Trata-se
de um discurso histórico que não absolve Fachin de todas as concessões aos
abusos da Lava Jato. Mas demonstra que a frente inquisitorial, da qual Fachin
era um dos expoentes, ao lado de Luis Roberto Barroso, se desfez.
Em
discurso proferido no Tribunal Regional eleitoral do Paraná, o Ministro Luiz
Robert Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou de forma eloquentes
os processos judiciais baseados na convicção e no ódio. Defendeu os Tribunais
Eleitorais, como aqueles capazes de julgar sem a polarização e o ódio que
marcaram outros processos.
Alertou
que os juízes julgam e também são julgados. Em uma possível alusão aos abusos
do governo Bolsonaro, exortou todos a enfrentarem a falta de limites e as
interpretações descabidas para que o país possa voltar a se encontrar na
diversidade, na compreensão.
Trata-se
de um discurso histórico que não absolve Fachin de todas as concessões aos
abusos da Lava Jato nem devolve a fé no seu caráter. É relevante por demonstrar
que a frente inquisitorial, da qual Fachin é um dos expoentes, ao lado de Luis
Roberto Barroso, está se desfazendo por parte de quem sempre colocou a
oportunidade à frente dos princípios.
Fachin
voltou a ser o Fachin que a opinião pública achava que era, antes de assumir o
STF. Mas terá que conferir na prática. As dúvidas sobre seu comportamento sao
maiores que a conversão recente.
Do
GGN