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segunda-feira, 12 de março de 2012

Como o Google controla as pessoas, veja

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.

O Google adotou uma nova política de privacidade no início de março. A nova política muda apenas a forma que o Google pode relacionar seus dados: antes, cada serviço do Google era separado; agora, se uma mesma conta for usada em mais de um serviço, os dados podem ser relacionados. Embora o Google não esteja coletando nada além do que já coletava, muitas informações suas provavelmente já estão com eles, mesmo que você não seja cadastrado em nenhum serviço. A boa notícia é que você pode ter uma ideia do quanto o Google sabe sobre você, e até controlar algumas coisas.

Histórico da web e do YouTube
O Google é capaz de registrar todas as suas pesquisas, além de outras atividades, e associá-las à sua conta do Google, se você tiver feito o login antes de usar o site, ou mesmo anonimamente – mesmo que você não tenha feito o login. O site que você visitou – depois de ter feito a pesquisa – também fica registrado.

Essa configuração pode ser controlada no endereço google.com/history e deve ser sua principal preocupação em relação à sua privacidade no uso dos serviços do Google.

O Google argumenta que o histórico da web permite refinar as buscas e dar resultados mais relevantes, porque permite que a empresa saiba melhor o que você procura. Independentemente, é o recurso mais invasivo quanto à privacidade e seu uso deve ser considerado.

O YouTube tem o mesmo recurso e o ajuste é separado. As configurações estão acessíveis emyoutube.com/my_history

Preferências de anúncios
A página localizada em google.com/ads/preferences informa o que o Google “acha” que sabe sobre você. Essas informações foram determinadas de forma anônima a partir dos sites que você visitou e que usavam o AdSense, a plataforma de publicidade do Google. Elas existem mesmo que você não tenha uma Conta Google.

É possível ver quais “categorias de interesse” o Google associou ao seu comportamento e também em qual perfil de navegação você se encaixou. Este colunista, por exemplo, foi colocado na faixa etária de 65 anos – o que não é muito correto, mas outros interesses foram identificados corretamente pelo Google.

Essas informações ajudam a empresa a exibir anúncios publicitários mais próximos do seu interesse. Essas informações não são associadas ao seu nome ou outros dados que você cadastrou nos serviços do Google.

Dica: se você frequentemente vê um anúncio do Google que não lhe interessa, é possível bloquear aquele anúncio. Basta clicar no link “Anúncios Google” ou “Ads by Google” (que deve estar no canto do quadro publicitário)  e essa opção irá aparecer em uma tela em seguida.

Confira o ‘Dashboard’
O painel de controle dos serviços do Google, chamado de “dashboard”, resume várias coisas que o Google sabe sobre você, que podem incluir até mesmo seu modelo de celular e os aplicativos que você instalou no Android Market, se você usa um celular com o sistema Android. Pode ser o caso de até o IMEI (identificador único do seu celular) estar registrado na sua conta.

Note que, apesar de algumas dessas informações estarem armazenadas pelo Google, várias delas são protegidas pela legislação. Nenhum funcionário do Google pode ler suas mensagens de e-mail armazenadas no Gmail, por exemplo. O mesmo vale para qualquer outro serviço do tipo, como o Hotmail, Yahoo ou até seu provedor de internet, que não pode monitorar sua conexão com a internet sem uma autorização da justiça.

Se você quer impedir que o Google associe todos os seus dados a uma única identidade, o que você precisa fazer é usar “Contas Google” diferentes para cada serviço: e-mail, YouTube, Google+, Picasa, etc. Com isso, o Google não irá realizar o cruzamento dos dados.

Isso só não vale para os dados de publicidade, que você pode controlar de forma independente e mesmo sem estar logado, como já explicado.

A coluna vai ficando por aqui. Se tiver dúvidas, escreva na área de comentários. Até a próxima!

Com informações do G1