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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

A manipulação das estatísticas no Brasil, por Luis Nassif

Nesses tempos de big data, de abundância de estatísticas, é chocante a pobreza da discussão econômica do país, especialmente em relação aos gastos públicos, despesas correntes, investimentos e financiamentos.
O jogo ideológico consagrou alguns economistas que se especializaram em contas públicas, Previdência, cálculos de subsídios. Todos eles, invariavelmente, analisam os dados a seco, sem nenhuma preocupação em estender as analises para as chamadas externalidades positivas ou negativas.
Vamos a alguns exemplos.
Subsídios ao BNDES
O cálculo é feito sobre os aportes do Tesouro comparando os custos da dívida pública (medido pela Selic) em comparação com o custo dos financiamentos (em TJLP).
Desconsideram os seguintes pontos.
O financiamento vai gerar um novo empreendimento, que ampliará a capacidade instalada do país. Especificamente no plano fiscal, o novo empreendimento gerará os seguintes tipos de receita:
·         Imposto de Renda da empresa, quando em operação.
·         ISS (Imposto sobre Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) pagos pela empresa
·         Contribuição previdenciárias sobre a folha de salários.
·         Nos casos de obras de infra-estrutura, aumento da eficiência econômica no entorno.
·         Com a venda dos produtos, pagamento de ICMS que será transferido para o consumidor, na ponta.
·         Do ponto de vista social, aumento da oferta de emprego.
Nenhum desses dados é considerado, apesar de o BNDES fazer esses levantamentos de impacto em cada grande financiamento concedido.
Salário mínimo
No caso do salário mínimo na aposentadoria, estudos do IBGE identificaram que em 55% das residências com um aposentado ou pensionista ele se torna o arrimo de família, as crianças estudam mais e entram no mercado de trabalho mais tarde.
Significa:
·         Economia nos gastos com saúde
·         Economia nos gastos com segurança pública
·         Melhoria da eficiência da mão-de-obra, porque crianças com mais condições de estudo.
Anos atrás, o IBGE soltou essa pesquisa. A reação do mercado foi contratar um economista da Tendências Consultoria para tentar comprovar a tese de que, em casas com aposentado ou pensionista, aumenta a propensão à vagabundagem por parte das crianças.
A pesquisa foi feita com essa intenção e não comprovou a tese. Mas seus resultados jamais foram incorporados ao debate econômico.
Custo dos juros
O diferencial de juros a mais, no Brasil, impacta os seguintes setoresÇ
·         Encarece o custo do investimento, já que o cálculo é feito em cima da Taxa Interna de Retorno, que é influenciada pela Selic.
·         Desvia recursos do orçamento, impactando diretamente os investimentos públicos em infraestrutura.
·         Encarece toda a produção, já que a empresa irá procurar uma TIR compatível com o custo do dinheiro. Isso a faz restringir os financiamentos e aumentar o preço dos produtos gerados, como maneira de alcançar os níveis de rendimento da SELIC.
Não basta ter a planilha. É preciso imaginação criadora e espírito isento para bem utilizá-la
Do GGN

quinta-feira, 22 de março de 2012

BNDES libera mais R$ 2 bilhões para financiamento de pequenas empresas

Dinheiro será destinado ao Programa de Sustentação do Investimento do BNDES
Paulo Vitor/AE
Programa financeiro foi criado durante a crise de 2009
O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou hoje em R$ 2 bilhões as linhas de financiamento para micro, pequenas e médias empresas beneficiadas pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O reforço ocorreu com o remanejamento de recursos que estavam destinados ao financiamento para aquisição de ônibus e caminhões.

Segundo nota do Ministério da Fazenda, o limite de recursos, que conta com a subvenção do Tesouro Nacional, para a linha de micro, pequenas e médias empresas subiu para R$ 14 bilhões com decisão de hoje do CMN. A mudança foi votada em reunião extraordinária do conselho.

O Ministério informou que, dos R$ 12 bilhões aprovados anteriormente, restava apenas um saldo de pouco menos de R$ 500 milhões. As empresas com receita operacional bruta de até R$ 90 milhões anuais poderão contratar os financiamentos com taxa de juros de 6,5% ao ano.

O PSI foi criado em julho de 2009 durante a crise financeira internacional para estimular a produção, a aquisição e a exportação de bens de capital e a inovação tecnológica. Para garantir juros mais baratos às empresas, o Tesouro Nacional equaliza as taxas oferecidas pelo BNDES.

Estadão