Moro
e o procurador Roberto Pozzobon - que enviou a Rodrigo Tacla Duran o acordo de
delação supostamente melhorado por Carlos Zucolotto - foram convidados para o
mesmo evento em Portugal
Estudantes
brasileiros e portugueses protestaram contra a participação de Sergio Moro em
uma palestra sobre combate à corrupção promovida pela Universidade de Coimbra
na segunda (4). Segundo relatos da Folha, "muros da instituição
amanheceram pichados com mensagens contra o magistrado".
Moro,
e o procurador de Curitiba Roberto Pozzobon, foram convidados a participar de
um evento cujo ingresso saiu pela bagatela de "10 parcelas de R$
850,00", com direito a "uma série de jantares paralelos".
Pozzobon
é o procurador que aparece nas denúncias de Rodrigo Tacla Duran, assim como o
amigo pessoal e compadre de Sergio Moro, o advogado Carlos Zucolotto.
Segundo
Duran, Zucolotto cobrou 5 milhões de dólares em propina para melhorar a
proposta de delação premiada que o ex-advogado da Odebrecht negociava com a
força-tarefa da Lava Jato. Dois dias após conversar com Zucolotto, Pozzobon
enviou a Duran um e-mail com a minuta do termo de colaboração.
O GGN divulgou o conteúdo da mensagem com exclusividade nesta
matéria aqui.
Ainda
de acordo com a Folha, a Apeb (Associação de Pesquisadores e Estudantes
Brasileiros em Coimbra) disse que o protesto contra Moro teve como motivação
seus "métodos de atuação" na Lava Jato, questionados por Lula na ONU.
"Tendo
em vista que os métodos de atuação no processo judicial adotados por Sergio
Moro são contestados justamente no Comitê de Direitos Humanos das Organizações
das Nações Unidas, a Apeb/Coimbra manifesta a sua perplexidade com a escolha
desse personagem para participar no evento que trate de tais temáticas na
qualidade de conferencista", diz o texto.
Procurado,
Moro ainda não foi localizado pela reportagem.
GGN