Os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiram hoje, dia 21, em sessão, manter a liberdade do ex-ministro José
Dirceu, condenado a 30 anos e 9 meses de prisão em processo da Operação Lava
Jato.
A decisão foi tomada por uma maioria de 3 votos a 2, e
confirmou a decisão que definiu, em junho, libertar Dirceu da prisão. O
argumento foi de quehavia probabilidade de sucesso nos recursos apresentados
por ele aos tribunais superiores contra sua condenação.
Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram a
favor da liberdade, enquanto Edson Fachin e Celso de Mello votaram pela prisão
de Dirceu.
Com a decisão, Dirceu ficará em liberdade até que Superior
Tribunal de Justiça (STJ) julgue o recurso contra a condenação na Lava Jato.
Na análise do processo de Dirceu e João Cláudio Genu, o STF
entendeu que eles poderiam ter a pena reduzida ao indicar aparentes erros na
fixação do tempo de prisão pelo TRF-4, tribunal de segunda instância que julga
os processos da Lava Jato.
Roberto Podval, advogado de Dirceu, afirmou que a decisão
tomada pela Segunda Turma é coerente e que seria uma injustiça manter preso um
investigado que, depois, poderia ter liberdade concedida em recursos aos
tribunais superiores. Podval aponta que vários dos atos ali descritos estão
prescritos.
Além disso, Podval afirma que Dirceu é inocente em relação às
acusações feitas.
GGN