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domingo, 30 de julho de 2017

Lava jato acabou com 500 mil empregos no Brasil, diz levantamento recente de jornal

Os riscos da Operação Lava Jato para a economia, com a divulgação indiscriminada e aberta para o mundo sobre os esquemas de corrupção deflagrados na Petrobras, estatais e diversas empreiteiras brasileiras, ao contrário de fazer jus a sigilo de investigações em nome da soberania nacional, são expostos pelo GGN e imprensa alternativa desde o início dos avanços da força-tarefa de Curitiba. 

Mas agora que as apurações enfrentam boa parte da cúpula do governo de Michel Temer e caciques do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG), a mídia tradicional começou a dar voz para os impactos na economia brasileira. Um deles foi diretamente no desemprego, contraditoriamente em momento que o atual governo peemedebista tenta convencer que sua gestão foi benéfica para geração de empregos.

Nesse sentido, levantamento feito pelo blog de Ancelmo Gois mostra que a Operação Lava Jato exterminou, pelo menos, 500 mil empregos no país. O repórter Tiago Rogero fez um cálculo com base na Petrobras, Sete Brasil, e nas principais empreiteiras na mira das investigações: a Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, UTC, Engevix, além de outras empresas.

A publicação ressaltou que não foram somados às contas as demissões nas empresas: Queiroz Galvão, Alumini, Mendes Júnior, Iesa, Skanka Brasil, GDK, Carioca Christiani Nielsen Engenharia, MPE Montagens e Projetos, Tomé Engenharia, Construcap, Egesa, Aratec, Mossack, Jaraguá Equipamentos e Sanko Sider. Acompanhe, abaixo, a lista de cortes por essas empresas, privadas e estatais, após o avanço das investigações, reproduzido da coluna de O Globo:

- Com a venda de Alpargatas, Vigor e Eldorado, o grupo J&F, que hoje tem 270 mil funcionários, deve passar a contar com 240 mil;

- A Andrade Gutierrez tinha 60 mil empregados, em 2013 (a Lava-Jato começou em 2014). Em 2016, eram 20 mil;

- O grupo Odebrecht fechou 2016 com 85 mil, depois de chegado a quase 200 mil;

- A Petrobras foi afetada não só pela Lava-Jato, mas, como se sabe, também pela queda no preço do barril de petróleo. O número de empregados próprios caiu de 62,7 mil, em 2013, para 47,6 mil. O de terceirizados passou de 320,1 mil, em 2013, para 98,4 mil;

- A OAS tinha em seus quadros 120 mil pessoas; hoje, são uns 30 mil. Há quatro anos, eram 20 mil terceirizados; hoje, são 1,7 mil;

- Na UTC, o total passou de 27,3 para 1,5 mil;

- A Engevix, agora Nova Engevix, contava, em 2013, com 17,2 mil funcionários,
agora, são 1,1 mil. Eram 8,1 mil prestadores de serviço; hoje, são 1,5 mil;

- Na Promon Engenharia, eram 1.000; agora, são 300;

- A Eldorado Brasil foi na contramão: o número de trabalhadores passou de 2,9 mil, em 2013, para os atuais 4 mil;

- A natimorta Sete Brasil tinha 82 funcionários em 2013; hoje, tem sete. Eram 35 terceirizados; agora, são 25;
  
Do GGN

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Os largos benefícios recebidos pelos delatores do ex-ministro Palocci e do ex-presidente Lula

Inquérito contra Palocci, ainda em outubro do último ano, indicava a estratégia desenhada para se chegar ao ex-presidente, que agora se concretiza na condenação do ex-ministro
  
O juiz da Lava Jato do Paraná, Sérgio Moro, mostrou as recompensar de se delatar contra o ex-ministro petista Antonio Palocci, no mesmo despacho que o condenou a mais de 12 anos de prisão. 

Enquanto a possível delação do ex-ministro foi analisada pelo magistrado de Curitiba como "ameaça", podendo desbancar a ponte criada pela força-tarefa da Operação para se chegar à mira final, no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aqueles que tornaram possível o encarceramento de Palocci e a tese que atinge Lula obtiveram benefícios.

