Na
representação, os advogados da Odebrecht relacionaram as reportagens que já
haviam sido publicadas, em cima dos vazamentos.
O
vazamento da delação da Odebrecht para procuradores venezuelanos, que a Lava
Jato supõe ter sido de responsabilidade da Procuradoria Geral da República, foi
denunciado na época pela própria companhia.
Segundo
matéria em O Globo, de 17/10/2017 (aqui),
a Odebrecht entrou com uma representação junto ao STF (Supremo Tribunal
Federal) para apurar os responsáveis pelo vazamento da parte sigilosa da
delação premiada.
Segundo
os advogados da companhia, a responsabilidade por resguardar o sigilo deveria
ser da PGR. O vazamento comprometeria as investigações e colocaria em
risco a segurança dos delatores e de suas famílias.
“Diante
da constatação de que , por diversas vezes, documentos sigilosos e custodiados
unicamente pela D. PGR estão sendo indevidamente compartilhados a terceiros e
de que essas condutas, além de ocasionarem substantivos prejuízos aos
colaboradores e à noticiante, amoldam-se a elementos típicos caracterizadores
de infrações penais, requer-se a adoção das medidas cabíveis para elucidação
desses fatos, com a identificação dos responsáveis pelos vazamentos de
informações sigilosas, a efetiva punição deles e, ainda, a adoção de todas as
medidas necessárias para que situações de tal jaez não se repitam”,
argumentaram os advogados Rodrigo Mudrovitsch, Gustavo Teixeira Gonet Branco,
Felipe Fernandes de Carvalho e Luíza Rocha Jacobsen.
Na
representação, os advogados da Odebrecht relacionaram as reportagens que já
haviam sido publicadas, em cima dos vazamentos.
Diz
a matéria:
A
primeira delas é do dia 3 de julho, no jornal panamenho “La Prensa”. Em 1º de
agosto, foi a vez do argentino “La Nación”. Em 2 de agosto, foi
publicada uma matéria no GLOBO sobre corrupção no Peru , que depois
foi reproduzida pelo jornal “El Comercio”, do país vizinho. Em 13 e 14 de
agosto, foi a vez respectivamente do jornal mexicano “Aristegui Noticias” e do
espanhol “El País”. Em 16 de agosto, “El Financiero”, outro jornal mexicano,
também publicou reportagem com informações sigilosas da delação da Odebrecht.
Em 21 de agosto, foi seguido pelo venezuelano “Los Reportes de Lichi”.
Do
GGN