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quarta-feira, 16 de maio de 2018

A questão da terra é uma luta constante para nós mulheres, diz agricultora familiar do Maranhão Maria da Graça

Maria da Graça agricultora familiar do Maranhão afirma que não basta distribuir terras, tem que dar terra de qualidade para trabalhar.
A terra é sagrada para homens e mulheres que trabalham com agricultura. Sem ela, ficam desprovidos de meios dignos de sobrevivência e acabam sendo explorados e mantidos em condições precárias, muitas vezes de miséria, por quem concentra terras - algo comum e histórico no Brasil. Uma ampla reforma agrária é urgente, e um sonho de muita gente do campo, mas um sonho distante, sem perspectiva de ser concretizado. "A concentração de terras é um mal, não só no Brasil mas em toda a América Latina", afirma Maria da Graça Amorim, agricultora familiar de Alcântara, no Maranhão, e integrante da coordenação nacional de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf), nossa terceira entrevistada na série sobre mulheres, direito à terra e os impactos do agronegócio na vida das mulheres do campo.
A questão da distribuição de terras no Brasil não se resume a dar terra a quem não tem, mas também a qualidade dessa terra. "Esse é um debate: que terra nós estamos acessando? Qual a terra nós queremos para a reforma agrária? Nós queremos terra de qualidade! Terra boa, produtiva, que tenha verde, porque na verdade é disso que a gente precisa."
Maria da Graça participou da oficina que a Oxfam Brasil promoveu em São Paulo no início de maio com 15 mulheres de comunidades rurais, movimentos do campo, agriculturas, quilombolas, lideranças de povos indígenas e comunidades tradicionais, de diversas regiões do país para debater a desigualdade no campo. "Para nós, mulheres, o direito à terra é um direito sagrado. Temos uma relação muito forte com isso, porque é uma relação de troca."
A desigualdade no campo, principalmente em relação às mulheres, foi tema de nosso relatório Terrenos da Desigualdade: terra, agricultura e desigualdades no Brasil rural, lançado em 2016. Nele há dados que revelam, por exemplo, como as grandes propriedades rurais brasileiras receberam mais incentivos e tiveram mais acesso a créditos, pesquisa e assistência técnica, com objetivo de produzir para exportação ou atender à indústria agroindustrial, em detrimento da agricultura familiar.
Leia a entrevista:
Você atua em uma comunidade de agricultura familiar no Maranhão, nos conte um pouco sobre isso.
Fazemos essa militância de resistência no Nordeste, e no meu caso em Alcântara, no Maranhão, que tem um centro de lançamento espacial. Lutamos há 30 anos na região, porque a forma como essa base foi implantada gerou muitos resultados negativos para as comunidades quilombolas locais. Não somos contra a base espacial, mas contra a forma como ela foi implantada. Famílias foram realocadas sem critério, sem infraestrutura básica. Um empreendimento desse, mundial, que lança foguete para o mundo, e as comunidades naquela extrema pobreza. Isso nos dá base para ajudar também na discussão nacional da estratégia contra esse modelo geral implementado no Brasil - um modelo excludente, concentrador de terra e dos recursos naturais.
O Brasil é um país com tanta terra e, com tantos exemplos como esse de Alcântara, de apropriação das terras e de exclusão. Como é o papel das mulheres nessa luta pela terra e contra as desigualdades no campo?
Quando falamos de terra, do direito à terra, falamos de um direito sagrado para as mulheres. É a Mãe Terra, né? Nós mulheres temos uma relação muito forte, porque é uma relação de troca. A questão da terra é uma luta constante das mulheres. Para nós, a terra é sagrada e um meio.
Uma reforma agrária é urgente...
A reforma agrária é um sonho que ainda não virou realidade nesse país.  A terra hoje está concentrada nas mãos de poucas pessoas. Temos muita terra com pouca gente e muita gente com pouca terra. E uma dificuldade grande também é que, quando a gente consegue ter acesso a um pedaço de terra, por desapropriação, ela está totalmente devastada, destruída, muitas vezes o desmatamento causa erosão... Então esse também é um debate: que terra nós estamos acessando? Qual a terra nós queremos para a reforma agrária? Nós queremos terra de qualidade! Terra boa, produtiva, que tenha verde, porque na verdade é disso que a gente precisa.
Do GGN

sábado, 31 de março de 2012

Estuprador preso em Belo Horizonte é reconhecido por mais 6 mulheres

A mulher reconheceu o homem 15 anos após ser violentada
Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 56 anos, pode ter feito mais vítimas
Mais seis mulheres já procuraram a polícia para dizer que foram vítimas do acusado de estupro Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 56 anos, preso na quinta-feira depois de ter sido reconhecido por uma jovem violentada por ele há 15 anos no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste de Belo Horizonte. Mas o número de vítimas pode ser ainda maior, segundo avalia a delegada Margaret de Freitas Assis Rocha, chefe da Delegacia de Mulheres. "Com o surgimento de mais denúncias, acredito que número de mulheres agredidas por Pedro pode ultrapassar 10 casos", disse a policial.

