O
bloqueio das verbas de custeio, autorizado por Jair Bolsonaro, vai paralisar
todo o sistema de ensino superior e dos Institutos Federais de Educação. E foi
motivado exclusivamente pela tal guerra ao marxismo cultural que orienta todas
as ações de governo e pelos investimentos de Paulo Guedes no setor privado.
É
tão maluco esse desmonte quanto seria a ideia de estatizar o setor privado. São
posições ideológicas sem nenhuma avaliação sobre o resultado final para o país.
Essa
loucura vai desestruturar o sistema universitário, prejudicar milhares de
alunos, interromper pesquisas científicas, comprometer o atendimento dos
hospitais universitários.
Insisto:
o país não pode continuar refém desses celerados. O governo é transitório. Dura
um mandato, dois, com reeleição. Há obras que são permanentes, como é o caso do
sistema de ensino público. Não há nenhuma possibilidade de conferir a um
mandatário o poder de destruir uma construção intergeracional e, mais do que
isso, essencial para o desenvolvimento do país.
Talvez
essa irresponsabilidade seja derrubada em breve, por uma decisão do STF
(Supremo Tribunal Federal). Mas como se pode conviver com armadilhas diárias,
desmontes diários de toda uma construção política, social, de várias gerações
de brasileiros, não apenas destruindo o que foi construído ao longo de décadas,
mas deixando um vácuo, sem nenhum projeto alternativo?
O
STF, o Congresso, o Judiciário, as Forças Armadas são parte do Estado
brasileiro. Não podem permitir a continuidade dessa loucura. Se não agirem,
serão cúmplices da destruição do país como Nação.
GGN