Desde outubro de 2016, quando o ex-ministro da Fazenda do governo Lula e ex-ministro da Casa Civil no governo Dilma foi preso, o GGN revela a estratégia dos investigadores, que agora se concretiza. 

Entenda:

Somente o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, obteve uma redução de mais de 55 anos de prisão fechada. Isso porque o ex-diretor responde a 13 processos na Justiça Federal do Paraná, que significariam 61 anos e 7 meses totais de encarceramento.

Mas no despacho que condenou Palocci, Moro determinou que Duque sairá da prisão após cumprir somente 5 anos de regime fechado, com a condição de seu acordo de delação premiada, ainda em negociação com o Ministério Público Federal (MPF), for celebrado.

A premiação ocorreu porque, apesar de grande responsabilidade nos esquemas investigados, o ex-diretor "prestou algumas informações relevantes sobre o esquema criminoso por parte de terceiros". "Foi muito bom para ele, mas queremos mais e seguimos lutando", comemorou o advogado do ex-diretor da Petrobras, Antônio Basto.

Também foram compensados o presidente da Odebrecht, Marcelo. Pela delação com os procuradores da Lava Jato, conseguiu diminuiu 12 anos por apenas mais 6 meses de regime fechado, com dois anos e seis meses em regime domiciliar.

Os marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que sentiram a pressão da Lava Jato nas testemunhas das campanhas petistas, sobretudo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, resultou de 5 anos para mais 6 meses em regime fechado e quatro anos de prisão domiciliar. Também está prevista a progressão da pena, que é a redução desse tempo. 

Moro afirmou, no despacho de condenação de Palocci e dos outros réus, que "não se discute" a "efetividade" da colaboração do casal de publicitários das campanhas do PT.

O benefício se estendeu a todos os delatores que, de alguma forma, auxiliaram na condenação de Palocci e na criação da ponte para se incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-funcionário da estatal Eduardo Musa recebeu apenas 6 meses de prisão fechada e um a dois anos em regime aberto: antes havia sido condenado a 4 anos e 6 meses. O ex-presidente da Sete Brasil, José Carlos Ferraz, obteve a redução de 6 meses de sua pena, ainda perdoada com o pagamento de US$ 1,9 milhão em indenização.

Três executivos da Odebrecht do setor de Operações Estruturadas, Hilberto Mascarenhas, Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo da Rocha Soares cumprirão a maior parte de suas prisões em casa, com a possibilidade ainda de progressão da pena. O acordo também reembolsou à União R$ 7,8 milhões por Mascarenhas e R$ 9,1 milhões por Soares.

Também do setor de Operações Estruturadas, Marcelo Rodrigues teve seus cinco anos de prisão perdoados para 4 anos e seis meses, sendo o primeiro em regime semiaberto, e o restante em regime aberto diferenciado e serviços comunitários.

O executivo da Odebrecht, Olívio Rodrigues Júnior, terá que ficar 9 meses em regime fechado, e mais um ano e três meses em domiciliar e outros cinco anos em semiaberto. Prestou delação e pagará R$ 7,3 milhões de multa.

GGN

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Flávio Dino afasta IDAC da gestão hospitalar estadual

Considerando o desencadeamento da operação Sermão aos Peixes, em sua quarta fase, que investiga supostos desvios de recursos públicos federais destinados ao sistema de saúde do Maranhão, que ocasionou na prisão de integrantes do Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania – IDAC, o governador Flávio Dino decretou o afastamento da entidade e que a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares – EMSERH assuma plenamente a gestão das unidades hospitalares antes geridas pelo instituto.

O iIDAC administrava os hospitais de Carutapera, Barreirinhas, Paulino Neves e Aquiles Lisboa (São Luís); os espaços psicopedagógicos para o Atendimento Multiprofissional Especializado – AME de Barra do Corda e Imperatriz; e a Unidade de Pronto Atendimento de Chapadinha.

Flávio Dino também determinou a requisição administrativa de fornecedores, funcionários e grupos médicos que atualmente prestam serviço ao IDAC no âmbito do Contrato de Gestão nº 09/2015/SES, mediante ocupação temporária dos recursos humanos e demais utensílios necessários para o regular funcionamento das unidades hospitalares e continuidade no atendimento médico hospitalar.

