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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Léo Pinheiro OAS criou narrativa "débil, fantasiosa e absurda" para incriminar Lula, diz Zanin Martins

Fotos: Roosewelt Pinheiro/ABr com Agência Câmara

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram que as recentes declarações de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, em seu interrogatório junto à 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, tinham o objetivo de livrá-lo da prisão, em uma possível negociata de delação premiada junto aos investigadores da Lava Jato.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (20), o advogado Cristiano Zanin Martins apontou que Léo "foi claramente incumbido de criar uma narrativa que sustentasse ser Lula o proprietário do chamado triplex do Guarujá". Por outro lado, segundo a defesa, a palavra do executivo é apenas uma "contra o depoimento de 73 testemunhas, inclusive funcionários da OAS, negando ser Lula o dono do imóvel".

O advogado critica a atuação de Léo Pinheiro, que, segundo ele, inventou um suposto diálogo no qual Lula teria orientado a destruição de provas ou indícios de contribuições de campanhas políticas. Zanin descreve o diálogo, não presenciado por nenhuma testemunha, como "fantasiosa e absurda".

"É uma tese esdrúxula que já foi veiculada até em um e-mail falso encaminhado ao Instituto Lula que, a despeito de ter sido apresentada ao Juízo, não mereceu nenhuma providência", completou a defesa, acrescentando que a tese de que o triplex do Guarujá é do ex-presidente também é incompatível com documentos da própria OAS, sendo alguns deles, assinala o advogado, firmados propriamente por Léo Pinheiro.

"Em 3/11/2009, houve emissão de debêntures pela OAS, dando em garantia o empreendimento Solaris, incluindo a fração ideal da unidade 164A. Outras operações financeiras foram realizadas dando em garantia essa mesma unidade. Em 2013, o próprio Léo Pinheiro assinou documento para essa finalidade",  exemplificou Zanin Martins.

Por outro lado, o executivo "negou ter entregue as chaves do apartamento a Lula ou aos seus familiares" e "também reconheceu que o imóvel jamais foi usado pelo ex-Presidente" e tampouco "soube responder" sobre a suposta entrega do apartamento ao ex-presidente. 

 Do GGN