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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Flávio Dino: Lula deverá coordenar a retomada

O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, propõe que a esquerda se unifique em torno de três bandeiras – Nação, Produção e Educação – e diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve coordenar a retomada brasileira; “Acho que o presidente Lula tem a responsabilidade de ser o coordenador dessa retomada”, disse ele, em entrevista ao jornalista Renato Rovai.

 Dino também pontuou que é em torno do petista que podem se aglutinar os “valores da civilização, da democracia e do humanismo”; o governador maranhense também falou sobre o adversário de Lula num segundo turno, se as eleições fossem hoje; “A maioria da sociedade brasileira é generosa, acolhedora, humanista. A candidatura de Bolsonaro está fora do marco da civilização democrática”.

Do Portal Vermelho

Nação, Produção e Educação. Essas são as três bandeiras que a esquerda deve defender para se unificar e voltar a ganhar força política no Brasil, na avaliação do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Em entrevista à Revista Fórum na noite desta quarta-feira (31), Dino disse que o impeachment de Dilma Rousseff representou não apenas uma derrota política da esquerda, mas também um revés jurídico e social para o país de modo geral. “E a gente tem que encontrar um jeito de sair dessa encruzilhada.”

O governador maranhense afirma que, para isso, é preciso “percorrer as contradições fundamentais” que pairam hoje no cenário político-econômico.  E isso implica resgatar o valor da soberania popular (por meio da defesa das Diretas Já), defender a ampliação de direitos em contraposição às “reformas regressivas” e enfatizar as ações na educação. Em resumo, “Nação, Produção e Educação”.

“Como é que se reorganiza esse campo da esquerda que, em algum momento, se dizimou por uma série de fatores? Precisa ter um programa com o tripé Nação, Educação e Produção; e transformar isso em ideias”, afirma.

Na visão do governador do Maranhão, a bandeira da Nação representa os princípios da soberania nacional, que estão sendo atacados recentemente como nas vendas de reservas do Pré-Sal a empresas estrangeiras. A Educação aparece como principal lema social, direcionando o Estado para uma ação emancipatória. E a Produção, segundo o governador, é a bandeira econômica, superando o foco no consumo que prevaleceu na última década.

Essas ideias, acrescenta, não podem circular apenas entre a esquerda, sob pena de formar uma “asssembleia de convertidos”. Para ele, “isso não serve ao país, a gente precisa ter amplitude na formulação das ideias para enfrentar o desafio.”

Lula, coordenador da retomada

Como o discurso não pode ser apenas conceitual, o próprio governador apresenta uma receita concreta: “O melhor eixo para reorganizar esse ideário é em torno de um estadista, que é o Lula. Independentemente do debate se ele é candidato ou não. Ele deve ser o eixo”.

O governador acrescenta que é em torno do petista que podem se aglutinar os “valores da civilização, da democracia e do humanismo”.

“Acho que o presidente Lula tem a responsabilidade de ser o coordenador dessa retomada”, diz.

Mas Dino também ressalta que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem um papel a desempenhar junto ao campo neoliberal. “Ele é um eixo também, deste campo.” Segundo o governador, não é possível que o país saia da crise sem diálogo entre os principais campos ideológicos em atividade.

Sobre as eleições, Dino acredita que prevalecerão os ideais mais democráticos, o que inviabilizaria um possível triunfo de figuras como o deputado Jair Bolsonaro, cuja candidatura “é pior do que a de Collor em 1989, o que é um feito”.

“A maioria da sociedade brasileira é generosa, acolhedora, humanista. A candidatura de Bolsonaro está fora do marco da civilização democrática”, afirma Flávio Dino.

Do 247