O instituto atuava na saúde desde o governo Roseana Sarney e segundo investigações da PF, teria desviado entre 2014 e 2017 cerca de R$ 18 milhões, através de saques em espécie e pagamentos de empresas de fachada.

Segundo representação da Polícia Federal enviada à Justiça Federal em agosto de 2014, os saques chegavam a R$ 200 mil.

Entre os presos está o presidente do IDAC e do PSDC, Antônio Aragão, amigo do peito de Fernando Sarney e apontado pela PF durante a primeira etapa da Sermão aos Peixes, em novembro de 2015, de utilizar o instituto a pedido de Ricardo Murad, com que tem “estreita relação”, para tentar impugnar a licitação da Saúde para a gestão da rede hospitalar.


Murad chegou a ser apontado pela Federal como o chefe de uma organização criminosa que desviou mais de R$ 1 bilhão dos recursos da saúde através das contratações das organizações de sociedade civil e interesse público, Instituto de Cidadania e Natureza – ICN e Bem Viver – Associação Tocantina para o Desenvolvimento.

247/MA

segunda-feira, 5 de junho de 2017

PGR prepara denúncia contra Temer

Foto: STF/Divulgação
A Procuradoria-Geral da República se prepara para apresentar uma denúncia contra o presidente da República, Michel Temer. A notícia da previsão do início da briga judicial contra Temer e seus aliados, incluindo Aécio Neves (PSDB-MG), para esta semana já era propagada e tornou-se certeira com a peça enviada contra Aécio nesta sexta-feira (02).
 O documento, inclusive, arrola diretamente Temer em uma das acusações contra o senador tucano. É o caso que menciona a troca do comando do Ministério da Justiça como forma de obstruir a Operação Lava Jato.

O GGN antecipou na última sexta (02) a prisão do ex-deputado e ex-assessor de Michel Temer, Rocha Loures, e da intenção do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de acelerar as denúncias contra os políticos envolvidos. A prisão de Loures também sinal claro de ameaça direta contra o mandatário.

Do lado do Executivo, a troca do ministro da Justiça, em pleno domingo, com o novo titular Torquato Jardim sinalizando a estratégia já deflagrada nos grampos: a substituição do diretor-geral da Polícia Federal, foi vista como gesto claro de guerra aberta do governo contra as investigações.

Por isso, a Procuradoria propagava uma "fritura em alto grau", com o envio imediato de denúncias contra políticos com foro privilegiado, nas próximas semanas. Foi o caso de Aécio, denunciado logo na noite de sexta-feira.

A expectativa foi materializada: "Após a deflagração da 'Operação Patmos' em 18 de maio de 2017 e a revelação do envolvimento do próprio presidente da República, Michel Temer, em supostos atos criminosos, a pressão do senador Aécio Neves e outros investigados intensificou-se, e Osmar Serraglio foi efetivamente substituído no Ministério da Justiça por Torquato Jardim", disse Janot, em trecho da peça contra Aécio.

O procurador também mencionou na denúncia o relato das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro com caciques do PMDB, em que negociam a chamada "solução Temer", como forma de barrar a Operação Lava Jato, como também noticiamos no dia 31 de maio. A conclusão da Procuradoria-Geral da República já era no inquérito que não há dúvidas de que Aécio Neves (PSDB-MG) atuou para barrar o avanço da Operação Lava Jato.

No primeiro documento, o inquérito, a PGR certificava que dentro da estratégia de obstrução da Justiça estava a conversa de Sérgio Machado, em que caciques do PMDB articulavam "estancar a sangria" da Operação Lava Jato. Machado conversou com os parlamentares no último ano, gravou e, em seguida, após entrar para a mira dos investigadores, entregou as mídias como provas.

Um ano depois, os novos indícios contra Aécio Neves revelam a continuidade da articulação iniciada pelos parlamentares da ex-oposição desde o impeachment de Dilma Rousseff. A conversa de Machado mostrava que a saída de Dilma era um dos primeiros passos para se conseguir paralisar a Lava Jato. Agora, mostra a PGR, Aécio, Jucá e outros políticos seguiram na articulação para obstruir.

