 35%.
Quando Fernando Haddad é apresentado como o candidato de
Lula, ele salta de 2% para 12% e fica atrás apenas de Bolsonaro, com 21%.
Ainda de acordo com o instituto, quando a pesquisa é
espontânea (o eleitor não recebe uma lista de candidatos), Bolsonaro aparece
com 15% das citações e Lula, com 13%. Ciro e Alckmin vêm atrás com 2%. Mas 35%
não sabem ou não responderam e 29% votariam em branco ou nulo.
No segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o placar é favorável
ao petista, por 40% a 33%. Entre Bolsonaro e Alckmin fica 34% a 32%,
respectivamente. Entre Marina e Bolsonaro, 37% a 33%, respectivamente. Entre
Alckmin e Ciro, 32% a 30%.
Quando questionados sobre quem será o vencedor da disputa
independente da preferência pessoal, 28% dizem que será Bolsonaro, 28% não
sabem e mais 27% dizem que será Lula. O resto se divide entre os demais
candidatos.
A pesquisa XP/Ipespe é feita por telefone, com um
entrevistador. Ela custou R$ 30 mil.
METODOLOGIA POLÊMICA
O DataPoder 360 também faz pesquisas presidenciais por
telefone, mas com uma metodologia que dispensa o entrevistador. O eleitor
responde o questionário que foi gravado previamente. O resultado é que
Bolsonaro aparece com vantagem sobre os adversários tanto no primeiro quanto no
segundo turno - neste último caso, destoando das pesquisas do Ipespe e de
outros institutos que vão a campo, como Datafolha e Ibope.
Do GGN