As mulheres que acusam o homem de estupro entraram em contato com a polícia ontem, depois da divulgação das imagens do preso. Elas disseram ter sido violentadas na mesma época em que ocorreu o ataque no Cidade Nova. Os estupros ocorreram em diferentes regiões da cidade. Relataram ainda conhecer outras mulheres também agredidas por Pedro. Até o momento, nenhuma das vítimas compareceu à polícia para prestar depoimento, o que deve ocorrer na próxima semana.

Margaret de Freitas afirmou que o trabalho de esclarecimento de todos os casos que tenham o envolvimento de Pedro vai ser intensificado. "Vamos reforçar as investigações, colher o depoimento dessas possíveis vítimas e voltar a ouvir o Pedro. Vamos tomar o depoimento dele ainda muitas vezes porque estimo que o número de mulheres estupradas possa passar de 10", reforçou a policial.

Diante das novas denúncias, a delegada diz ser possível traçar um perfil das vítimas. "Todas são mulheres que estão na faixa etária de 25 a 35 anos, o que leva a crer que as investidas dele eram contra crianças e adolescentes", afirma. A delegada não descarta a possibilidade de que o suspeito tenha continuado a atacar mulheres até os dias de hoje. "Além do caso há 15 anos, ele confessou ainda dois estupros. Um em 1995. Vamos investigar para saber de outros casos", completou.

Pedro foi reconhecido quarta-feira no Bairro Anchieta, Região Centro-Sul da capital, quando a jovem atacada por ele em 1997 passava de carro e o viu. Coincidentemente, vítima e estuprador moravam próximos. A mulher seguiu o agressor, o viu entrar em um prédio e avisou seu pai, que chamou a Polícia Militar.

Os militares conduziram o suspeito até a Delegacia de Mulheres, onde foi feita a identificação oficial. Ele teve a prisão preventiva decretada e foi levado para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão, onde permanece detido.

Perfil

Vizinhos de Pedro Meyer traçaram ontem um perfil do acusado. "Ele sempre foi uma pessoa estranha. Não olhava nos olhos da gente e andava sempre de óculos escuros e de boné. Nunca comentava sobre assuntos pessoais ou sobre a família. Foi meu cliente por mais de 20 anos e nem sei onde ele mora. Mas fiquei assustada quando soube da prisão", contou Maria do Carmo Gonçalves, de 42 anos, dona de uma banca de revistas próxima à casa do acusado. Ela disse que não imaginava que o antigo cliente fosse capaz dos atos denunciados ontem. "Tive que ver a foto dele nos jornais para acreditar. Foi a primeira vez que o vi sem boné e óculos. Acho que esses acessórios eram inclusive usados para que não fosse reconhecido facilmente", contou Maria.

O motorista de um restaurante próximo à residência também relatou o comportamento reservado de Pedro. "Era muito calado. Nunca veio aqui. Não o via com amigos. Só saía de casa de vez em quando. Não era muito de circular." Por telefone, uma sobrinha de Pedro disse que a família está assustada com as denúncias, que não vai se pronunciar sobre o assunto, mas afirmou que acredita na inocência do tio.

Dois ataques por dia na Grande BH

Pelos menos duas mulheres são estupradas na Região Metropolitana de Belo Horizonte a cada 24 horas. Essa é a estimativa da Secretaria de Estado de Defesa Civil (Seds) com base nas estatísticas dessa modalidade de crime violento, que em 2011 vitimou 764 mulheres da Grande BH. A capital concentrou praticamente metade dos casos e foi responsável por 364 ocorrências. Em 2010, o número foi ainda maior e a média de mulheres violentadas sexualmente foi de 2,69 por dia. No período, foram lavrados 982 boletins de ocorrência com histórico de estupro, sendo que 479 tiveram origem em BH.
Apesar da redução em 2011, a delegada Margaret de Freitas Assis Rocha, chefe da Delegacia de Mulheres, afirma que os números ainda são altos. "Em 2010 tivemos aumento nos casos de estupro, reflexo de uma mudança na tipificação dos casos de atentado violento ao pudor, que passaram a ser tratados como estupro. E, mesmo com a queda do ano passado, a realidade ainda assusta tendo em vista a violência do crime", disse.