Com a concretização da prisão de Loures e da denúncia contra Aécio, o próximo passo dos procuradores da Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) é claramente a denúncia contra Michel Temer. O grande risco motivou duas ofensivas por parte do Planalto: uma, na auto-defesa, Temer iniciou ataques contra Rodrigo Janot, afirmando que o PGR busca "constranger" o TSE a condená-lo; e paralelamente, a base de Temer no Congresso com o PSDB agiliza também a tentativa de inferir sobre a credibilidade das acusações, agora que atingiram toda a cúpula do governo.

"Temos indicativos de que virão movimentos e iniciativas de Janot às vésperas do julgamento do TSE na tentativa de constranger o tribunal a condenar o presidente", disse o advogado de Temer, Gustavo Guedes, com o efeito de que antecipasse algum tipo de irregularidade. "Nos preocupa muito o procurador-geral da República se valer de toda a estrutura que tem para tentar constranger um tribunal superior", disse, ainda.

Do GGN

sexta-feira, 26 de maio de 2017

A PF da Lava Jato na mira de operadores do PMDB


Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal está na ruas do Rio, São Paulo e Curitiba para cumprir mandados de prisão e condução coercitivas expedidos pelo juiz Sérgio Moro na 41ª fase da Lava Jato; os alvos são os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, tidos como operadores na ação que apura pagamentos de propina ao PMDB, além de outras pessoas supostamente envolvidas com eles.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Provas são falsificadas na Lava Jato, denuncia Marcelo Auler

Jornalista traz à tona, em seu blog, denúncias de produção de provas no âmbito da Lava Jato, como a compra de um chip de celular para ligar a empresa Labogen, de Alberto Youssef, à doleira Nelma Kodama, e mais recentemente um email com endereço fictício, usado pelo juiz Sergio Moro como base para cumprir o mandado de busca e apreensão no Instituto Lula; "Isso tudo corrobora que a Operação Lava Jato, embora deflagrada com propósitos aparentemente justificáveis – combater corrupção – enveredou por interesses outros e é capaz, para atingi-lo, usar de métodos pouco ortodoxos", diz ele.

Lava Jato: chip e e-mail, as falsas provas, por Marcelo Auler, em seu blog.
Parte do depoimento de Nelma Kodana ao delegado Mario Fanton, em 24 de março de 2015 em que ela fala da compra do chip…….

Dias antes de deflagrada a primeira fase da Operação Lava Jato – iniciada no sábado, 15 de março de 2014, quando a doleira Nelma Kodama foi presa ao tentar embarcar para Milão (Itália), com 200 mil Euros em espécie escondidos na calcinha – uma equipe da Polícia Federal do Paraná esteve na região de Jundiaí (SP).

O Agente Federal tinha uma ordem expressa de seus superiores. Deveria adquirir um chip, de qualquer operadora, mas registrá-lo em nome de uma das empresas utilizadas pelo doleiro Alberto Youssef: a Labogen S.A. Química Fina e Biotecnologia ou a Indústria e Comércio de Medicamentos Labogen S.A.. De posse desse chip registrado no CNPJ de uma das duas empresas, faria uma ligação para a doleira.

O interesse dos delegados da Lava Jato, antes de deflagrarem a operação em si, era forjar um vínculo entre Nelma e a Labogen, vínculo este que pelo seu depoimento constata-se que já existia, mas não por meio de ligações telefônicas. Houve, portanto, uma tentativa frustrada de se criar falsa prova, algo jamais investigado.

Surge agora, a partir de uma decisão da Receita Federal suspendendo a isenção fiscal do Instituto Lula, um e-mail com endereço fictício que, embora endereçado a uma funcionária do Instituto, jamais foi lido por ela. A mensagem chegou ao final da noite do dia 3 de março de 2016. Na madrugada do dia 4, a Polícia Federal invadiu o prédio e recolheu os computadores, cumprindo o mandado de Busca e Apreensão expedido pelo juiz Sérgio Moro.

