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quinta-feira, 1 de junho de 2017

'Propósitos escusos' motivam inquéritos da PGR, diz Gilmar

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atacou a Procuradoria Geral da República (PGR) e disse que "propósitos escusos inspiram muitas vezes o inquérito"

Durante discussão no plenário do STF sobre a limitação do alcance do foro privilegiado, Gilmar disse que a investigação aberta contra os ministros do Superior Tribunal de Justiça () Francisco Falcão e Marcelo Navarro e os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff tem na verdade outro objetivo: "castrar iniciativas do STJ".

"Eu não sei quem daqui foi nomeado e não participou de algum périplo político. Poucos. Agora fica pedindo câmeras e coisas de Qual é o objetivo desse inquérito? Esse inquérito vai chegar a provar obstrução de Justiça desses magistrados? Obviamente que não. Obviamente que não vai provar. Qual é o objetivo deste inquérito? É castrar iniciativas do STJ. É amedrontá-lo. É este o objetivo", disparou Gilmar Mendes.

"Por isso nós temos que ter coragem civil de não permitir que esses inquéritos tramitem", afirmou Gilmar Mendes. "Estes dias um advogado comentava comigo que este inquérito estava sendo mantido com esse objetivo primeiro de constranger o STJ e segundo de manter Lula e Dilma no STF. Se for por isso, está se fazendo de maneira indevida. Mas veja que propósitos escusos inspiram muitas vezes o inquérito. E nós temos que ter uma função não de autômatos, mas de controladores destes processos", disse Gilmar.

A insurgência de Gilmar Mendes contra as investigações sobre obstrução de Justiça ocorre duas semanas após ser tornado público o inquérito aberto contra o presidente Michel Temer, o assessor do peemedebista Rodrigo Rocha Loures e o senador Aécio Neves tendo este como um dos supostos crimes apontados pela PGR, com base nas delações do grupo J&F, que controla a JBS.

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sábado, 8 de abril de 2017

Lula reclama da perseguição implacável que sofre da Mídia, do Judiciário, do MP e da PF, entrincheirados em Curitiba

“Quero saber o limite deles para invadir minha vida”: os melhores trechos da entrevista de Lula à rádio O Povo, do Ceará.

Lula deu entrevista à rádio O Povo, do Ceará. Eis os melhores trechos, compilados por Marcelo Zorzanelli, o enfant terrible do Cervantes:

“Eu aprendi na vida quando o político esta querendo dois minutos de fama. O prefeito de São Paulo me ataca todo dia e no fundo ele quer que eu o transforme em um personagem antagônico. Eu não vou transformar. Ele foi eleito para governar São Paulo e ele tem que parar de fazer pirotecnia e governar”.
                       
“Não conversei com Ciro Gomes sobre 2018. Está muito complicada a política brasileira. Tenho que deixar o tempo passar, tem que esperar a política se arrumar. De todos que estão ligados a partidos políticos, o que está com uma performance acima da média sou eu. Temos que esperar o tempo, porque o PSDB não está morto, o DEM não está morto, o PDT não está morto. Em algum momento, nós vamos conversar”. 

“Quero que as pessoas tenham clareza que eu levo o Ciro muito em conta, tenho profundo respeito por ele e não vou brigar com ele por qualquer coisa, não. Porque aprendi a gostar dele. Devo a ele a lealdade que teve comigo como presidente da República. Devo a ele a feitura do projeto transposição do rio São Francisco”.

“Eu tenho um depoimento dia 3 de maio, e estou ansioso para esse depoimento, porque é a primeira oportunidade que vou ter para saber qual é a acusação contra mim, qual é a prova que eles têm contra mim. Porque até agora o que sei é que eles tem contra mim é convicção”. 

“As pessoas precisam mostrar prova para condenar”.

“Quero ir lá dia 3 [no depoimento], quero responder as perguntas do juiz Moro, quero saber quais as provas que eles têm contra mim, quero ver as provas efetivas que têm. Prova quer dizer documento, coisa escrita, conta bancária, um monte de coisa”.

“Eles já quebraram meu sigilo da minha conta bancária, do meu telefone, de conversa da Marisa com meu filho, conversa minha com a Dilma. Quero saber qual é o limite deles de invadir a minha vida”.

“Então, eu estou tranquilo, e estou ansioso para o dia 3 porque vai ser a primeira oportunidade que terei para responder as perguntas que forem feitas para mim”.

“Eu, sinceramente, acho que o Moro cumpre um papel importante na história do país. A única coisa que eu condeno nisso tudo é usar a imprensa para condenar as pessoas antes de ter as provas. O cidadão é jogado no chão, jogado no limbo, destruído moralmente e politicamente e depois vai para o julgamento. Era para ser o contrário”.

“Esse pacto da força tarefa da Lava Jato com a imprensa é primeiro você condena pela imprensa, quando cidadão não tiver mais coragem de levantar a cabeça e sair de casa, aí você julga ele, condena e fica por isso mesmo”.

“Acho que eles cometeram um equívoco em tentar me tratar desta maneira”.

“Eu acho que o PSDB deveria pensar no que está fazendo com o país. A Dilma foi eleita democraticamente, o Temer foi eleito com ela. A justiça eleitoral validou o resultado, a Dilma tomou posse… Agora, você tentar cassar a Dilma, que já foi cassada, é no mínimo uma certa confusão política desnecessária. Eu penso que a desgraça que tinha que ser feita contra a Dilma eles já fizeram. Inventaram a mentira da pedalada e fizeram com que a Constituição fosse pisoteada para tirar uma presidente eleita e colocar um que não foi eleito pelo povo”.

“Para ter tranquilidade, para o povo voltar a ser sorridente, para o povo não ficar com a raiva que está hoje, era preciso que o povo pudesse eleger o novo presidente, que saia candidato quem quiser ser candidato, que saia todo mundo que quiser, que coloque nosso Tite da seleção brasileira, que coloque o Alckmin, o Doria, o Fernando Henrique Cardoso, o Temer, sabe, o Renan, o Tasso Jereissati, o Ciro gomes, que saiam 500 candidatos, que o povo escolha um e depois o povo assuma a responsabilidade por esse que escolheu e que ele possa governar o país. É isso que dá tranquilidade”.

“Eu vejo juiz todo dia falando sobre política. Eu acho que a pessoa que quer falar sobre política teria que largar o cargo vitalício e se candidatar a alguma coisa por um partido político”.

“Eu vejo delegado, promotor, todo mundo dando palpite na política. Vá ser candidato.”

Do DCM