O
superministro e “amigão” de Michel Temer cria, hoje, em entrevista, uma inédita
divisão conceitual sobre o “Caixa 2” a políticos.
Diferente
daquela que Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves tinham criado, legitimando
o dinheiro que vinha para a campanha política e não para o enriquecimento
pessoal.
Agora é o
“caixa 2 da situação” e o “caixa 2 da oposição”.
Aquele,
claro, abominável, enquanto este é compreensível.
Mendes fez
distinção entre as acusações de que ambas as principais chapas concorrentes na
eleição de 2014 (a de Dilma Rousseff e a de Aécio Neves) tenham recebido caixa
2. Segundo Mendes, a candidata governista tinha necessariamente mais condições
de atrair recursos.
“Por que um
candidato de oposição vai pedir recurso no caixa 2? Isso talvez tenha mais
lógica para a estratégia de quem doa. ‘Ah, eu quero doar no caixa 2 para não
ser conhecido, para não ser pressionado'”, afirmou, minimizando eventuais
irregularidades da chapa tucana.
E adiante:
(…)em
princípio, o pedido [de dinheiro, feito por Temer]. “Ah, mas pediu caixa 2, não
pediu caixa 2”. Em princípio, pela nossa experiência até aqui, a rigor não tem
ônus nenhum para os candidatos receber de forma regular. A opção do caixa 2 ou
caixa 1 é talvez um problema das empresas, para que outros não saibam. Porque
no momento em que se faz a doação pelo caixa 1, ela aparece nas nossas contas
aqui [no TSE] e começa todo esse jogo de pressão, eventuais achaques. Claro, se
doou para um, não doou para outro. Então as empresas fazem essa opção.
Vamos ver se
entendo corretamente os argumentos jurídicos de Sua Excelência: a lei é para
uns, não para outros, é isso? Ou, no caso das empresas, “opcional”.
O direito no
Brasil tornou-se uma pataquada, feito sob medida do freguês.
Do DCM, por Fernando
Brito
bento, Caixa
2, Gilmar Mendes, maldito, Temer.,