A delegada informou que os dados podem ser mais expressivos, já que muitas mulheres têm vergonha de denunciar. E, ao falar da subnotificação, encoraja as vítimas. "É preciso que essas situações sejam denunciadas. Tal violência não pode ficar impune, tendo em vista o trauma psicológico profundo que a vítima sofre", afirmou. Segundo ela, a delegacia tem se empenhado em dar respostas nos casos investigados. "O estupro de uma pessoa desconhecida leva tempo para investigar. É difícil dentro do universo de pessoas que existem na cidade", disse.
Com informações do Imparcial

quinta-feira, 29 de março de 2012

MORTE VIOLENTA DE MULHER EM PAÇO DO LUMIAR, VEJA

O corpo de uma jovem de cerca de 20 anos foi encontrado na Rua do Aeroporto, em Paço do Lumiar, com sinais de estrangulamento.
O corpo de uma mulher com idade entre 20 e 25 anos, foi encontrado às margens da Rua do Fio, conhecida como Rua do Aeroporto, em Paço do Lumiar, na manhã de ontem. O corpo apresentava hematomas nos olhos, pulsos com marcas de corda e sinal de estrangulamento. Moradores do bairro de Curimatã foram os primeiros a ver, por volta das 7h30 da manhã e a polícia foi imediatamente informada. Segundo o investigador da Polícia Civil, André Lemos, provavelmente a vítima não reside no bairro, pois nenhum morador a conhece. A mulher pode ter sido assassinada em outro local e o corpo abandonado nessa via. Não foram encontradas marcas de sangue, mas, os peritos do Instituto de Criminalística constataram que o pulso da vítima foi amarrado.

O perito Carlos Ribeiro falou que nos exames preliminares foram encontradas marcas de estrangulamento, pois o pescoço foi quebrado. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal para as perícias internas, e com isso constatar a verdadeira causa da morte.
Quem também esteve no local foi o delegado de Paço do Lumiar, Sebastião Anacleto. De acordo com ele, o primeiro passo da polícia vai ser justamente identificar a vítima e então começar os procedimentos de investigação, para que possa chegar ao autor ou autores do crime. No momento, ainda não há pista, mas, com certeza, a vítima foi deixada na via durante a madrugada.

Crack na barraca de picolé

Policiais encontram crack em ponto de venda de picolé, no bairro do Tibirizinho, e ainda prenderam em flagrante João dos Santos Andrade, de 33 anos, e Iracema Constantino Botelho, de 46 anos, no começo da noite de terça-feira. Com a dupla foram encontrados mais de meio quilo de crack e várias petecas prontas para o consumo.

O delegado da Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop), Dicival Gonçalves, informou que a polícia vinha há alguns meses investigando locais onde são comercializado drogas na área da Cidade Operária e nas proximidades. Mediante o trabalho investigativo, ficou comprovado que João dos Santos é um dos responsáveis em passar entorpecentes para os traficantes do Tibirizinho. A casa de Iracema Botelho é outro ponto de venda, mas, há uma venda de picolé apenas para despistar a atenção da polícia.

De posse da informação, a equipe da Decop fez a abordagem e encontrou drogas em poder da dupla. Foram presos e vão responder por tráfico e associação ao trafico.

Do Imparcial 

quinta-feira, 8 de março de 2012

No programa habitacional Minha Casa, Minha Vida a mulher é prioridade

No Dia Internacional da Mulher, a presidente Dilma Rousseff anuncia em cadeia nacional de rádio e televisão, a publicação de uma medida provisória que muda as regras do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Segundo a medida, em caso de divórcio de um casal dono do imóvel, a posse do bem será da mulher. A decisão valerá para beneficiários do programa com renda familiar de até três salários mínimos e que têm 95% do imóvel financiado pelo governo.

A publicação da MP deverá sair na edição extra de hoje do Diário Oficial da União, segundo o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann.

A mudança segue a mesma lógica de programas sociais, como o Bolsa Família, no qual a mulher também é a beneficiária.

A exceção à nova regra será quando o pai tiver a guarda exclusiva dos filhos. Em casos de guarda compartilhada ou de casal sem filhos, o imóvel financiado fica com a mulher. A regra também vale para casais em situação de união civil estável.

De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência, a regra não especifica a aplicação da medida a casais homossexuais. Entretanto, se o casal tiver filhos, fica com a posse do imóvel a pessoa que tiver a guarda da criança, já que a ideia da medida é proteger o núcleo familiar e garantir que os filhos tenham onde morar.

A presidente aproveitará o pronunciamento nacional de 10 minutos para destacar outros feitos de seu governo em benefício das brasileiras como o rede Cegonha, criada para dar assistência à mulher e ao bebê no Sistema Único de Saúde.

Do UOL