
Foto: Cíntia Zaparoli/CUT Campinas
A
greve geral desta sexta-feira, 30 de junho, batizada como #grevepordireitos,
paralisa diversos setores e categorias, mobilizados por sindicatos e movimentos
sociais para alertar a insatisfação com as reformas trabalhista e da
Previdência e contra o governo de Michel Temer.
Na
capital paulista, centrais sindicais confirmaram a participação nos protestos e
professores das redes estadual e municipal de ensino, petroleiros e bancários
confirmaram adesão.
Por
uma liminar da Justiça que ameaçava uma multa diária de R$ 1 milhão a cada
sindicato, além de sanções, os metroviários, ferroviários e motoristas de
ônibus não puderam aderir à greve. Dessa forma, o transporte deve ser mantido e
a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) manteve o rodízio de veículos. Por
outro lado, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sindicatos realizam um
ato nesta sexta, no vão livre do Masp, na avenida Paulista.
Na
capital mineira, Belo Horizonte, o transporte metroviário vai parar. O
Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais
(Sindimetro-MG) anunciou que o metrô não vai circular. As categorias de ônibus
e coletivos não convocaram os trabalhadores a aderirem com unanimidade à greve,
mas o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e
Região Metropolitana (STTR) apoiou os funcionários que quiserem participar
individualmente.
Categorias
da saúde também pretendem paralisar parcialmente as atividades. Todas as
unidades da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) fazem escala mínima
nesta sexta. Da mesma forma, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e
hospitais públicos municipais de Belo Horizonte devem aderir em massa às
paralisações. As escolas, municipais e estaduais, também não abrirão, assim
como os bancários.
No
Rio de Janeiro, bancários professores, profissionais da saúde e servidores
municipais e estaduais paralisam as atividades. Os transportem funcionam
normalmente, assim como aeroportos, mas grandes protestos que fecham a avenida
Brasil e em diversas rodovias bloqueiam as passagens e os congestionamentos
estão acima da média. Um grande ato é previsto para ocorrer às 17h, na
Candelária, no Centro da capital.
Na
Bahia, aderem ao movimento toda a categorias de bancários, servidores de saúde
e professores municipais e estaduais, além dos hospitais parcialmente, com
serviços ambulatoriais suspensos e mantidos apenas serviços emergenciais. Os
ônibus e metrô circulam em Salvador, com restrição da região do Iguatemi que
aderiu.
O
centro de Fortaleza está paralizado na Praça Clóvis Beviláqua. A capital
cearense aderiu em massa aos protestos, paralizando também a circulação de
ônibus.
Em
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, houve a paralisação do transporte público
de trens e ônibus no início da manhã, pelo bloqueio de manifestantes nas
garagens. Com truculência, a Polícia Militar já chegou a usar bombas de gás
lacrimogênio para liberar a saída dos coletivos, voltando a operar na capital
do Rio Grande do Sul.
No
Distrito Federal, ônibus e metrô fecham as atividades nesta sexta-feira (30). O
governo do Distrito Federal já ameaçou cortar o ponto dos servidores que
participarem de greves e paralisações, por isso funcionários públicos devem
aderir parcialmente. Assim como nas demais cidades, bancários e professores
aderem e os serviços de saúde funcionam somente em situações de emergência.
Em
todo o país, a categoria de petroleiros aderem à greve geral. O Conselho
Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiu em reunião na
última quinta-feira (22) que as refinarias ficam paralisadas por "tempo
indeterminado".
"A
greve em defesa da vida foi amplamente aprovada pelos trabalhadores do refino
em assembleias realizadas nas últimas semanas. O movimento terá início à 0h do
dia 30, quando toda a categoria petroleira estará mobilizada na greve geral
contra o desmonte dos direitos trabalhistas", informaram os petroleiros em
comunicado.
Do GGN