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sexta-feira, 25 de maio de 2018

A PETROBRAS, A GREVE DOS CAMINHONEIROS E O CASO PEDRO PARENTE, por Luis Nassif

A crise do combustível é a comprovação prática dos males do pensamento monotemático na economia, temperado com uma dose excessiva (por isso suspeita) de ideologismo, do qual o presidente da Petrobras Pedro Parente tornou-se o caso mais simbólico.
A visão desse pessoal é que, se cada ponto se concentrar na sua própria busca de eficiência, o resultado final será uma economia mais eficiente. A de Parente é mais tosca. Ele lembra CEOs dos anos 90, capazes de comprometer o futuro da empresa apenas para salvar os resultados trimestrais.
Especialistas em petróleo sabem que a lógica econômica de uma petroleira reside na interação das diversas atividades que compõem a cadeia produtiva: prospecção, refino, distribuição e transporte.
Com uma commodity exposta à volatilidade das cotações, a problemas políticos internacionais e aos problemas internos - administrando um preço-chave da economia – a lógica econômica é reduzir a vulnerabilidade através da integração dos diversos setores.
Nem esse princípio foi seguido por Parente, que passou a desmontar a empresa, vendendo-a em pedaços.
Pior.
Com o petróleo em alta, teoricamente aumentam seus lucros, pelos ganhos com a produção interna e pelo refino. E vice-versa. A queda dos preços do petróleo reduz o valor dos seus ativos. Tanto assim que o grande prejuízo da Petrobras, em 2015, foi decorrente da reavaliação do balanço, em função da redução dos preços dos derivados – que obrigou a reduzir contabilmente o valor dos ativos da empresa – e não da corrupção, conforme foi ventilado na época.
Surpreendentemente, Parente definiu a seguinte estratégia, conforme revelado por estudos da Associação dos Engenheiros da Petrobras:
A partir de outubro de 2016, passou a praticar preços mais altos para os combustíveis, viabilizando a importação de derivado.
Com essa política, a Petrobras perdeu mercado e a capacidade ociosa das refinarias saltou para 25%.
Com menos refino, explodiram as exportações de óleo cru e as importações de derivados.
O maior beneficiado foram os Estados Unidos: enquanto as importações de diesel se multiplicaram por 1,8 desde 2015, a importação de diesel dos EUA dos EUA aumentou 3,6 vezes. Passou de 41% em 2015 para 80% do total de importados pelo Brasil, ao mesmo tempo em que a Petrobras abria mão da refinaria de Pasadena.
Os grandes ganhadores foram os “traders” internacionais, dentre as quais o maior é a Trafigura, a gigante que montou o maior esquema de corrupção da história de Angola, estava envolvido até o pescoço com os escândalos da Petrobras e foi surpreendentemente liberada pelos procuradores da Lava Jato e pelo juiz Sérgio Moro.
A política de preços de Parente acabou provocando uma crise política de proporções, com o blackout dos caminhoneiros. A saída encontrada pelo governo Temer foi garantir o lucro dos investidores com recursos orçamentários.
Primeiro, pensou-se em eliminar os tributos sobre a gasolina; depois, a de ressarcir a Petrobras pela redução de ganhos que viesse a ter com a diminuição dos preços dos combustíveis. Ou seja, o país imerso em uma crise fiscal gigantesca, criando uma enorme conta fiscal para impedir a redução dos dividendos dos acionistas da Petrobras.
Não há outra explicação, que não a suspeita de corrupção da grossa.
Do GGN

terça-feira, 5 de junho de 2012

Mercado de imóveis têm a menor valorização mensal desde 2010

O preço do metro quadrado dos imóveis em sete regiões do Brasil teve a menor alta mensal em maio desde setembro de 2010. O aumento médio foi de 0,9%. Em São Paulo, a alta foi de 1,2%, enquanto no Rio de Janeiro, de 1,1%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Fipe em parceria com o site Zap.

A alta acumulada nas sete regiões nos últimos 12 meses é de 19,9% - 1,9 ponto percentual a menos que nos 12 meses encerrados em abril. Em São Paulo, os cinco primeiros meses de 2012 mostraram alta de 6,3% no preço médio do metro quadrado, quase metade da alta apurada no mesmo período de 2011: 12%.

Das sete regiões pesquisadas, a que registrou o preço mais alto do metro quadrado foi Brasília (R$ 8.254), enquanto o menor valor foi apurado em Salvador (R$ 3.618). Em São Paulo, o valor médio do metro quadrado dos imóveis foi de R$ 6.448 em maio. No Rio, o preço médio do metro quadrado foi de R$ 7.991.

Além de São Paulo e Rio, houve avanço no preço médio do metro quadrado em maio em Belo Horizonte (0,4%), Distrito Federal (0,5%), Fortaleza (2,5%) e Recife (1,9%). Já em Salvador houve queda do preço de 1,3%.

Em São Paulo, o metro quadrado que teve maior valorização em maio foi dos imóveis de 4 ou mais dormitórios: 1,4% (para R$ 7.276). Contudo, em termos de valores absolutos, o metro quadrado mais caro na capital paulista é dos imóveis de 1 dormitório: R$ 7.440.

O metro quadrado mais caro entre as sete regiões pesquisadas está no Rio de Janeiro, para imóveis com 4 dormitórios ou mais: R$ 10.503.

Segundo a Fipe/Zap há uma tendência de desaceleração da alta dos imóveis no País, que foi acentuada em maio.

Com informações do Terra