 Embora o texto do e-mail especifique que é um endereço fictício, ele serviu à Receita para suspender o benefício fiscal que o Instituto gozava. Serviu ainda para que o juiz Moro embasasse a sua decisão de autorizar a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, apesar de inexistir qualquer relação direta entre o e-mail e o motivo da condução de Guimarães.

No caso da doleira, a tentativa não deu resultado pois o agente de Polícia Federal não conseguiu registrar o chip no CNPJ de uma das firmas de Alberto Youssef.  Em março de 2015, ao depor ao delegado Mario Fanton, ela explicou:

“Que outro fato que seu advogado narrou, por meio de informações que obteve por esse grupo de policiais descontentes com a Lava Jato, dentro da PF de Curitiba, era que eles (grupo de policiais) achavam injusta a condenação da depoente , pois que um Agente da PF teria comprado um chip de celular de qualquer operadora, para registrar em nome da empresa investigada Labogen, de propriedade de Leonardo Meirelles, para que fossem efetuadas ligações entre esse chip  e o telefone da depoente, com o intuito de “linkar” e “vincular” um envolvimento criminoso com aquela empresa, sobre operações ilícitas de câmbio; Que esclarece, por oportuno, que de fato teve um envolvimento indireto com referida empresas, mas nunca por meio de ligações telefônicas direta“.

O depoimento da doleira consta do Inquérito 737/2015, instaurado para investigar os supostos dissidentes da Polícia Federal, que o delegado Igor Romário de Paulo, coordenador regional do Combate ao Crime Organizado, alardeou ter sido formado para desacreditar a Lava Jato, mas a Polícia Federal jamais provou sua existência.

Embora tenha se dedicado a uma acusação que não conseguiu provar, a Corregedoria Geral do Departamento de Polícia Federal (DPF), jamais se debruçou sobre a revelação de Nelma, ou seja, a tentativa de forjarem provas na investigação da Lava Jato. Mas, em Curitiba, não é difícil encontrar entre agentes e delegados federais quem indique o nome do policial que fez a compra do chip, supostamente a mando do delegado Marcio Adriano Anselmo – na época, coordenador da Lava Jato. Este agente até recentemente guardava-o com a respectiva nota fiscal, mesmo sem que tivesse sido registrado no CNPJ de alguma das empresas de Youssef.
O e-mail, de endereço fictício, serviu à Receita para suspender a isenção fiscal do Insituto Lula e ao juiz Sérgio Moro para autorizar a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, sem maiores justificativas…..
Surge, agora, a suspeita de uma nova tentativa de falsificação de provas, como relatou a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em petição apresentada ao juiz Sérgio Moro em 06 de abril. O e-mail, com endereço fictício (veja ilustração ao lado) embora enviado ao Instituto Lula em março de 2016, sua existência só chegou ao conhecimento dos dirigentes da ONG e da defesa de Lula a partir da decisão da Receita Federal.

Curiosamente, a mesma mensagem serviu ao juiz Sérgio Moro para justificar a condução coercitiva de Guimarães, embora, aparentemente, não haja ligação entre os dois fatos. O e-mail com endereço fictício fala de supostos valores que seriam endereçados à família Bumlai. A investigação onde Guimarães depôs, refere-se a um hipotético crime de obstrução da Justiça.

Este fato se tornou público a partir da petição da defesa de Lula onde consta:

“Recentemente, foi possível ter conhecimento, ainda, de que este Juízo utilizou-se do referido e-mail como suposto indício da ocorrência do crime insculpido no artigo 2º, §1º da Lei 12.850/13, para, na sequencia, respaldar medidas de busca e apreensão e condução coercitiva em desfavor de Francisco José de Abreu Duarte e Carlos Eduardo Cairo Guimarães (Pedido de busca e apreensão nº 5008762-24.2017.4.04.7000/PR)”.

Isso tudo corrobora que a Operação Lava Jato, embora deflagrada com propósitos aparentemente justificáveis – combater corrupção – enveredou por interesses outros e é capaz, para atingi-lo, usar de métodos pouco ortodoxos. Atropelou a Constituição que garante, indeterminadamente – e não apenas a jornalistas – o direito ao sigilo da fonte.

Ao apreender computador e celulares do blogueiro, a Polícia Federal passou a ter chance de chegar às “fontes” de Guimarães. O seja, significa quebrar o sigilo profissional do mesmo. Sem falar na sua condução coercitiva sem que ele jamais tenha sido intimado a ir depor na investigação de um vazamento que ele não provocou, apenas noticiou. Essas arbitrariedades estão bem explicadas por Luiz Nassif, no JornalGGN, na postagem – Xadrez dos abusos no caso Eduardo Guimarães.

Ao levarem Guimarães para o tornarem réu, assim como, quando usam um e-mail que declaradamente é fictício, sem a preocupação de checar origem e veracidade do mesmo, evidencia-se que a todo custo buscam atingir o ex-presidente Lula, correndo atrás de provas – que ainda não conseguiram – da suposta tentativa de obstrução da Justiça.

Tudo isso, passando por cima – ou jogando para debaixo do tapete – de irregularidades cometidas ou tentadas. Certamente por entenderem que o chamado combate a corrupção permite tudo. Mas, por tudo o que se vê, não é só a corrupção que estão combatendo. Os indícios existentes já mostram que ela nem mais parecer ser o principal objetivo.

Com informações do 247, Marcelo Auler e outros.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Caso Décio Sá: Capitão do Choque da PM-MA é preso em operação

Uma grande operação da polícia prendeu, no início da manhã de hoje (13), ao menos sete de oito pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril passado.

Entre os presos, está o subcomandante do Batalhão de Choque da PM do Maranhão, capitão Fábio Aurélio Saraiva Silva. Seria dele, segundo a polícia, a pistola ponto 40 usada pelo matador do jornalista.

O pistoleiro, igualmente preso, tem 24 anos e é de Xinguara (sudeste do Pará). Ele disse à polícia se chamar Jonatas e teria confessado o crime.

Também estão detidos, acusados de serem os mandantes, o empresário Gláucio Alencar Pontes – fornecedor de merenda escolar para várias prefeituras do Maranhão e suspeito de ser agiota, também com atuação em várias prefeituras maranhenses; o pai de Gláucio, identificado como Miranda; o revendedor de veículos de apelido “Júnior Bolinha”, de Santa Inês; e dois empregados de “Bolinha”, de apelidos “Buchecha” e “Balão” (ambos paraenses).

De acordo com a polícia, o assassinato de Décio Sá teria relação com o assassinato, em Teresina (Piauí), do revendedor de veículos Fábio dos Santos Brasil Filho, de 33 anos, executado com três tiros de pistola PT 380 – todos na cabeça – em frente a uma concessionária, no dia 31 de março último.
O jornalista Décio Sá publicara postagens sobre o caso, informando que Fábio Brasil devia a vários agiotas no Maranhão e havia prestado depoimento à Polícia Federal uma semana antes de sua morte. Fábio teria entregue muita gente envolvida com negócios nebulosos (agiotagem) com prefeituras do Maranhão e do Piauí.

Valdênio José da Silva, 38, assassinado na noite de segunda (11) – menos de 20 dias após ser solto, por falta de provas que o ligassem à morte de Décio Sá, conforme foi acusado – estaria ligado ao homicídio de Teresina, e sua execução, de certa forma, ajudou a polícia a chegar aos supostos mandantes e ao acusado de executar o assassinato de Décio.

A operação “Detonando” ocorreu em três cidades do Maranhão (São Luís, Santa Inês e Zé Doca) e em municípios do Pará.

Participaram da operação 12 delegados e cerca de 70 policiais civis, incluindo os do Grupo Tático Aéreo (GTA).

Também foram cumpridos na operação “Detonando” catorze mandados de busca e apreensão.

Ainda hoje, às 15h, acontecerá uma entrevista coletiva na Secretaria de Segurança Pública, na qual serão fornecidas à imprensa informações completas sobre a operação e os presos serão apresentados.

Fonte: Jornal Pequeno

segunda-feira, 12 de março de 2012

Operação "Anubis" da Polícia Civil prende 11 traficantes em Timon, veja

Com o intuito de combater o tráfico de drogas na Região dos Cocais, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Civil do Maranhão deflagrou a Megaoperação Anubis, na manhã deste sábado (10), que culminou com a prisão de 11 pessoas no município de Timon.
Os trabalhos foram coordenados pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), e contaram com a participação de 15 equipes policiais, sendo quatro da SPCI, duas do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Maranhão, três de Caxias e seis de Timon, além de peritos criminais, totalizando mais de 60 policiais e 11 delegados empregados na ação.

De acordo com o delegado Jair Lima, superintendente da SPCI, a Operação Anubis é resultado de cerca de três meses de investigações da Polícia Civil de Timon e da Inteligência da SSP, que contaram com o apoio do Ministério Público Estadual, em cumprimento a mandados de prisão preventiva desses elementos que estavam atuando em Timon e em Teresina, na capital piauiense.

"Além do tráfico, os envolvidos praticavam uma série de outros crimes associados, como assaltos e homicídios em decorrência da disputa pela comercialização de entorpecentes na região", destacou o Superintendente, afirmando que as investigações devem prosseguir, tendo em vista que o bando tinha ramificações também nas cidades de Coelho Neto e Caxias.

Durante a ação, foram presos Leandro Carvalho dos Santos, vulgo Leo; Taniel do Nascimento Vasconcelos, conhecido como Bombado; Maria de Fátima Alves Cardoso; Gislene Mendes Santana; Antonio Kelson Moreira e Silva; Domingos Almeida Cunha, o Dominguinhos; Alisson Antonio Leite dos Santos, vulgo Alisson magrão; Vicente de Paula Soares de Moraes Junior; Alexandre Carvalho Alves; Flávio Rodrigo Milhomem de Sousa e um indivíduo identificado como Bernardo, o índio. Com eles, os policiais apreenderam ainda dois veículos e duas motocicletas.

As prisões preventivas, mandados de buscas e apreensão foram decretas pelo juiz Francisco Ferreira Lima, titular da 2ª Vara Criminal de Timon, com base em inúmeros indícios contra a quadrilha referente a pratica ilícita de associação e trafico de drogas, inclusive comércio internacional, no município de Timon. Quatro promotores de Justiça acompanharam todos os trabalhos desenvolvidos pela Policia Civil.

O delegado Michel Sampaio, titular do 1º Distrito Policial de Timon ressaltou que a partir do monitoramento da movimentação dos traficantes foi possível à polícia identificar cada um dos membros da organização criminosa, bem como o patrimônio adquirido pelos criminosos nos últimos dois anos.

O bando foi autuado pela prática de tráfico, associação para o tráfico, formação de quadrilha e lavagem de capital, e em seguida encaminhados para o Centro de Ressocialização Jorge Vieira em Timon.

Com informações do Imparcial

domingo, 4 de março de 2012

PRF-MA muda comando e pode prejudicar operação Semana Santa

O carnaval, as interdições da PRF na BR-135 causaram transtornos aos motoristas e pessoas que decidiram "pular" o carnaval fora da capital maranhense.
Depois de ter exonerado a inspetora Tereza Nascimento Pereira do cargo de Superintendente da 18ª Superintendência da Policia Federal do Maranhão, a PRF-MA ainda não traçou nenhuma estratégia para a Operação Semana Santa, que deve ser deflagrada no mês de abril.

A operação deve viabilizar o acesso, tanto na saída, quanto na entrada da capital maranhense durante os dias do feriado prolongado no Maranhão.

No carnaval, as interdições da PRF na BR-135 causaram transtornos aos motoristas e pessoas que decidiram "pular" o carnaval fora de São Luís. As pausas na saída e entrada da cidade eram definidas pelo tempo.

Na quarta-feira de Cinzas deste ano, os motoristas tiveram uma hora para sair da capital e duas para entrar.

DADOS
Vale lembrar que, segundo dados da própria PRF-MA, mesmo com todo o aparato utilizado no carnaval de 2012, o numero de acidentes com vítimas fatais em todo o estado, foi 200% maior que no ano passado.

Segundo a assessoria de comunicação da PRF-MA, o novo Superintendente Valcir Correia Ortins, encontra-se em processo de transição do cargo.

Confira número de mortes na BR-135:
2008 - 60
2009 - 63
2012 - 72
2011 - 61
2012 - 09

Com informações do Imparcial